O LIVRO DOS
MÉDIUNS
(Guia dos
Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino
especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os
meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade,
as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
SEGUNDA PARTE
DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO XVI
MÉDIUNS
ESPECIAIS
Estudo 71 - 190. Médiuns especiais
para efeitos intelectuais. Aptidões diversas.
Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns.
"Muitos há que imaginam ouvir o que apenas
lhes está na imaginação." Allan Kardec.
São os que ouvem a voz dos Espíritos. Como foi
explicado ao tratar da pneumatofonia, é algumas vezes uma voz interna que se
faz ouvir no foro íntimo. De outras vezes é uma voz externa, clara e distinta
como a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem assim conversar com os
Espíritos. Quando adquirem o hábito de comunicar-se com certos Espíritos, os
reconhecem imediatamente pelo timbre da voz. Quando não se possui essa
faculdade, pode-se também comunicar com um Espírito através de um médium audiente,
que exerce o papel de intérprete.
Esta faculdade é muito agradável quando o médium
só ouve Espíritos bons ou somente aqueles que ele chama. Mas não se dá o mesmo
quando um Espírito mau se apega a ele, fazendo-lhe ouvir a cada minuto as
coisas mais desagradáveis e algumas vezes mais inconvenientes. É necessário
então tratar de desembaraçar-se, pois são sinais característicos de influência
espiritual obsessiva, uma vez que os Espíritos mais elevados não se impõem em
nossas vivências.
Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. São muito
comuns. Os médiuns audientes, que apenas transmitem o que ouvem, não são,
propriamente, médiuns falantes. Estes, na maioria das vezes, nada ouvem. Ao
servir-se deles, os Espíritos atuam sobre os órgãos vocais, como atuam sobre a
mão dos médiuns escreventes. .
Querendo comunicar-se, o Espírito se serve do
órgão que se lhe depara mais flexível no médium. De um empresta a mão, de
outro, as cordas vocais e de um terceiro os ouvidos. O médium falante, geralmente,
se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas
completamente estranhas às suas idéias habituais, fora dos seus conhecimentos e
mesmo do alcance de sua inteligência.
Embora se ache perfeitamente acordado e em estado
normal, raramente guarda lembrança do que diz. Em suma, nele, a voz do médium é
um instrumento de que se serve o Espírito e com o qual outra pessoa pode
conversar com este, como o faz no caso do médium audiente.
Nem sempre, porém, é completa a passividade do
médium falante. Alguns há que têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em
que pronunciam as palavras.
A palavra é o meio do qual o Espírito se serve
para que uma terceira pessoa possa se comunicar em processo idêntico a qualquer
outro. É importante não confundir a mediunidade de fala com a psicofonia ou
mediunidade de incorporação, em que há interpenetração psíquica.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São
Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte – item 190.
BIGHETTI, Leda Marques – Educação Mediúnica
“Teoria e Prática” 1º volume: 1. ed Ribeirão Preto: BELE, 2005 – pág 207.
Tereza
Cristina D'Alessandro
Agosto
/ 2007
Centro Espírita Batuíra
cebatuira@cebatuira.org.br
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