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terça-feira, 12 de agosto de 2014

4 – As Penas Futuras segundo o Espiritismo

Módulo X
Imortalidade da Alma e Vida Futura

4 – As Penas Futuras segundo o Espiritismo

A questão das penas futuras, sempre foi motivo de muitas dissensões entre os religiosos e aqueles que não possuem fé alguma. E se analisarmos com tranqüilidade, em muitas vezes, temos de dar razão aos não religiosos, devido à falta de lógica da teoria professada pelos ditos cristãos.

Também sobre este assunto, a Codificação Espírita trouxe muito esclarecimento.

Transcrevemos abaixo, parte do texto escrito por Kardec em sua importante obra “O Céu e o Inferno”.

A doutrina Espírita, no que respeita às penas futuras, não se baseia numa teoria preconcebida; não é um sistema substituindo outro sistema (…). Ninguém jamais imaginou que as almas, depois da morte, se encontrariam em tais ou quais condições; são elas, essas mesmas almas, partidas da Terra, que nos vêm hoje iniciar nos mistérios da vida futura, descrever-nos sua situação feliz ou desgraçada, as impressões, a transformação pela morte do corpo, completando, em uma palavra, os ensinamentos do Cristo sobre este ponto (…).

O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

1. A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as conseqüências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.

2. A completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda a perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.

3. Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis conseqüências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de gozo (…).

4. Dependendo o sofrimento da imperfeição, como o gozo da perfeição, a alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem a necessidade de lugar circunscrito. O inferno está em toda parte em que haja almas sofredoras, e o céu igualmente onde houver almas felizes.

5. Sendo infinita a justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente considerados, não havendo uma só ação, um só pensamento mau que não tenha conseqüências fatais, como não há uma única ação meritória, um só bom movimento da alma que se perca (…).

6. Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez (…).

7. Não há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do castigo: - a única lei geral é que toda falta terá punição e terá recompensa todo ato meritório, segundo seu valor.
8. A duração do castigo depende da melhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita (…).

9. Dependendo da melhoria do Espírito a duração do castigo, o culpado que jamais melhorasse sofreria sempre, e, para ele, a pena seria eterna (…).

10. O arrependimento conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação, e reparação, constituem as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências (…). A necessidade da reparação é um princípio de rigorosa justiça, que se pode considerar verdadeira lei de reabilitação moral dos Espíritos.

11. Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia perturbariam (…).

12. Como o Espírito tem sempre o livre-arbítrio, o progresso por vezes se lhe torna lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode persistir anos e séculos (…).

13. Quaisquer que sejam a inferioridade e perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo de guarda (…). A influência do anjo de guarda, contudo, faz-se quase sempre ocultamente e de modo a não haver pressão, pois que o Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, nunca por qualquer sujeição (…).

14. Conquanto infinita a diversidade de punições, algumas há inerentes à inferioridade dos Espíritos (…). A punição mais imediata, sobretudo entre os que se acham ligados à vida material em detrimento do progresso espiritual, faz-se sentir pela lentidão do desprendimento da alma; nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na conseqüente perturbação que pode dilatar-se por meses e anos (…).

15. Um fenômeno mui freqüente entre os Espíritos de certa inferioridade moral, é o acreditarem-se ainda vivos (…).

16. Para o criminoso, a presença incessante das vítimas e das conseqüências do crime é um suplício cruel.

17. Espíritos há mergulhados em densa treva; outros se encontram em absoluto insulamento no Espaço, atormentados pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda (…). Alguns são privados de ver os seres queridos e todos, geralmente, passam com intensidade relativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram (…).

18. O hipócrita vê desvendados, penetrados e lidos por todo o mundo os seus mais secretos pensamentos (…). O egoísta, desamparado de todos, sofre as conseqüências da sua atitude terrena; nem amigas mãos se lhe estenderão às suas mãos súplices; e pois que em vida só de si cuidara, ninguém dele se compadecerá na morte.

19. O único meio de evitar ou atenuar as conseqüências futuras de uma falta, está no repará-la desfazendo-a no presente (…).

20. A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão a por si mesmo preparada na vida corpórea (…).

21. Certo, a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega. O culpado que ela atinge não fica exonerado, e enquanto não houver satisfeito à justiça, sofre a conseqüência dos seus erros (…).

22. Às penas que o Espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são conseqüentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas. É na vida corpórea que o Espírito repara o mal de anteriores existências (…).
23. Todos somos livres no trabalho do próprio progresso, e o que muito, e depressa trabalha, mais cedo recebe a recompensa (…). O bem e o mal são voluntários e facultativos: livre, o homem não é fatalmente impelido para um nem para outro.

24. Em que pese a diversidade de gêneros e graus de sofrimentos dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios:

1. O sofrimento é inerente à imperfeição.

2. Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas conseqüências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.

3. Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade.85

85 “O Céu e o Inferno”, I Parte, cap. VII.


Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia - GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo
Divulgação

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

3 – Preparação do Espírito para o Desencarne

Módulo X
Imortalidade da Alma e Vida Futura


3 – Preparação do Espírito para o Desencarne

Os Espíritos têm afirmado a todo instante que a maior dificuldade encontrada pelo desencarnante no outro plano da vida, e a maior dificuldade encontrada pelos guias encarregados de auxiliar neste processo, é a falta de preparo do recém liberto.

E é fácil de entender o porquê. Imagine se qualquer um de nós fôssemos travar conversação com um elemento que desconhecesse o nosso idioma, e nós desconhecêssemos o dele.. Já pensaram que dificuldade? E olha que, quanto ao desencarne, a situação é bem mais complexa.

Voltando às comparações, notamos que é comum a qualquer um de nós, quando da realização de uma viagem a um país estranho, realizarmos determinada programação.

Que língua é falada neste país? Como vou fazer para me comunicar com seus habitantes? Qual a temperatura que está por lá? Será que a minha vestimenta está adequada?

Qual a moeda que tem valor nesta região? Como realizar o câmbio?

Estas e outras questões são levantadas por nós, antes de empreendermos viagem.

E quanto ao desencarne, viagem que todos nós sabemos que mais cedo ou mais tarde vamos realizar, temos nos preparado adequadamente? Como fazer?

O Espírito Irmão X, no livro “Cartas e Crônicas”, traz valiosas anotações a respeito deste tema. Por isto, achamos melhor transcrever sua narrativa.

Segundo ele, devemos modificar em primeiro lugar, nossos antigos maus hábitos.

Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros.

Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão.

Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira.

Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina.

Não se renda à tentação dos narcóticos. Por mais aflitivas lhe pareçam as crises do estágio no corpo, agüente firme os golpes da luta. As vítimas da cocaína, da morfina e dos barbitúricos demoram-se largo tempo na cela escura da sede e da inércia.

E o sexo? Guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo.

Temos aqui muita gente boa carregando consigo inferno rotulado de “amor”.

Se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.

Em família, observe cautela com os testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papelada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios.

Sobretudo, não se apegue demasiado aos laços consangüíneos. Ame a sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certeza de que, um dia, você estará ausente deles e de que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com a sua vontade, embora lhe respeitem a memória. Não se esqueça de que, no estado presente da educação terrestre, se alguns afeiçoados lhe registrarem a presença extraterrena, depois dos funerais, na certa intimá-lo-ão a descer aos infernos, receando-lhe a volta inoportuna.

Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É horrível a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.

Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos. Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas criaturas, há muita gente que suporta você com muito esforço.

Por essa razão, em qualquer circunstância, conserve o seu nobre sorriso.

Trabalhe sempre, trabalhe sem cessar.

O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas.
Ajude-se através do leal cumprimento de seus deveres.

Quanto ao mais, não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondolhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer.84

84 “Cartas e Crônicas”, cap. 4.


Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo

Divulgação

quinta-feira, 31 de julho de 2014

3 – Mundo Espiritual

Módulo IX
Há muitas moradas na Casa do Pai


3 – Mundo Espiritual

Dentre as muitas revelações trazidas pelo Espiritismo, a existência de um mundo dos Espíritos, merece de nossa parte um maior destaque.

O mundo das inteligências incorpóreas, apesar de interpenetrar-se com o nosso (físico), é um mundo à parte. É vida em outra dimensão, caracterizada por organização e constituição diferente de tudo o que conhecemos por aqui.

Constitui-se na morada ou pousada dos Espíritos, formando colônias ou comunidades de transição, onde se reúnem de forma homogênea baseados em laços de afinidade.

Afinidade caracterizada pela elevação moral dos elementos ali vinculados.

Através das informações obtidas via mediúnica, notamos a existência de várias esferas de vida no Mundo Maior, cada uma com sua vibração característica, formando assim mundos diferenciados em muitas faixas de elevação.

Alguns autores classificam várias delas denominando-as como:

Abismo: Região de grandes sofrimentos, devido à recalcitrância no violar as Leis Divinas.

No livro “Memórias de um Suicida”, recebido mediunicamente por Ivone do Amaral Pereira, o Espírito comunicante dá uma idéia do que seja esta região, e dos padecimentos pelos quais passou, devido à escolha que fez, usando o livre-arbítrio no sentido do suicídio.

Trevas: Esta é uma região do plano espiritual que, como o próprio nome diz, é desprovida de qualquer luminosidade.

Os Espíritos vinculados a ela acham-se envolvidos por vibrações malignas, e normalmente fazem o mal por prazer. O ponto que o diferencia do abismo, muitas vezes não percebemos, mas como acreditamos que o grau de culpa está diretamente ligado ao grau de conhecimento e de insistência no erro, acreditamos que no abismo encontram-se Espíritos mais capazes, e por isso mais culpados.

Como citação bibliográfica, o livro “Libertação”, de André Luiz, mostra vários lances desta esfera.

Crosta Terrestre: A Terra é um mundo ainda inferior habitado por Espíritos inferiores.

Muitos desses Espíritos, quando desencarnados, ficam ligados ao planeta em busca da satisfação de seus vícios e apetites mais grosseiros, formando assim em volta do nosso orbe uma esfera espiritual caracterizada por vibrações altamente deletérias.
O livro “Nas fronteiras da Loucura”, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, narra episódios passados durante o período de carnaval, nos dando uma clara idéia dos acontecimentos espirituais que envolvem nossa Terra, nesta ocasião.

Umbral: “É uma região espiritual que começa na crosta terrestre, na qual se concentra tudo o que não tenha finalidade para a vida superior. É região de esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.” 69

69 “O Reformador”, Agosto de 1996, artigo de Gil Restani de Andrade.

No livro “Nosso Lar”, ditado mediunicamente por André Luiz, Lísias faz a seguinte afirmativa sobre o umbral:

Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação.70

É, portanto, uma região semi-trevosa habitada por Espíritos revoltados de toda espécie e envoltos por tendências e desejos inferiores.

Zonas de Transição: São colônias Espirituais muitas vezes situadas no próprio Umbral. Funcionam como verdadeiros oásis nos desertos. Espíritos ainda vinculados a problemas conscienciais, mas já dignos de merecimentos são atendidos nestas colônias buscando refazimento com vistas ao reajuste que se faz necessário.

Nosso Lar, é uma destas colônias, e é muito bem descrita na obra de André Luiz, não só no livro de mesmo título, mas em toda série que o segue.

Devido à importância desta colônia para o melhor entendimento do que seja a vida no plano espiritual, citaremos parte do estudo feito pelos Espíritos André Luiz e Lúcius, no livro “Cidade no Além”.

A cidade espiritual Nosso Lar, segundo informação de André Luiz, foi fundada por portugueses desencarnados no Brasil, no século XVI. Está localizada sobre o estado do Rio de Janeiro, entre as cidades do Rio de Janeiro, Campos e Itaperuna.

Na época em que nosso Amigo Espiritual nos brindou com esta magnífica obra, a cidade contava com cerca de um milhão de habitantes.

Sua administração é feita pela Governadoria, órgão central, e está assessorada por seis ministérios, a saber: Ministério da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina, que atuam nas áreas definidas pelo próprio nome, sendo cada Ministério dirigido por doze ministros.

Os trabalhadores de Nosso Lar moram sempre perto de seu trabalho, de tal forma que quando um trabalhador é transferido de ministério, é também transferido de residência.

Como se trata de uma colônia espiritual, a justiça se manifesta em maior intensidade.

Veja a questão da moeda. O bônus-hora é como se fosse a moeda de Nosso Lar.

Para cada hora trabalhada, o trabalhador recebe um bônus, e é com o acúmulo de bônus que os bens são adquiridos.

Poderíamos aqui enumerar muitas outras características desta colônia, mas o mais importante é sabermos que, do outro lado da vida, não existe a ociosidade para aqueles que querem evoluir, que há uma hierarquia espiritual que pela afinidade somos atraídos, e que, acima de tudo, a vida continua.

Esferas Superiores: São regiões espirituais caracterizadas pela felicidade e pelo trabalho em favor do próximo. Como conseqüência, estas regiões são habitadas por Espíritos de grande elevação moral, ou seja, os bons Espíritos e os Espíritos Superiores.

70 “Nosso Lar”, cap. 12.

André Luiz em suas obras, muitas vezes fala de Espíritos destas regiões, que foram visitar Nosso Lar, mas para que tal fato ocorresse, tiveram que adensar o perispírito.

Esferas Resplandecentes: Regiões espirituais onde imperam a bondade, a confiança e a felicidade verdadeira. No livro “Renúncia”, ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier (FEB), assim é descrita a paragem espiritual a que estava vinculado o Espírito Alcione:

Pouco depois, ei-la que aporta em portentosa esfera, inconfundível em magnificência e grandeza. O espetáculo maravilhoso de suas perspectivas excedia a tudo que pudesse caracterizar a beleza, no sentido humano. A sagrada visão do conjunto permanecia muito além da famosa cidade dos santos, idealizada pelos pensadores do Cristianismo. Três Sóis rutilantes despejavam no solo arminhoso oceanos de luz mirífica, em cambiâncias inéditas, como lampadários celestes acesos para edênico festim de gênios imortais. Primorosas construções, engalanadas de flores indescritíveis, tomavam a forma de castelos talhados em filigrana dourada, com irradiações de efeitos policromos. Seres alados iam e vinham, obedecendo a objetivos santificados, num trabalho de natureza superior, inacessível à compreensão dos terrícolas.71

71 “Renúncia”, págs. 25 e 26.

Conclusão

O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa.

Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos. Por toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas.

Em certos pontos, vê-se grande número de ouvintes recebendo instruções de Espíritos adiantados; em outros, formam-se grupos para festejarem os recém-vindos. Aqui Espíritos combinam os fluidos, infundem-lhes mil formas, mil coloridos maravilhosos, preparam-nos para os delicados fins a que foram destinados pelos Espíritos superiores; ali ajuntamentos sombrios, perturbados, reúnem-se ao redor dos globos e os acompanham em suas revoluções, influindo, assim, inconscientemente, sobre os elementos atmosféricos.

Espíritos luminosos mais velozes que o relâmpago, rompem essas massas para levarem socorro e consolação aos desgraçados que os imploram. Cada um tem o seu papel e concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. O Universo inteiro evolui. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a aclamar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso. É a morte. Sob o impulso da Grande Lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.72

72 “Depois da Morte”, Léon Denis, cap. XXXIV.

Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO


Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo

sexta-feira, 25 de julho de 2014

o que é reencarnação compulsória?

JUVENTUDE
O JOVEM E SEUS PROBLEMAS



Eu gostaria de saber o que é reencarnação compulsória?
Por que existe para alguns espíritos e para outros, não?

(José Davi Vieira- Duartina-SP)

A - Alguns espíritos são como crianças; não têm discernimento para escolher ou para defender seus próprios interesses.
Às vezes são agressivas e rebeldes; de outras, tímidas e inoperantes. Na literatura jurídica, as pessoas que não têm capacidade de tomar decisão na vida civil são chamadas de incapazes, como é o caso das crianças. Por isso, as crianças são representadas pelos seus pais perante a lei.
Quando elas já têm algum discernimento, porém não o suficiente para tomar toda e qualquer decisão, são parcialmente incapazes, e não precisam ser mais representadas: agora passam a ser assistidas pelos pais.

B - O mesmo acontece com relação aos Espíritos. Há Espíritos total ou parcialmente imaturos, agressivos ou tímidos, que vão precisar de representação ou assistência para algumas decisões em relação às suas vidas. No caso de não terem condição de escolher, são outros Espíritos que escolhem por eles - seus protetores ou seus tutores. A reencarnação é indispensável para o progresso dos Espíritos. Neste caso, em que não são os próprios interessados que escolhem, a reencarnação é chamada compulsória, e mesmo que eles não estejam satisfeitos com a escolha, devem a ela se submeter, simplesmente porque necessitam daquela experiência.
Poderíamos comparar essa situação com a escola na Terra.
A criança vai para a escola por decisão dos pais e não propriamente por decisão delas próprias.
Muitos alunos frequentam a escola, contrariados.
C - Por outro lado, existem Espíritos que já reúnem condições de fazer a própria escolha.
Já desenvolveram um certo grau de discernimento para tanto, embora isso não queira dizer que eles acertem sempre.
Podem acertar e podem errar.
Mas é tomando decisões que eles vão aprendendo a exercitar a sua liberdade. Quanto mais responsáveis forem, mais se esforçarão por decidir com acerto. Temos, assim, os planos de vida, em que são traçadas as diretrizes gerais da existência.
Esses planos podem ser mais ou menos cumpridos, dependendo de cada caso e, principalmente, do esforço de cada um. Mas quando o Espírito já está em condição de escolher, geralmente ele aceita melhor a vida, mesmo os contratempos e as dificuldades.


Mostra-se mais paciente e resignado, pois, no fundo, sabe de suas reais necessidades.
63

“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXX Nº 352
Fevereiro 2006
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:

Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Presença de Luz


A BIBLIOTECA ESPÍRITA EM DESFILE

Morte em tenra idade? Que desgraça! Pensamos imediatamente.

Mas por quê esta aversão à morte?

Lendo o livro Presença de Luz, de autoria espiritual de Augusto Cezar, pela psicografia de Francisco C. Xavier, percebe-se que não há desgraça, mas a Sabedoria Divina a amparar-nos.

Se não estás firme neste conceito, lê o relato do caso do autor em questão, que se encontra nas entrelinhas das lições da referida obra.

Desencarnado na juventude – como resultado da vida plena de boas obras pôde contar com a Magnanimidade Divina que lhe permitiu o desencarne “prematuro” –, este Espírito encontrou no trabalho a continuação do seu progresso.

Com um linguajar simples e direto este livro descortina um mundo espiritual muito diverso daquele que acreditamos.

Longe de trazer o volume de informações das obras de André Luiz, a obra citada consegue pincelar, em cores vivas, as nuances do mundo espiritual e dar, ao público em geral, a possibilidade de sentir o amparo da Justiça Divina.

Lendo-a, teremos mais material para entender:

– A vida espiritual como a continuação na nossa história de evolução;

– Que a vida, definitivamente, não acaba no túmulo;

– O trabalho como determinante para o progresso;

– Que as barreiras do túmulo não modificam ninguém, só nos desvencilham da vestimenta terrena;

– Que a Lei do Progresso é a única determinante para todos, mas o modo como essa determinante nos afeta é escolha de cada um.

Editada há 25 anos é uma boa leitura para todos!


Daniel Lona


Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238- Abril de 2009 Distribuição Gratuita
Abril de 2009
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.