domingo, 4 de dezembro de 2016

25 A GENESE CAPITULO VI URANOGRAFIA GERAL

*25 - A GÊNESE*

ALLAN KARDEC  
OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO

*CAPÍTULO VI*

*URANOGRAFIA GERAL (1)*

(1) Este capítulo foi extraído de uma série de comunicações ditadas na Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título “Estudos uranográficos”, que traziam a assinatura de Galileu, o médium foi o Sr. G. F.
Obs.: Uranografia é o mesmo que Astronomia – Estudos uranográficos = Estudos astronômicos.

         Galileu Galilei, reencarnado em Riva (Itália) em 15 de fevereiro de 1564 e desencarnado em Florença (Itália) em 8 de janeiro de 1642 - físico, matemático, astrônomo e filósofo; descobriu e enunciou diversos conceitos científicos, inventor do telescópio refrator. É considerado “pai da Ciência moderna”.
O ESPAÇO E O TEMPO

         O Espírito Galileu inicia este subcapítulo fazendo uma breve análise sobre a definição de espaço, em que “doutores em Teologia”1 se apoiaram para concluir que “o espaço seria necessariamente finito”1 e, a partir desse entendimento, estabelecer conceitos e dogmas religiosos que permaneceram por muito tempo.


         A seguir o Espírito Galileu - servindo-se de expressões e conhecimentos vigentes ä época das comunicações (1862-1863) - num exercício de imaginação propõe uma viagem interplanetária, procurando demonstrar que o espaço é infinito, reconhecendo que “embora tenhamos que fazê-lo com nossas faculdades limitadas”1


         Nessa viagem o espaço é percorrido “com a velocidade prodigiosa da faísca elétrica (que percorre milhares de léguas por segundo.”1

         Atualmente, após todo o avanço científico-tecnológico alcançado, a viagem proposta deixa de ser imaginária para ser real, executada por moderníssimas naves espaciais, viajando pelo Universo, a altíssimas velocidades.

         As distâncias de “milhares de léguas por segundo” passaram a ser distâncias astronômicas, tendo com parâmetro a “faísca elétrica” medida a partir da velocidade da luz no vácuo (precisamente 299.792,458 km/seg., ou 300.000 quilômetros por segundo, aproximadamente).

         Para termos noção do que significa esta velocidade façamos uma comparação: a sonda espacial Voyager 1 atinge apenas 0,00558% da velocidade da luz, equivalente a 16,72 km/seg. ou 602.223,09 quilômetros por hora. Um carro de fórmula 1, a 300 km/h., corre cerca de 2.000 vezes mais lento que a nave espacial.

         A Ciência tem conhecimento que o espaço, ou seja, o Universo, encontra-se em expansão e a sua definição atual é “extensão indefinida, meio ilimitado que contém todas as extensões limitadas”.2

         O Espírito Galileu procurando demonstrar o que é o tempo faz uma suposição: entre o momento em que a Terra permanecia imóvel no espaço até “a hora em que, curvada sob o peso de sua velhice, a Terra se apagará no livro da vida (...)”1 mostrando que o tempo é a medida da relatividade das coisas transitórias.

         Quando encarnado Galileu Galilei “preocupou-se em medir o tempo como uma maneira de compreender a Natureza”.3

         Albert Einstein (Ulm, Alemanha, 14/3/1879 – 18/4/1955, Princeton, USA) considerado o mais importante cientista do século XX, “introduziu o conceito de que o tempo e o espaço não são coisas distintas, mas formam uma unidade e não são apenas o palco no qual ocorrem os eventos da Natureza, mas os protagonistas dessa história”.3

         Einstein, através de sua Teoria da Relatividade, demonstrou “que o tempo depende da velocidade em que nos movemos. Quando nos aproximamos da velocidade da luz o tempo flui mais vagarosamente”.3

         Ao se empreender uma viagem “para um planeta distante a dezenas de anos luz da Terra e que se a viagem for feita com velocidade bem próxima à da luz”3 quando do retorno, dessa viagem, para as pessoas que ficaram foram decorridos dezenas de anos, mas para os viajantes apenas poucos meses.

         Atualmente a definição geral de tempo é “noção fundamental concebida como um meio infinito no qual os acontecimentos se sucedem” e em Física é “o parâmetro que permite assinalar uma sucessão de eventos”.2

         A Ciência confirma o que o Espírito Galileu afirma em “A Gênese” sobre a relatividade do tempo com as coisas transitórias.

         “O tempo não é somente uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de nenhuma medida, do ponto de vista de sua duração, para ela, não há começo nem fim; para ela, tudo é o presente.

          Se séculos e séculos são menos que um segundo em relação à eternidade, o que será então a duração da vida humana?”1

         Do ponto de vista físico o tempo de vida – nascimento, existência e morte – é ínfimo em relação à eternidade; do ponto de vista espiritual ele é infinito. Somos Espíritos imortais!

*Bibliografia:*

1 – KARDEC, Allan. A Gênese. 19. ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, p.87-90

 2 – FERREIRA, Aurélio B. H. Novo Aurélio – Século XXI. Ed. Nova Fronteira, 3. ed., Rio de Janeiro, RJ, 1999

3 – OLIVEIRA, Adilson, Prof. Dr. UFSCAR. Um novo tempo. Coluna Física sem Mistério. Instituto Ciência Hoje. http://cienciahoje.uol.com.br/53460

Adelino Alves Chaves Jr.

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