segunda-feira, 5 de outubro de 2015


C B - Aula 15 - Ação E Reação(1) 3

15 - LEI DE AÇÃO E REAÇÃO

O LIVRO DOS ESPIRITOS  QUESTÕES 70, 171, 810

70 O que acontece com a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos quando eles morrem?
 A matéria sem atividade se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital retorna à sua origem, à sua fonte.
 Quando o ser orgânico morre, os elementos que o constituíam passam a fazer parte de novas combinações e participam na formação de novos seres, que por sua vez passam a tirar da fonte universal o princípio da vida e da atividade, o absorvem e assimilam para novamente devolvê-lo a essa fonte quando deixarem de existir.
Os órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital que dá a todas as partes do organismo uma atividade geradora da união entre elas, e, no caso de lesões, restabelece as funções que estavam momentaneamente danificadas. Mas quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos são destruídos, ou muito profundamente desarranjados, o fluido vital é incapaz de transmitir o movimento da vida, e o ser morre.
Mais ou menos por uma ação inevitável e forçosa os órgãos reagem uns sobre os outros. É da harmonia de seu conjunto que resulta sua ação mútua. Quando, por qualquer causa, essa harmonia é destruída, suas funções param como o movimento de uma máquina cujas peças principais se desarranjaram. Como um relógio que se desgasta com o tempo ou quebra por acidente, e ao qual a força motriz é incapaz de pôr em movimento.
Temos uma imagem mais exata da vida e da morte num aparelho elétrico. Esse aparelho, como todos os corpos da natureza, possui eletricidade em estado latente. Os fenômenos elétricos somente se manifestam quando o fluido é colocado em atividade por uma causa especial. Então, poderíamos dizer que o aparelho está vivo. Parando a causa da atividade, o fenômeno cessa: o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos seriam, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida. A paralisação dessa atividade produz a morte.
A quantidade de fluido vital não é precisamente a mesma para todos os seres orgânicos. Ela varia de acordo com as espécies e não é constante, seja no mesmo indivíduo ou em indivíduos da mesma espécie. Há os que são, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto outros possuem apenas uma quantidade suficiente; daí, para alguns a vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a manutenção da vida se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm.
O fluido vital se transmite de um indivíduo para outro. Aquele que tem mais pode dar para quem tem menos e, em alguns casos, restabelecer a vida prestes a se extinguir.

Justiça Da Reencarnação
171 Em que se baseia o dogma1 da reencarnação?

 Na justiça de Deus e na revelação, e repetimos incessantemente: um bom pai deixa sempre para seus filhos uma porta aberta ao arrependimento.A razão não vos diz que seria injusto privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles cujo aprimoramento não dependeu deles mesmos? Não são todos os homens filhos de Deus? Só homens egoístas podem pregar a injustiça, o ódio implacável e os castigos sem perdão.
 Todos os Espíritos estão destinados à perfeição, e Deus lhes fornece os meios de alcançá-la pelas provações da vida corporal. Mas, na Sua justiça, lhes permite cumprir, em novas existências, o que não puderam fazer, ou acabar, numa primeira prova.
Não estaria de acordo nem com a igualdade, a justiça, nem com a bondade de Deus condenar para sempre os que encontraram, no próprio meio em que viveram, obstáculos ao seu melhoramento, independentemente de sua vontade. Se a sorte do homem estivesse irrevogavelmente fixada após a morte, Deus não teria pesado as ações de todos numa única e mesma balança e não agiria com imparcialidade.
A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem diversas existências sucessivas, é a única que responde à idéia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens que se acham numa condição moral inferior; a única que pode nos explicar o futuro e firmar nossas esperanças, porque nos oferece o meio de resgatar nossos erros por novas provações. A razão nos demonstra essa doutrina e os Espíritos a ensinam.
O homem que tem consciência de sua inferioridade encontra na doutrina da reencarnação uma esperança consoladora. Se acredita na justiça de Deus, não pode esperar achar-se, perante a eternidade, em pé de igualdade com aqueles que agiram melhor do que ele. Contudo, o pensamento de que essa inferioridade não o exclui para sempre do bem supremo que conquistará mediante novos esforços o sustenta e lhe reanima a coragem. Quem é que, no término de sua caminhada, não lamenta ter adquirido muito tarde uma experiência que não pode mais aproveitar? Porém, essa experiência tardia não está perdida; tirará proveito dela numa nova vida.
810 Sem se afastar da legalidade, qualquer um pode dispor de seus bens de uma maneira mais ou menos justa. É responsável, depois de sua morte, pelas disposições que haja feito?

 Toda ação tem seus frutos; os frutos das boas ações são doces; os outros são sempre amargos. Entendei bem isso, sempre.

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