quarta-feira, 8 de junho de 2016

EVANGELHO ESSENCIAL 11 # 11 - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

EVANGELHO ESSENCIAL 11

Eulaide Lins
Luiz Scalzitti

11 - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” - Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tens o segundo, semelhante a esse:

Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Faz aos homens tudo o que queiras que eles te façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (S. Mateus, cap. VII, v. 12.).

Trata todos os homens como gostarias que eles te tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.)

O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam.

"Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós" é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro a tal respeito que tomar como regra fazer aos outros aquilo que para nós desejamos.
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A prática destes ensinamentos morais visa à destruição do egoísmo.

Quando os homens as adotarem por regra de conduta e como base de suas instituições compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem desavenças, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.
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Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para comprometê-Lo com as suas próprias palavras. - Mandaram seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, por não discriminares a ninguém entre os homens. Dize-nos qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? Jesus, que lhes conhecia a malícia, respondeu: Hipócritas, por que me tentam? Apresentem-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? - De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. - S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

Esta sentença: "Daí a César o que é de César" não deve ser entendida de modo ilimitado e absoluto. Como todos os ensinos de Jesus, há nele um princípio geral, resumido sob forma prática e usual. Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos agir para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar ao próximo, toda violação de seus interesses. Determina o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que respeitem os seus. Estende-se aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos em geral.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A lei de amor
Lázaro –Paris, 1862

O amor resume a doutrina de Jesus inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado.
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Em sua origem, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando mais instruído e purificado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todos os anseios e todas as revelações sobre-humanas.
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A lei de amor substitui o individualismo pela integração das criaturas, acaba com as misérias sociais. Feliz daquele que, no decorrer de sua vida, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz daquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo.
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Na sua origem, o homem só instintos possuía. Aquele em quem predominam os instintos, mais próximo ainda se encontra do ponto de partida do que da chegada. Para alcançar a meta a que se destina, tem a criatura que vencer os instintos, aperfeiçoando os sentimentos, isto é, melhorando-os, sufocando os germes latentes da matéria. Ao instintos são a germinação e os embriões do sentimento. Trazem consigo o progresso, como a semente contém em si a árvore.
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Fénelon-Bordeaux,1861

O amor é de essência divina e todos vocês, do primeiro ao último, tem, no fundo do coração, a chama desse fogo sagrado.
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É um fato que já podes ter constatado muitas vezes: o homem, por mais desprezível, perverso e criminoso que seja, tem ,por um ser ou um objeto qualquer, uma viva e ardente afeição, à prova de tudo quanto pudesse diminuí-la e que alcança, não raro, sublimes proporções.
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Diz-se a um ser ou um objeto qualquer, porque existem indivíduos que, com o coração a transbordar de amor, dedicam fortunas desse sentimento com animais, plantas e até com coisas materiais: são os solitários, críticos da sociedade, a se queixarem da Humanidade em geral , resistindo à tendência natural de suas almas, que buscam em torno de si a afeição e a simpatia, rebaixam a lei de amor à condição de instinto.
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Há pessoas a quem desagrada a reencarnação, com a ideia de que outros venham a participar das afetuosas simpatias de que são ciumentas. Pobres irmãos! tal afeto os torna egoístas; o seu amor se restringe a um círculo íntimo e pequeno de parentes e de amigos, sendo-lhes indiferentes os demais. Para praticar a lei de amor, tal com Deus a quer, é preciso que cheguem, passo a passo, a amar todos os seus irmãos indistintamente.
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A tarefa é longa e difícil, mas será realizada: Deus assim o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante ensinamento desta nova doutrina, porque é ela que um dia extinguirá o egoísmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade.
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Disse Jesus: "Ama o teu próximo como a ti mesmo." Qual o limite com relação ao próximo? Será a família, a seita, a nação? Não, é a Humanidade inteira.
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Nos mundos superiores, o amor mútuo é o que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam.
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Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito: Não faças aos outros o que não quiseres que ti façam: fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que esteja ao alcance fazer-lhes.
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Não acreditem na secura e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede ao verdadeiro amor. É um ímã a que não lhe é possível resistir.
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Não cansem de escutar as palavras de João, o Evangelista. Como sabem, quando a enfermidade e a velhice o obrigaram a suspender o curso de suas pregações, limitava-se a repetir estas doces palavras: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros."
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Amados irmãos, aproveitem dessas lições; é difícil praticá-las, porém, a alma colhe delas imenso benefício. Creiam-me, façam o sublime esforço que lhes peço: "Amem-se" e verão a Terra em breve transformada num Paraíso onde as almas virtuosas desfrutarão do repouso merecido.
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Sansão-Membro da Soc. Espírita de Paris, 1863

Havendo os estudos espíritas lhes desenvolvido a compreensão do futuro, uma certeza tenham: a de caminharem para Deus vendo realizadas todas as promessas que correspondem às aspirações de suas almas por isso, devem elevar-se bem alto para julgarem sem as restrições da matéria e não condenarem o seu próximo, sem terem dirigido a Deus o pensamento.
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Amar, no sentido profundo da palavra, é o homem ser leal, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar, ao seu redor, o verdadeiro motivo de todas as dores que enfraquecem seus irmãos para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrarão, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vocês, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito.
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Assim, não podem recusar aos seus irmãos o que Deus liberalmente lhes deu, o amor, porque de seu lado, muito lhes alegrariam que seus irmãos lhe dessem aquilo de que necessitam.
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Para todos os sofrimentos, tenham sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejam inteiramente amor e justiça.
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Vocês produzirão o maravilhoso milagre do século vindouro, o da harmonização de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação deste preceito bem compreendido: "Amai muito, para seres amados."

O Egoísmo

Emmanuel -Paris, 1861

O egoísmo, chaga da Humanidade, deve desaparecer da Terra, a cujo progresso moral retarda.
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Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazer a humanidade elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo ,do que para vencer os outros.
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Que cada um empregue todos os esforços a combatê-lo em si mesmo, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
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Jesus lhes deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos, o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o queres crucificar?
E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
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É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano como uma praga, que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão.
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Cabe a vocês, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, a tarefa e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho das pedras que lhes dificultam a marcha. Expulsem da Terra o egoísmo para que ela possa se elevar na escala dos mundos, mas para isso é preciso inicialmente expulsar o egoísmo dos seus corações.
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Pascoal-Sens,1862

Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade; entretanto, para isso, preciso fora se esforçassem por largar essa couraça que lhes cobre os corações, a fim de os tornarem mais sensíveis aos sofrimentos alheios. A rigidez e a indiferença mata os bons sentimentos; o Cristo atendia a todos; não repelia aquele que o buscava, fosse quem fosse: socorria assim a mulher adúltera, como o criminoso; nunca temeu que a sua reputação sofresse por isso. Quando o tomarão por modelo de todas as suas ações? Se na Terra a caridade reinasse, o mau não imperaria nela; fugiria envergonhado; esconder-se-ia, visto que em toda parte se acharia deslocado. O mal então desapareceria, fiquem certos.
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Comecem cada um por dar o exemplo; sejam caridosos para com todos indistintamente; Esforcem-se por não se preocupar com aqueles que lhes desprezam e deixem a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no seu reino, o joio do trigo.
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O egoísmo é a negação da caridade. Sem a caridade não haverá descanso para a sociedade humana. Não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que são pisoteadas as mais santas afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão respeito.

A fé e a caridade
Espírito Protetor - Cracóvia, 1861

Deus nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta os problemas comuns da vida, a diversidade dos gostos, das tendências e das necessidades, é esse também um meio de nos aperfeiçoarmos, exercitando-nos na caridade.
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Têm razão ao afirmarem que a felicidade se encontra destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício.
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Hoje, na sociedade humana, para serem cristãos, não se faz necessário nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício de seu egoísmo, de seu orgulho e de sua vaidade. Triunfarão, se a caridade lhes inspirar e sustentar a fé.

Caridade para com os criminosos

Isabel de França-Havre, 1862

A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo através de Jesus. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina. Devem amar os infelizes, os criminosos, como criaturas de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como vocês também, pelas faltas que cometam contra Sua Lei. Considerem que sãos mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negarem perdão e comiseração, por que, muitas vezes, eles não conhecem Deus como o conheces, e muito menos lhes será pedido do que a vocês.
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Não julguem! não julguem absolutamente porque o juízo que fizerem ainda mais severamente lhes será aplicado e precisam de indulgência para as faltas em que sem cessar cometem. Ignoram que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?
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A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dás, nem mesmo nas palavras de consolação que lhe acompanha. Não, não é apenas isso o que Deus lhes exige. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que usem sempre e em todas as coisas para com o seu próximo. Podem ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as suas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor conduzirão ao Senhor supremo.
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Amem-se como filhos do mesmo Pai; não estabeleçam diferenças entre si e os outros infelizes, porque quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezem. Permite Deus que entre vocês se encontrem grandes criminosos, para que lhes sirvam de ensinamentos. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão dispersados para mundos inferiores, de acordo com as suas tendências.
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Devem aos criminosos o socorro de suas preces, eis a verdadeira caridade.
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Não lhes cabe dizer de um criminoso: É um miserável; deve-se extirpar da Terra a sua presença ; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem". Não, não é assim que lhes compete falar.

Observem o seu modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si um desses infelizes? O lamentaria; o consideraria um doente bem digno de piedade e lhe estenderia a mão. Em realidade, não podes fazer o mesmo; mas, pelo menos, podes orar por ele e dar assistência ao seu espírito durante o tempo que ainda tenha de passar na Terra. Pode ele ser tocado de arrependimento, se orarem com fé.

Deve-se expor a vida por um malfeitor?

Encontra-se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro que expor a vida. Sabe-se que aquele é um malfeitor e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve, apesar disto, o segundo arriscar-se para o salvar?
Lamennais –Paris, 1862

O devotamento é cego; deve-se socorrer o inimigo da sociedade, a um malfeitor, em suma. Lancem-se homens; lancem-se todos a quem a ciência espírita esclareceu; lancem-se, arrancai-o à sua condenação e, talvez, esse homem, que teria morrido a blasfemar, se atirará nos seus braços. Todavia, não indaguem se o farão ou não; socorrei-o, porque salvando-o, obedecem à voz do coração que diz: "Podes salvá-lo, salva-o!"

COMENTÁRIO

AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO


O capítulo é um tratado de amor e caridade. Poder-se-ia dizer que é o convite à prática desses preceitos, estabelecidos como normas, que nos fará revelar o verdadeiro caráter de fraternidade, assim como a paz tão cantada em versos nos dias atuais será o resultado de sua prática, sendo ainda o antídoto contra o egoísmo. Precisamos nos ater seriamente sobre estas normas, pois o amor resume toda a Filosofia de Jesus. Os sentimentos são os instintos agora elevados à altura do progresso realizado de cada um. Criados que somos simples e ignorantes e mais afeitos às sensações materiais, vamos crescendo e nos tornando mais sensíveis sendo o amor o essencial para podermos refinar os sentimentos mais brutos de materialidade. O amor a que nos referimos aqui, aliás, o único que conhecemos, não este amor sensual e grosseiro das práticas menos felizes do mundo, das sensações menos virtuosas, este sol interior que nos faz irradiar sentimentos nobres de carinho, afeto e ternura, para com os nossos semelhantes. Amor que não estabelece condições e que pela sua irradiação faz com que todos aqueles menos favorecidos materialmente, seja por necessidade expiatória, seja mesmo por imprudência, possam sentir que estão sendo amparados, e que podem recomeçar tudo com auxílio e forças que lhes permitam serem reerguidos sem nenhum constrangimento, assim como queremos nós na nossa vez. Jesus, o primeiro a proclamar este sentimento em meio aos desamparados e aflitos, fez que estes se sentissem mais fortes e esperançosos. Os Espíritos nos dizem que o Espiritismo nos veio dar a conhecer a segunda palavra do alfabeto, qual seja, a reencarnação, patrimônio intelectual que levanta os tampos dos túmulos, trazendo-nos a certeza de não mais haver sofrimentos, mas a conquista do ser, elevado e transfigurado. Devemos cultivar o Espírito como um campo, dizem os Espíritos, fazendo nossa riqueza cada vez maior para a vida futura, a vida eterna, no mundo espiritual. Lá, a felicidade será mais completa pois seremos como o trabalhador justo e honesto que chegou ao fim de mais uma jornada. Antes de julgarmos aos nossos irmãos com a medida do orgulho e da usura, verifiquemos como é que andam as nossas ações. Fenelon diz: “Amai aos vossos inimigos não fica circunscrito ao círculo estreito da Terra e da vida presente, mas integra-se na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.”

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