terça-feira, 29 de setembro de 2015

Estudo sobre o passe 4

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

            CAMPO EXPERIMENTAL DE BRASÍLIA

Estudo sobre o passe: o passe nas reuniões mediúnicas

                      Marta Antunes Moura

4. O PASSE NOS GRUPOS MEDIÚNICOS

O passe é comumente utilizado nas reuniões mediúnicas. É uma forma de doar fluidos salutares ao Espírito sofredor comunicante, auxiliando-o na recuperação ou no equilíbrio do seu estado mental e emocional. Tem o poder de também auxiliar o médium durante a comunicação mediúnica, de forma que os fluidos deletérios sejam dissipados e não atinjam diretamente o equilíbrio somático do medianeiro. Naturalmente, não é uma conduta obrigatória, uma vez que o médium harmonizado com o plano espiritual superior encontra recursos necessários para não se deixar influenciar pelas ações, emoções ou sentimentos do sofredor, que lhe utiliza as faculdades psíquicas para manifestar-se. (12)

O passe pode, entretanto, ser considerado necessário durante a manifestação de entidades espirituais portadoras de necessidades especiais, como, por exemplo,  os obsessores, suicidas, alienados mentais ou as que revelam possuir graves lesões perispirituais. (21) O atendimento  a esses Espíritos, nas reuniões mediúnicas, indica  que a aplicação do passe deve ser observada regularmente, de vez que o serviço de desobsessão pede energias de todos os presentes e os instrutores espirituais estão prontos a repor os dispêndios de força havidos, através dos instrumentos do auxílio magnético que se dispõem a servi-los, sem ruídos desnecessários, de modo a não quebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto. Fora dos momentos normais [manifestações mediúnicas usuais], os médiuns passistas atenderão aos companheiros necessitados de auxílio tão-só nos casos de exceção, respeitando com austeridade disposições estabelecidas, de modo a não favorecerem caprichos e indisciplinas. (30)

Não é recomendável a prática de aplicação de passes individuais em todos os participantes das reuniões mediúnicas, antes de iniciarem as atividades de intercâmbio espiritual. Não há razão para que se tomem passes em todos os momentos, especialmente quando não são notadas necessidades específicas para o mister. Ao iniciar uma atividade espírita, o estudo, a oração, a concentração constituem recursos valiosos para vincular aqueles que se reúnem às fontes Superiores da Vida. Normalmente, precedendo o momento do intercâmbio, são realizadas leituras e feitos comentários espíritas, que predispõem todos à harmonia indispensável ao êxito do empreendimento mediúnico. Desse modo, torna-se perfeitamente dispensável a terapia do passe. (9)

Os médiuns em transe só deverão receber passe, quando se encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações psíquicas podem afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais. Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia, angústia acentuada durante o intercâmbio, como decorrência de intoxicações pelas emanações perniciosas do comunicante, é de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado, diminuindo-lhe as manifestações enfermiças. (10)

A tarefa de aplicar passes nas reuniões mediúnicas sempre cabe ao encarregado da doutrinação. Poderá ele, no entanto, solicitar a contribuição de outros médiuns, especialmente passistas, que devem estar preparados para o cometimento, sempre vigilantes para auxiliar (11)


As recomendações indicadas para aplicação do passe na Casa Espírita (item 2)  servem, igualmente, para a sua aplicação nas reuniões mediúnicas.

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