*educar_007a_Tema Compromisso Afetivo - estudo*
Centro Virtual de Estudo e Divulgação do Espiritismo
Sala Virtual de Estudos Educar
*Estudos destinados à família e educação no lar*
*Olá meus amigos*
Tudo em paz com vocês??
Vamos conversar um pouquinho sobre a vida à dois dentro do tema: Compromisso Afetivo.
Se nós analisarmos bem os termos, compromisso afetivo significa o comprometimento (no sentido de envolvimento emocional, cuidado, atenção) para com as pessoas a quem se ama.
Mas, amar não é simplesmente gostar. É muito mais que isso. É conhecer profundamente a pessoa com quem se está estabelecendo um relacionamento (tanto conjugal quanto amizade), a fim de que se possa saber exatamente quem é a pessoa, e desenvolver com ela um compromisso de crescermos em contato com ela, auxiliá-la à crescer, e juntos aprendermos a ser felizes.
Então, vejamos que estabelecer um compromisso afetivo não é apenas gostar da imagem que idealizamos da pessoa, mas sim, saber conviver com uma pessoa, a qual sabemos que tem qualidades, mas que também tem vícios que precisa vencer, e não deixar de amá-la só porque não é tudo o que queríamos.
Sendo assim, vamos procurar refletir respondendo as seguintes questões:
*1 - Como fazer para realmente estabelecer um compromisso afetivo com as pessoas que gosto?*
*2 - Qual a diferença do compromisso afetivo entre cônjuges, entre pais e filhos, e entre amigos?*
*3 - Qual a responsabilidade que desenvolvo com relação às pessoas com quem estabeleço um compromisso afetivo?*
*4 - O fato de não haver esse compromisso real em um relacionamento, isenta as pessoas das responsabilidades decorrentes dessa relação?*
*07b Compromisso Afetivo nosso papo sobre*
Vou tentar colocar o assunto de uma forma que eu estou vendo no momento, pois cada um talvez veja de um jeito ..
1) Calma muita calma.
2)A diferença está realmente no compromisso. Com os amigos a responsabilidade os laços se tornam mais soltos. Sendo que na família os laços estão mais apertados.
3) Só com a Doutrina Espírita é que vamos sentir ou ver que realmente as responsabilidades são muito grandes.
4) Responsabilidade vamos ter sempre. Nós não sabemos , não lembramos quais foram as nossas escolhas antes de reencarnarmos. As vezes apenas uma palavra dita em determinadas circunstancias já muda o destino de certas pessoas.
Quantos mal entendidos deixamos para trás.
Boa noite,
Que Jesus nos acompanhe.
(Bernadete)
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1- Para estabelecer um compromisso afetivo com as pessoas ,temos que ter respeito ,sinceridade e compreensão ,e amar ..
2- Dentro do lar esta os nossos debitos maiores onde o compromisso é com maior responsabilidade ,temos por tabela nos dedicar mais .
3- A responsabilidade é total de respeitar e amar .
4- A meu ver tudo que nos propomos a realizar tem que ser com responsabilidade ,respeito e principalmente nos basear naquele ensinamento famoso : - Não fazer aos outros o que não queremos para nós mesmos ,é o caminho para se ter mais acertos do que erros .
Forte abraços a todos (Maria Luiza )
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1 - Como fazer para realmente estabelecer um compromisso afetivo com as pessoas que gosto?
Como vocês responderam, gostar não é tudo. Por outro lado, saindo desse amor figurativo ao qual estamos, de modo geral, acostumados a pensar, o amar já ensina muito. Creio que o compromisso afetivo é algo espontâneo quando se realmente ama. Contudo, pensando um pouco nas dificuldades que enfrentamos no contato com o outro, muito se dá pela nossa própria falta de auto-conhecimento. Explico: ao passo em que devo conhecer o outro, isso só pode acontecer se procuro também me conhecer. Nada é estático. Mudamos cada dia um pouco mais e o auto-conhecimento nunca se finda, como também o conhecimento do outro. Eis porque temos o mérito de nos surpreendermos com o outro e conosco e, às vezes, nos decepcionarmos também. Faz parte. Acho que uma "regrinha" básica de um bom convívio, assumindo, no coração, esse compromisso, é lembrarmos sempre dos nossos próprios defeitos antes de apontar os do outro. Talvez isso ajude aqueles casos, cujos laços não são necessariamente pautados em uma simpatia natural, mas carregados pelo peso do resgate etc.
2 - Qual a diferença do compromisso afetivo entre cônjuges, entre pais e filhos, e entre amigos?
Creio que responsabilidade temos com quem amamos, seja família ou não. Porém, o grau depende dos laços, do que tenho que desenvolver com aquela pessoa. Desse modo, a família carrega um peso maior do que os amigos.
3 - Qual a responsabilidade que desenvolvo com relação às pessoas com quem estabeleço um compromisso afetivo?
A responsabilidade de auxiliá-lo no progresso ao qual todos estão destinados.
4 - O fato de não haver esse compromisso real em um relacionamento, isenta as pessoas das responsabilidades decorrentes dessa relação?
Não. De jeito nenhum. Como já disse, somos responsáveis pelos que amamos e isso independe de um "compromisso real". Mesmo que não amemos - no sentido de querer ficar junto, de estar próximo, em contato etc. - , somos responsáveis pelas pessoas que cativamos. Não podemos simplesmente entrar na vida das pessoas e agir como se não estivéssemos ali. Se houve o encontro é porque há algo a aprender, pois, como todos sabem, nada acontece por acaso
(Magna Bueno)
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lembrei de uma mensagem interessante que, talvez, ilustre (tirando as devidas proporções) um pouco essa oportunidade maravilhosa, que é a vida, cheia de encontros e desencontros, mas, antes de tudo, aprendizado. Talvez alguns de vocês já a conheçam.
Segue a mensagem:
*TREM DA VIDA*
Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio; outros encontrarão nessa viagem somente tristezas; ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante ele, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles ... Só que, infelizmente, jamais poderemos sentar a seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas .... porém jamais retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor. Lembrando, sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em que parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando, se quando descer desse trem, sentirei saudades. Acredito que sim. Separar-me de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. E o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem. (baseado em mensagem de autor desconhecido)
Que a paz do nosso amado irmão Jesus esteja presente em todos nós, permanecendo não apenas aqui nesta sala, mas no cotidiano de cada um.
Um grande abraço!!!
(Magna)
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É realmente a vida é um verdadeiro trem, cheia de estações de embarque e desembarque, na verdade, pelo menos ao meu ver, este trem, não tem parada final, ele trafega pelos trilhos da eternidade, é uma viagem que se perde na noite dos tempos e cada um de nós teremos sempre um bilhete de embarque, com uma estação definida para desembarcar, se a ultima viagem que fizemos foi feita com todo cuidado e acertos, por certos no próximo embarque, embarcaremos em uma classe mais confortável até que um dia chegaremos a embarcar na primeira classe.
( Edson Martins)
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Já conhecia esta mensagem e é mesmo muito bonita. Não me canso de a ler. Agora mesmo enquanto lia a mensagem, comecei a pensar se o contacto que temos neste grupo mesmo via Internet já não seria um compromisso afectivo.
Um abraço a todos.
(Ana)
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Magna ,já conhecia esta mensagem recebi de uma amiga via internet ,em um momento muito especial de minha vida ,não sabia se descia na proxima estação e deixava os outros seguirem viagem ,pensei e repensei e optei pela opção que o Edson trouxe,acompanhar asté o ponto final ,para que na próxima eu siga em uma primeira classe. Afinal Jesus ensinou que colheremos o que plantarmos ,estou plantando amor, paciencia , compreensão para ver se na proxima eu consiga colher nem que for um pouquinho de tudo isso . Que possamos ser muito fortalecidos em nossas provações ,brinco com minha dirigente do Centro que eu frequento ,se tudo isso é para eu desistir de seguir a doutrina , podem me colocar de cabeça para baixo ,que eu não desisto,quanto mais me testarem mais eu faço Evangelho ,abro mais um dia para ir ao Centro trabalhar ,tudo menos ,desistir do meu ideal ,da doutrina eu tenho certeza que não saio mais,que ela nos dá base e respostas para tudo que nos acontece . Abençoada Doutrina . Paz a todos (Maria Luiza)
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É isto ai Maria Luiza, temos que fazer de tudo para seguir no trem, até a estação para a qual compramos o bilhete de embarque, descer dele antes, sob a alegação de que o trem é muito desconfortável e barulhento, fará com que tenhamos de recomeçar a viagem no mesmo vagão onde estávamos embarcados. Uma vez eu estava embarcado em um velho contratorpedeiro, era o pior navio que a Esquadra tinha na época, e dai comecei a mentalizar que iria pedir baixa da Marinha por estar em uma situação muito ruim, falei com o meu pai e ele disse: " filho, tire o maior proveito possível de sua estadia neste navio, tudo passa e isto passará." . De fato passou e o resto de minha carreira na Marinha foi um sucesso, hoje me encontro em uma confortável aposentadoria. Se naquela época no desespero que estava se eu tivesse pedido baixa, hoje talvez estivesse em má situação.
(Edson)
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Olá meus amigos
Realmente, esse contato virtual que estabelecemos via Internet é um compromisso afetivo, basta vermos a afinidade que desenvolvemos rapidamente uns com os outros, o carinho e tudo o mais.
Mas, não podemos esquecer a responsabilidade que isso nos traz.
Apesar de não ser uma obra espírita, o livro O Pequeno Príncipe é uma fonte de inspiração a ser analisada sob a ótica espírita. E existe um momento em que Saint-Exupéry coloca na boca do Pequeno Princípe as seguintes palavras:
"Tu te tornas responsável por aquilo que cativas."
Quer maior compromisso que isso?
Mas, falando em leitura, sugerimos aos irmãos livro Vida e Sexo,
do Espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, pg 29-31, o
capítulo Compromisso Afetivo. Lá, vocês poderão perceber a formação e
a real extensão de nossa responsabilidade.
Abraços fraternos à todos
*07c Compromisso Afetivo conclusão*
*Encerrando os estudos sobre Compromisso Afetivo, passamos como conclusão o texto do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, do livro Vida e Sexo, Capítulo 6:*
*Compromisso Afetivo*
"A geureea efetivamente flagela a humanidade, semeando terror e morticínio, entre as nações; entretanto, a afeição erradamente orientada, através do compromisso escarnecido, cobre o mundo de vítimas.
Quem estude os conflitos do sexo, na atualidade da Terra, admitindo a civilização em decadência, tão-só examinando as absurdidades que se praticam em nome do amor, ainda não entendeu que os problemas do equilíbrio emotivo são, até agora, de todos os tempos na vida planetária.
As Leis do Universo esperar-nos-ão pelos milênios afora, mas terminarão por se inscrevem, a caracteres de luz, em nossas próprias consciências. E essas Leis determinam amemos os outros qual nos amamos.
Para que não sejamos mutilados psíquicos, urge não mutilar o próximo.
Em matéria de afetividade, no curso dos séculos vezes inúmeras disparamos na direção do narcisismo e, estrados na volúpia do prazer estéril, espezinhamos sentimentos alheios, impelindo criaturas estimáveis e nobres a processos de angústia e criminalidade, depois de prendê-las a nós mesmos com o vínculo de promessas brilhantes, das quais nos descartamos em movimentação imponderada.
Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo nesse sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de reciprocidade. Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser efetuado. Criada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, se que se lhe possa prever descontrole que, muitas vezes, raia na delinqüência. tais resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que partilhará das consequências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o futuro.
Sabemos que a Justiça Humana comina punições para os atos de pilhagem na esfera das realidades objetivas, considerando a respeitabilidade dos interesses alheios; no entanto, os legisladores terrestres perceberão igualmente, um dia, que a Justiça Divina alcança os contraventores da Lei do Amor e determina se lhes instale nas consciências os reflexos do saque afetivo que perpetraram contra os outros.
Daí procede a clara certeza de que não escaparemos das equações infelizes dos compromissos de ordem sentimental, injustamente menosprezados, que resgataremos em tempo hábil, parcela a parcela, pela contabilidade dos princípios de causa e efeito. reencarnados que estaremos sempre, nesse sentido, até exonerar o próprio espírito das mutilações e conflitos hauridos no clima da irreflexão, aprenderemos no corpo de nossas próprias manifestações ou no ambiente de vivência pessoal, através da penalogia sem cárcere aparente, que nunca lesaremos a outrem, sem lesar à nós."
Equipe Educar - CVDEE
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