Entre a Terra e o Céu_1 _Em Torno da Prece
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Estudo das obras de André Luiz
O livro Entre a Terra e o Céu, no próprio dizer de Emmanuel, refere-se a quadros comuns de aflições, ilusões, provações, lutas, egoísmo, ciúme, posse, pensamento, emoção.
TRECHOS DO CAPÍTULO I
“No Templo do Socorro, o Ministro Clarêncio comentava a sublimidade da prece, e nós o ouvíamos com a melhor atenção.
_ Todo desejo - dizia, convincente - é manancial de poder. A planta que se eleva para o alto, convertendo a própria energia em fruto que alimenta a vida, é um ser que ansiou por multiplicar-se...
_ Mas todo petitório reclama quem ouça - interferiu um dos companheiros._ Quem teria respondido aos rogos, sem palavras, da planta?
(...)
_ A Lei, como representação de nosso Pai Celestial, manifesta-se a tudo e a todos, através dos múltiplos agentes que a servem. No caso a que nos reportamos, o Sol sustentou o vegetal, conferindo-lhe recursos para alcançar os objetivos que se propunha atingir.
(...)
_ Em nome de Deus, as criaturas, tanto quanto possível, atendem às criaturas. Assim como possuímos em eletricidade os transformadores de energia para o adequado aproveitamento da força, temos igualmente, em todos os domínios do Universo, os transformadores da bênção, do socorro, do esclarecimento... AS correntes centrais da vida partem do Todo-Poderoso e descem a flux, transubstanciadas de maneira infinita. Da luz suprema à treva total, e vice-versa, temos o fluxo e o refluxo do sopro do Criador, através de seres incontáveis, escalonados em todos os tons do instinto, da inteligência, da razão, da humanidade e da angelitude, que modificam a energia divina, de acordo com a graduação do trabalho evolutivo, no meio em que se encontram. Cada degrau da vida está superlotado por milhões de criaturas... O caminho da ascensão espiritual é bem aquela escada milagrosa da visão de Jacob, que passava pela Terra e se perdia nos céus... A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina.Desejos banais encontram realização próxima na própria esfera em que surgem. Impulsos de expressão algo mais nobre são amparados pelas almas que se enobreceram. Ideais e petições de significação profunda na imortalidade remontam às alturas....
(...)
_ Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de frequência e todos estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras. Sabemos que a Humanidade Universal, nos infinitos mundos da grandeza cósmica, está constituída pelas criaturas de Deus, em diversas idades e posições,,, No Reino Espiritual, compete-nos considerar igualmente os princípios da herança. Cada consciência, à medida que se aperfeiçoa e se santifica, aprimora em si qualidades do Pai Celestial, harmonizando-se, gradativamente, com a Lei. Quanto mais elevada a percentagem dessas qualidades num espírito, mais amplo é o seu poder de cooperar na execução dão Plano Divino, respondendo às solicitações da vida, em nome de Deus, que nos criou a todos para o Infinito Amor e para a Infinita Sabedoria...
(...)
_ Contudo, como interpretar o ensinamento, quando estivermos à frente de propósitos malignos? Um homem que deseja cometer um crime estará também no serviço da prece?
_ Abstenhamo-nos de empregar a palavra "prece", quando se trata do desequilíbrio - aduziu Clarêncio, bondoso - digamos "invocação".
E acrescentou:
_ Quando alguém nutre o desejo de perpetrar numa falta está invocando forças inferiores e mobilizando recursos pelos quais se responsabilizará. Através dos impulsos infelizes de nossa alma, muitas vezes descemos às desvairadas vibrações da cólera ou do vício e, de semelhante posição, é fácil cairmos no enredado poço do crime, em cujas furnas nos ligamos, de imediato, a certas mentes estagnadas na ignorância, que se fazem instrumentos de nossas baixas idealizações ou das quais nos tornamos deploráveis joguetes na sombra. Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal. Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade. Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porquanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir e, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação. Seremos devedores dela pelo que houvermos recebido.
(...)
_ Estejamos convictos, porém, de que o mal é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei. Todos somos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados, mas pagaremos por todas as aquisições. A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir.
(...)
QUESTÕES INICIAIS PARA ESTUDO E DIÁLOGO:
Clarêncio nos dá uma preleção sobre prece , vibrações e força do pensamento , assim vamos conversar um pouquinho sobre :
01) O que é, qual a importância, da força do pensamento?
02) O que é, como se dá, qual a consequência de nossas vibrações?
03) O que é , qual a importância, qual a consequência da Prece?
04) O que podemos entender das seguintes assertivas que faz Clarêncio:
a) Sabemos que a Humanidade Universal, nos infinitos mundos da grandeza cósmica, está constituída pelas criaturas de Deus, em diversas idades e posições,,, No Reino Espiritual, compete-nos considerar igualmente os princípios da herança. Cada consciência, à medida que se aperfeiçoa e se santifica, aprimora em si qualidades do Pai Celestial, harmonizando-se, gradativamente, com a Lei.
b) _ Abstenhamo-nos de empregar a palavra "prece", quando se trata do desequilíbrio - aduziu Clarêncio, bondoso - digamos "invocação".
c) Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal. Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade. Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porquanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir e, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação.
d) O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei. Todos somos senhore de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados, mas pagaremos por todas as aquisições. A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir.
C O N C L U S Ã O
A prece. Esse é o tema abordado por André Luiz no primeiro capítulo da obra cujo estudo estamos iniciando - "Entre a Terra e o Céu". Por intermédio de uma palestra do Instrutor Clarêncio, o Autor nos fala dos efeitos da prece, das vibrações que emanam de nós e da força do pensamento e suas repercussões na nossa evolução.
O assunto é extenso e daria para ocupar algumas semanas de estudo. Por isso, recomendamos, para um maior aprofundamento, o estudo das questões 658 a 666 de "O Livro dos Espíritos" e do capítulo XXVII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
Clarêncio nos dá uma preleção sobre prece, vibrações e força do pensamento.
Assim, vamos conversar um pouquinho sobre:
1.- O que é e qual a importância da força do pensamento?
Conforme estudamos no livro anterior, o pensamento é uma força criadora do espírito, que atua através dele para estabelecer o padrão de sintonia em que se situará. A importância de sua força está no fato de, materializando-se, ser levado a distâncias ilimitadas pelo fluido cósmico universal. Conforme a sua natureza, no sentido do bem ou no sentido do mal, estabelece a zona vibratória em que nos situamos e na qual exerceremos e sofreremos influências de outros espíritos, encarnados ou desencarnados.
Agindo sobre o fluido cósmico universal, o pensamento também atua sobre a matéria, dependendo da evolução do espírito o grau dessa atuação. Pessoas há cuja força do pensamento é capaz de modificar a matéria, através de um magnetismo próprio, não só a matéria inerte como, até mesmo, o corpo físico, próprio ou de outrem. É o caso dos magnetizadores.
2.- O que é, como se dá e qual a conseqüência de nossas vibrações?
Vibrações são energias irradiadas pelo espírito, encarnado ou desencarnado, através de um processo dirigido pela mente. O espírito encarnado, além dessas vibrações psíquicas, emite, também, vibrações de seu corpo físico, que são puramente de natureza materiais. Essas vibrações irradiadas pela mente é que vão mergulhar o pensamento no fluido cósmico universal, para ser transportado pelo espaço.
Conforme a evolução do espírito, essas vibrações serão positivas ou negativas e vão definir a qualidade da nossa sintonia espiritual, se nos sintonizamos com espíritos de luz ou com os menos evoluídos. Daí a importância de irradiarmos sempre vibrações positivas, geradoras de bons pensamentos, para que possamos nos afinizar com espíritos benfeitores, que somente desejam se aproximar para nos assistir.
3.- O que é, qual a importância e qual a conseqüência da prece?
Kardec define a prece como "uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige" (O Evangelho Segundo o Espiritismo"). É um ato de adoração a Deus, através do qual podemos louvar, pedir e agradecer, segundo ensinaram os Espíritos.
É importante o ato de orar porque nos fortalece contra as tentações e nos coloca em sintonia com os bons espíritos, que vêm em nossa ajuda todas as vezes que lhes rogamos a presença. Conforme ensinou Jesus, "seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis". É claro que esse ensinamento deve ser entendido sempre em conformidade com as leis naturais, dentre as quais a lei de causa e efeito, que tornam imutáveis alguns acontecimentos imutáveis.
O veículo da prece é o pensamento e, como este, através das vibrações que emitimos ao orar, é conduzida pelo fluido cósmico universal ao infinito e chega sempre a quem se destina. É assim que os Espíritos benfeitores ouvem a prece que lhes é dirigida e a atendem, na medida do nosso merecimento e das nossas necessidades.
4.- O que podemos entender das seguintes assertivas que faz Clarêncio:
a) "Sabemos que a Humanidade Universal, nos infinitos mundos da grandeza cósmica, está constituída pelas criaturas de Deus, em diversas idades e posições,,, No Reino Espiritual, compete-nos considerar igualmente os princípios da herança. Cada consciência, à medida que se aperfeiçoa e se santifica, aprimora em si qualidades do Pai Celestial, harmonizando-se, gradativamente, com a Lei."
Clarêncio explicava sobre a prece, esclarecendo que, tanto quanto cada emissão de força, ela possui uma determinada potência que vai sintonizar com espíritos que vibram na mesma freqüência.
Como a humanidade é composta por espíritos de níveis evolutivos diversos, sempre haverá aqueles que se sintonizarão com o nosso apelo.
Explica o benfeitor a importância de nos aperfeiçoarmos, buscando aprimorar as qualidades de Deus que existe latentes dentro de nós, pois somente assim estaremos cumprindo a nossa parte na execução do Plano Divino. É a lei de evolução a que todos estamos sujeitos.
b) "Abstenhamo-nos de empregar a palavra "prece", quando se trata do desequilíbrio - aduziu Clarêncio, bondoso - digamos "invocação"."
Sendo um ato de sintonia com o Criador e com os Espíritos encarregados de cumprirem seus desígnios, somente se pode entender como prece o pensamento que se manifesta de acordo com as Leis Naturais, exprimindo a adoração a Deus para louvá-lo, pedir-lhe ou agradecer-lhe.
O pensamento que exprime um psiquismo em desequilíbrio não pode ser enquadrado como prece. Não passa, como disse Clarêncio, de uma "invocação", preservando-se e respeitando-se o termo "prece"..
c) "Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal. Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade. Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porquanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir e, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação."
As nossas aspirações no sentido do bem ou do mal constituem, tão somente, uma questão de direção, a ser definida pelo uso do nosso livre-arbítrio. Recomenda o benfeitor que façamos a escolha com cuidado, pois as nossas aspirações, expressas através do pensamento, ganhará forma e se materializará. De acordo com o princípio segundo o qual cada um recebe segundo suas obras, ou seja, de conformidade com a lei de causa e efeito, colheremos o que plantarmos.
d) "O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei. Todos somos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados, mas pagaremos por todas as aquisições. A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir."
Mais uma vez, o benfeitor se refere à lei de causa e efeito. O mal, que nada mais é do que a ausência do bem, é o instrumento de que se utiliza a Providência como método educativo para o espírito. Através da reação que ele provoca sobre o próprio espírito que o pratica é que faz compreender a necessidade do bem. Ao mesmo tempo em que somos os donos de nossos atos e pensamentos, por eles nos tornamos subjugados e responderemos por isso, pois, como se diz comumente, a colheita é livre mas a semeadura é obrigatória.
Muita paz a todos.
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