quarta-feira, 5 de outubro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS*


 (Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)


por


ALLAN KARDEC


Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


 SEGUNDA PARTE


 DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS



CAPITULO XVI


 *MÉDIUNS ESPECIAIS*



*Estudo 80 – VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES – Médiuns imperfeitos.*


 A imperfeição, que se manifesta nos homens ou nos Espíritos, indica o estágio inferior no qual estagia seu portador e é proveniente dos atavismos que o fixa às faixas primárias de onde procede e das quais ainda não conseguiu liberar-se. Se forem portadores de faculdade mediúnica ostensiva, essa estará sob a vigência da lei de afinidade, mediante a qual é mais fácil aqueles que são simpáticos entre si se intercambiarem do que a ocorrência de fenômenos entre opostos.


 Assim, são médiuns imperfeitos os caracterizados por Allan Kardec, conforme segue.


 Médiuns obsidiados: os que não podem se livrar de Espíritos importunos e enganadores, mas não se iludem.


 Médiuns fascinados: os que são iludidos por Espíritos enganadores e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.


 Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e, muitas vezes, material da parte de maus Espíritos.


 Médiuns levianos: os que não levam a sério sua faculdade e dela só se serve por divertimento, ou para futilidades.


 Médiuns indiferentes: os que nenhum proveito moral tiram das instruções que obtêm e em nada modificam o proceder e os hábitos.


 Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de se acharem em relação somente com Espíritos superiores. Crêem-se infalíveis e consideram inferior e errôneo tudo o que deles não provenha.


 Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem freqüentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas.


 Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam-se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar.


 "Deixai que se vão pavonear algures e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam privadas." -ERASTO.


 Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.


 Médiuns ambiciosos: os que, embora não mercadejem com as faculdades que possuem, esperam tirar delas quaisquer vantagens.


 Médiuns de má-fé: os que, possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância.

Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio de trapaças.


 Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.


 Médiuns invejosos: os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns, que lhes são superiores.


 Não se conscientizando o médium da gravidade de que o exercício mediúnico se reveste, permanece, leviano quão insensato, vinculado às mentes ociosas e vulgares com as quais se sintoniza. Pode ser, às vezes, instrumento de comunicações sérias, aproveitáveis, no entanto, em razão da condição vibratória que lhe é natural, mais facilmente se deixa influenciar por Espíritos portadores de iguais condições morais.


 À medida que o médium se moraliza, utiliza vigilância constante e a oração freqüente, esforça-se pela ação caridosa, pela disciplina e estudo constantes, torna-se mais apto ao contato com Espíritos superiores.


 A relação com os Espíritos impõe prudência, elevação moral, equilíbrio emocional em todo aquele que se interessa por alcançar resultados satisfatórios. Em nosso próximo estudo refletiremos sobre os bons médiuns.


*Bibliografia:*


KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte – item 196


FRANCO, Divaldo P. pelo Espírito Vianna de Carvalho – Médiuns e Mediunidades: 5.ed. Salvador: LEAL, 1990 – cap XIX ao XXII


*Tereza Cristina D'Alessandro*
Junho / 2008

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