5-22 UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
6. Atribuições dos Integrantes da Equipe Mediúnica
Um ponto de suma importância, cujo empenho deve ser observado pela equipe mediúnica, diz respeito ao comportamento ético-moral, independentemente do papel que o participante exerça na reunião. No livro Grilhões Partidos, (Prolusão, item 1) Manoel Philomeno de Miranda assinala aspectos que devem marcar a conduta do tarefeiro da mediunidade. Destacamos os seguintes:
- conduta moral sadia é imprescindível que as emanações psíquicas equilibradas, elevadas, possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio, necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame;
- conhecimento doutrinário;
- equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores;
- confiança; disposição física e moral;
- médiuns capacitados e disciplinados;
- pontualidade e perseverança.
O grupo mediúnico é um ser coletivo que necessita da harmonia do conjunto para bem funcionar. Assim, é preciso que cada um busque o equilíbrio próprio através de preparo doutrinário contínuo, de vigilância permanente, não apenas nos dias da reunião.
Nos trabalhos mediúnicos, são exigíveis hábitos mentais de comportamento enobrecido, e estes não podem ser improvisados. Então, os membros de uma sessão mediúnica são pessoas que devem estar vigilantes normalmente, todos os dias e, em especial, nos reservados ao labor, para que poupem as incursões dos Espíritos levianos e adversários do Bem [...]. Diretrizes de segurança, cap. II, item 33.
Por outro lado, analisa Hermínio Miranda:
Quanto aos componentes encarnados do grupo, mais uma vez lembramos: é vital que os unam laços da mais sincera e descontraída afeição. O bom entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível, se o grupo almeja tarefas mais nobres. Não pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas. Qualquer dissonância entre os componentes encarnados pode servir de instrumento de desagregação. Os Espíritos desarmonizadores sabem tirar partido de tais situações, pois esta é a sua especialidade. Muitos deles não têm feito outra coisa, infelizmente para eles próprios, ao longo dos séculos, senão isto: atirar as criaturas umas contra as outras, dividindo para conquistar [...]. Diálogo com as sombras, cap. II, item 1.
6.1 Orientações gerais aos participantes
* Estar solidamente engajado na tarefa, observando rigorosamente o horário das sessões, com atenção e assiduidade, [...]. Conduta Espírita, cap. 3.
* Manter sigilo em relação ao conteúdo da comunicação mediúnica, sobretudo se diz respeito a pessoa conhecida. O grupo deve evitar qualquer tipo de manifestação de curiosidade, respeitando a intimidade das pessoas.
* Investir no auto-aperfeiçoamento e nas ações de melhoria do semelhante.
* Cultivar a fé e amor em Deus, em Jesus e nos seus mensageiros.
* Analisar as dificuldades encontradas no trabalho, buscando a solução mais adequada.
* Seguir as orientações de organização e funcionamento da reunião mediúnica, definidas pela Doutrina Espírita.
* Respeitar o momento do diálogo com os Espíritos, auxiliando mentalmente com os recursos do bom pensamento, da prece, da emoção equilibrada e da doação fluídica.
* Reprimir comportamento ou atitude que favoreça o endeusamento de médiuns, ou de qualquer outro integrante da equipe.
* Empenhar-se em manter harmônica a saúde física e psíquica.
* Envidar esforços de melhoria moral pelo combate às paixões inferiores e às más tendências.
* Manter-se doutrinariamente atualizado, seja por meio de leituras, estudos ou participações em cursos e seminários.
* Participar das reuniões de avaliação da prática mediúnica.
* Cooperar nas atividades de apoio material e espiritual, existentes na Casa Espírita.
* Lembrar que é dever de todos, independentemente da tarefa que realize no grupo, primar pela sustentação harmônica da reunião.
* Estabelecer o hábito da oração, a sós, ou em reuniões familiares de estudo do Evangelho, como recurso de assistência dos benfeitores espirituais, fora da reunião mediúnica.
6.2 Orientações ao dirigente da reunião mediúnica
É [...] a pessoa que preside os trabalhos, o responsável pela realização da tarefa no plano físico [abertura, desenvolvimento, conclusão e avaliação]. Obsessão/Desobsessão, terceira parte, cap. 5. Sendo assim, coordena, supervisiona, acompanha e avalia as tarefas inerentes à prática mediúnica.
A incumbência deve ser delegada ao trabalhador espírita que possua bom conhecimento espírita, que se mantenha doutrinariamente atualizado, e que demonstre esforço perseverante no tocante à sua reforma íntima, embasada no Evangelho de Jesus. Deve ser alguém que tenha ascendência moral sobre o grupo, fundamentada no exemplo. Conduta Espírita, cap. 41 e 42. O Consolador, questões 387 e 392.
São também características necessárias ao dirigente encarnado:
* Reportar-se à coordenação geral, à qual esteja vinculado, para prestar informações solicitadas.
* Estimular a integração da equipe nas atividades da Casa.
* Acompanhar a assiduidade dos componentes do grupo, adotando medidas cabíveis, segundo os preceitos da fraternidade e da seriedade, decisivos na execução da tarefa.
* Manter o clima de seriedade da reunião, segundo as orientações existentes em O Livro dos Médiuns.
* Vigiar para não se deixar conduzir por excessiva credulidade no trabalho direcional, nem alimentar, igualmente, qualquer prevenção contra pessoas ou assuntos. Conduta Espírita, cap. 3.
* Exercer, se necessário, a função de esclarecedor, eximindo-se da de médium ostensivo, por não ser possível desempenhar ambas. Conduta Espírita, cap. 3.
* Confiar na própria intuição, colocando-a em prática, recordando que os bons dialogadores são bons médiuns intuitivos.
* Ser atencioso, sereno e compreensivo no trato com enfermos encarnados e desencarnados, aliando humildade e energia, tanto quanto respeito e disciplina na consecução das próprias tarefas. Conduta Espírita, cap. 3.
* Desenvolver bom relacionamento com os integrantes do grupo, agindo com imparcialidade.
* Saber ouvir e ser objetivo no falar.
* Agir como mediador e evitar a polêmica para que se mantenha o bom entendimento entre os participantes e o atendimento aos manifestantes desencarnados.
* Saber usar de firmeza nas atividades de direção, tratando todos com gentileza e lealdade, mas respeitando-lhes as características individuais. Neste sentido, procurar conhecer os participantes, suas possibilidades, potencialidades, dificuldades e necessidades, colocando-se à disposição para ajudá-los, no que for possível.
* Desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza nas sessões, assegurando a pureza e a simplicidade da prática do Espiritismo. Conduta Espírita, cap. 3.
* Conduzir as dificuldades com tato, energia, humildade e empatia.
* Ponderar sobre a real necessidade de aplicação do passe, no início e término da reunião, ou durante a comunicação dos Espíritos.
* Possibilitar a avaliação da reunião, coordenando-a.
6.3 Orientações ao esclarecedor (dialogador ou doutrinador)
O esclarecedor é a pessoa que, na reunião, exerce o papel de ouvir, dialogar e esclarecer os Espíritos manifestantes necessitados, porém, consciente de que se encontra perante uma criatura humana que sofre, e que, muitas vezes, desconhece a real situação em que se encontra. Assim, é importante que na realização da tarefa apresente as seguintes condições:
* Ter base doutrinária espírita e vivência evangélica.
* Esclarecer com ponderação, consistência doutrinária e amor, para que sua palavra seja revestida de autoridade moral.
* Lembrar sempre desta oportuna orientação de Kardec: Por meio de sábios conselhos, é possível induzi-los ao arrependimento e apressar-lhes o progresso. O Livro dos Médiuns, cap. 23, item 254, questão 5.
* Ter discernimento na execução da tarefa, mantendo-se em vigilância contínua, a fim de não ser prejudicado pela vaidade e pelo apego à função exercida.
* Cultivar o hábito da oração, considerando as investidas dos Espíritos desarmonizados.
* Ponderar sobre a real necessidade de aplicação do passe, no início e término da reunião, ou durante a comunicação dos Espíritos.
* Ater-se à função de esclarecedor, eximindo-se de exercer a de médium ostensivo por não ser possível desempenhar ambas as funções. Conduta Espírita, cap. 3.
Observação:
Cabe ao dialogador as mesmas atribuições do dirigente da reunião, quando o substituir.
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