segunda-feira, 31 de outubro de 2016

*O LIVRO DOS MEDIUNS - Teste nº 3*

*O LIVRO DOS MEDIUNS - Teste nº 3*



*Responda “CERTO” ou “ERRADO”*


A intuição é uma espécie de voz interior que nos indica sempre a verdade cósmica que existe em nosso eu.

A telepatia é uma faculdade mediante a qual a qual o homem pode se comunicar somente a pequenas distâncias.

A vidência ambiente ou local é aquela em que o médium vê cenas representando fatos a ocorrer ou já ocorridos em outros tempos.

A vidência é uma mediunidade que pode ser aprimorada com trabalho perseverante. 

Geralmente a mediunidade de audiência se desenvolve no médium que já manifestou vidência. 

Na audição o médium ouve sons somente dentro do cérebro

Na mediunidade de lucidez o médium deve atuar sempre num estado de inconsciência total.

Os homens em geral são mais intuitivos que as mulheres porque se governam pela razão e pelo intelecto.

Quando o médium vê e ouve além dos sentidos comuns, trata-se de qual mediunidade?

Quando através de um objeto o médium é capaz de evocar a estória de qualquer personalidade, como se chama esta mediunidade?

O homem funciona em treis planos, a saber: físico, mental e espiritual. A intuição funciona em qual destes planos?

*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 18*

*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 18*

*SEGUNDA PARTE – DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS*

*CAPITULO XIII – PSICOGRAFIA*

*PSICOGRAFIA INDIRETA: CESTAS E PRANCHETAS – PSICOGRAFIA DIRETA OU MANUAL*

Escreva: “CERTO” ou “ERRADO”

                                O primeiro meio empregado de escrita foi com a utilização das pranchetas e das cestas munidas de lápis.

                                Qualquer pessoa poderá dar movimento à cesta com o lápis, possibilitando a psicografia.

                                O Espírito poderá ser evocado e se quiser atender, poderá responderá não mais por pancadas, mas pela escrita.

                                O movimento da cesta não é automático, pois se torna inteligente

                                Tanto a cesta de bico, como a prancheta necessitam de dois operadores, não sendo necessário que ambos sejam médiuns. Um deles serve apenas para ajudar o equilíbrio do aparelho e diminuir a fadiga do médium.

                               A escrita obtida através da cesta ou da prancheta é chamada Escrita Indireta. A escrita feita diretamente pelo médium é chamada Escrita Direta ou Manual.

                               O Espírito age sobre o médium, este move maquinalmente o braço e a mão para escrever, não tendo pelo menos no comum dos casos a menor consciência do que escreve; a mão age sobre a cesta e esta movimenta o lápis.

                                A pessoa que escreve com a cesta ou com a prancheta não consegue escrever diretamente

*(RESPOSTAS)*

*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 18*

*SEGUNDA PARTE – DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS*

*CAPITULO XIII – PSICOGRAFIA*

*PSICOGRAFIA INDIRETA: CESTAS E PRANCHETAS – PSICOGRAFIA DIRETA OU MANUAL*

*Escreva: “CERTO” ou “ERRADO”*

C                             O primeiro meio empregado de escrita foi com a utilização das pranchetas e das cestas munidas de lápis.

E                             Qualquer pessoa poderá dar movimento à cesta com o lápis, possibilitando a psicografia. *Não, somente pessoas dotadas de aptidão especial*

C                             O Espírito poderá ser evocado e se quiser atender, poderá responderá não mais por pancadas, mas pela escrita.

C                             O movimento da cesta não é automático, pois se torna inteligente

C                             Tanto a cesta de bico, como a prancheta necessitam de dois operadores, não sendo necessário que ambos sejam médiuns. Um deles serve apenas para ajudar o equilíbrio do aparelho e diminuir a fadiga do médium.

C                             A escrita obtida através da cesta ou da prancheta é chamada Escrita Indireta. A escrita feita diretamente pelo médium é chamada Escrita Direta ou Manual.

C                             O Espírito age sobre o médium, este move maquinalmente o braço e a mão para escrever, não tendo pelo menos no comum dos casos a menor consciência do que escreve; a mão age sobre a cesta e esta movimenta o lápis. *Obs.: A cesta e praticamente um porta-lápis, um intermediário entre a mão e o lápis. Não é a cesta que se torna inteligente, mas apenas serve de instrumento a uma inteligência*

E                             A pessoa que escreve com a cesta ou com a prancheta não consegue escrever diretamente


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O LIVRO DOS MÉDIUNS = Estudo 51A

O LIVRO DOS MÉDIUNS = Estudo 51A


(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)


Por

ALLAN KARDEC


Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.



SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS


*CAPITULO XIII*

*PSICOGRAFIA*

 *Item 157 e 158*


Em estudo anterior, vimos que a escrita tem a vantagem de demonstrar de maneira mais material a intervenção os Espíritos, deixando traços que podemos conservar, como fazemos com nossa correspondência. O primeiro meio empregado foi o das pranchetas e das cestas munidas de lápis, e era chamado de psicografia indireta. A seguir, veremos a psicografia direta ou manual, conforme descrição feita por Allan Kardec.

A psicografia direta ou manual é obtida pelo próprio médium. Para se compreender este processo, é necessário saber como se verifica a operação. O Espírito comunicante atua sobre o médium que, sob essa influência, move maquinalmente o braço e a mão para escrever, sem ter (é pelo menos o caso mais comum) a menor consciência do que escreve; a mão atua sobre a cesta e a cesta sobre o lápis. Assim, não é a cesta que se torna inteligente; ela não passa de um instrumento manejado por uma inteligência; não passa, realmente, de uma lapiseira, de um apêndice da mão, de um intermediário, entre a mão e o lápis. Suprima-se esse intermediário, coloque-se o lápis na mão e o resultado será o mesmo, com um mecanismo muito mais simples, pois que o médium escreve como o faz nas condições ordinárias. Dessa maneira, toda pessoa que escreve com a cesta, prancheta, ou qualquer outro objeto, pode escrever diretamente. De todos os meios de comunicação, a escrita manual, que alguns denominam escrita involuntária, é, sem contestação, a mais simples, a mais fácil e a mais cômoda, porque nenhum preparativo exige e se presta, como a escrita comum, às dissertações mais extensas. Esse assunto será aprofundado quando estudarmos os médiuns.

No começo dessas manifestações, quando ainda não se tinha ideias precisas a respeito, muitas publicações foram feitas com os títulos: Comunicações de uma mesa, de uma cesta, de uma prancheta, etc. Hoje, tais expressões são impróprias, ou errôneas, abstração feita do caráter pouco sério que revelam. Efetivamente, como acabamos de ver, as mesas, pranchetas e cestas não são mais do que instrumentos inteligentes, embora animados, por instantes, de uma vida factícia. Nada dizem por si mesmas e entender o contrário seria tomar o efeito pela causa, o instrumento pelo princípio. Fora o mesmo que um autor declarar, no título da sua obra, tê-la escrito com uma pena metálica ou com uma pena de pato. Esses instrumentos, aliás, não são exclusivos. Tem-se o conhecimento de alguém que, em vez da cesta-pião, usava um funil, em cujo gargalo introduzia o lápis. Poderia, pois, haver comunicações através de um funil, do mesmo modo que de uma caçarola ou de uma saladeira. Se elas são obtidas por meio de pancadas com uma cadeira, ou uma bengala, já não há uma mesa falante, mas uma cadeira, ou uma bengala falantes. Como se vê, o que importa conhecer não é o instrumento e, sim, o modo de obtenção das comunicações. Se a obtemos pela escrita, qualquer que seja o aparelho que sustente o lápis trata-se de psicografia; se por meio de pancadas, tiptologia.

Tomando o Espiritismo as proporções de uma ciência, indispensável se lhe torna uma linguagem científica.

Recordando que o Espiritismo não inventou e nem descobriu essas manifestações, mas as estudou em profundidade, inclusive através da psicografia utilizada pelos Espíritos para diminuir a distância entre os mundos Material e Espiritual, derramando sobre a Terra páginas de consolação e esperança, esclarecimentos e orientações, é que percebemos a importância desse meio de comunicação e o que ele representou para a própria divulgação da Doutrina Espírita.

*BIBLIOGRAFIA:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIII - 2ª Parte.


Tereza Cristina D'Alessandro


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br



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domingo, 30 de outubro de 2016

TESTE 2 O LIVRO DOS MEDIUNS

*Teste nº 2*

*Responda “CERTO” ou “ERRADO”*


A mediunidade natural é encontrada em um grande numero de pessoas.  

A sintonia vibratória entre dois seres se dá quando as vibrações estão na mesma faixa.

Cada pessoa tem um padrão vibratório, e é isso que determina a sensibilidade de cada um.

O termo FLUÍDO indica as emanações de energias físicas ou espirituais de todas as criaturas e podem ser boas ou más.

Os médiuns estão sujeitos a receber constantemente as emanações dos espíritos desencarnados inferiores, mas podem evitar estes fluídos através da limpeza psíquica diária.

Todas as perturbações representam mediunidade a ser desenvolvida.

Todo médium de prova é um indivíduo, em geral, perturbado, nos primeiros tempos, e deve ser levado a mesa para se desenvolver imediatamente.

Um espírito desencarnado inferior pode impregnar as pessoas com fluídos ruins 

Como os médiuns poderão realizar sua limpeza psíquica diária?

Como se divide a mediunidade quanto à natureza?

Quanto ao médium como se divide a mediunidade?

Como você analisa sua sensibilidade. 

Boa Regular Fraca


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*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 17*

*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 17*

*SEGUNDA PARTE – DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS*

*CAPITULO XII – PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA*

*PNEUMATOFONIA*

Escreva: “CERTO” ou “ERRADO”

A escrita direta é obtida, como a maioria das manifestações espíritas não espontâneas, pelo recolhimento, a prece e evocação.

A escrita direta pode ser obtida nos lugares mais comuns, desde que se esteja nas condições morais exigidas e se disponha da necessária faculdade mediúnica.

O Espírito serve-se de instrumentos nossos para produzir a escrita direta.

A principal utilidade da escrita direta consiste na constatação material da intervenção de um poder oculto que encontra nesse processo um novo meio de se manifestar.

As comunicações obtidas pela escrita direta são geralmente espontâneas e se limitam a palavras, sentenças, freqüentemente sinais ininteligíveis e em todas as línguas.

A escrita direta permite conversações contínuas e mais rápidas das que são obtidas pela psicografia.

*Qual a diferença entre Pneumatografia e Psicografia?*


“Escreva: ““ FALSO” ou "VERDADEIRO”

Pneumatofonia é o fenômeno através do qual os Espíritos podem naturalmente fazer ouvir sons vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no ar.

Quando os nossos ouvidos zunem, é porque está nos avisando que alguém fala de nós em algum lugar.

Os sons da Pneumatofonia exprimem pensamentos e, portanto têm uma causa inteligente e não acidental.

Os sons pneumatofônicos são sempre palavras exteriores e tão distintamente articuladas como se proviessem de uma pessoa ao nosso lado.

Os sons que ouvimos, quando meio adormecidos, pronunciando palavras, nomes, e às vezes frases inteiras, são sempre manifestação da Pneumatofonia.

*(RESPOSTAS)*

*Estudo De O Livro Dos Médiuns – Questionário 17*

*SEGUNDA PARTE – DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS*

*CAPITULO XII – PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA*

*PNEUMATOFONIA*

Escreva: “CERTO” ou “ERRADO”

C                             A escrita direta é obtida, como a maioria das manifestações espíritas não espontâneas, pelo recolhimento, a prece e evocação.

C                             A escrita direta pode ser obtida nos lugares mais comuns, desde que se esteja nas condições morais exigidas e se disponha da necessária faculdade mediúnica.

E                             O Espírito serve-se de instrumentos nossos para produzir a escrita direta. *Não, ele mesmo os produz, tirando seus materiais do elemento primitivo universal, que submete, por sua vontade, às modificações necessárias para atingir o efeito desejado*

C                             A principal utilidade da escrita direta consiste na constatação material da intervenção de um poder oculto que encontra nesse processo um novo meio de se manifestar.

C                             As comunicações obtidas pela escrita direta são geralmente espontâneas e se limitam a palavras, sentenças, freqüentemente sinais ininteligíveis e em todas as línguas.

E                             A escrita direta permite conversações contínuas e mais rápidas das que são obtidas pela psicografia.

*OBS = O mais importante fenômeno dessa natureza, na história de nossa civilização greco-judiaco-cristã, foi a inscrição obtida por Moisés, ao recebe, mediunicamente, as Tábuas da Lei, com os DEZ MANDAMENTOS.*

*Qual a diferença entre Pneumatografia e Psicografia?*

*Pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. A Psicografia é a transmissão do pensamento do Espírito pela mão do médium*

*Escreva: “FALSO” ou ‘VERDADEIRO”*

V                            Pneumatofonia é o fenômeno através do qual os Espíritos podem naturalmente fazer ouvirsons vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no ar.

F                             Quando os nossos ouvidos zunem , é porque está nos avisando que alguém fala de nós em algum lugar. *Não, esses zunidos são de causas puramente fisiológicas e não tem nenhum sentido.*

V                            Os sons da pneumatofonia exprimem pensamentos e portanto têm uma causa inteligente e não acidental.

F                             Os sons pneumatofônicos são sempre palavras exteriores e tão distintamente articuladas como se proviessem de uma pessoa ao nosso lado. *Não, eles também podem manifestar-se como uma voz interna que ressoa no nosso íntimo, embora as palavras sejam claras e distinta, nada têm de material.*

F                             Os sons que ouvimos, quando meio adormecidos, pronunciando palavras, nomes, e às vezes frases inteiras, são sempre manifestação da pneumatofonia. *Na grande maioria das vezes pode ser explicada pela teoria da alucinação.  É um engano, uma ilusão*

*OBS= Nas sessões de voz direta temos o fenômeno de pneumatofonia exterior provocado, mas Kardec afirma que essas sessões são bastante raras*





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O LIVRO DOS MÉDIUNS - Estudo 50

O LIVRO DOS MÉDIUNS - Estudo 50

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
*CAPITULO XII ESCRITA DIRETA*

*Item 146 a 151*

*Escrita direta*

Pneumatografia - (Do grego - pneuma - ar, sopro, vento, espírito, e graphô, escrevo.) - Escrita direta dos Espíritos, sem o auxílio da mão de um médium.

*A pneumatografia* é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. Difere da *psicografia*, por ser esta a transmissão do pensamento do Espírito, mediante a escrita feita com a mão do médium.

  O fenômeno da escrita direta é, indiscutivelmente, um dos mais extraordinários do Espiritismo. Mas, por mais estranho que pareça, constitui hoje fato averiguado e incontestável. Se a teoria é necessária para a compreensão dos fenômenos espíritas em geral, talvez mais necessária ainda se faz neste caso que, sem contestação, é um dos mais estranhos que se possam apresentar, porém que deixa de parecer sobrenatural, desde que se lhe compreenda o princípio.

Da primeira vez que este fenômeno se produziu, o sentimento dominante foi de desconfiança e, a ideia de trapaça ocorreu logo, porque já se conhece a ação das tintas chamadas simpáticas, cujos traços, a princípio completamente invisíveis, aparecem depois de algum tempo. Era possível, pois, um abuso de credulidade e não se pode mesmo afirmar que isso jamais tenha acontecido.

Entretanto, do fato de se poder imitar uma coisa, fora absurdo concluir-se pela sua inexistência. Uma vez que a possibilidade de escrever sem intermediário representa um dos atributos do Espírito; uma vez que os Espíritos sempre existiram desde todos os tempos e que desde todos os tempos se hão produzindo os diversos fenômenos que conhecemos, o da escrita direta igualmente há de ter ocorrido na antiguidade, tanto quanto nos dias atuais. A Idade Média, tão fecunda em prodígios ocultos, mas que eram abafados por meio das fogueiras, também conheceu necessariamente a escrita direta.

Todavia, quaisquer que tenham sido os resultados obtidos em diversas épocas, só depois de vulgarizadas as manifestações espíritas foi que se tomou a sério a questão da escrita direta. Ao que parece, o primeiro a torná-la conhecida, no século XVIII, em Paris, foi o barão de Guldenstubbe, que publicou sobre o assunto uma obra muito interessante, com grande número de "fac-símiles" das escritas que obteve (1). O fenômeno já era conhecido na América havia algum tempo. A posição social do Sr. Guldenstubbe, sua independência, a consideração que desfrutava no alto mundo afastam incontestavelmente qualquer suspeita de fraude voluntária, pois nenhum motivo interesseiro poderia movê-lo. Poder-se-ia admitir a sua própria ilusão, mas a isso responde decisivamente um fato: a obtenção do mesmo fenômeno por outras pessoas que se cercaram de todas as precauções necessárias para evitar qualquer trapaça ou motivo de engano.

A escrita direta é obtida, como a maioria das manifestações espíritas não espontâneas, pelo recolhimento, a prece e a evocação. Muitas vezes foi obtida nas igrejas, sobre os túmulos, junto a estátuas e imagens de personagens evocadas. Mas é evidente que o local só influi por favorecer o recolhimento e a maior concentração mental, pois está provado que é obtida igualmente sem esses acessórios e nos lugares mais comuns, como sobre um simples móvel caseiro, desde que se esteja nas condições morais exigidas e se disponha da necessária faculdade mediúnica. Achava-se a princípio que era necessário colocar um lápis com o papel. O fato, então, poderia ser mais facilmente explicado. Sabe-se que os Espíritos movem e deslocam objetos, que pegam e atiram à distância, podendo assim pegar o lápis e escrever.

Desde que o fazem por intermédio da mão dos médiuns ou de uma prancheta, poderiam também fazê-lo de maneira direta. Mas logo se verificou que a presença do lápis era desnecessária, que bastava um simples pedaço de papel, dobrado ou não, para em breves minutos aparecerem as letras. Com isso o fenômeno mudou completamente de aspecto e lançou outra ordem de ideias. As letras são escritas com uma certa substância e, desde que não se forneceu ao Espírito nenhuma substância, ele a teve de produzir, de compô-la por si mesmo. De onde a tirou? Esse é o problema. No cap. VIII, n.os 127 e 128, do livro que estudamos, encontraremos a teoria completa desse fenômeno. O Espírito não se serve de substâncias e instrumentos nossos. Ele mesmo os produz, tirando os seus materiais do elemento primitivo universal, que são submetidos, por sua vontade, às modificações necessárias para atingir o efeito desejado. Assim, tanto pode produzir a grafita do lápis vermelho, a tinta de impressão tipográfica ou a tinta comum de escrever, como a do lápis preto e até mesmo caracteres tipográficos suficientemente duros para deixarem no papel o rebaixo da impressão.

Descreve Allan Kardec a experiência ocorrida com a filha de um conhecido, menina de 12a 13 anos, que obteve páginas inteiras escritas com uma substância semelhante ao pastel e relembra a análise feita sobre o fenômeno da tabaueira, relatado no cap. VII, n.° 116, em que se estudou uma das leis mais importantes do Espiritismo, cujo conhecimento pode esclarecer diversos mistérios do mundo invisível. Ë assim que de um fato aparentemente vulgar pode sair a luz. Basta observar com atenção e não se limitar a ver os efeitos sem procurar as causas. Se a nossa fé se firma dia a dia é porque compreendemos; a compreensão das causas tem ainda outro resultado, que é o de estabelecer uma linha divisória entre a verdade e a superstição.

Se considerarmos a escrita direta quanto às vantagens que pode oferecer, diremos que até o presente a sua principal utilidade consiste na constatação material de um fato importante: a intervenção de um poder oculto que encontra nesse processo um novo meio de se manifestar. Mas as comunicações assim obtidas são raramente de alguma extensão. Em geral são espontâneas e se limitam a palavras, sentenças, frequentemente sinais ininteligíveis. São obtidas em todas as línguas: em grego, em latim, em siríaco, em caracteres hieroglíficos, etc., mas ainda não serviram às conversações contínuas e rápidas que a psicografia permite.

*Pneumatofonia* - (Do grego - pneuma - e - phoné, som ou voz.) - Voz dos Espíritos; comunicação oral dos Espíritos, sem o concurso da voz humana.  

Os Espíritos podem igualmente fazer se ouçam gritos de toda espécie e sons vocais que imitam a voz humana, assim ao nosso lado, como nos ares. A este fenômeno é que damos o nome de pneumatofonia. Pelo que sabemos da natureza dos Espíritos, podemos supor que, dentre eles, alguns, de ordem inferior, se iludem e julgam falar como quando vivos.

Devemos, entretanto, preservar-nos de tomar por vozes ocultas todos os sons que não tenham causa conhecida, ou simples zumbidos, e, sobretudo, de dar o menor crédito à crença vulgar de que, quando o ouvido nos zune, é que nalguma parte estão falando de nós. Aliás, nenhuma significação têm esses zunidos, cuja causa é puramente fisiológica, ao passo que os *sons pneumatofônicos exprimem pensamentos* e nisso está o que nos faz reconhecer que são devidos a uma causa inteligente e não acidental.

*Pode-se estabelecer, como princípio, que os efeitos notoriamente inteligentes são os únicos capazes de atestar a intervenção dos Espíritos.* Quanto aos outros, há pelo menos cem probabilidades contra uma de serem oriundos de causas fortuitas.

Acontece frequentemente ouvirmos, de modo distinto, quando nos achamos meio adormecidos, palavras, nomes, às vezes frases inteiras, ditas com tal intensidade que nos despertam, espantados. Se bem em alguns casos possa haver ai, na realidade, uma manifestação, esse fenômeno nada de bastante positivo apresenta, para que também possa ser atribuído a uma causa análoga à que estudamos desenvolvidamente na teoria da alucinação. Demais, nenhuma sequência tem o que de tal maneira se escuta. O mesmo, no entanto, não acontece, quando se está inteiramente acordado, porque, então, se é um Espírito que se faz ouvir, quase sempre se podem trocar ideias com ele e travar uma conversação regular.

Os sons espíritas, os pneumatofônicos se produzem de duas maneiras distintas:

* " às vezes, é uma voz interior que repercute no nosso foro íntimo, nada tendo, porém, de material as palavras, conquanto sejam claramente perceptíveis;

* " outras vezes, são exteriores e nitidamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que nos estivesse ao lado.

De um modo, ou de outro, o fenômeno da pneumatofonia é quase sempre espontâneo e só muito raramente pode ser provocado.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XII - 2ª Parte

*Tereza Cristina D'Alessandro*


Centro Espírita Batuira



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sábado, 29 de outubro de 2016

*O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XXXIV*

*O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XXXIV*


*CAPÍTULO IV: NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO*


*ITEM 24: INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: LIMITES DA ENCARNAÇÃO*

Nessa terceira parte do capítulo, temos duas instruções do espírito São Luís, rei da França.

Responde ele a duas perguntas, das quais vamos estudar a primeira: *Quais são os limites da encarnação?*

Recordemos aqui que o homem é constituído de alma (Espírito encarnado), perispírito (corpo que envolve o Espírito encarnado e desencarnado) e corpo físico.

O autor separa a resposta em duas considerações. A primeira, expondo o entendimento da encarnação como sendo “o envoltório que constitui o corpo do Espírito”. Sabemos que este, o ser inteligente, individualização do princípio inteligente do universo, embora independente da matéria, precisa, para manifestar-se, de um instrumento apropriado para isso. Kardec denominou-o perispírito.

Quanto mais próximo de sua origem está o Espírito, quanto mais simples e ignorante, mais grosseiro e materializado é o seu envoltório, pelo qual ele se expressa e se manifesta. O mesmo acontece com o corpo físico, em mundos materiais. Quanto mais atrasado é o mundo, mais imperfeitos são os Espíritos, com seus corpos perispírito e físico, que o habitam; maiores são as dificuldades materiais espirituais, pela necessidade do desenvolvimento intelectual e moral.

À medida que o Espírito vai evoluindo, seu perispírito também vai se alterando, diminuindo a materialidade, de forma que ao atingir o grau de Espírito Puro, esse corpo espiritual também perde toda a materialidade, confundindo-se com o Espírito, que então se manifesta envolto numa luz ou mesmo como uma luz.

Os mundos são sempre adequados ao adiantamento dos seus habitantes, evoluindo também na dependência da evolução dos mesmos.

Em mundos bem mais avançados do que a Terra, seus habitantes não estão sujeitos a eles, como nos mundos inferiores. São livres para viajar por toda parte, em missões. Assim quanto mais inferior, mais preso ao mundo em que habita. Quanto mais evoluído, mais livre, porque sabe usar da liberdade que tem.

Mas quando o Espírito mais evoluído vai para um mundo inferior, em missão, precisa alterar seu perispírito com os fluidos desse mundo, porque o perispírito é sempre constituído dos fluidos dos mundos. Esses fluidos por sua vez, refletem os fluidos e vibrações emitidos pela grande maioria dos seus habitantes.

Então, quanto mais atrasado o Espírito, mais materializado é o seu perispírito e o mundo onde vive. Em mundos melhores do que a Terra, seus habitantes são menos grosseiros, mais leves, mais bonitos, visto que a beleza é criação divina, mais espiritualizada e seus perispíritos também.

Nestas considerações, São Luís vê o Espírito ainda em evolução, como" encarnado" em seu envoltório semi-material, que vai se desmaterializando, juntamente, com o desenvolvimento do Espírito.

Neste aspecto de Espírito em desenvolvimento, preso ao seu perispírito também em evolução, diz São Luís que “a encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados "...", pois a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica.”

Considerando “a encarnação do ponto de vista material, tal como a vemos na Terra, podemos dizer que ela se limita aos reinos inferiores."

Quando estudamos Há Muitas Moradas na Casa de meu Pai, vimos que os mundos primitivos, de expiações e de provas e regenerados foram considerados inferiores por Kardec, portanto seus habitantes estão sujeitos à lei da reencarnação, que lhes permite desenvolver-se e depurar-se na correção dos erros cometidos.

Compreende-se, pois, que o Espírito só se liberta das encarnações em mundos inferiores quando atinge uma evolução que lhe permite viver em mundos superiores, quando não tem mais nada a aprender com as experiências que os mundos inferiores proporcionam.

*Libertar-se dessa necessidade é o limite das encarnações, que depende apenas do próprio Espírito.*

Não sabemos se existem Espíritos que evoluem sem erros, sabemos que essa evolução depende de cada um, do seu esforço de melhorar-se, podendo por isso, libertar-se mais depressa ou demorar mais.

Jesus, o Espírito mais evoluído que viveu na Terra, veio, por Amor a seus irmãos inferiores, demonstrar as leis divinas e mostrar o roteiro desse caminho, através dos seus ensinos e dos seus exemplos de vida. É nosso Salvador, porque veio nos ensinar que seremos como ele, libertos da ignorância e do mal, da necessidade de viver em mundos inferiores, se seguirmos suas lições, por mais difíceis que nos sejam, pelo mal que criamos dentro e ao redor de nós.

Para atingir este alvo de libertação das encarnações em mundos inferiores, podemos, no esforço perseverante de melhorar-nos, de vivenciarmos as lições de Jesus, ser mais felizes ou menos infelizes, já e agora, além de estarmos preparando para nós uma estada, na erraticidade, após o desencarne, também mais feliz, onde nos sentiremos mais livres, mais esclarecidos, com mais paz de consciência.


*Leda de Almeida Rezende Ebner*

Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)



2 O CEU E O INFERNO - O FEITIÇO DAS PALAVRAS

*2 - O CÉU E O INFERNO*
OU
*A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO*

Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte

(Autor de “O Livro dos Espíritos”)

*O “FEITIÇO” DAS PALAVRAS*

Protágoras, filósofo grego, afirmava: “o homem é a medida de todas as coisas”. Ele próprio é a régua e a unidade de medida com que dimensiona, julga aquilo que experimenta. Observamos, assim, visões grandiosas ou mesquinhas da vida, otimistas ou pessimistas, simples ou complicadas. Nessa perspectiva, mostramos muito de nós mesmos ao fazermos uso das palavras que escolhemos (ou não) quando falamos com alguém. Freqüentemente, durante uma conversa, raros são os momentos em paramos para “pensar” sobre as nossas palavras. Talvez não dê tempo. Ou talvez desconheçamos o significado da linguagem para o Espírito, como forma de autoconhecimento. Há um pensamento destacado por Joanna de Ângelis em um de seus livros que diz:

*“Somos o que pensamos. Tudo o que somos vem dos nossos pensamentos. Com nossos pensamentos fazemos o mundo”1 (Buda)*

E a palavra, o que tem com isso? Ora, não é ela justamente uma das expressões do pensamento, isto é, da maneira de pensar? Além disso, quando falamos, falamos com alguém. Isso nos permite considerar melhor o uso das palavras. O implícito torna-se explícito. Por isso, acabamos esclarecendo para nós mesmos o que antes só conhecíamos de modo difuso.

É estreita a interligação entre pensamento e linguagem. Onde o pensamento é uma fala internalizada, e a linguagem, a expressão do pensamento. Assim, convidamos você, amigo leitor, para que realize conosco um teste de auto-percepção. Como? Simples. Repare, em qualquer conversa comum do seu dia, as palavras que usa - sem se preocupar para isso em escolhê-las melhor. Isso mesmo. Apenas se dê conta do que vai saindo de sua boca. De fato isso exige um certo malabarismo, um como que distanciamento daquele momento em que nos identificamos tão intimamente com o que dizemos. Mas o que acontece? O que observamos?

Encontramos em nossas palavras mais do que um veículo de manifestação do nosso pensamento, e, por extensão, dos nossos desejos, aspirações. Platão acreditava que a linguagem fosse uma espécie de *pharmakon* (palavra grega que significa, ao mesmo tempo, remédio, veneno e cosmético). Para Platão, então, as palavras seriam remédio na medida que, através delas, descobrissemos a nossa própria ignorância e aprendêssemos algo. Seriam veneno se nos deixássemos seduzir por elas, sem indagar se são verdadeiras ou falsas. Seriam cosmético se mascarássemos a verdade sob as palavras. Aqui vale a reflexão: Como estamos usando as palavras? Para quê?

Elas representam os sentimentos-conceitos2 do indivíduo relativos a importância pessoal, à identidade, ao seu papel no mundo. Necessitamos, pois, de estudar o vocabulário que utilizamos. É por meio da palavra (e do pensamento) que internalizamos, quando crianças, as primeiras proibições e exigências dos nossos pais, e criamos com isso um modelo do mundo e de nós mesmos dentro do mundo. Assim, nunca encontramos palavras “soltas”, desatreladas de contextos, mas sempre “amarradas” a pessoas, situações, coisas, vivências enfim, onde nas palavras de Wittgenstein (filósofo da Analítica da Linguagem):

“Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo.” (Ludwig Wittgenstein)

Há, então palavras que encantam, como as juras de amor, ou os primeiros ensaios do nosso filho na tentativa de nos chamar pelo nome. Palavras que fazem agir, que despertam, que reascendem a esperança, que acolhem, que distanciam, que recolhem na memória momentos sublimes ou que insistem em martirizar momentos de pesar. Mas há também palavras que aprisionam, fazem emudecer, que podem deter-nos os movimentos de busca e construção da felicidade. Essas são as mais terríveis! Mas, como não têm realidade por si mesmas, elas são os próprios pensamentos daqueles que as utilizam... Por isso há uma mudança no vocábulário daquele que muda algo em si mesmo.

A criança, ao crescer, não usa mais certos termos. O adolescente “esquece” algumas gírias muito comuns em dada época da vida. O senhor de idade avançada, sulcado pelas marcas da própria experiência, também esquece ou passa a centralizar a sua atenção em algumas expressões mais significativas para ele à medida que envelhece.

É por isso que pensamos ser necessário fazer, com certa freqüência, um inventário da bagagem dos conceitos que carregamos em nossa bagagem (memória). Pois

“A nossa linguagem conceitual tende a fixar as nossas percepções e, derivativamente, nossos pensamentos e comportamento... A resposta não é dada à situação física mas à situação conceitualizada. (Robert K. Merton) ”3

O que isso quer dizer? Que quando atribuímos algum sentido à situação, o nosso comportamento subseqüente e algumas das conseqüências deste comportamento são determinados por esse sentido anteriormente atribuído. Ou seja, respondemos não apenas aos aspectos físicos, aparentes, de uma situação, mas também ao sentido que dela fazemos. As palavras carregam consigo as proibições, as exigências e expectativas. Em síntese, nos identificamos com o vocabulário de que nos utilizamos. As palavras suscitam sempre reações psicológicas em quem fala e/ou ouve ou capta. Quantas brigas, ódios, mal-entendidos, não surgem pelo conceito interno e pessoal que carregamos nas palavras? Justamente por não nos darmos conta de que são pontes entre nós, cujo objetivo é tornar acessíveis nossos valores, ideais, conquistas – mas, também, que há pontes mal construídas, fracas, resistentes, desengonçadas e firmes.

Dentro desta perspectiva, então, não parece ser tão fácil a compreensão das idéias espíritas, veiculadas por palavras que precisam, necessariamente estar ao alcance de quem busca estudá-lo.

Que bastaria ir ao Centro Espírita, ouvir palestras, mesmo àquelas que nos encantam, que extraem lágrimas de nossos olhos... Mas isso pode não bastar. É preciso, muitas vezes, realizar uma espécie de cirurgia, desconstrução de estruturas mentais já estabelecidas em nós (formas de pensar extratificadas) – para que não ocorra absurdos como vestir velhas idéias com roupas novas. Vamos a alguns exemplo para melhor esclarecer o leitor. Procure o leitor observar se concorda com algumas afirmações abaixo:

              Não me dedico ao bem porque sofro muito...

              Não faço palestras em torno do bem porque carrego muitas faltas...
              Não estudo porque tenho dificuldade ( ou porque sou velho demais, ocupado demais,
              etc)...

              Não procuro talentos espirituais porque já passei por numerosas desilusões
              (fui enganado, etc)...
         
   Não oro porque não tenho merecimento (não tenho “moral”)...

O que pensaria o leitor se disséssemos que por trás de cada afirmativa dessas há um pano de fundo, uma base, que é sustentada ao se manter nesses pensamentos: na verdade estamos prisioneiros das velhas formas de pensar. Só para ilustrar melhor, tentemos desconstruir a primeira afirmação, à luz do pensamento espírita. “Não me dedico ao bem porque sofro muito...”. Onde o equívoco? Inicialmente precisamos lembrar que a provação é inerente à condição do nosso planeta dado os Espíritos que aqui habitam (necessitados de aperfeiçoar o sentimento moral), portanto, inevitável. Isto posto, é urgente agir na construção do bem em nós mesmos, para que a prova, a dificuldade, não nos encontrem desprevenidos, de braços cruzados. Ou nas palavras de Maia de Lacerda:

“O infortúnio é comparável à tempestade e o crédito de quem vive em serviço assemelha-se à edificação que oferece abrigo contra a intempérie”4

Usamos aqui algumas idéias espíritas tais como a Lei de Ação e Reação, a finalidade da encarnação na Terra, a pluralidade dos mundos habitados e o gênero das diversas humanidades que habitam tais mundos, etc. O que fizemos então? Usamos da razão para, com tais idéias, promover uma limpeza, uma higienização do nosso pensamento, tornando-o mais vigoroso, otimista, forte – em que eu sou o responsável por mim mesmo, sem transferências, ou fugas psicológicas. Uma verdadeira batalha deve o espírita travar aqui! Por isso, dizem os Bons Espíritos, que os “inimigos” de dentro são os verdadeiros inimigos. São as nossas velhas tendências que nos fazem perdurar na ação igualmente velha e contraproducente, pois continua a nos trazer doses de infelicidade. Fica como desafio ao leitor procurar desconstruir as demais afirmações, caso se interesse em desconstruí-las, é claro...

Agora poderíamos nos perguntar, o que tem tudo isso a ver com o livro *O Céu e o Inferno?* Ora, segundo o Espiritismo, reencarnamos para melhorarmo-nos, e, por conseqüência, melhorarmos a qualidade da nossa vivência (experiência) aqui na Terra. Assim, é de fundamental importância a desidentificação, a fim de que realizemos a higiene psicológica, evitando impregnações externas (idéias equivocadas dos outros) e internas (tendências que reassumam o campo da consciência), contribuindo para que nos encontremos com a nossa realidade – o que de fato somos, e não o que gostariam que fôssemos, estimulado pelo desejos alheios (pais, amigos, sociedade, mídia, etc). Dessa forma superamos a contingência daquilo em que estamos (problemas, desajustes, situções conflitantes, etc). Não se constrói realidade sobre um chão de ilusão. Cedo ou tarde “a casa cai” e o desespero se faz presente.É como diz Alberto Caeiro:

"Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, desencaixotar minhas emoções verdadeiras, *desembrulhar-me, e ser eu...."*

Desembrulhar-se, retirar a cobertura do verniz social que funciona mais como uma capa de astúcia na relação social mal dirigida, isto é, dirigida às finalidades exclusivamente materialistas, em que o outro é mero *objeto* de uso, portanto, descartável.

Vários nomes para uma mesma *ação*: a de *renovar o corpo de idéias* pelas quais agimos na vida. E é com esse propósito, então que utilizando as comunicações dos Espíritos em diversas situações em que se encontravam no Além-túmulo, Kardec “construiu” um manancial para iluminar a razão, uma “prótese” para o pensamento, ensinando-nos a direcionar, usar, combinar os diversos ensinamentos dos Espíritos Superiores, encarregados de auxiliar o homem na sua caminhada na Terra, no sentido de higienizar o nosso mundo mental, restabelecendo muitos sentimentos-conceitos que trazemos associado à palavras como

Morte, Nada x Vida, Porvir Céu x Inferno x Purgatório Pena, Castigo x Culpa Anjo x Demônio

E por que isso é importante? Assim, arriscamos levantar algumas perguntas, correndo o risco de nos anteciparmos ao leitor, mas certos da utilidade delas. Invariavelmente há sentimentos intensos associados àqueles termos. Talvez o leitor já tenha conhecido alguém “paralisado” pela sensação de culpa frente a algo que lhe tenha acontecido. Ou, então, pessoas, que por não aceitarem mais idéias como céu, inferno, e nem tendo uma idéia de continuidade após a morte, julgam mais “inteligente” aproveitar a vida, o que vale dizer, sem nenhum tipo de “freio” em relação ao que possam fazer ao outro e a si mesmas – sem a noção de responsabilidade por si mesmas.

 Vale mencionar também a situação daquelas pessoas que, dizendo-se espíritas, justificam e reforçam o mecanismo de culpa-castigo com palavras “novas” tais como os “carmas” na vida, numa visão simplista do “tenho de suportar, não tem jeito”, isentando o indivíduo daquilo que lhe é mais fundamental: ele como o agente do seu processo educativo na Vida, responsável e capaz de mudar-se, mudando também os condicionamentos cármicos, que existem sim, mas que não são a razão para se viver.

Mas tendo o livro sido editado em 1865, poderia ainda ser de alguma utilidade além do uso histórico? Tratando de assuntos de caráter imortalista, é evidente que sim. Pois o livro não é apenas um a confrontação de idéias velhas e novas (como culpa substituída por responsabilidade), mas, acima de tudo, uma apresentação de situações concretas, na descrição das vidas de muitas pessoas, correlacionando o como viveram enquanto na Terra com o gênero de morte que tiveram e o como estavam após a morte. Onde alguma dessas pessoas poderia ser você mesmo, leitor amigo! Daí, permite-nos entender, o livro, como se opera o mecanismo da Justiça Divina (daí o seu outro título). Mas tudo isso fundamentado em um conjunto de idéias coerentes, precisas, necessário ao atual estágio da razão humana. Assim, após uma leitura refletida, atenta, é inevitável transpor tudo isso na aplicação em nossa própria vida. E essa foi a principal intenção do autor: Como que “materializar” as idéias espíritas numa aplicação vívida e de interesse para nós, espíritos ainda encarnados, onde pudéssemos discriminar os problemas quemerecem e devem ser investigados, de tal forma a aproveitarmos melhor o presente momento que vivemos. Isso evidencia o cuidado de Kardec em torno do próprio objetivo da Doutrina Espírita – o melhoramento moral do homem.

Mas para isso é preciso “quebrar o feitiço” das palavras que sustentam nossas velhas idéias. para que não nos percamos entre as grades dos dogmatismos e intolerâncias primeiro para conosco mesmos, depois para com os outros e até a própria vida. Como também é preciso cuidar para não cairmos “enfeitiçados” por outras tantas palavras que mais distraem do que edificam, que, no fim, só fazem “esconder” aquilo que realmente tem relevância: o fato de TODOS experimentarmos a necessidade de viver, de gozar, de amar e ser feliz e que há fatores impeditivos dessas aspirações – reconhecê-los primeiro, para depois exercitarmo-nos em removê-los, como quem destampa um véu a encobrir-nos os “olhos da alma”, sensibilizando-nos mais e mais com a Vida, Herança Maior de Nosso Pai...

Nesse processo é preciso esquecer (certas coisas) para se lembrar (dar espaço a outras mais relevantes), quando, enfim, acabaremos não sendo mais “o intervalo entre o nosso desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de nós”

1FRANCO, Divaldo P, pelo Espírito Joanna de Ângelis. In “O Despertar do Espírito”, Experiências Transpessoais. LEAL. 1ª ed. Salvador. 2000. Pág. 96.

2WILBER, Ken. In “O Projeto Atman – Uma Visão Transpessoal do Desenvolvimento Humano”, As Esferas Mentais do Ego. Cultrix. 9ª ed. São Paulo. 1999. Sentimento-conceito é utilizado aqui para designar as “forças poderosas e emocionais que motivam ou perturbam” o indivíduo, “sustentadas ou efetivamente engendradas por complicados processos simbólicos”.

3ALVES, Rubem. In “Conversas com quem gosta de ensinar”, Sobre Palavras e Redes. Ars Poetica / Speculum, 1995, p. 63-82.

4 VIEIRA, Waldo. In “Seareiros de Volta”, Falsas Idéias. FEB. 4ª ed. São Paulo. 1987. Pág. 79.

Por Vanderlei Luiz Daneluz Miranda

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estudo 2 O LIVRO DOS ESPIRITOS

*2 -“O Livro dos Espíritos”*

Allan Kardec

Estudo 2

*Estudo remissivo de "O Livro dos Espíritos"*

*Repercussão no tempo, no individuo, no futuro*

A partir do lançamento de "O Livro dos Espíritos" acontece um duplo rompimento.

*1º Rompimento* – é com a religião baseada no dogma da fé.

*2º Rompimento* – com a filosofia que explicava a realidade só no campo das idéias, duas situações estas, que significam enfim, um rompimento com o passado, uma vez que este livro, marcará um momento decisivo na evolução humana: o da maturidade mental e espiritual do homem.

*É ele, portanto, um marco, onde presente e futuro, passam a ser apresentados em concepção racional que indicam finalidades e objetivos, intimamente ligados, entrosados com o progresso cultural.*

É um marco também, porque antes dele não havia Espiritismo – palavra criada por Allan Kardec para designar a Doutrina por ele codificada com os dados obtidos da revelação dos Espíritos Superiores. (a esses dados transmitidos através dos médiuns nas inúmeras sessões experimentais, some-se as pesquisas pessoais além das relações e conseqüências que naturalmente decorriam). Espiritismo – ciência e filosofia = religião como conseqüência do entendimento e vivencia dos aspectos anteriores. Espiritismo, ciência – filosofia – religião que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com a matéria.

*No momento de entregar o livro ao editor, o Profº. Rivail sente-se em dúvida"como assiná-lo? Denizard Hippolyte Léon Rivail ou um pseudônimo. Sendo seu nome real muito conhecido no mundo cientifico em virtude de seus trabalhos anteriores, visando evitar alguma influencia ou confusão que porventura pudesse ocorrer, adota o nome de – Allan Kardec – nome que tivera ao tempo de uma das suas existências entre os Druidas.*

Desse modo, em 18 de abril de 1857, é lançada em Paris a primeira edição de "O Livro dos Espíritos". Continha 501 questões, formato grande e as perguntas e respostas vinham em 2 colunas, uma a frente da outra.

A forma definitiva, tal qual hoje a conhecemos, vai aparecer na segunda edição, na mesma Paris, em 16 de março de 1860, revisado e ampliado para 1019 questões, 193 subquestões, totalizando 1212 tópicos.

Entre as duas edições – 1857 – 1860 – desenvolveu-se na França, o movimento espírita, ampliando-se para as várias regiões do mundo, com a publicação da ‘Revista Espírita"em janeiro de 1858 e a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em 1º de abril deste mesmo ano.

Sete ou oito anos após o lançamento, portanto entre 1863 – 1864 é feita a primeira tradução do original francês para o espanhol por José Maria Fernandes Colavida e, possivelmente lançado em edição clandestina pela imprensa espanhola.

No Brasil, a primeira tradução para o português, é feita da 20ª edição francesa, assinada por Fortunio, apelido do Dr. Joaquim Carlos Travassos e lançado no Rio de Janeiro em 1875.

Hoje, há inúmeras traduções nos principais idiomas, inclusive para o esperanto, possibilitando a que número incalculável de pessoas, tomem conhecimento dos princípios básicos renovadores, confortadores e libertadores contidos na Doutrina Espírita.

Desde aquela época no lançamento, com o surgimento de numerosas organizações espíritas e publicações especializadas, iniciou-se a era espírita.

Por que era espírita?

Porque nas páginas de "O Livro dos Espíritos" fé e razão se harmonizam embasadas na Tríplice estrutura da Doutrina Espírita – ciência – filosofia – religião.

*Pela Ciência* - o "sobrenatural" torna-se natural reduzindo-se à uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo.

*Pela Filosofia* - há a apresentação de um vasto sistema, baseado em estrutura livre e dinâmica onde problemas metafísicos, problemas propriamente espíritas como a natureza, origem e destino dos Espíritos, sua ligação com a matéria, a vida após a morte, sociologia, ética, propostas, questionamentos e buscas, são apresentados ao campo mental.

*Pelas Conseqüências Religiosas* - advindas de toda essa revolução mental que propicia, sem cultos, sem rituais, sem hierarquias cristalizadoras ou exterioridades, traduz-se na religião em espírito e verdade extravasada no sentimento e no pensamento do homem, religião positivo, dinâmica, atuante baseada no respeito e vivência das Leis Naturais.

Embora tenhamos visto no estudo anterior, que toda sua reviravolta se processava no campo do pensamento, ainda assim, o surgimento de "O Livro dos espíritos"causa impacto e ele é considerado herético, isto é, fora, contrário, opositor aos princípios religiosos, filosóficos e científicos estabelecidos.

Não obstante, os três campos do pensamento acadêmico – ciência – filosofia – religião – avançam em direção à esses três aspectos de "O Livro dos Espíritos", da Doutrina Espírita: cada conquista da ciência, cada avanço da Filosofia ou da Religião têm marcado, inevitavelmente, uma aproximação com os postulados espíritos e à maneira do mundo clássico que repudiou o Cristianismo para acabar aderindo aos seus princípios o mundo daquela época repudiou o Espiritismo para acabar se posicionando em sua direção.

Durante um século, mais ou menos, permanece este estado de coisas – o livro é lido pelos espíritos e combatido pelos não-espiritas. No tempo próprio porém, a Física demonstra a natureza ilusória da matéria. A Biologia supera o modo mecanicista de entender a Vida. A Astronomia descobre continuamente novas galáxias e corpos celestes buscando Vida. A Psicologia comprova a realidade dos fenômenos paranormais, a percepção extra-sensorial, a independência de "algo"em relação ao sensório – físico. A Filosofia reconhece nos seus estudos relativos à natureza dos seres que..." o homem se completa na morte" em energias que se sucedem. A Religião por sua vez, admite a necessidade de reformular sua idéia finalista, antropomórfica, e exterior, da vida, de Deus, do homem, aspectos estes a demonstrar o quanto este livro precisa mais que nunca ser estudado pelos espíritas.

Desdobrou-se este livro em mais quatro, formando os cinco a Codificação Espírita, a Doutrina Espírita – e estes cinco livros constituem-se com um todo homogêneo e conseqüente, não se podendo separar, optar, preferir, isolar um livro do outro, como se pudessem representar expressão de uma forma diferente do pensamento. Não. Doutrina Espírita é um todo só – todos os temas abordados nos outros quatro livros estão em "O Livro dos Espíritos", e vão encontrar aprofundamento, detalhamento e maiores explicações em cada livros especifico – por exemplo – as ligações do Espiritismo com o Cristianismo vão se definir nas propostas morais contidas em "O Evangelho Segundo o Espiritismo". A controvertida problemática da origem do homem, encontrará reflexões em "A Gênese". As questões mediúnicas, o perispírito em "O Livro dos Médiuns" e as questões teológicas, as penas e recompensas em "O Céu e o Inferno", sem que desenvolvimento, essa abertura em livro próprio queira significar qualquer modificacao dos princípios sintéticos firmados em "O Livro dos Espíritos".

No esquema abaixo, demonstra-se essa notável seqüência e relacionamento entre as obras Básicas, realmente mostrando formarem elas um todo compacto, inseparável, completo.

*O Livro dos Espíritos*

O principiante espírita
O que é o Espiritismo
(2 pequenos livros introdutórios, não se incluem propriamente na Codificação.

Introdução e Prolegômenos


Quem sou ?
De onde vim ?

Livro I
Das causas primárias

" A Gênese "

De onde vim ?
O que sinto ?
Porque sofro ?
Para onde vou ? .

Livro II
Do mundo espírita .

" O Livro dos Médiuns "


Porque sofro ?
Como ser espírita ?
Porque ser espírita ? .
.

Livro III
Das leis morais .

"O Evangelho Segundo o Espiritismo "

Para onde vou ?
Porque vou ?
Como ir ? .

Livro IV
Das Esperanças e Consolações .

"O Céu e o
inferno "
.
Porque ser espírita ? .


Conclusões

*"O Livro dos Médiuns" – 15-1-1861* – livro que trata da Mediunidade e seu tema principal é o perispírito elemento de ligação entre o Espírito e o corpo material. Neste livro, Kardec trabalha com o mundo espiritual e os seres que nele habitam, os métodos e o como adequar e orientar a mediunidade.

*"O Evangelho Segundo o Espiritismo"* – abril 1864 – desenvolvimento da parte moral, uma vez que após as comprovações da ciência e as propostas da filosofia, o homem desperta para a moral do Cristo uma vez que neste livro Kardec estuda a parte essencial dos Evangelhos – o ensino moral.

*"O Céu e o Inferno" – 1-8-1865* – assuntos referentes à Justiça Divina através dos gozos terrenos e futuros. Liberta o homem do nada biológico, do dogma da ressurreição, paraíso, inferno e purgatório como lugares geográficos demonstrando que os padecimentos humanos tem suas raízes no próprio Espírito e que céu e inferno são estados íntimos da criatura.

*"A Gênese" – os milagres e as predições segundo o Espiritismo"- 6-1-1868* – revela cientificamente a existência de um outro mundo na Terra, mundo esse que se interpenetra ao mundo material e com ele se confunde. Não consta nenhuma afirmação dogmática ou exposição de aspectos fantásticos. O que há são raciocínios lógicos, proposições, explicações das leis físicas, mentais e psíquicas, uma análise do campo místico dos milagres e do fenomenismo para normal.

Nestes livros encontram-se portanto, respostas às questões básicas do ser que na Doutrina Espírita abrem-se através de esclarecimento e consolo em sistema aberto propondo a razão, ao raciocínio, a tese fundamental – a evolução – Levando o homem ao encontro de si mesmo, desperta-o para o desejo de superar-se, direcionando-se ao infinito.

"Bastam estas informações, diz-nos o Profº. Herculano Pires, para mostrar aos espíritos arejados a face desconhecida deste livro, bem como sua importância sócio-cultural".

"Em linhas gerais este o livro que mensalmente estudaremos onde..." sua simplicidade aparente é tão ilusória quanto a superfície tranqüila de um grande rio".
*Bibliografia*

"A Luz do Espiritismo" Vianna de Carvalho

"O Centro Espírita" – Herculano Pires

"O Principiante Espirita" – Allan Kardec

"O Reformador nº 1945" – FEB

"Estudo sobre o Livro dos Espíritos" – A.C. Perri de Carvalho "Noticias sobre o Livro" – H.Pires

Próximo estudo – Introdução do Estudo da Doutrina Espírita – Espiritismo e Espiritualismo.

*Leda Marques Bighetti*

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