TRABALHO COM RENOVAÇÃO
Escola de aprendizado, trabalho e renovação,
as Casas Espíritas, apesar da boa vontade e esforço de seus trabalhadores,
ainda sofrem com o despreparo destes; principalmente, quanto à falta de
vigilância e estudo.
Por vezes, os tarefeiros parecem conscientes
e conhecedores da realidade da vida, da eternidade do espírito e do uso correto
que devem fazer da matéria; parecem compreender que esta é ferramenta de
trabalho e aprendizado para o progresso do espírito, tal qual o material
pedagógico utilizado para o ensino nos bancos escolares. Com tal comportamento lúcido
somam-se ao trabalho do plano espiritual, dos Espíritos que regem as Casas
Espíritas, e possibilitam atendimentos mais amplos e efetivos não só à
comunidade encarnada, mas às multidões de espíritos sofredores que a estas são
levadas.
Entretanto, em outros momentos, estes mesmos
companheiros parecem transformar as atividades de que participam em simples
trabalhos cuja realização os tornaria aptos a ganhar o “reino dos céus”, se
portando quais “fiéis” que acreditam poder negociar as virtudes da vida eterna.
Estão presentes aos estudos, mas ligados às preocupações do dia a dia... Limpam
o chão como uma ação mecânica, sem refletir que ao proporcionar o asseio do
ambiente físico geram a alegria e o sentimento de respeito àqueles que daquele
lugar se utilizarão, esquecendo-se ainda de ali deixar suas vibrações de
ternura e carinho capazes de envolver todos aqueles que partilharão daquele recinto...
Montam pizzas, quais pizzaiolos comprometidos
com o rendimento e com a qualidade do produto final, sem lembrar que a venda de
tais pizzas possibilita o atendimento fraterno de crianças surdas e suas
famílias, transformando tal atividade em mero meio de arrecadação de renda, quando
deveria ser tarefa a disciplinar os íntimos que buscam vibrar na simplicidade
do trabalho, na alegria de servir, vivenciando os princípios do Evangelho que ensina
que o homem só dá daquilo que tem...
Diante disto, percebe-se quão trôpegos e vacilantes
ainda são os passos dos trabalhadores das Casas Espíritas; quanta vigilância,
quanto estudo, quanta disciplina ainda são necessários para que realmente sejam
capazes de vivenciar as lições de Jesus.
Instruções e alertas quanto à necessária renovação
íntima têm sido constantes; ressaltam a todos o imperioso aproveitamento não só
da escola Casa Espírita, mas também da escola Terra; afinal, os trabalhadores,
espíritos eternos que são, devem caminhar rumo à perfeição, esforçando-se no
estudo do Evangelho de Jesus para que a compreensão deste os apóie na jornada
regenerativa, com muita perseverança, disciplina e vigilância, para a vivência
das lições do Mestre no trabalho renovador.
Trabalhar é Lei da Vida, todavia, para o
legítimo aproveitamento do trabalho, é necessário aprender a doar-se; pois,
conforme frase citada pelo médium mineiro Francisco C. Xavier, convém não
esquecer que “em casa que muito cresce o amor desaparece”.
Sheila
Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html
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