Em
entrevista à revista Época de 19 de abril 2010, o médico geriatra Franklin
Santana Santos, pós-doutorado em psicogeriatria pelo Instituto Karolinska
(Suécia), também com estudos em Saúde e Espiritualidade pela Universidade de
Duke (Estado Unidos), foi categórico: os médicos têm medo da morte.
Espírita
por convicção, o referido professor visitante da USP disse que: “O Ocidente
lida muito mal com a morte. Nossa cultura é pautada no viver. Todo mundo quer
ser jovem, bonito e rico. Refletir sobre a morte significa assumir que todos
esses valores são efêmeros.
Ninguém
quer fazer isso”. Deste modo os cuidados paliativos ao paciente, que passam
necessariamente pela consideração da morte, não são efetivamente realizados.
Afirmou
que muito mais que saber se o paciente está com dor o médico precisa ser capaz
de reconhecer outras dores (psicológicas, sociais, existenciais e espirituais),
buscando alívio para elas. No entanto, tais profissionais somente foram
treinados para curar, o que nem sempre acontece.
Como
exemplificação citou que das 181 faculdades de medicina no Brasil, somente uma
apresenta disciplina obrigatória na graduação para estudo sobre a morte.
Tal
estudioso no assunto traz à baila o fato de que a realidade espiritual não pode
ser mais negligenciada. Isso porque acreditar no homem como sendo simplesmente
uma máquina de efeitos bioquímicos não o exime das angústias íntimas por
desconsiderar uma fase tão natural na vida de um espírito encarnado: a hora do
desenlace, o instante da morte. E este momento não é a falência, mas,
simplesmente, uma fase da vida.
Susan
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html
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