MÓDULO 2-6
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
6.4 Orientações ao médium ostensivo
O médium ostensivo propicia produção de efeitos mediúnicos patentes e inequívocos, ensejando a manifestação dos Espíritos. Os mais comuns nas reuniões mediúnicas são os psicofônicos, psicográficos e videntes. O Livro dos Médiuns, segunda parte, apresenta, contudo, importantes informações sobre uma grande variedade de médiuns, as quais devem ser conhecidas dos integrantes do grupo mediúnico. Para tanto, recomenda-se aos médiuns:
* Ter base doutrinária espírita e vivência evangélica.
* Seguir cuidadosamente as orientações de funcionamento das reuniões.
* Colaborar na manutenção do clima harmônico e de bem-estar na reunião.
* Auxiliar, efetivamente, o Espírito comunicante e o médium esclarecedor, durante a manifestação dos Espíritos.
* Analisar com equilíbrio e bom senso as comunicações mediúnicas que transmite.
* Aceitar, sem melindres, a análise das mensagens mediúnicas que transmite.
* Revelar compromisso com a tarefa, voluntariamente aceita, mantendo-se assíduo às reuniões.
* Exercer apenas a função de médium ostensivo, eximindo-se da de esclarecedor por não ser possível desempenhar ambas as funções. Conduta Espírita, cap. 3.
6.5 Orientações aos integrantes da equipe de apoio (ou de sustentação)
A equipe de apoio auxilia a realização da atividade mediúnica, propriamente dita, fornecendo energia mental e fluídica positiva, que beneficia todos os membros das equipes, encarnados e desencarnados.
As seguintes características são necessárias à execução da tarefa pela equipe de apoio:
* Permanecer vigilante e confiante em todas as etapas da reunião. Nunca permitir-se adormecer durante a reunião, sob qualquer justificativa em que o fenômeno se lhe apresente, porque esse comportamento gera dificuldades para o conjunto, sendo lamentável essa autopermissão [...]. Manoel P. de Miranda - psicografia Divaldo P. Franco; Reformador-dezembro de 2007.
* Manter-se integrada, concentrada e atenta às solicitações do dirigente, relativas às irradiações, à prece, ao passe etc. Lembrar que a motivação é fator primordial no bom desempenho dessas tarefas.
* Contribuir com a transmissão de energias psíquicas, harmônicas e amorosas, em benefício dos presentes, encarnados e desencarnados.
7. Organização das Reuniões Mediúnicas
Amados, não creiais em todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus. 1 João, 4:1
A seleção de pessoas que deverão compor um grupo mediúnico requer atenção e cuidado, pois, sendo o grupo a soma dos seus componentes, disporá das forças e das fraquezas de cada um. É necessário que todos se estimem, que atuem de forma consciente, própria do servidor dedicado e responsável; que tenham conhecimento doutrinário suficiente para reconhecer a seriedade e a delicadeza da tarefa, e que busquem continuamente atingir objetivos superiores.
Léon Denis esclarece que a [...] constituição dos grupos [...] comporta regras e condições cuja observância influi consideravelmente no resultado a alcançar. Conforme o seu estado psíquico, os assistentes [participantes] favorecem ou embaraçam a ação dos Espíritos. Enquanto uns, só com sua presença facilitam as manifestações, outros lhes opõem um quase insuperável obstáculo. No Invisível, primeira parte, cap. 10.
A direção do grupo deve ser confiada a alguém que tenha [...] certa posição de liderança, mas é necessário não esquecer nunca de que tal condição não confere a ninguém poderes ditatoriais e arbitrários sobre o grupo. Diálogo com as Sombras, primeira parte, cap.I.
O grupo deve ser constituído por elementos simpáticos entre si, movidos pelo mesmo propósito e unidos pelo sincero desejo de se aperfeiçoarem moral e intelectualmente. Todo esforço deve ser empreendido para transformar a reunião mediúnica em [...] um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for. O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 29, item 331.
Observação:
É importante destacar que é vedada a participação de criança na reunião mediúnica, ainda que apresente mediunidade ostensiva, independentemente de ser harmônica ou desarmônica a ação espiritual manifestada.
As crianças se encontram em processo de amadurecimento físico, psíquico, psicológico e espiritual, e, portanto, não possuem discernimento suficiente para participar de atividades mediúnicas, dentro ou fora da Casa Espírita.
Nesse sentido, é oportuno destacar as orientações que se seguem, presentes em O Livro dos Médiuns.
Haverá inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?
Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e, as respectivas imaginações, excessiva sobreexcitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais. O Livro dos Médiuns: Cap. 18, item 221, questão 6.
As crianças que apresentam mediunidade ostensiva devem ser encaminhadas às reuniões de evangelização espírita e ao serviço de passes. Os pais serão orientados a: realizar a reunião do Evangelho no lar, com a presença das crianças e familiares; desenvolver o hábito da prece em conjunto com os filhos e demais membros da família; c) participar de reuniões públicas de estudo evangélico-doutrinárias.
7.1 ADMISSÃO DE PARTICIPANTES
É importante que os componentes do grupo apresentem os critérios necessários a condição de trabalhador na reunião mediúnica, quais sejam:
* Apresentar condições físicas, emocionais e psíquicas para participar da reunião mediúnica.
* Estar integrado em atividades da Casa Espírita.
* Ter conhecimento doutrinário espírita e, especificamente, o da mediunidade.
* Assumir compromisso com a atividade mediúnica, demonstrando dedicação, assiduidade, esforço de melhoria espiritual e sintonia com os fins da Doutrina Espírita e os objetivos da Instituição Espírita.
* Freqüentar palestra evangélico-doutrinária.
* Ter o hábito de realizar a reunião do Evangelho no Lar, no mínimo uma vez por semana, como complemento do apoio espiritual às atividades realizadas no grupo mediúnico. Nesse sentido, é importante estar atento a esta orientação do Espírito André Luiz:
Todo integrante da equipe de desobsessão precisa compreender a necessidade do culto do Evangelho no lar.[...] Além dos companheiros desencarnados que estacionam no lar e adjacências dele, há outros irmãos já desenfaixados da veste física, principalmente os que remanescem das tarefas de enfermagem espiritual no grupo, que recolhem amparo e ensinamento, consolação e alívio, da conversação espírita e da prece em casa. Desobsessão, cap. 70.
* Vincular-se apenas às reuniões mediúnicas da própria Casa Espírita.
7.2 AFASTAMENTO DE PARTICIPANTES
Entende-se por afastamento do trabalhador a sua desvinculação do grupo mediúnico, temporária ou definitiva, mediante ato da Diretoria da Casa, ouvida a coordenação da mediunidade, assim caracterizado:
* Ausências sistemáticas às reuniões, sem apresentação de justificativas.
* Falta moral grave ou comportamento social incompatível com os objetivos da atividade mediúnica.
* Impedimentos de natureza física, psíquica ou mental.
* Processo obsessivo que invalida ou dificulta a realização da tarefa.
O afastamento do grupo mediúnico deve ser encaminhado com bom senso e sincero espírito de fraternidade. Assim, o participante que se encontra sob grave processo obsessivo deve ser afastado das atividades mediúnicas e encaminhado ao serviço de atendimento espiritual da Casa Espírita ou à pessoa responsável, na Instituição, por este gênero de tarefa , devendo retornar ao grupo mediúnico quando se revelar equilibrado.
É preciso analisar cada caso, transmitindo ao participante o desejo e a disposição de auxiliá-lo. O grupo tem o dever moral de prestar assistência ao integrante afastado, temporária ou permanentemente da reunião. Nesta situação, agir com prudência, equilíbrio, discrição, no limite das possibilidades de quem auxilia, sem jamais ferir o livre-arbítrio ou impor condições para auxiliar.
Acolher de volta o participante, cessada a causa que originou o seu afastamento, reintegrando-o à prática mediúnica, após o necessário período de harmonização no grupo mediúnico.
7.3 VISITANTES
O Coordenador da Mediunidade e o dirigente da reunião mediúnica podem aceitar a participação ocasional e restritiva de visitantes desde que seja um amigo da Casa Espírita, em visita ou estágio , e que revelem experiência suficiente para se conduzirem adequadamente na atividade.
Essas visitas devem ser recebidas apenas de raro em raro, e em circunstâncias realmente aceitáveis no plano de trabalho de desobsessão, principalmente quando objetivarem a fundação de atividades congêneres. [...] Compreende-se que os visitantes não necessitem de comparecimento que exceda de três a quatro reuniões. Desobsessão, cap. 21.
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