14 = UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
ANEXOS
O TRABALHO DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS NO GRUPO MEDIÚNICO
A reunião mediúnica séria não comporta, a rigor, improvisações por parte dos dirigentes e colaboradores do plano espiritual. Sempre que um grupo de pessoas se reúne para o trabalho de natureza mediúnica, um grupo correspondente de Espíritos aproxima. Todos nós temos, no mundo espiritual, companheiros, amigos e guias, tanto quanto desafetos e obsessores em potencial ou em atividade. Teremos que aprender a trabalhar com ambos os grupos. (Diálogo com as sombras, p. 95)
Sabe-se também, que os nossos grupos e os nossos médiuns se acham meticulosamente catalogados nas organizações do Espaço. Convém acrescentar que registros semelhantes obviamente para outras finalidades existem também nos redutos trevosos. (Op. Cit. , p. 97)
Espíritos endividados que somos, devemos aproveitar corretamente os benefícios que a prática mediúnica enseja, nos apresentando perante a equipe espiritual na forma que orienta o apóstolo Tiago: Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. (Tiago, 4:8)
André Luiz informa que realizar [...] uma sessão de trabalhos espirituais eficientes não é coisa tão simples. Quando encontramos companheiros encarnados, entregues ao serviço com devotamento e bom ânimo, isentos de preocupação, de experiências malsãs e inquietações injustificáveis, mobilizamos grandes recursos a favor do êxito necessário. (Os Mensageiros, cap. 43, página 265)
Em geral, os Espíritos necessitados de auxílio são colocados, na sala de reunião, em espaços especificamente divididos por meio de faixas fluídico-magnéticas. Trata-se de uma medida de vigilância, utilizada para garantir a ordem e para evitar a ocorrência de qualquer tipo de perturbação durante a realização do trabalho. (Op. Cit., p. 266) A organização da tarefa tem como base o amparo, atentos à indagação de Jesus: Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como também tive misericórdia de ti? (Mateus, 18:33)
Os trabalhadores do plano espiritual magnetizam ou ionizam o ar do recinto da reunião. A ionização é, por assim dizer, um processo de eletrificação do ambiente. Sua finalidade é possibilitar a combinação de recursos para efeitos elétricos e magnéticos. (Estudando a mediunidade, capítulo 62, p. 217)
A ionização favorece a manifestação dos Espíritos; fornece condições para instalação de instrumentos, aparelhos e apetrechos que serão utilizados pelos benfeitores e torna o ar ambiente asséptico, livre de impurezas mentais. O auxílio espiritual, eficiente e harmônico, é feito por Espíritos benfeitores, por não ignorarem o pedido de Jesus: Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (João, 17:15)
A instalação de instrumentos, aparelhos ou equipamentos nas reuniões mediúnicas é usual, existindo equipamentos móveis e outros que permanecem fixos no local da reunião.
O psicoscópio, por exemplo, é um minúsculo objeto usado pelos benfeitores para fazer acurada análise mental e vibracional dos participantes da reunião mediúnica.
Destina-se à auscultação da alma, com o poder de definir-lhe as vibrações e com a capacidade para efetuar diversas observações em torno da matéria [...]. Funciona à base de eletricidade e magnetismo, utilizando de elementos radiantes, análogos na essência aos raios gama. É construído por óculos de estudo, com recursos disponíveis para a microfotografia. (Nos Domínios da Mediunidade, edição FEB de 2003, cap. 2).
Na mesma obra, capítulo 7, André Luiz descreve uma [...] tela de gaze tenuíssima, com dispositivos especiais, medindo por inteiro um metro quadrado, aproximadamente. [...]. Essa tela é, na verdade, um condensador ectoplásmico, cujas finalidades são explicadas pelo Espírito Áulus, assim:
Tem a propriedade de concentrar em si os raios de força projetados pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do pensamento da entidade comunicante, não só para a nossa observação, mas também para a análise do doutrinador, que as recebe em seu campo intuitivo, agora auxiliado pelas energias magnéticas do nosso plano. (Op. Cit., página 65).
No livro Obreiros da Vida Eterna, (capítulo 8, p. 132-133), André Luiz traz notícias de pequenino aparelho, destinado à amplificação da voz. Os benfeitores espirituais fazem uso desse instrumento dentro e fora das reuniões mediúnicas, sempre que é necessário ecoar a voz a distâncias consideráveis.
No livro Libertação, cap. 5, André Luiz nos descreve um aparelho, utilizado por entidades trevosas, que funciona como captador de ondas mentais, de acordo com as cores refletidas no perispírito submetido à análise.
Em Nosso Lar, capítulo 48, consta a informação a respeito de um globo cristalino, usado na comunicação com Espíritos encarnados. Trata-se de um grande globo, de mais ou menos dois metros, envolvido, na parte inferior, em longa série de fios que se liga a um pequeno aparelho, semelhante a um alto-falante.
Temos também nesse livro, no capítulo 32, a descrição de um aparelho destinado a demonstrações pela imagem, à maneira de cinematógrafo terrestre, com o qual é possível levar à efeito cinco projeções variadas, simultaneamente.
Existem inúmeros outros aparelhos: de filmagem (E a Vida Continua, cap. 10 e 11); de precisão para uso médico (Evolução em dois Mundos, segunda parte, cap. 19); de registro de pensamentos (E a Vida Continua, cap. 10); de raio curativo (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28 e em E a Vida Continua, cap. 6); de sinalização luminosa (Os Mensageiros, cap. 22); de consultas rápidas às inúmeras repartições existentes no Além (Sexo e Destino, segunda parte, cap. 13); magnético de contato mediúnico (Nos Domínios da Mediunidade, cap.16); que fabrica ar puro (Obreiros da Vida Eterna, cap. 6) .
Participantes Desencarnados das Reuniões Mediúnicas
Marlene Cruzinha*
Lucidéia Carvalho*
Augusto Cesar Romano*
Álvaro Lopes**
Encontramos ao lado da equipe de trabalhadores do plano físico, em uma reunião mediúnica séria, a equipe de trabalhadores do Invisível: o Mentor, responsável pela orientação e proteção dos membros do grupo e alguns colaboradores deste, via de regra, em diferentes condições evolutivas, que atuam como apoio na realização das tarefas tanto na reunião quanto nos seus desdobramentos no plano espiritual. Desse modo, tal como no plano físico designamos funções aos componentes da reunião (dirigentes, esclarecedores, médiuns e equipe de apoio), no Invisível, essa designação segue uma elaboração muito mais criteriosa, sempre baseada na fraternidade e no conhecimento da importância do trabalho na Vinha do Senhor.
Cabe aos trabalhadores e estudiosos da mediunidade o empenho continuado em conhecer e entender a frutuosa inter-relação existente entre os homens e os Espíritos, mormente aqueles que participam das reuniões mediúnicas, na Casa Espírita.
A equipe de encarnados tem assim suas funções específicas e de grande responsabilidade, mas, ela se submete, a seu turno, àquela outra equipe a espiritual que é em verdade a que dirige e orienta os trabalhos em todo o seu desenrolar. Esta equipe, formada por grande número de trabalhadores, submete-se à direção de um Mentor ou Instrutor Espiritual, o qual responde por todas as atividades programadas pelos dois grupos: o de encarnados e o de desencarnados, sendo que o programa estabelecido pela equipe do plano físico depende, para sua execução, da aquiescência e permissão do Mentor Espiritual.6
1. Os trabalhadores desencarnados:
Os trabalhadores desencarnados, como nos asseveram os ensinamentos da farta literatura sobre a mediunidade, estão sempre à cata de cooperadores dedicados, dispostos ao trabalho na Seara do Bem. Encontrando corações sensíveis e motivados ao labor, sejam encarnados ou desencarnados, logo se predispõem a assessorá-los empenhados que estão, em patrocinar todo empreendimento que reduza o avanço do mal, amenizando, com a terapia do amor, o sofrimento e a desesperança existentes na Terra.
A figura venerável do Mentor de uma reunião mediúnica séria, em seus propósitos de coordenar e apoiar seus tutelados ocupará sempre, na escala evolutiva, posição superior a de seus comandados, guardando plena identificação com os objetivos divinos. Alguns grupos conhecem-lhe o nome e identificam a figura venerável e, vez por outra, recebem a palavra de incentivo e a orientação quanto à condução dos trabalhos de assistência e esclarecimento, nas lides espirituais.
No entanto, muito raramente, interferem nas decisões da equipe de encarnados, optando pela orientação fraterna e, freqüentemente, oportunizando recursos justos para o êxito nas empreitadas suscitadas pela necessidade de mudança e renovação de propósitos.
_________________________
* União Espírita Paraense: Membros integrantes do DIREX-COAME. Belém-Pará.
** Coordenador da área da atividade mediúnica nas comissões regionais, CFN-FEB.
Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, uma recomendação há que nunca será demais repetir e que deveríeis ter presente sempre na vossa lembrança, quando vos entregais aos vossos estudos: é a de pesar e meditar, é a de submeter ao cadinho da razão mais severa todas as comunicações que receberdes; é a de não deixardes de pedir as explicações necessárias a formardes opinião segura, desde que um ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro.4
Nas obras do Espírito André Luiz encontraremos vários exemplos da atuação dos orientadores junto ao dirigente encarnado e demais membros do grupo. Destacamos, a seguir, pequenos trechos ilustrativos.
Faltavam apenas dois minutos para as vinte horas, quando o dirigente espiritual mais responsável deu entrada no pequeno recinto. [...] Clementino avançou em direção a Raul Silva, perto de quem se postou em muda reflexão. [...] Neste o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a assembléia [no plano físico], mostrando-se-nos mais humanizado, quase obscuro. [...] Notamos que a cabeça venerável de Clementino passou a emitir raios fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Silva, sob os dedos do benfeitor, se nimbava de luminosidade intensa, embora diversa. [...] O mentor desencarnado levantou a voz comovente, suplicando a Bênção Divina com expressões que nos eram familiares, expressões essas que Silva transmitiu igualmente em alta voz, imprimindo-lhe diminutas variações.9
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