CURSO INTERNET
*2ª PARTE*
*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*
Maria Cotroni Valenti
*2ª Parte*
*18ª. AULA*
*Parte A*
*EXPIAÇÃO E PROVA*
O que é expiação?
É um
comprometimento com a Lei de Deus. É aquilo que usualmente chamamos de carma ou
destino. Muitas vezes trazemos de outras vidas, portanto é compulsória.
Não é castigo, mas
sim a necessidade de repararmos algo. Deus não castiga. Ele corrige e ensina.
Essa correção e
aprendizado, nos faz sofrer porque ainda somos infantis, pois não temos
compreensão nem paciência.
Um exemplo disso é
o comportamento de uma criança que para brincar tira tudo do lugar
desorganizando o ambiente. Ao surgir outra brincadeira ela vai se sentir castigada
quando a mãe ou responsável, por disciplina, exigir que ela reorganize o ambiente
antes da próxima brincadeira.
Ela não está sendo
castigada, mas sim está aprendendo a ser disciplinada. Se compreender e fizer
com boa vontade, a criança não sofre e aproveita o aprendizado.
Nossos descuidos e
exageros geram comprometimentos dos quais temos que nos desvencilhar de alguma
maneira. Com a expiação ficamos quites com a Lei de Deus.
É como que
resgatar uma dívida da qual estamos pendentes.
Temos que estar
sempre atentos àquilo que pretendemos fazer para que as consequências não sejam
drásticas.
Outro bom exemplo:
Temos uma pedra na mão com a qual queremos atingir um alvo.
Esta pedra pode
vir a ser uma arma perigosa. Antes de jogá-la temos que pensar nas consequências
que pode causar.
Enquanto ela está
em nosso poder é preciso calcular a força e a direção que temos que dar a ela e
julgar se vale a pena projetá-la.
Enquanto a pedra
está em nossas mãos temos pleno controle sobre ela. Depois de jogá-la o
comprometimento está consumado porque aí perdemos o controle.
Passamos a ser
responsáveis por tudo o que a pedra vir a causar. Dependendo da gravidade dos
danos podemos até ir para a cadeia ou então ter de pagar por todos os prejuízos.
Os custos, o trabalho e o sacrifício é a expiação.
Podemos até
acreditar que seja uma punição, mas na verdade é uma reparação.
É compulsória
porque a lei não falha, mas não é castigo.
Em uma outra aula
falaremos das possibilidades de nos livramos das expiações.
*PROVAS*
Diferença entre
expiação e prova: A expiação é uma reparação, um reajuste e a prova é um teste.
A prova pode ser
escolhida. É um meio de darmos um testemunho de que já aprendemos toda ou parte
de uma lição.
Uma tentação pode
ser uma prova, a superamos ou não.
Podemos comparar
com a nossa vida escolar. Fazemos sacrifícios para aprender.
Erramos e
aprendemos. Aí passamos por provas que servirão de testes para saber se aprendemos
ou não. A prova vem sempre depois da expiação.
História do
Saturnino:
Saturnino era
dirigente de um Centro Espírita.
Era muito dedicado
e trabalhador. Era muito querido e respeitado por todos.
Na vida comum era
um operário que trabalhava com máquinas.
Um dia prensou o
dedo polegar na máquina e o teve amputado. O fato causou alarme geral.
Algumas pessoas se
revoltaram: Como Deus permitiu que isso acontecesse com alguém tão prestativo?
Os comentários
foram tantos que até o próprio Saturnino ficou em dúvida.
À noite, com a mão
enfaixada, Saturnino foi ao Centro Espírita para trabalhar, como sempre o
fazia.
No final do
trabalho o mentor se dirigiu a ele e esclareceu:
- “Você não pode
ficar triste porque recebeu uma grande graça.
No passado você
foi um dono de engenho de cana de açúcar. Você se desentendeu com um empregado
e o empurrou contra a moenda. Neste ato o rapaz perdeu o braço.
Automaticamente
você perdeu o seu braço. O seu perispírito ficou lesado portanto você teria que
reencarnar sem este braço. Mas como você é muito dinâmico e trabalhador, o
braço causaria muita falta. Você pediu então uma oportunidade para corrigir seu
erro com trabalho. Pela misericórdia divina foi-lhe permitido que lhe plasmassem
o braço provisoriamente e concedido o trabalho no Centro Espírita.
Cada trabalho que
você realizou, construiu um pedacinho do seu braço. Assim, dentro do prazo
pré-determinado foi possível recompor o braço todo. Ficou faltando apenas um dedo.
Se você “tivesse trabalhado um pouquinho mais, teria conseguido construir
também o dedo.
A graça a qual o
mentor se referiu foi a oportunidade de trabalho durante a vida.
Saturnino quase
resgatou totalmente sua expiação.
*PARTE B*
*MISSÃO E TAREFA*
Há uma grande
confusão quanto à definição de missão e tarefa.
Tarefa pode ser
todo trabalho que a vida exige de nós. Cuidar ou manter a família. Estudar, trabalhar,
assim também, muitos trabalhos mediúnicos. A nossa tarefa é muito importante
para o nosso aprendizado e crescimento.
Isso não quer
dizer que sejamos evoluídos. Embora isso faça parte da nossa caminhada.
Normalmente a
nossa tarefa pode ser grande ou pequena. Depende da nossa capacidade de
realização.
Podemos realizar
com êxito ou não. Podemos vencer ou fracassar.
O sucesso ou
fracasso dependem do nosso livre-arbítrio
Missão é algo bem
acima de tarefa.
São confiadas a
Espíritos superiores que veem à Terra para trazer algo especial além da tarefa
comum.
Poucos
missionários passaram pelo planeta Terra.
Dos que
conhecemos, mais próximos dos nossos tempos, temos: Moisés; Francisco de Assis;
João Batista; Kardec; Bezerra de Menezes; Chico Xavier.
No entanto, eles
próprios não se julgavam missionários. O Chico dizia que sua mediunidade era de
expiações e provas.
Atualmente não
temos conhecimento de nenhum missionário encarnado, embora possa haver e ainda
não termos percebido.
Muitos poderiam
achar que o “Saturnino” trazia uma missão. No entanto ele estava expiando o
passado.
*JESUS*
O que Jesus
representou na Terra?
Ele não foi
simplesmente um missionário. Jesus é o Messias. O maior Espírito que já encarnou
na Terra.
Quando a Terra foi
criada por Deus, Jesus já era um Espírito puro.
Jesus é o Cristo.
Ele pertence à esfera Crística, a esfera mais alta que temos condições, não de
entender mas de ouvir falar.
Jesus colaborou na
criação da Terra. É o co-criador da Terra. É o nosso governador.
Pelo que sabemos
Jesus descerá à Terra , tantas vezes quantas forem necessárias para trazer a
Boa Nova e fazer o Seu povo acompanhar o progresso do Planeta.
Jesus não é Deus.
É filho de Deus como somos todos nós. Ele é portanto nosso irmão mais velho.
O progresso
espiritual não para. Assim sendo, nunca alcançaremos Jesus. Um dia porém, muito
longe ainda, chegaremos ao que Ele é agora.
Assim como estamos
fazendo nossa evolução na Terra, Jesus fez Sua evolução em outros planetas,
antes da Terra ser criada Jesus está em uma posição espiritual muitas vezes
acima de nós. Por isso, para vir à Terra habitar entre nós precisou Se revestir
de fluidos muito grosseiros o que Ele fez com imenso sacrifício.
O povo não soube
entende-Lo na época. Hoje, mais de 2000 anos depois, pouca importância ainda é
dada aos Seus ensinamentos, sem considerar que nestes ensinamentos está tudo o
que precisamos para sermos felizes.
*MEU REINO NÃO É
DESTE MUNDO*
Pilatos, em seu
palácio se dirigiu a Jesus e perguntou:- “Sois o rei dos judeus?”
Jesus respondeu:
-“Meu reino não é deste mundo. Se Meu reino fosse aqui Minha gente teria
impedido que Eu caísse nas mãos dos judeus; mas Meu reino não é aqui”.
Pilatos ainda
perguntou:- “Sois pois rei?”
Jesus respondeu:-
“Vós o dissestes. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade.
“Todos os que
estão pela verdade escutam a minha voz.”. (João Cap. XVIII- ver.33 36)
Jesus nos deu
muitos exemplos quanto às preocupações com as coisas terrenas. Ele nos mostra
que tudo o que acontece aqui é semelhante a uma viagem pois tudo é passageiro e
não pode ser tão valorizado.
Ele estava sendo
condenado à morte injustamente. Apesar dos tantos poderes que tinha, não os
usou. Sua missão estava acima de tudo.
Revidar as ofensas
usando Seus poderes não ia acrescentar nada na Sua missão.
Ao dizer:-” Meu
reino não é deste mundo”, quis dizer:- Eu estou acima da matéria e independente
de tudo o que façam ou pensem, Eu serei O vencedor.
Fonte:- Evangelho
Segundo o Espiritismo.
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