segunda-feira, 10 de setembro de 2012
A VERDADEIRA PAZ
Ao
ler a mensagem intitulada “Refugia-te em paz” no jornalzinho do mês passado,
foi impossível não identificá-la no dia a dia das nossas vidas.
A
mensagem traz a explicação de Emmanuel para a seguinte frase de Marcos: “Havia muitos
que iam e vinham e não tinham tempo para comer”. De maneira clara Emmanuel nos afirma
que, apesar da grande preocupação do homem em progredir na ciência, avançar no campo
da tecnologia a fim de “facilitar sua vida” e ter um pouco de paz, não lhe tem sobrado
tempo para o que deveria ser sua principal preocupação: o progresso moral!
Um
tanto incoerente, não é? Pois a dedicação ao nosso progresso moral é que nos
traz a verdadeira paz. Vejamos, por exemplo:
-
Um colega de trabalho difícil de se relacionar; neste caso costumamos reclamar,
nos achar vítimas, ficar inconformado com tal situação, mas somos nós mesmos
que transformamos em sofrimento o que poderíamos encarar com paciência,
tolerância, oportunidade de aprendizado se nos dedicássemos ao estudo e prática
do Evangelho.
O
mesmo acontece quando somos contrariados. Conseguimos transformar em dor de estômago,
dor de cabeça ou pressão alta, uma simples divergência de opinião, tudo porque
a nossa vaidade não aceita. Se tivéssemos tempo para estudar o Consolador
prometido, ele seria nosso guia e suporte para lidarmos com situações como
estas.
Sabemos
que a cada um de nós nos é dado segundo as nossas obras, pois somos espíritos
eternos dotados da inteligência e possuímos o livre-arbítrio, ou seja, fazemos nossas
escolhas. Cabe a cada um de nós ponderar, comparar e escolher como é que queremos
utilizar nosso tempo.
Fica,
então, o convite deixado pela referida mensagem para que “... adotemos efetivamente
o aprendizado com o Divino Mestre...” refugiando-nos dentro de nossa alma, pois
aí encontraremos as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade
reais
Natália
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html
POR QUE NOS DETEMOS
POESIA
Há celebrações incontáveis
Relembrando nobres atos
De trabalhadores incansáveis
Que são, de exemplos, fartos.
Rememora-se a liberdade d’uma nação
Conquistada sem a utilização
De qualquer arma na mão,
Liderada pelo hindu¹ de singular inspiração.
Ou mesmo faz-se lembrança da simplicidade
Vencendo, com maestria, o egoísmo
E semeando a verdadeira caridade
Na região da Úmbria², em tempos idos.
Eis também na memória
A moça³ ainda em botão
A florir à França a unificação
Livrando-a de história inglória.
Adicionalmente relembra-se o homem nobre
Que esqueceu a si próprio
Para tornar-se o médico dos pobres4
E dedicar-se sempre ao próximo.
Bem como lembramos do médium mineiro5,
Que da singela Pedro Leopoldo
Esteve a amar ao mundo todo
E servir aos espíritos como fiel mensageiro.
Demonstrando, em exemplificação,
Que o Consolador, o Espiritismo,
É ferramenta de pródiga utilização
Nas mãos do Cristianismo.
Que serviram à Grande Causa
Faz-se recordações salutares
Mas de objetividade ainda balda.
Uma vez que tal contemplação
Torna-se improdutiva
Se não há a execução
Da verdade já admitida.
Olvida-se que Jesus, o Senhor,
Que, deste planeta, é o Grande Tutor
Enseja a todos o Seu convite
De trabalho e de amor.
Em prol do fenecimento
De egoística concepção
Para moral engrandecimento
E espiritual ascensão.
Deste modo, se negligencia
Que tal convite sereno
A todos sempre é feito
Nos níveis que nos caracterizam.
Tais Espíritos de escol, na realidade
Assumiram suas responsabilidades
Em favor da própria iluminação
Através da observância e execução
Dos imorredouros ensinos
Vivenciados pelo Cristo
E colocados em ação
Como propostas de evolução.
Se tal convite é feito
A todos, sem esquecimento,
Por que ainda nos detemos?
2
Francisco de Assis
3
Joana D’Arc
4
Dr. Bezerra de Menezes
5
Francisco C. Xavier
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
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sábado, 8 de setembro de 2012
ESCASSEZ DE MÉDIUNS
CONCEITOS FILOSÓFICOS
Muitos
Centros Espíritas fecham as portas ou interrompem atividades por não ter nas
fileiras de seus trabalhadores os médiuns. Tal situação demonstra a falta de
estudo da Doutrina por parte dos espíritas.
Esta
questão é velha. Kardec a enfrentou e deu a resposta quando esclareceu:
“Conquanto só recentemente publicado, “O Livro dos Médiuns” já provocou, em
várias localidades, o desejo de formar reuniões íntimas, como nós aconselhamos.
Escrevem-nos,
entretanto, que param ante a escassez de médiuns. Por isso, julgamo-nos no
dever de dar alguns conselhos sobre a maneira de os suprir.
Um
médium, sobretudo um bom médium, é incontestavelmente um dos elementos
essenciais em toda reunião que se ocupa de Espiritismo; mas seria erro pensar
que, em sua falta, nada mais resta que cruzar os braços ou suspender a sessão.
Absolutamente
não compartilhamos a opinião de uma pessoa que compara uma sessão espírita sem
médiuns a um conserto sem músicos. A nosso ver, existe uma comparação muito
mais justa: a do Instituto e das sociedades científicas que sabem empregar o
seu tempo sem ter permanentemente sob os olhos o material de experimentação.
Vai-se a um concerto ouvir música.
É,
pois, evidente que se os músicos estiverem ausentes, o objetivo falhou. Mas a
uma reunião espírita, vamos ou, pelo menos deveríamos ir, para nos instruirmos.
Certamente, para os que vão a estas reuniões com o único objetivo de ver
efeitos, o médium será tão indispensável quanto o músico no concerto; mas para
os que antes de mais nada, buscam instruir-se, que querem aprofundar as várias
partes da Ciência, em falta de um instrumento de experimentação, terão mais de
um meio de o obter.
Para
começar, diremos que se os médiuns são comuns, os bons médiuns, na verdadeira
acepção da palavra, são raros.
Diariamente
a experiência prova que não basta possuir a faculdade mediúnica para ter boas
comunicações.
Por
outro lado, os melhores médiuns são sujeitos a numerosas causas acidentais, que
momentaneamente pode privar-nos de seu concurso. Vê-se, pois, que se não houver
elementos de reserva, podemos ficar desprovidos quando menos o esperamos, e
seria aborrecido que em tais condições os trabalhos fossem interrompidos.
O
ensino fundamental que se vem buscar nas reuniões espíritas sérias é, sem
dúvida, dado pelos Espíritos. Mas que frutos tiraria um aluno das lições dadas
pelo mais hábil professor se ele também não trabalhasse? Se não meditasse sobre
o que ouviu? Que progresso faria a sua inteligência se tivesse constantemente o
mestre ao seu lado, para lhe mastigar a tarefa e lhe poupar o esforço de pensar?
Nas
reuniões espíritas, os Espíritos desempenham dois papéis: uns são professores
que desenvolvem os princípios da Ciência, elucidam os pontos duvidosos, e, sobretudo,
ensinam as leis da verdadeira moral; outros são materiais de observação e de
estudo, que servem de aplicação. Dada a lição, sua tarefa está acabada e a
nossa principiada: a de trabalhar naquilo que nos foi ensinado, a fim de melhor
compreender e de melhor apreender o seu sentido e o seu alcance. É para nos
deixar a oportunidade de cumprir o nosso dever – permitam-nos a expressão clássica
– que os Espíritos suspendem, por vezes, as suas comunicações. Bem que eles
querem nos instruir, mas com a condição de que lhes secundemos os esforços.
Advertem.
E se não são ouvidos, retiram-se, a fim de termos tempo para refletir.
Na
ausência de médiuns, a reunião que se propõe algo mais que manejar um lápis,
tem mil e um meios de empregar o tempo de maneira proveitosa. Limitamo-nos a indicar
alguns sumariamente:
1o
– Reler e comentar as antigas comunicações, cujo estudo aprofundado fará
ressaltar melhor o seu valor.
2o
– Contar fatos de que se tem conhecimento, discuti-los, comentá-los,
explicá-los pelas leis da Ciência Espírita.
3o
– Ler, comentar e desenvolver cada artigo de “O Livro dos Espíritos” e de “O
Livro dos Médiuns,” bem como todas as outras obras sobre o Espiritismo.
Vê-se,
pois, que fora das instruções dadas pelos Espíritos, existe matéria ampla para
um trabalho útil. Mas se, conforme a necessidade, devemos preencher a ausência momentânea
de médiuns, não seria lógico preconizar a sua abolição indefinida. É necessário
nada negligenciar, com o fito de os encontrar. Para uma reunião, o melhor é
procurá-los no próprio meio.”
(Compilado
por Pedro Abreu)
Revista
Espírita – Fev/1861: Escassez de Médiuns
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
A REENCARNAÇÃO ATRAVÉS DOS SÉCULOS
A BIBLIOTECA ESPÍRITA EM DESFILE
A
falta de conhecimento acerca do que a história moderna cataloga como aquisição do
conhecimento humano, ao longo dos últimos 6000 anos, faz com que se confira ao
Espiritismo o título de “inventor” da reencarnação.
Ledo
engano. O Espiritismo não inventou a reencarnação, por tal conceito se encontrar
grafado nas mais diversas religiões, culturas e tempos.
Coube
a Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, retirar o véu místico que cobria
tal fato, dando-lhe embasamento teórico e comprovação prática.
Para
consubstanciar esta afirmativa trazemos, neste mês, a obra A Reencarnação através
dos Séculos, organizada por Nair Lacerda.
Sem
nenhum compromisso com o Espiritismo, esta obra, de 1978, é composta de duas
partes. Na primeira, a Sra. Lacerda faz um breve descritivo do que ela chama de
“grandes religiões” e suas respectivas menções à reencarnação, passando, inclusive,
pelas religiões do antigo Egito.
Na
segunda parte, compilou o testemunho de mais de 100 personalidades acerca do
tema, abrangendo desde Pitágoras (587–507 a.C.) até personalidades dos tempos
atuais.
Não
deixe de procurar esta obra na biblioteca e boa leitura!
Daniel
Lona
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
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O MEDO DA MORTE
Em
entrevista à revista Época de 19 de abril 2010, o médico geriatra Franklin
Santana Santos, pós-doutorado em psicogeriatria pelo Instituto Karolinska
(Suécia), também com estudos em Saúde e Espiritualidade pela Universidade de
Duke (Estado Unidos), foi categórico: os médicos têm medo da morte.
Espírita
por convicção, o referido professor visitante da USP disse que: “O Ocidente
lida muito mal com a morte. Nossa cultura é pautada no viver. Todo mundo quer
ser jovem, bonito e rico. Refletir sobre a morte significa assumir que todos
esses valores são efêmeros.
Ninguém
quer fazer isso”. Deste modo os cuidados paliativos ao paciente, que passam
necessariamente pela consideração da morte, não são efetivamente realizados.
Afirmou
que muito mais que saber se o paciente está com dor o médico precisa ser capaz
de reconhecer outras dores (psicológicas, sociais, existenciais e espirituais),
buscando alívio para elas. No entanto, tais profissionais somente foram
treinados para curar, o que nem sempre acontece.
Como
exemplificação citou que das 181 faculdades de medicina no Brasil, somente uma
apresenta disciplina obrigatória na graduação para estudo sobre a morte.
Tal
estudioso no assunto traz à baila o fato de que a realidade espiritual não pode
ser mais negligenciada. Isso porque acreditar no homem como sendo simplesmente
uma máquina de efeitos bioquímicos não o exime das angústias íntimas por
desconsiderar uma fase tão natural na vida de um espírito encarnado: a hora do
desenlace, o instante da morte. E este momento não é a falência, mas,
simplesmente, uma fase da vida.
Susan
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
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sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
O MOMENTO ATUAL
TRABALHO COM RENOVAÇÃO
Escola de aprendizado, trabalho e renovação,
as Casas Espíritas, apesar da boa vontade e esforço de seus trabalhadores,
ainda sofrem com o despreparo destes; principalmente, quanto à falta de
vigilância e estudo.
Por vezes, os tarefeiros parecem conscientes
e conhecedores da realidade da vida, da eternidade do espírito e do uso correto
que devem fazer da matéria; parecem compreender que esta é ferramenta de
trabalho e aprendizado para o progresso do espírito, tal qual o material
pedagógico utilizado para o ensino nos bancos escolares. Com tal comportamento lúcido
somam-se ao trabalho do plano espiritual, dos Espíritos que regem as Casas
Espíritas, e possibilitam atendimentos mais amplos e efetivos não só à
comunidade encarnada, mas às multidões de espíritos sofredores que a estas são
levadas.
Entretanto, em outros momentos, estes mesmos
companheiros parecem transformar as atividades de que participam em simples
trabalhos cuja realização os tornaria aptos a ganhar o “reino dos céus”, se
portando quais “fiéis” que acreditam poder negociar as virtudes da vida eterna.
Estão presentes aos estudos, mas ligados às preocupações do dia a dia... Limpam
o chão como uma ação mecânica, sem refletir que ao proporcionar o asseio do
ambiente físico geram a alegria e o sentimento de respeito àqueles que daquele
lugar se utilizarão, esquecendo-se ainda de ali deixar suas vibrações de
ternura e carinho capazes de envolver todos aqueles que partilharão daquele recinto...
Montam pizzas, quais pizzaiolos comprometidos
com o rendimento e com a qualidade do produto final, sem lembrar que a venda de
tais pizzas possibilita o atendimento fraterno de crianças surdas e suas
famílias, transformando tal atividade em mero meio de arrecadação de renda, quando
deveria ser tarefa a disciplinar os íntimos que buscam vibrar na simplicidade
do trabalho, na alegria de servir, vivenciando os princípios do Evangelho que ensina
que o homem só dá daquilo que tem...
Diante disto, percebe-se quão trôpegos e vacilantes
ainda são os passos dos trabalhadores das Casas Espíritas; quanta vigilância,
quanto estudo, quanta disciplina ainda são necessários para que realmente sejam
capazes de vivenciar as lições de Jesus.
Instruções e alertas quanto à necessária renovação
íntima têm sido constantes; ressaltam a todos o imperioso aproveitamento não só
da escola Casa Espírita, mas também da escola Terra; afinal, os trabalhadores,
espíritos eternos que são, devem caminhar rumo à perfeição, esforçando-se no
estudo do Evangelho de Jesus para que a compreensão deste os apóie na jornada
regenerativa, com muita perseverança, disciplina e vigilância, para a vivência
das lições do Mestre no trabalho renovador.
Trabalhar é Lei da Vida, todavia, para o
legítimo aproveitamento do trabalho, é necessário aprender a doar-se; pois,
conforme frase citada pelo médium mineiro Francisco C. Xavier, convém não
esquecer que “em casa que muito cresce o amor desaparece”.
Sheila
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
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