Geese
Então chegou Pedro e lhe perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar o irmão que tiver pecado contra mim? Até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não lhe digo até sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Mateus, 18:21
Daremos sequência à descrição iniciada no artigo anterior sobre As emoções negativas.
O estudo das emoções negativas começa com a observação do padrão de sua manifestação, que felizmente é mecânico, bastante previsível, pois não há mais que dois ou três padrões diferentes.
Sempre um determinado estímulo provoca determinada negatividade. Uns não suportam pressões instintivas e se irritam ante a fome ou cansaço; outros não suportam a intensidade da energia sexual e a desperdiçam com manifestações de ciúme ou medo de não ser correspondido; outros ainda não podem evitar expressar negatividade diante de perdas materiais etc.
Temos nossas emoções negativas favoritas. Trabalhar com elas significa observá-las, verificar o que produzem em nós, como vemos o mundo a partir de seu ponto de vista e em que estado nos deixam. Se formos corajosos o suficiente para encará-las de frente e honestos para reconhecer a condição em que ficamos quando sob o seu domínio, só nos resta uma atitude correta: intensa vontade de nos livrar delas.
Uma vez que dificilmente temos um número grande de padrões de negatividade, é possível antecipá-las e trabalhar com elas quando não estamos negativos.
É preciso entender seu mecanismo e propor o objetivo de não expressá-las quando na presença do estímulo. Ficar negativo implica em permissão ou concessão às tendências fracas que governam o homem. Se permitirmos ficar negativos primeiro, então perderemos a oportunidade de fazer alguma coisa.
Na luta contra a negatividade temos que compreender que só nós somos responsáveis pelo nosso estado. Ninguém pode produzir esse estado em ninguém; somente trazer à tona o que existe em nosso interior. Sendo essa atitude assimilada, grande parte das emoções negativas deixará de existir, pois elas se assentam no pressuposto de que sempre alguém é culpado pelo nosso estado e que temos muitas razões provenientes das circunstâncias da vida para ficarmos negativos. Ao mesmo tempo, é necessário adquirir atitude positiva diante dos atritos, lembrando que são a única oportunidade para acordarmos.
Não expressar emoções negativas não significa que todas as nossas tendências negativas desapareçam.
Significa simplesmente que a identificação (atração inconsciente) com elas não seja tão forte, permitindo que uma nova tendência observadora esteja presente no processo. Isso provoca uma divisão ou separação no indivíduo, que é o início do mais nobre dos propósitos: transformação da negatividade ou reconhecimento de si mesmo ante o sofrimento e a dor.
No trabalho sobre si, sob uma condução apropriada, devemos descer ao nosso inferno interior, não no sentido de erradicá-lo, mas de usá-lo como matéria prima da nossa transformação.
No próximo artigo trataremos sobre O trabalho com e para pessoas.
GEESE (Grupo Experimental de Estudos Sobre Escola)
O TREVO SETEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
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