A Fé Ativa construindo uma Nova Era 21
Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa
Profissão de Fé Semi-Espírita
(Allan Kardec, in “Revista Espírita”
– out/1868)
Em apoio às
reflexões contidas no artigo precedente, reproduziremos com prazer a carta
seguinte, publicada pela PetitPresse, de 20 de setembro de 1868.
"Lês
Charmettes, setembro de 1868. "Meu caro Barlatier, "Sabeis a canção:
Quando se é Basco
e bom cristão...
"Sem ser
Basco, sou bom cristão, e o cura de minha aldeia, que comeu ontem minha sopa de
couves, permitiu-me vos contar a nossa conversa.
"-Ides, pois,
disse-me ele, retomar o Re/ Henri? - Jânio com maior boa vontade, respondi,
quanto vivi naquele tempo.
- Meu digno cura
deu um pulo.
"Então lhe
dei parte de minha convicção de que tínhamos já vivido e de que viveremos
ainda. Nova exclamação do bravo homem. Mas, enfim, ele me concede que as
crenças cristãs não excluem esta opinião, e me deixa seguir o meu rumo.
"Ora, meu
caro amigo, crede bem que não quis me divertir com a candura de meu cura, e de
que esta convicção da qual falo está fortemente enraizada em mim. Já vivi sobe
a Ligue, sob Henri III e Henri IV. Quando eu era criança, minhas avós me
falavam de Henri IV e me narravam de um bom homem que eu não reconhecia
totalmente, um monarca grisalho, escondido numa gola pregueada, devotado ao
excesso e não tendo jamais ouvido falar da Belle Gabrieíle. Era o do pai
Péréfixe. O do Henri IV que conheci, batalhador, amável, leviano, um pouco
descuidado, é o verdadeiro; é o que já contei, o que vos contarei ainda.
"Não riais.
Quando vim a Paris pela primeira vez, reconheci-me por toda a parte nos velhos
quarteirões e tenho uma vaga lembrança de me ter achado na rua da Ferronnerie,
no dia em que o povo perdeu seu bom rei, o que tinha querido que cada Francês colocasse
a galinha na panela no domingo. O que eu era naquele tempo? Pouca coisa, sem
dúvida, um cadete de Provence ou de Gascogne; mas se eu tivesse estado nas
guardas de meu herói, isto não me espantaria.
"Com desejo
de revê-lo logo, pois, meu primeiro folhetim da Seconde Jeunese duro Henri, e
crede-me "À disposição, "PONSON DU TERRAIL"
Quando o Sr. Ponom
Du Terra Il lançava o ridículo ao Espiritismo, ele não desconfiava, e talvez
não desconfie ainda hoje, que uma das bases fundamentais desta Doutrina é precisamente
a crença da qual faz uma profissão de fé tão explícita. A ideia da pluralidade
das existências e da reencarnação, evidentemente, ganha a literatura, e não nos
surpreenderíamos que Méry, que se lembrava tão bem do que havia sido, não tenha
despertado, em mais de um de seus confrades, lembranças retrospectivas, e não
seja, entre eles, o primeiro iniciador do Espiritismo, porque o leem, ao passo
que não leem os livros espíritas. Ali encontram uma ideia racional, fecunda, e
a aceitam.
A Petite-Presse publica
neste momento, sob o título de Sr. Médard, cujo dado é todo espírita; é a
revelação de um crime pelo aparecimento da vítima em condições muito naturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário