quinta-feira, 30 de abril de 2015

FAMÍLIA

Vamos falar um pouquinho sobre o papel da família na educação de nossas crianças e jovens?

1) Qual o papel, a função dos pais espíritas?

2) Como devem os pais se comportarem mediante:

a) a educação espiritual dos filhos?

b) o exemplo em ambiente doméstico?

c) a curtição quanto à apresentação pessoal?

d) a confiança na resolução de uma questão pelo próprio filho?

e) A fiscalização da liberdade dos filhos?

f) lidar com as fantasias e superstições da criança?

g) com a cooperação e trabalho doméstico?

h) a correção dos defeitos mais graves na personalidade infantil?

i) quanto à mesadas e facilidades monetárias e de consumo?

3) Como pode um pai iniciante no espírito passar as noções espirituais aos filhos?

Textos de apoio

Texto 01

"Educação Espírita no lar

Preocupam-se, hoje, em todo o mundo, os problemas da educação da criança e do adolescente.

Imensos esforços têm sido despendidos por educadores, psicológos, pedagogos, religiosos e pensadores, buscando melhores métodos e recursos para educar.

Embora com todos os aparatos científicos, culturais, técnicos, financeiros e belíssimos estabelecimentos de ensino, a juventude caminha desorientada e rebelde, a criança desamparada e a família vive momentos aflitivos na atualidade.

A melhor escola do espírito

Onde o melhor lugar para o processo da educação da criança?

A Doutrina Espírita esclarece-nos em O Livro dos Espíritos, questão no. 582 - Pode-se considerar como missão a paternidade? Respondem os Espíritos:

"Ë, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna proprício a todas as impressões."

O sábio evangelizador espiritual Emmanuel no livro O Consolador, questão no. 110, assim afirma sobre a missão educadora no lar: "A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter."

Os pais espíritas, compenetrados de seus deveres fundamentais de educação, pelo conhecimento espírita e com a exemplificação de seus sagrados deveres à luz da Doutrina Espírita, receberão os filhos com o coração renovado e amadurecido, despendendo energias de amor para orientar, esclarecer e corrigir a personalidade dos filhos.

Os fracassos na educação

O psicólogo Pierre Weil, em seu livro: A criança, o Lar e a Escola, faz importante advertência:

"No mundo inteiro está-se passando fenômeno muito sério e cujas consequências ainda não podem ser avaliadas inteiramente: a da transmissão progressiva dos poderes dos pais e da família para os mestres e a escola.

(...) Todas as experiências educacionais no sentido de substituir a família por internatos, cidades de crianças ou lares artificiais em pavilhões, fracassaram, pois a família se revelou fator indispensável à educação da criança e sobretudo à sua estabilidade emocional."

O campo do sentimento, elemento básico da personalidade, precisa ser muito cuidado no lar, conforme afirma o escritor espiritual Irmão X, no livro Luz no Lar,na lição no. 34 - "Resposta do Além":

"Em cada cidade do mundo pode haver um Pestalozzi que coopere na formação do caráter infantil, mas ninguém pode substituir os pais na esfera educativa do coração"

No campo da educação dos sentimentos e do caráter no período infantil dos filhos , os pais são os grandes mestres do coração, seja com seu bom ou mau comporttamento, pois tudo serao lições que ficarão gravadas em sua memória mental.

A criatura humana é cérebro e coração, inteligência e sentimento; desse modo , não é somente o intelecto que deverá ser trabalhado, porém muito mais os valores do coração, iniciando-se o mais cedo possível, naf ase infantil, no ambiente familiar.

(...)

( Barcelos , Walter. in: Educadores do Coração, editora: )

Texto 02

"A tarefa de educação dos filhos, há algumas décadas, era simplificada pela existência de regras e tradições, as quais eram muito questionadas, tais como: as crianças tinham que obedecer aos mais velhos, não podiam opinar, eram muito surradas, deviam respeitar os pais sem argumentar, enfim, havia uma espécie de código castrador para a educação. A maneira tradicional de criar filhos foi, mais tarde, profundamente questionada Atualmente, os pais estão expostos a urna grande variedade de informações através de livros, revistas, jornais, televisão cinema e outros meios de comunicação. Esta excessiva carga de informações os deixa confusos e sem saber o que realmente fazer com relação à opção de como melhor educar seus filhos. Os pais sentem-se perdidos, inseguros e desorientados em seu papel de educadores, pois são inúmeras as dúvidas que surgem. Muitas vezes, a grande preocupação com a melhor educação a dar, para garantir um desenvolvimento emocional - sócio-efetivo saudável à criança, faz com que a espontaneidade, a intuição e o bom senso dos pais sejam muitas vezes bloqueados. As teorias psicopedagógicas/psicológicas, na maioria das vezes, são mal interpretadas ou até mesmo, não compreendidas ou ignoradas pelos pais, causando com isso uma compreensão distorcida das bases teóricas, gerando formas incorretas de aplicação das mesmas, comumente utilizadas para não traumatizar a criança. O relacionamento entre pais e filhos realmente é algo bastante complexo, pois é preciso tomar muito cuidado com as atitudes que se tem frente à criança e a imagem que se constrói sobre o que é ser bom pai ou boa mãe. A filosofia, crenças e valores pessoais, em relação à educação de crianças e à forma de comunicação, exercem influência marcante na estruturação do relacionamento entre pais e filhos. Muitas vezes, acredita-se que são bons pais aqueles que tudo fazem pela e para a criança, estar sempre à disposição, atender a tudo que a criança pede ou até mesmo tentar adivinhar o que o filho quer .Deve-se ficar atento com esses tipos de atitudes, pois a autonomia da criança pode ficar comprometida, podendo gerar dificuldades com relação ao desenvolvimento de sua independência. Outro fator também importante é a dificuldade dos pais perceberem a criança como pessoa individualizada, portanto diferente deles e nem sempre correspondendo com suas expectativas e ideais. Respeitar a individualidade do filho consiste não apenas em aceitá-lo como pessoa diferente de si mesmo, mas também, em conseguir enxergar que existem várias formas de orientar determinadas situações diferentes dos caminhos que eles próprios por certo se guiaram, por acharem o mais correto ou coerente com seu modo de agir."

(Fonte: Jornal Boa Nova - Título: Papel dos pais na educação dos filhos: um tabu. Autor: Werter de Oliveira - Edição: 17 - Março - Abril de 1998)

Texto 03

"Todos reconhecem que a família é a célula mater de uma sociedade, a base fundamental de uma civilização.

Mas a Doutrina Espírita nos faz compreender que a família é também a base de todo processo evolutivo do Espírito.

É através da família que o processo reencarnatório se processa, não apenas biologicamente, mas também na educação do próprio sentimento, no direcionamento da energia volitiva, no reajuste das faltas passadas, na liberação da consciência de erros cometidos

em vidas anteriores.

É no seio familiar que a Providência Divina reúne os participantes de dramas passados para o reajuste e o perdão.

Reajuste não apenas com o outro, mas com a própria consciência que se libera e pode se expandir rumo aos estágios avançados da evolução.

É na família também que a PRovidência reúne os Espíritos afins, aueles que se amam e que querem caminhar juntos na escalada evolutiva. É no seio familiar que renasce, algumas vezes, aquele Espírito amigo e nobre que será o sustentáculo e o apoio de todo um grupo familiar que ainda vacila nas sendas da evolução.

E com certeza, depois dos grandes períodos de reajustes, a família será a grandiosa escola de almas, onde os Espíritos afins se fortalecem nos bons propósitos e avançam resolutos nos caminhos superiores da evolução. A importância de uma família bem estruturada, pois, é muito clara. No entanto, ainda podemos observar um grande número de famílias mal estruturadas, onde os próprios componentes se digladiam entre si, em clima de disputa.

A Doutrina Espírita pode nos abrir os olhos, demonstrando a importância do reajuste entre os elementos de uma mesma família reunida com propósitos definidos e nunca por acaso.

O estudo da Doutrina, as reuniões períodicas, o estudo do Evangelho no Lar com a participação das crianças, auxiliarão, e muito, o equilíbrio no Lar.

A visão da enorme responsabilidade que nos cabe numa família, a certeza de um planejamento anterior ao nosso próprio renascimento e a visão de um futuro de paz, alegria e serenidade, nos dá força para suportar certas provas e irmos construindo, desde já, esses futuro de alegria e felicidade que todos almekjamos.

O próprio trabalho do Departamento Infantil ou Departamento de Evangelização irá contribuir para esse equilíbrio, a partir da própria criança que cresce e se desenvolve interiormente nos princípio da Doutrina Espírita e, consequentemente, do Evangelho de Jesus.

No entanto, os pais devem estar cientes da responsabilidade que lhes cabe como verdadeiros educadores de seus filhos.

O Departamente de Infância terá uma aprte importante nesse processo educativo, mas jamais poderá substituir os pais na grandiosa missão de educar seus próprios filhos."

(Alves, Walter de Oliveira. in: Introdução ao Estudo da Pedagogia Espírita - teoria e prática, IDE, 1a edição, 2000)
FAMÍLIA

Vamos falar um pouquinho sobre o papel da família na educação de nossas crianças e jovens?

1) Qual o papel, a função dos pais espíritas?

2) Como devem os pais se comportarem mediante:

a) a educação espiritual dos filhos?

b) o exemplo em ambiente doméstico?

c) a curtição quanto à apresentação pessoal?

d) a confiança na resolução de uma questão pelo próprio filho?

e) A fiscalização da liberdade dos filhos?

f) lidar com as fantasias e superstições da criança?

g) com a cooperação e trabalho doméstico?

h) a correção dos defeitos mais graves na personalidade infantil?

i) quanto à mesadas e facilidades monetárias e de consumo?

3) Como pode um pai iniciante no espírito passar as noções espirituais aos filhos?

Textos de apoio

Texto 01

"Educação Espírita no lar

Preocupam-se, hoje, em todo o mundo, os problemas da educação da criança e do adolescente.

Imensos esforços têm sido despendidos por educadores, psicológos, pedagogos, religiosos e pensadores, buscando melhores métodos e recursos para educar.

Embora com todos os aparatos científicos, culturais, técnicos, financeiros e belíssimos estabelecimentos de ensino, a juventude caminha desorientada e rebelde, a criança desamparada e a família vive momentos aflitivos na atualidade.

A melhor escola do espírito

Onde o melhor lugar para o processo da educação da criança?

A Doutrina Espírita esclarece-nos em O Livro dos Espíritos, questão no. 582 - Pode-se considerar como missão a paternidade? Respondem os Espíritos:

"Ë, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna proprício a todas as impressões."

O sábio evangelizador espiritual Emmanuel no livro O Consolador, questão no. 110, assim afirma sobre a missão educadora no lar: "A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter."

Os pais espíritas, compenetrados de seus deveres fundamentais de educação, pelo conhecimento espírita e com a exemplificação de seus sagrados deveres à luz da Doutrina Espírita, receberão os filhos com o coração renovado e amadurecido, despendendo energias de amor para orientar, esclarecer e corrigir a personalidade dos filhos.

Os fracassos na educação

O psicólogo Pierre Weil, em seu livro: A criança, o Lar e a Escola, faz importante advertência:

"No mundo inteiro está-se passando fenômeno muito sério e cujas consequências ainda não podem ser avaliadas inteiramente: a da transmissão progressiva dos poderes dos pais e da família para os mestres e a escola.

(...) Todas as experiências educacionais no sentido de substituir a família por internatos, cidades de crianças ou lares artificiais em pavilhões, fracassaram, pois a família se revelou fator indispensável à educação da criança e sobretudo à sua estabilidade emocional."

O campo do sentimento, elemento básico da personalidade, precisa ser muito cuidado no lar, conforme afirma o escritor espiritual Irmão X, no livro Luz no Lar,na lição no. 34 - "Resposta do Além":

"Em cada cidade do mundo pode haver um Pestalozzi que coopere na formação do caráter infantil, mas ninguém pode substituir os pais na esfera educativa do coração"

No campo da educação dos sentimentos e do caráter no período infantil dos filhos , os pais são os grandes mestres do coração, seja com seu bom ou mau comporttamento, pois tudo serao lições que ficarão gravadas em sua memória mental.

A criatura humana é cérebro e coração, inteligência e sentimento; desse modo , não é somente o intelecto que deverá ser trabalhado, porém muito mais os valores do coração, iniciando-se o mais cedo possível, naf ase infantil, no ambiente familiar.

(...)

( Barcelos , Walter. in: Educadores do Coração, editora: )

Texto 02

"A tarefa de educação dos filhos, há algumas décadas, era simplificada pela existência de regras e tradições, as quais eram muito questionadas, tais como: as crianças tinham que obedecer aos mais velhos, não podiam opinar, eram muito surradas, deviam respeitar os pais sem argumentar, enfim, havia uma espécie de código castrador para a educação. A maneira tradicional de criar filhos foi, mais tarde, profundamente questionada Atualmente, os pais estão expostos a urna grande variedade de informações através de livros, revistas, jornais, televisão cinema e outros meios de comunicação. Esta excessiva carga de informações os deixa confusos e sem saber o que realmente fazer com relação à opção de como melhor educar seus filhos. Os pais sentem-se perdidos, inseguros e desorientados em seu papel de educadores, pois são inúmeras as dúvidas que surgem. Muitas vezes, a grande preocupação com a melhor educação a dar, para garantir um desenvolvimento emocional - sócio-efetivo saudável à criança, faz com que a espontaneidade, a intuição e o bom senso dos pais sejam muitas vezes bloqueados. As teorias psicopedagógicas/psicológicas, na maioria das vezes, são mal interpretadas ou até mesmo, não compreendidas ou ignoradas pelos pais, causando com isso uma compreensão distorcida das bases teóricas, gerando formas incorretas de aplicação das mesmas, comumente utilizadas para não traumatizar a criança. O relacionamento entre pais e filhos realmente é algo bastante complexo, pois é preciso tomar muito cuidado com as atitudes que se tem frente à criança e a imagem que se constrói sobre o que é ser bom pai ou boa mãe. A filosofia, crenças e valores pessoais, em relação à educação de crianças e à forma de comunicação, exercem influência marcante na estruturação do relacionamento entre pais e filhos. Muitas vezes, acredita-se que são bons pais aqueles que tudo fazem pela e para a criança, estar sempre à disposição, atender a tudo que a criança pede ou até mesmo tentar adivinhar o que o filho quer .Deve-se ficar atento com esses tipos de atitudes, pois a autonomia da criança pode ficar comprometida, podendo gerar dificuldades com relação ao desenvolvimento de sua independência. Outro fator também importante é a dificuldade dos pais perceberem a criança como pessoa individualizada, portanto diferente deles e nem sempre correspondendo com suas expectativas e ideais. Respeitar a individualidade do filho consiste não apenas em aceitá-lo como pessoa diferente de si mesmo, mas também, em conseguir enxergar que existem várias formas de orientar determinadas situações diferentes dos caminhos que eles próprios por certo se guiaram, por acharem o mais correto ou coerente com seu modo de agir."

(Fonte: Jornal Boa Nova - Título: Papel dos pais na educação dos filhos: um tabu. Autor: Werter de Oliveira - Edição: 17 - Março - Abril de 1998)

Texto 03

"Todos reconhecem que a família é a célula mater de uma sociedade, a base fundamental de uma civilização.

Mas a Doutrina Espírita nos faz compreender que a família é também a base de todo processo evolutivo do Espírito.

É através da família que o processo reencarnatório se processa, não apenas biologicamente, mas também na educação do próprio sentimento, no direcionamento da energia volitiva, no reajuste das faltas passadas, na liberação da consciência de erros cometidos

em vidas anteriores.

É no seio familiar que a Providência Divina reúne os participantes de dramas passados para o reajuste e o perdão.

Reajuste não apenas com o outro, mas com a própria consciência que se libera e pode se expandir rumo aos estágios avançados da evolução.

É na família também que a PRovidência reúne os Espíritos afins, aueles que se amam e que querem caminhar juntos na escalada evolutiva. É no seio familiar que renasce, algumas vezes, aquele Espírito amigo e nobre que será o sustentáculo e o apoio de todo um grupo familiar que ainda vacila nas sendas da evolução.

E com certeza, depois dos grandes períodos de reajustes, a família será a grandiosa escola de almas, onde os Espíritos afins se fortalecem nos bons propósitos e avançam resolutos nos caminhos superiores da evolução. A importância de uma família bem estruturada, pois, é muito clara. No entanto, ainda podemos observar um grande número de famílias mal estruturadas, onde os próprios componentes se digladiam entre si, em clima de disputa.

A Doutrina Espírita pode nos abrir os olhos, demonstrando a importância do reajuste entre os elementos de uma mesma família reunida com propósitos definidos e nunca por acaso.

O estudo da Doutrina, as reuniões períodicas, o estudo do Evangelho no Lar com a participação das crianças, auxiliarão, e muito, o equilíbrio no Lar.

A visão da enorme responsabilidade que nos cabe numa família, a certeza de um planejamento anterior ao nosso próprio renascimento e a visão de um futuro de paz, alegria e serenidade, nos dá força para suportar certas provas e irmos construindo, desde já, esses futuro de alegria e felicidade que todos almekjamos.

O próprio trabalho do Departamento Infantil ou Departamento de Evangelização irá contribuir para esse equilíbrio, a partir da própria criança que cresce e se desenvolve interiormente nos princípio da Doutrina Espírita e, consequentemente, do Evangelho de Jesus.

No entanto, os pais devem estar cientes da responsabilidade que lhes cabe como verdadeiros educadores de seus filhos.

O Departamente de Infância terá uma aprte importante nesse processo educativo, mas jamais poderá substituir os pais na grandiosa missão de educar seus próprios filhos."

(Alves, Walter de Oliveira. in: Introdução ao Estudo da Pedagogia Espírita - teoria e prática, IDE, 1a edição, 2000)
Aula 7
Quais os setores em que a Doutrina Espírita se compõem e qual o mais importante: o religioso.

Atividade

Objetivo: Perceber qual a diferença de percepção do mundo desses 3 tipos de conhecimento humano.

Aplicação:

Colocar no centro da sala uma caixa com bis dentro.

1ª etapa: os alunos devem tentar a chegar a uma conclusão lógica do que pode estar dentro da caixa. Sem poder toca-la, apenas através do raciocínio. Ex: dentro da caixa não pode ter um elefante... Explicar que essa forma de conhecimento é o filosófico. Neste tipo de conhecimento não é necessário a comprovação empírica para a sua aceitação. Além disso na filosofia, parte-se de uma generalização para chegarmos aos casos individuais.

2ª etapa: agora os alunos poderão tocar e pegar a caixa, mas sem abri-la. Agora a quais conclusões eles podem chegar? E abrindo a caixa, o que eles vão concluir sobre o que tem na caixa? O conhecimento construído através de percepções empíricas é o conhecimento científico.

3ª etapa: na terceira etapa, agora os alunos poderão provar os bis. E além do gosto que eles sentirem, qual a sensação ou sentimento que isso causa neles? Esse conhecimento mais profundo sobre o objeto de estudo, é conseguido através da religião.

Questionamentos:

Vocês acham que o espiritismo se baseia nestes 3 tipos de conhecimento? Em que momentos podemos perceber cada um deles?

Qual desses conhecimentos é o mais importante?

Discutir a frase: Fora da caridade não há salvação.

Por que cada um está na mocidade?

Atividade 2

Objetivo: Provar que a religião é o conhecimento mais relevante para o espiritismo.

Aplicação:

Colocar as pessoas em duplas de olhos fechados umas de frente para as outras, de pé e sem que elas saibam quem está a sua frente.

1ª etapa: tentar imaginar e concluir quem está na sua frente.

2ª etapa: tocar e olhar para saber quem está a sua frente

3ª etapa: abraçar e conversar com esta pessoa.

Em qual etapa, nós realmente conseguimos compreender melhor a essência da pessoa que está a nossa frente?

Será que com as outras coisa tb não pe assim?

As verdades cientificas mudam de acordo com a evolução do homem, a única verdade que é imutável é Deus.
ANEXO 1A
6

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:
- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?
E os pintores sem entender, responderam:
- Sim, mas...
Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:
Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio a tempestade, mas não é tão difícil entender. Considerando que a paz é um estado de espírito, podemos concluir que, se a consciência está tranquila, tudo a volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.
Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência.
A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós. É ela que nos dará possibilidade de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.
Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas a dentro da sua intimidade.
4- Todos se dirigirão à piscina para pegarem seus barquinhos e sonhos e se dirigirão para a sala do GFE  -
Sugestão para o estudo :
a) Pedir para compararem os barquinhos que puderam fazer e os barcos que escolheram;
b) Conhecer os obstáculos e potencialidades para conquistarmos os sonhos ou Terras :as dores, esperanças e etc..
c) Pedir para falarem das frases que estavam espetadas nos sonhos ;
d) Que gosto têm os seus sonhos ? Quem gostaria de falar os três sonhos que escolheram  e sobre as cenas que viram.
e) Perguntar :  O que estamos fazendo para atingirmos os nossos sonhos ?
Como estamos agindo para alcançarmos os nossos sonhos ?
Vamos ler  a frase/ou pensamento  que está atrás  da  frases escolhidas  no bolinho ?!
O que você achou  da História do concurso ?
Convidá-los a fazerem um diário de bordo, do que pretendiam e o que pretendem agora e porquê; (podemos dar rascunhos , mas ao final todos receberão um pergaminho ou uma folha super moderna  de um livro Diário de bordo  
ANEXO 3- A
O homem e o coração
1- Distribuir cartões cheirosos com o desenho  ao lado para cada jovem; Com uma caneta p/ anotações )
2- Fazer ao grupo as seguintes perguntas e colocações , com as pausa necessária;
a) Quais são as idéias que o desenho te passa?
b) Qual o significado deste coração?
c) Compartilhe com o seu companheiro ao lado as impressões que você registrou desse desenho.
d) Volte a sua atenção , agora, ao seu desenho. Imagine uma pessoa que voce conhece, mais presente em sua vida, que tenha coração  ou seja, uma pessoa que se esforça para ser prestimosa, dedicada, cuidadosa para com os outros, amiga, etc..
Alguém que o estimule ao bem.
e) Lembre-se de outras qualidades que essa pessoa possui;
f) Pense destas qualidades, quais delas são encontradas em você ( totalmente ou parcialmente/potencialmente )
g) Imagine quais você gostaria de alcançar;
h) Compartilhe com o seu companheiro ao lado  qualidades que você acredita possuir  como característica pessoal;
i) Prossiga compartilhando aquela que você gostaria de alcançar ou melhorar em si mesmo;
j) Ao final das reflexões e trocas de idéias o COORENADOR  convida a todos a se acomodarem o mais confortável possível e para fecharem os olhos.
- Coloca uma música suave e lê pausadamente;
Vamos fazer uma viagem para dentro de nós mesmos, uma viagem em busca de algo que existe brilhante dentro de nós e que ainda não libertamos. Vamos imaginar que estamos dentro de um corredor bastante longo. Vamos caminhando por ele, sozinhos, cheios de esperança e fé. As paredes são claras, muito alvas e lisas. Podemos toca-las, vamos, toque-as. Nelas a um calor que parece que vem de dentro e nos dá prazer. Assim continuamos a caminhar procurando este calor. Caminhamos bastante e em certo momento, avistamos uma porta. Ela é maciça e muito bem fechada, sem frestas , mas há  uma maçaneta .Parece um pouco dura . Fazemos um esforço, ela desemperra , puxamos lentamente. Parece que ficou fechada anos e anos. Aparece uma pequena fresta por onde timidamente  vemos surgir um raio de luz, brilhante e límpido. A luz parece que nos dá força. Cheios de coragem continuamos a abrir e ficamos deslumbrados com tanta luz, tanto brilho e a emoção é tão grande que podemos sentir os raios nos interpenetrando e invadindo todo o corredor. Descobrimos então que este calor e esta luz, nos causam uma grande alegria, nos enchem de força, nos fazem vislumbrar a Deus e, enfim, descobrimos que esta luz somos nós mesmos .
Retira-se a música.
- O COORDENADOR  prossegue com as seguintes colocações :
1. Agora que descobrimos um pouco mais quem somos vamos voltar lentamente para o mundo exterior, vamos abrir os olhos, ouvir o violão, ver os amigos.
2. Descobrimos que o que gostaríamos de ser já somos, basta abrir  a porta do nosso potencial de amor.
3. Agora que nós descobrimos o que temos, nós já podemos doar / plantar o bem;
4. Doe um pouco de você, da maneira que desejar a um companheiro;
5. Imagine que ele seja : uma criança que gosta de carinho, amizade, calor, sorriso, e isso você já tem para doar;
6. Que tal darmos um forte abraço ao amigo da direita;
7. Ao final todos cantam um música .... ( ver com Guadanini Sugestão  : Essencial )
ANEXO 3- B
A borboleta no casulo
"Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la,  porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi forças... e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem... e Deus deu-me obstáculos  para superar.
Eu pedi amor... e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores... e Deus deu-me oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... mas eu recebi tudo de que precisava."

ANEXO 3-C
O SUAVE MILAGRE
Narrador 1:
Nesse tempo Jesus ainda não se afastara da Galiléia e das doces luminosas margens do Lago Tiberíades; mas a nova dos seus milagres penetrava já até Enganim cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Isacar. Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo Profeta, um Rabi formoso, percorria os campos e as aldeias da galiléia, predizendo a chegada do reino de Deus, curando todos os males humanos. E enquanto descansava, sentado à beira da fonte dos vergéis , contou ainda que esse Rabi, na estrada de Magdala, curara da lepra o servo de um decurião romano, só com o estender sobre ele a sombra de suas mãos; e que noutra manhã, atravessando numa barca para a terra dos Gerassênios, onde começava a colheita do bálsamo, ressuscitara a filha de Jairo, homem considerável douto que comentava os livros na sinagoga.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

7 - ESBOÇO DE "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" E SUAS DIFERENTES PARTES.

1-4

ÍNDICE

Objetivo Da Aula

Reflexão

Bibliografia Principal

Bibliografia Complementar

Entendendo o Espiritismo

O LIVRO DOS ESPÍRITOS E O PENTATEUCO KARDEQUIANO

Questionário

A ESTRUTURA DIDÁTICA GERAL

Que Ordem, Que Distribuição É Essa?

Qual Foi A Participação De Kardec Em O Livro Dos Espíritos?

A Introdução

Os Prolegômenos

A Parte Primeira - Das Causas Primárias

A Parte Segunda - Do Mundo Espírita Ou Mundo Dos Espíritos

A Parte Terceira - Das Leis Morais

A Parte Quarta - Das Esperanças E Consolações

A Conclusão

O Livro Dos Espíritos, Sua Capa E Suas Edições

A Capa

Quanta Informação Pode Conter Uma Simples Capa?

AS EDIÇÕES

Primeira Edição (Original)

Segunda Edição (Definitiva)

Quinta Edição (Errata)

Décima Terceira Edição (Atual)

O Livro Dos Espíritos Contém

Reflexões

Allan Kardec Se Equivocou Alguma Vez?

Que Método Utilizou Para Evitar Equívocos?

E Se O Espiritismo Estiver Ainda Equivocado Em Algum Ponto?

Plano de Ideias nº 01

OBJETIVO DA AULA

Relatar aos alunos que O Livro dos Espíritos é a espinha dorsal do Espiritismo.

Dar as bases do Espiritismo sobre o tripé: Religião - Moral; Ciência - Comprovação; e Filosofia - Proposição para a nossa evolução.

REFLEXÃO

Qual a influência do consolador prometido em sua vida?

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

O Evangelho Segundo o Espiritismo  (Allan Kardec) Capitulo

O Livro dos Espíritos  (Allan Kardec) Questões

Entendendo o Espiritismo (Español) –

ENTENDENDO O ESPIRITISMO

O LIVRO DOS ESPÍRITOS E O PENTATEUCO KARDEQUIANO

Nome da Obra                        Data da Publicação

O Livro dos Espíritos          18 de abril de 1857

O Livro dos Médiuns          15 de janeiro de 1861

O Evangelho Segundo o Espiritismo    20 de abril de 1864

O Céu e o Inferno                  01 de agosto de 1865

A Gênese                               06 de janeiro de 1868

Questionário

1) Comente: Podemos dizer que o Espiritismo é o Consolador Prometido por Jesus? Por quê?

2) Comente a relação entre os livros: O Evangelho Segundo o Espiritismo e  O Céu e o Inferno  com  O Livro dos Espíritos.

3) Comente a finalidade da obra: O Livro dos Espíritos.

4) Por ser O Livro dos Espíritos a obra básica da Doutrina Espírita não há então necessidade de se estudar  os outros livros? Comente.

A ESTRUTURA DIDÁTICA GERAL

ALLAN KARDEC

* Professor altamente conceituado (emérito) na Europa

* Discípulo de Pestalozzi, considerado por muitos o pai da pedagogia moderna

Levou às suas obras uma estrutura didática própria

Que Ordem, Que Distribuição É Essa?

Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam que não podem ser explicados pelas leis conhecidas: ele os
observa, compara, analisa, e, remontando dos efeitos às causas, chega à conclusão, depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. (Allan Kardec em A Genese - Capitulo 1, item 14)

QUAL FOI A PARTICIPAÇÃO DE KARDEC EM O LIVRO DOS ESPÍRITOS?

Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar. (Allan Kardec em OLE: Prolegômenos)

  * Introdução e Prolegômenos

  * Parte primeira: das causas primárias

  * Parte segunda: do mundo espírita ou dos Espíritos

  * Parte terceira: das leis morais

  * Parte quarta: das esperanças e consolações

  * Conclusão

A INTRODUÇÃO

* Não é uma introdução ao livro, mas uma introdução ao estudo da Doutrina Espírita.

* Objetivo:

* Apresentar refutações às explicações não espíritas para os fenômenos mediúnicos da Europa do século XIX

* Construção pedagógica:

* Importância de nomenclatura adequada para fenômenos novos (I) à definir termos para evitar ou minimizar a anfibologia

* Definição de alma (II) à evitar confusões sobre a causa dos fenômenos e base da argumentação espírita

* Análise dos fenômenos (III a V) à identificação dos fatos que deram origem aos diversos sistemas analisados  fonte das controvérsias entre as explicações

* Explicação espírita (VI) à oferece resumo da Doutrina Espírita para servir de base de comparação com os demais sistemas.

* Limites da Ciência e ciência espírita (VII e VIII) à mostra que, a Ciência não possui ferramentas para analisar os fatos espíritas e mostra a necessidade de ciência nova

* Sistema do charlatanismo   fraude (IX) à analisa o sistema que contesta a veracidade dos fenômenos e a boa fé dos médiuns

* Sistema que contesta a linguagem e a identidade dos Espíritos (X a XIV) à analisa as refutações  quanto à identidade dos Espíritos, caligrafia, estilo, superioridade da linguagem, etc.

* Sistema da loucura (XV)

* Sistemas da comunicação da alma do médium (animismo) e da alma coletiva (XVI) à refuta tais sistemas pela generalidade dos fatos que são incapazes de explicar, embora os considere sérios

* Conclusões sobre sistemas (XVII)

Vós, que negais a existência dos Espíritos, preenchei o vácuo que eles ocupam. E vós, que rides deles, ousai rir das obras de Deus e da Sua onipotência! (Allan Kardec em OLE: Introdução XVII)

4 Exploração da credulidade pública; atitude própria de charlatão.

5 Ato ou efeito de refutar, de rebater com êxito feliz os argumentos do adversário, apresentando provas convincentes. Razões alegadas para recusar um argumento. Prova que destrói uma alegação.
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo  http://www.cvdee.org.br

A MÍDIA E O COMPORTAMENTO HUMANO

QUESTÃO: Os desvios da mídia

1) O Problema da Verdade

a) "A propaganda ideológica, isto é, a que vende idéias e não produtos, é feita de modo mais sutil, e por isso, é mais perigosa.(...) As informações aparecem como se a realidade fosse assim mesmo e houvesse absoluta neutrali-dade na sua apresentação. Isto se dá tanto em obras de ficção como em noti-ciários, entrevistas e documentários. O que na maioria das vezes não percebemos é que há sempre uma seleção prévia de aspectos da realidade que vão ser apresentados e uma interpretação dessa realidade a partir de um ponto de vista que serve a determinados interesses." (1)

b) "Todas as vezes que assistimos um programa de televisão, estamos en-volvidos com uma gravação: o noticiário da TV não é uma realidade natural, mas uma realidade construída. (...) Hoje em dia os editores de noticiários freqüentemente tentam construir as notícias, ao invés de simplesmente transmiti-las." (2)

2) O Problema Sexo-Violência

a) "Estamos sendo dessensibilizados para quase todas as formas de com-portamento degenerado e enganados em nome da 'liberdade' para aceitar que a degeneração é o 'preço que temos de pagar'." (3)

b) "Mas a televisão vende mais que batons, conceitos políticos e cultura. Também vende moral - ou a falta dela." (4)

c) "A maioria dos principais programas vão até onde podem com a linguagem baixa, o sexo, a violência; daí, tendo chegado ao extremo, eles o transpõe, até as pessoas se acostumarem a ultrapassar os limites. Depois disso, o público já está pronto para um novo limite." (5)

d) A TV quase nunca mostra as conseqüências do sexo ilícito ou da vio-lência. Sua avalancha de imagens excitantes ou violentas equivale a uma campanha de desinformação. A mídia cria um mundo 'diferente', em que as ações são inteiramente livres de responsabilidades ou conseqüências. As leis da consciência, da moral e do controle são substituídas pela lei da satisfação imediata.

3) O Problema da Criança

a) 75% das crianças brasileiras tem acesso a TV e passam em média 3 horas diante dela. (6)

b) O jovem americano, ao chegar ao fim do secundário, já passou 17.000 horas em frente a TV, e assistiu, por meio dela, mais de 14.000 assassina-tos.

c) Um recente estudo alemão comprovou que as crianças "não conseguem diferenciar a vida real daquilo que elas vêem na tela. Elas transferem o que vêem no mundo irreal para o mundo real."

d) "Quando notamos, por exemplo, que o respeito conjugal é uma coisa perfeitamente ultrapassada, que a família é uma instituição vencida, que os jovens agridem os pais a beneplácito dos roteiristas de novela e os nossos jovens descambam para o alcoolismo, para as drogas e para os suicídios, estamos diante de um dano irreversível."(7)

e) Para a maior parte da mídia a criança é tratada como adulto, ou seja, um consumidor em potencial de produtos e serviços.

f) Sob influência da própria mídia, muitos pais já não se julgam sufi-cientemente capazes de educar seus filhos, recorrendo a profissionais, ou deixando esta educação a cargo da própria mídia.

Bibliografia:

(1) Filosofando - Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins

(2) Mídia: O segundo Deus - Tony Schwartz

(3) John Underwood - Revista Seleções- Maio 1991

(4) Revista Despertai - Maio 1991

(5) Donna McCrohan

(6) Revista Veja - 7/10/92

(7) Divaldo P. Franco em "Palavras de Luz"

Colaboração: Ely Edison Matos (CVDEE)

Questões para discussão em grupo:

1) O grupo concorda com os problemas apresentados? Por que? O grupo apresentaria outros problemas considerados sérios? Quais?

2) Qual é (ou poderia ser) um bom uso para a mídia eletrônica? Cite exemplos.

3) Sem dúvida somos todos afetados pelos meios de comunicação. Como deveremos agir (ou reagir) para nosso comportamento não ser controlado e dirigido pela mídia?

4) Como utilizar a mídia em favor da própria educação espírita?

terça-feira, 28 de abril de 2015

13 - CENTRO DE ORIENTAÇÃO
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA

4-30

CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA  COEM II

SOCIEDADE ESPÍRITA

2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES

UNIDADE TEÓRICA 04 - COMUNICAÇÃ0 COM OS ESPÍRITOS

ROTEIRO

RÁPIDO HISTÓRICO DA MEDIUNIDADE

MECANISMOS E CONDIÇÕES DE COMUNICAÇÃO EAM: LM; NI; DC; HE; R

TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE

RÁPIDO HISTÓRICO DA MEDIUNIDADE

Os Vedas, há 4.000 anos passados já noticiavam a mediunidade através de seus escritos religiosos. Na Índia, na

Pérsia, no Egito, na Grécia e em Roma, a mediunidade sempre foi utilizada como meio de dominação e poder, por seu caráter considerado sobrenatural.

Na Bíblia vários fatos mediúnicos são relatados, como a própria conversa de Moisés com deus (para o Espiritismo seria a manifestação de um espírito de alto grau de elevação na hierarquia evolutiva natural).

O povo Hebreu o fazia com tal freqüência e de forma tão abusiva que o próprio Moisés se viu obrigado a proibir tais manifestações.

Zaratrusta (Zoroastro), no século VI antes de Cristo, se comunicava com Mazda(Deus)na organização de sua doutrina, o Zoroastrismo, hoje Masdeísmo.

No Novo Testamento, Jesus se transfigura na frente de Pedro, Tiago e João e conversa com Moisés e Elias. A mediunidade de cura que Jesus apresenta diversas vezes. Os processos obsessivos que o mesmo Jesus desfaz por imposição de sua vontade. Tantas são as evidências, que seria cansativo enumerá-las.

Mais recentemente, na primeira metade do século XVIII, um sueco de nome Emanuel Swedenborg, homem de grande cultura, trazia consigo uma capacidade mediúnica muito grande, principalmente a vidência à distância.

Fato importantíssimo registrado, foi aquele que, estando em Gothenburg, observou e descreveu um incêndio em Estocolmo, a 500 km de distância, com perfeita exatidão.

O caso foi muito estudado, inclusive pelo filósofo Kant, seu contemporâneo.
Swedenborg é um marco na história da Mediunidade e um predecessor do ESPIRITISMO.

No século XIX fato marcante foi registrado na comunidade dos Shakers, nos EUA: manifestações de Espíritos de Índios Pele Vermelha. F. W. Evans, membro da comunidade, homem de notável inteligência, fez um relato minucioso e interessante de todo esse assunto, que pode ser encontrado no New York Daily Graphic, de 24 de novembro de 1.874.

Mas o fato mais marcante, que maior repercussão teve e ao qual é atribuído o início do interesse do mundo moderno pela mediunidade, foi o ocorrido em Hydesville, USA, em 1848. Na casa da família Fox ocorreram fenômenos físicos, com barulhos e batidas, que resultaram numa conversação por código (de batidas) com o Espírito de um homem que fora assassinado naquela casa. Isso repercutiu e foi muito estudado.

As mesas girantes, que na Europa tornaram-se uma coqueluche da sociedade, popularizaram-se após os acontecimentos de Hydesville, mundialmente conhecidos.

De simples brincadeira passaram a ser observadas por pessoas sérias que buscavam as causas desse acontecimento. Pesquisadores de renome passaram a analisar cuidadosamente esse fenômeno o que permitiu chegarem a conceituações, que levaram ao desenvolvimento da Doutrina Espírita

MECANISMOS E CONDIÇÕES

A mediunidade propiciou a comunicação com os Espíritos, através de FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS (aqueles que afetam os sentidos) ou de FENÔMENOS DE EFEITOS INTELIGENTES (aqueles que necessitam da análise da razão, da lógica e da inteligência para serem percebidos).

Para que a comunicação mediúnica ocorra é necessário existir um encarnado (médium) que possua o potencial para tal, um Espírito que queira e possa comunicar-se e condições para que a comunicação se estabeleça.

As principais condições para que a comunicação com os Espíritos ocorra são:

* predisposição do médium e do Espírito para tal:

* afinidade e sintonia vibratória entre médium e Espírito;

* condições favoráveis no ambiente da comunicação, vibratórias e energéticas.

TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE

Os tipos mais comuns de mediunidade podem ser classificados dentro de dois grandes grupos de fenômenos:

1. Fenômenos de efeitos materiais, físicos ou objetivos

2. Fenômenos de efeitos intelectuais ou subjetivos

Os primeiros são aqueles que sensibilizam diretamente os órgãos dos sentidos materiais dos observadores. Podem se apresentar sob variadas formas, como:


* Materialização. É talvez o fenômeno de maior importância na comprovação da existência do Espírito. Pode também se manifestar através a materialização de objetos.

* Transfiguração É a modificação dos traços fisionômicos do médium.

* LevitaçãoErguimento de pessoas e objetos.

* TransporteEntrada e saída de objetos de recintos hermeticamente fechados.

* Bilocação ou bicorporeidade.....Aparecimento do médium desdobrado sob forma materializada em lugar diferente ao do corpo físico.

* Voz direta Manifestação oral do Espírito através de uma garganta ectoplásmica.

* Escrita direta Palavras, frases, mensagem escritas sem a utilização das mão do médium.

* Mesas Falantes ou Tiptologia Sinais por pancadas formando palavras e frases inteligentes.

* Sematologia Movimento de objetos sem contato físico, traduzindo uma vontade, um sentimento, etc.

Os fenômenos intelectuais ou subjetivos são aqueles que não ferem os 5 sentidos materiais, senão a racionalidade e o intelecto.

Manifestam-se de várias formas:

1. Intuição

2. Vidência

3. Audiência

4. Desdobramento

5. Psicometria

Estes cinco fenômenos ocorrem quando o espírito do próprio médium, em fase especial ou não de transe, fica em estado de lucidez espiritual, percebendo pelos sentidos espirituais.

6. Psicofonia

7. Psicografia.

Tais fenômenos ocorrem por ação direta de uma entidade espiritual sobre o médium, ocupando parcial ou totalmente sua organização psico-biofísica.

Os tipos mais comuns de fenômenos são a PSICOGRAFIA e a PSICOFONIA. São vulgarmente conhecidos por

INCORPORAÇÃO MEDIÚNICA.

Tal denominação dá a entender que ocorre a introdução do Espírito comunicante no corpo do médium. O que ocorre, porém, é uma associação de seus fluídos com os do médium, resultante da interação das faixas vibratórias em que se encontram, e que, pela lei da sintonia e da assimilação, se identificam, formando um complexo emissor (espírito desencarnado), transmissor (fluidos combinados do espírito comunicante e do médium) e do receptor(médium).


LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA  CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250  Curitiba  Paraná  Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
6 - DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO, UMBANDA E RELIGIÕES AFRO-INDÍGENAS

6-6

Religiões Afro-Indigenas Ou Afro-Brasileiras

Babaçuê                       Maranhão, Pará
Batuque Rio Grande do Sul
Cabula Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
Candomblé   Em todos estados do Brasil
Culto aos Egungun Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Culto de Ifá Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Encantaria Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
Omoloko Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
Pajelança Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas
Quimbanda Em todos estados do Brasil
Tambor-de-Mina Maranhão
Terecô Maranhão
Umbanda     Em todos estados do Brasil
Xambá   Alagoas, Pernambuco
Xangô do Nordeste Pernambuco

As religiões Afro-brasileiras

As religiões afro-brasileiras são muito limitadas em número de seguidores e popularidade se comparadas com as protestantes ou a católica, porém são relevantes pelo seu significado, elas são parte da nossa cultura.
Essas religiões surgiram por aqui no período final da escravidão, quando os africanos daqui tiveram mais contato uns com os outros, assim foi possível a sobrevivência de alguns costumes africanos, inclusive grupos de culto.
Esse período foi o fim século XIX, quando a única religião tolerada no Brasil era a católica. Mas como assim? É que os escravos negros fingiam-se de católicos para uma melhor aceitação na sociedade, inclusive participando de missas católicas. Mesmo depois que o país foi proclamado República e ainda hoje eles continuaram dizendo-se como tais pois até hoje as religiões afro-brasileiras sofrem preconceito do mesmo jeito que o negro sofre, além de perseguições de suas rivais: as igrejas pentecostais. Por isso em estimativas e censos, essas religiões aparecem com um reduzido número de seguidores se comparado com o real.
Embora agora o país esteja num clima de liberdade religiosa, os maiores disfarces de seguidores destas religiões são o catolicismo e o espiritismo. O catolicismo denominava-as inclusive baixo-espiritismo pois era importante que ela não estivesse vinculada a outras religiões que pudessem denegri-la perante os possíveis novos seguidores. No entanto, lideranças afro-brasileiras vêm empenhando-se na dessincretização das religiões afro-brasileiras com outras, contribuindo para que elas tenham uma maior identidade.
As religiões afro-brasileiras adotam nomes diferentes porque sua formação deu-se em diferentes momentos históricos e localização geográfica. Além do nome, suas diferenças incluem rituais e versões mitológicas distintas que derivam de tradições diversificadas.
Atualmente essas religiões são consideradas expressões culturais da negritude e parte do Movimento Negro, embora o número de brancos seja crescente incluindo até mesmo descendentes de japoneses e coreanos que aderem ao candomblé e a umbanda.

Referências Bibliográficas: Ref 1:
http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

Ref 2: GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

Candomblé
O Candomblé incorporou muitos elementos do Catolicismo pois este já era apresentado na África para uma posterior conversão. Orixás são parecidos com Santos Católicos e o crucifixo também foi incorporado. Nas senzalas, negros colocavam por baixo de estátuas de santos os artefatos do candomblé. Porém, a Igreja Católica o considera uma religião pagã e o condenou bruxaria.
O Candomblé já vigora desde o fim da escravatura em 1888 e conta com seguidores de todas as classes sociais. Censos recentes mostram que aproximadamente 3 milhões de brasileiros declararam ser adeptos do candomblé, apesar de até 70 milhões participarem de seus rituais, pois essa religião é entrelaçada com outras (sincretismo religioso), ou seja, muitas pessoas de outras religiosidades participam de seus cultos. Suas características como festas, orixás e rituais são parte do folclore brasileiro.
Ele se caracteriza por sua mágica e seus rituais, fugindo a ética catolicista. Ele não prioriza a salvação em outro mundo, mas sim, a interferência de suas divindades (orixás) de um mundo sobrenatural neste mundo. Sua base são práticas e rituais, regras de comportamento, com um pluralismo de deuses não moralistas, por isso é considerado uma religião aética (desprovida de princípios éticos gerais ou um código de conduta geral).
As divindades do Candomblé são os orixás, personalidades diferentes que se comportam de maneiras diversas, com qualidades e defeitos (não são perfeitos como as divindades de outras religiões monoteístas). Por meio do jogo de búzios, e dos pais ou mães de santo, cada adepto se identifica com um orixá, procurando imitá-lo à melhor maneira possível. Assim, o bem e o mal são definidos de modo diferente de orixá para orixá, não sendo o mesmo para todos da religião. Os poderes e habilidades de cada um e o modo e a área em que interferem nesse mundo na vida de seus respectivos fiéis também muda entre eles. A meta dos fiéis é se sentirem identificados com suas divindades, adequando seu comportamento ao do orixá.
Na África, há em média 400 orixás, porém, no Brasil, pouco mais de vinte foram registrados. Mesmo assim, tem rica série de narrações míticas e elementos marcantes na cultura brasileira.
Sua prática ocorre em casas de candomblé registradas.

Referências Bibliográficas:

http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

Umbanda ou Macumba, a religião brasileira

A umbanda é tida como uma religião afro pela maioria das pessoas, mas apesar de suas raízes terem em parte vindo da África, ela nasceu no Brasil, Rio de Janeiro (1920) e consiste em uma mistura de características do catolicismo com religiões afro e indígenas, cardecismo e pajelança. Mesmo advindo da fusão de religiões de diferentes locais, a umbanda não possui nenhum tipo de similar em lugar além do Brasil, pois foi só nele que se deu o encontro de portugueses com espanhóis e africanos.
Do catolicismo, veio a crença num Deus, do cardecismo, a crença em entidades espirituais, das religiões afro a crença em orixás e do indígena um chefe chamado caboclo que encarna o espírito indígena. Mas a mensagem única é a caridade, a humildade, a paz e o amor fraternal.
A umbanda ficou conhecida como baixo espiritismo porque seu método de culto é a comunicação com os mortos, os espíritos que se manifestam nos corpos dos vivos prestando caridade: intercedem em sua saúde e evolução espiritual, a meta dos seus praticantes.
Mas assim como crêem nos espíritos bons, admitem a crença nos maus, daí surge a quimbanda, o lado oculto umbanda, chamado bruxaria pois os espíritos invocados estão no último degrau da evolução espiritual.
A meta da umbanda tem sido tornar-se universal, uma religião para todos que não busca o reconhecimento de suas raízes como africanas, ao contrário do candomblé, mostrando-se multiétnica e declarando sua origem como brasileira. Inclusive abandonou o uso da língua afro e práticas com morte de animais e sangue. Pode-se verificar a sua prática da classe baixa a classe alta da população, existindo casas de umbanda até mesmo nos Estados Unidos. E ela tem se esforçado para penetrar cada vez mais no povo abrindo seus braços e oferecendo magia para todos.

Referências Bibliográficas:

http://www.umbandabrasil.com.br/umbanda.asp

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/umbanda.htm

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001
Arte e Evangelização

        Considerando a Arte como elemento de contribuição para vivenciar sentimentos, vamos conversar e refletir sobre:

1) Como utilizar a em apoio à Evangelização/Educação Espírita?

2) Quais as atividades artísticas seria mais adequada a cada faixa etária? Por que?

3) Como pais, como ajudar nossos filhos a desenvolver o lado artístico?

4) Por que ainda verificamos, embora hoje de forma menor, os preconceitos com relação à arte? Como retirar essas idéias preconcebidas junto às crianças?

5) Quais as atividades que podemos relacionar como arte? Como trabalhar com cada uma das artes?

        Os textos de apoio ao estudo seguem abaixo:

Texto 01

"144 - Qual a destinação da Arte no mundo e de que maneira ela evolui?

        A Arte tem como meta materializar a beleza invisível de todas as coisas, despertando a sensibilidade e aprofundando o senso de contemplação, promovendo o ser humano aos páramos da Espiritualidade. Graças à sua contribuição , o bruto se acalma, o primitivo se comove, o agressivo se apazigua, o enfermo se renova, o infeliz se redescobre, e todos os outros indivíduos se ascendem na direção dos Grandes Cimos. A arte permanecerá no mundo assinalando as fases de progresso ou de tormenta das criaturas, porém oferecendo sempre harmonia e trabalhando os sentimentos elevados. Desse modo, evolui do grotesco ao trasncendental, aprimorando as qualidades e tendências, que estarão sempre à frente dos comportamentos de cada época. Lentamente, e às vezes com rapidez, a Arte se desenvolve alterando os conteúdos e melhor qualificando a mensagem de que se faz portadora. "

(Divaldo P. Franco por Vianna de Carvalho. in: Atualidade do Pensamento Espírita. LEAL editora )

Texto 02

ARTE E EDUCAÇÃO

        A arte, em geral, como atividade criadora por excelência, vem ao encontro das necessidades de movimento e ação da criança e do jovem. Não apenas ação motora, física, mas principalmente os movimentos intensos da própria alma, do ser espiritual, na expansão do sentir e do querer.

        A criança, sendo filha de Deus-Criador, é criadora por excelência e a sua criatividade se manifesta através dos diversos canais de expressão. A arte é um dos mais valiosos canais de expressão, seja ela teatro, música, dança, pintura, modelagem, literatura, poesia... Através dela, a criança expressa a criatividade que existe dentro de si.

        Ao evangelizador cabe a tarefa de conduzir essa criatividade para os canais superiores da vida. A arte será forte e poderoso veículo de educação do sentimento, de educação dos impulsos da alma, canalizando-os para o bem e para o belo.

        A criança inicia seus estágios de desenvolvimento através da observação, que se caracteriza por uma crescente curiosidade por tudo que a cerca. Após observar, ela irá fazer comparações e procurar imitar, experimentar, vivenciar. Através da vivência ela desenvolve as potências do Espírito.

        Vivenciar, espiritualmente falando, não significa apenas participar, mas viver intensamente, com a força de sua energia espiritual capaz de se manifestar no momento. Vivenciar é viver de forma vibrante, é sentir e querer com alegria e entusiasmo.

        A arte é forte elemento de interação vertical, onde a alma interage com as energias espirituais superiores que pululam no Universo. À medida em que interage, desenvolve seu potencial anímico que se manifesta no querer, ampliando sua faixa vibratória em níveis superiores.

        A arte aprimora os sentimentos, direcionando os impulsos da alma para os canais superiores da vida. Na alma enobrecida e elevada, a arte vive e vibra intensamente.

Nesse sentido, não poderá haver educação do Espírito fora da arte superior e nobre.

Texto 03

A ARTE À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA

        Vejamos o que nos diz Rossini (Obras Póstumas, A.Kardec, Cap. A Música Espírita) sobre a música e arte em geral:

    Oh! sim, o Espiritismo terá influência sobre a música! Como poderia não ser assim? Seu advento transformará a arte, depurando-a. Sua origem é divina, sua força o levará a toda parte onde haja homens para amar, para elevar-se e para compreender. Ele se tornará o ideal e o objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas, irão buscar nele suas inspirações e ele lhes fornecerá, porque é rico, é inesgotável.

        A primeira obra mediúnica publicada no Brasil por Francisco Cândido Xavier utilizou a arte para transmitir as mensagens de 56 poetas renomados da Literatura Portuguesa e Brasileira.

        Na obra Memórias de Um Suicida, o Espírito Camilo, ao relatar o período que passou em uma Cidade Universitária, descreve escolas especializadas em diferentes cursos: Moral, Filosofia, Ciência, Psicologia, Pedagogia, etc., relatando, também, espetáculos que presenciou na Cidade Esperança, onde a arte era cultivada com esmero, incluindo-se a poesia, a música e a dança:

        Então a beleza do espetáculo atingia o indescritível, quando, deslizando graciosamente pelo relvado florido, pairando no ar quais libélulas multicores, os formosos conjuntos evolucionavam(...); agora, eram jovens que viveram outrora na Grécia, interpretando a beleza ideal dos "ballets" de seu antigo berço natal; depois, eram egípcias, persas, hebraicas, hindus, européias, extensa falange de cultivadores do Belo a encantar-nos com a graça e a gentileza de que eram portadoras(...). E todo esse empolgante e intraduzível espetáculo de arte(...) fazia-se acompanhar de orquestrações maviosas onde os sons mais delicados, os acordes flébeis de poderosos conjuntos de harpas e violinos, que eram como pássaros garganteando modulações siderais, arrancavam de nossos olhos deslumbrados, de nossos corações enternecidos, haustos de emoções generosas que vinham para tonificar nossos Espíritos, alimentando nossas tendências para o melhor(...)

        Ante a surpresa de Camilo, uma das vigilantes do internato onde se asilava diz:

    Não vos admireis, meus amigos! O que vistes é apenas o início da Arte no além-túmulo... Trata-se da expressão mais simples do Belo(...) Em esferas mais bem dotadas que a nossa existe mais, muito mais!..." (p. 553-554)

Texto 04

TEATRO

        O que sente o pequeno ator desempenhando determinados papéis num palco, mesmo improvisado?

        Nada melhor do que a dramatização e o teatro para levar a criança a vivenciar certas emoções e situações. À medida em que vivência, ela trabalha com suas próprias energias íntimas, colocando-se no lugar do outro. O teatro levará a criança e o jovem a vivenciar situações, a imitar personagens, cujas personalidades poderão ser por ela assimiladas e que depois quererá vivenciar na prática.

        Os personagens e o enredo devem ser escolhidos com cuidado. As cenas reais e práticas deverão ser articuladas com mensagens de amor e caridade, simplicidade e humildade, despertando os valores morais e dando à inteligência de cada um o poder de análise.

        O teatro arma dentro de nós uma defesa quanto àquilo que procuramos fazer em favor de todo personagem. Quando bem vivido e sentido pode modificar até a conduta de nossas crianças e jovens.

        A criança não deve ser constrangida a interpretar determinados papéis que não lhe agradam e com os quais ela não se identifica. No entanto, o evangelizador poderá selecionar os papéis e sugerir os intérpretes em conjunto com as crianças.

        Poderemos, por exemplo, oferecer papéis fortes e interessantes para os jovens em dificuldade, onde terão oportunidade de sentir e se modificar.

        A criança agitada (sangüínea) poderá interpretar papéis mais calmos bem como a criança fleumática poderá interpretar papéis mais fortes, vivenciando, assim, outras realidades.

        Com as crianças pequenas, pode-se usar dramatizações curtas e o teatro de fantoche.

        Utilize a música e a dança em conjunto com o teatro. Use de entusiasmo e alegria, incentivando a participação de todos, sem forçar.

        Promova apresentações periódicas, convidando os pais, familiares e amigos.

        Procure os temas na própria literatura espiritas. Se na literatura infantil espírita ainda encontramos poucos títulos, a literatura espírita em geral é riquíssima, com muitas obras que podem ser adaptadas para as crianças. Mas cuidado; as adaptações requerem muito tato e bom senso.

        Podemos encontrar diversos contos e apólogos nas obras de Humberto de Campos, Néio Lúcio além de outros.

(FONTE: Walter de Oliveira Alves. in: Prática Pedagógica na Evangelização. Editora IDE)

Texto 05

ARTES PLÁSTICAS

       O que sente o pequeno artista com as mãos lambuzadas de tinta, debruçado sobre o papel? Um mundo branco onde ele pode agir, criar.

        O que sente a pequena escultora, trabalhando com as mãos num pedaço de argila? O poder criador do Espírito modificando as formas da matéria.

        As artes traduzem fator de grande incentivo às crianças e aos jovens.          Muitos despertarão, pois são Espíritos reencarnados e podem trazer grande bagagem artística que deverão extrapolar de si mesmos.

        Pinturas e criações deverão ser estimuladas sem interesse de julgamento, mas dando oportunidade de apreciar os valores naturais.

        Tanto as artes plásticas como os trabalhos manuais podem ser utilizados de acordo com o conteúdo da aula, numa forma de concretizar o ensino, facilitando a compreensão.

        O desenho, a pintura, a modelagem são atividades criadoras, que poderão conduzir as energias do Espírito para canais criativos superiores.

        Iniciar as atividades artísticas com uma prece e uma música suave a envolver o ambiente forma o clima ideal. Mesmo as atividades individuais, devem ser executadas num clima de afeto e respeito mútuo, num ambiente de cooperação. A energia anímica e criadora da criança seguirá os canais superiores da vida, ampliando suas fronteiras vibratórias superiores.

        Não utilize desenhos mimeografados para a criança pintar.

        A criança é criativa por excelência. Use a sua criatividade e ofereça experiências variadas. Citamos abaixo apenas alguns exemplos, para demonstrar que o campo das artes é muito vasto. Pesquise em livros especializados. Além das atividades livres, utilize a arte para desenvolver conteúdos doutrinários, auxiliando o desenvolvimento das potencialidades interiores da criança.

(FONTE: Walter de Oliveira Alves. in: Prática Pedagógica na Evangelização. Editora IDE)

Texto 06

MÚSICA

        O ritmo está presente na criança a partir de seu próprio organismo: o compasso das batidas do coração, o ritmo compassado do andar, o balançar dos braços, a seqüência interminável do dia e da noite, os horários das refeições, do descanso, tudo à sua volta fala que o universo está envolvido em ritmo harmonioso.

        A criança pequena não aprende por conceitos abstratos que falam ao cérebro, mas está mais aberta ao ritmo e ao sentimento que a música transmite. O ritmo e a harmonia da música auxiliam a sua harmonização interior. Assim, letras simples e objetivas, em ritmo harmonioso, alcançarão o coração infantil de forma adequada.

        O elemento melódico da música, em harmonia com o ritmo, embala a própria alma, ativando os movimentos interiores do Espírito. A arte melódica-harmônica-rítmica da música atinge as profundezas da alma, transportando o ser espiritual para as esferas superiores da vida, através da inspiração superior, atingindo as vibrações do mundo espiritual elevado e nobre.

        A música representa elevada interação vertical com as esferas espirituais. Mediante essa vivência, em nível espiritual, o sentir e o querer se harmonizam, aprimorando o sentimento e o lado moral da vida.

        A música pode ser utilizada em conjunto com as artes plásticas, como vimos no exemplo anterior, bem como no teatro, na dramatização e em outras atividades desenvolvidas na evangelização.

        Com os pequenos, uma bandinha rítmica pode trazer bons resultados.         A criança pequena, até 6 anos aproximadamente, liga-se mais ao ritmo do que à melodia.

        Com os maiores de sete anos, a melodia é a parte mais importante, sendo possível a formação de um coral infantil ou de um grupo de música.

(FONTE: Walter de Oliveira Alves. in: Prática Pedagógica na Evangelização. Editora IDE)

Texto 07

DANÇA

        Assim, como a música trabalha com os movimentos interiores da alma, a dança exterioriza os movimentos do seu mundo interior.                

        Dançando, o homem transcende o ser físico, adentrando na harmonia com o ser espiritual que há em si mesmo e exterioriza esse ser espiritual em vibrações harmônicas nos movimentos de seu corpo.

        A emoção vibra em seu coração e se exterioriza nos movimentos harmônicos do corpo, que representam os movimentos interiores da alma.

        O artista abre espaço no próprio espaço para a sua vibração que se expande além do visual e atinge o espectador que pode captar, não só pelos olhos e pelos ouvidos, mas entrando em sintonia com essa vibração.

        O Espírito Camilo, em Memórias de um Suicida ao relatar a beleza do espetáculo por ele assistido em uma cidade espiritual, incluindo a poesia, a música e a dança, nos diz: (...) arrancavam de nossos olhos deslumbrados, de nossos corações enternecidos, haustos de emoções generosas que vinham para tonificar nosso Espírito, alimentando nossas tendências para o melhor (...)

        Percebemos a música e a dança como poderoso estímulo a fortalecer e conduzir a energia para o bem e para o belo, onde a sua própria alma se expande às vibrações superiores e é impulsionada para caminhos mais elevados.

(FONTE: Walter de Oliveira Alves. in: Prática Pedagógica na Evangelização. Editora IDE)

Texto 08

LITERATURA

        O que sente a criança sentada, ouvindo atentamente a história fantástica e cheia de aventuras que alguém está lhe contando? Por que mundos fantásticos viaja a sua alma sensível? Com que prazer ela se deixa levar pela força de atração da história!

        A história mobiliza suas energias interiores e a criança, embora imóvel, está em ação, viajando por lugares inimagináveis. A capacidade sonhadora é impulso irresistível a atraí-la para mais alto.

        As histórias devem ser escolhidas com cuidado e seu aspecto moral deve estar na ação dos personagens e não na teorização de conceitos morais que não atingirão a criança.

        A formação de uma biblioteca infantil, mesmo que seja um cantinho simples, mas de forma que os livros estejam expostos e dentro do alcance das crianças, será forte estímulo à leitura.

        Incentive o hábito da leitura iniciando pelas crianças pequenas.            

        Conte histórias em atividades conjuntas com artes plásticas, dramatização e música.

        Compreendendo que nosso objetivo é auxiliar a evolução do Espírito, ninguém duvida da imensa contribuição que a boa leitura pode oferecer.         O homem que tem o hábito de ler está desbravando um mundo não só de conhecimentos, mas também de sentimentos e emoções.

        Na Doutrina Espírita, o livro tem sido, até então, o melhor veículo do conhecimento doutrinário e também um evangelizador em potencial, pelo grande poder de transformação que exerce no leitor.

(FONTE: Walter de Oliveira Alves. in: Prática Pedagógica na Evangelização. Editora IDE)
12 - AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
1-2

Espírito - Existência e sobrevivência

Prece inicial:

Integração: "Acampamento": todos irão acampar e, para isso, cada jovem levará algo. Quem já conhece a brincadeira diz se o jovem pode ou não levar o que pretende, sendo que o objeto deve começar com a mesma letra do nome de quem leva a coisa. Por exemplo a Luana pode levar uma laranja, mas o Vinícius não pode levar uma lanterna. O evangelizador (e todos que já conhecem a brincadeira) não podem contar a regra (para ter graça o jogo). Cada evangelizando deve descobrir por si só a regra para o que ele pode levar, mesmo que a brincadeira seja feita várias vezes até que ele descubra.

Primeiro momento: dividir os jovens em três grupos iguais. Cada grupo procura na sala de aula pedaços de quebra-cabeças.

Segundo momento: reúnem-se os grupos com todas as peças que encontraram e cada grupo fica com uma cor, para descobrir que palavra forma. São três palavras, que devem ser montadas de acordo com a cor: Mediunidade, Terapia de Vidas Passadas e Ciência.

Terceiro momento: cada grupo deve debater como a sua palavra comprova a existência e sobrevivência do espírito; ou como podemos argumentar, com alguém cético, usando essas palavras, que o nosso espírito sobrevive à morte do corpo físico.

Quarto momento: cada grupo expõe aos demais jovens as idéias e conclusões que chegou.

Quinto momento: leitura de uma psicografia, para que os jovens avaliem a existência e importância do fenômeno mediúnico na Casa Espírita.

Sugestão de texto para distribuir aos jovens

A existência e sobrevivência do espírito

Compreendemos a existência do espírito segundo o princípio: "Todo efeito tem uma causa; e todo efeito inteligente tem uma causa inteligente." Dessa forma, ninguém tem a idéia de atribuir o pensamento ao corpo de um homem morto. Se o homem vivo pensa é, pois, que há nele alguma coisa que não há quando está morto.

Os espíritos são os seres inteligentes da criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. Indestrutíveis e eternos, são independentes da matéria; mas é necessária a união entre espírito e matéria para dar inteligência a esta.

Os seres humanos, enquanto encarnados, somos assim constituídos:

* Corpo Físico(ou ser material): invólucro grosseiro, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

* Alma (ou ser imaterial): espírito encarnado no corpo, princípio inteligente onde se encontra o senso moral;

* Perispírito(ou laço que une a alma ao corpo): invólucro fluídico, semimaterial, princípio intermediário entre a matéria e o espírito.

... espírito    - - - perispírito   ____ corpo físico

Comprovamos a existência e sobrevivência do espírito através de:

· manifestações mediúnicas: comunicação entre encarnados e desencarnados;

· lembranças de vidas passadas;

· manifestações extra-corpóreas: materializações, transcomunicações.

Também a lei de evolução justifica a sobrevivência do espírito: não se pode conceber um Deus justo e bom, criando seres inteligentes e sensíveis para destiná-los ao nada.

Letícia Müller

Prece de encerramento

Sugestão de leitura: O Livro dos Espíritos,questões 23 a 25 e 76 a 83; A Gênese, capítulo XI, O Livro dos Médiuns, capítulo I.

Existência e Sobrevivência do Espírito

Prece inicial

Objetivo: reconhecer através do trabalho proposto a Existência e Sobrevivência do Espírito.

Sugestão de dinâmica: dar-se-á início à dinâmica, propondo-se o seguinte enigma:

"Dez minutos teremos para justificar que os espíritos existem, se pudermos comprovar. (primeiro parágrafo do enigma)
Procure ao seu redor, procure em todo o lugar. Pois, até quem não procurar, ao acabar o tempo encontrará." (segundo parágrafo do enigma)

Dividir-se-á o grupo em equipes conforme o número de jovens, e serão dados 10 minutos para que procurem as provas.

Observações importantes:

a) Esse tempo pode variar de acordo o horário de que dispõe o evangelizador;

b) Serão aceitas como provas obras psicografadas (que poderão estar dispostas de forma proposital e aleatória pela sala); conhecimentos embasados em casos reais de lembranças de vidas passadas (primeiro parágrafo do enigma) e também exemplo de raciocínio lógico-dedutivo (como por exemplo o que se encontra em A Gênese, cap. XI, item I - "SINO"). Este exemplo é a solução do segundo parágrafo do enigma.

Após o tempo proposto e apresentação das provas, com suas devidas justificativas, debater-se-á com os jovens o tema em questão, tendo-se como base a bibliografia abaixo.

Conclusão: realizar uma atividade com os jovens de forma a incentivar o estudo aprofundado do tema. A atividade consiste em reaproveitar as equipes já formadas e propor-lhes o seguinte: "Cada equipe terá que observar a casa espírita (prédio) de um ângulo".

Exemplo: equipe "A" terá dois minutos para observar a frente da casa, e a equipe "B" terá quatro minutos para observar o lado esquerdo da casa. Tendo feito as devidas observações, os jovens devem retornar ao grande grupo, e serão questionados pelos evangelizadores sobre o que viram e o que não viram.

A conclusão deverá ser que quanto mais tempo dedicamos ao estudo, maior será nossa compreensão, e que o conhecimento parcial oferece apenas uma visão insuficiente do todo. Assim também com relação ao tema proposto na aula - Existência e Sobrevivência do Espírito e, também, no que se refere à Doutrina Espírita: quanto mais sabemos, melhor compreensão possuímos.

Prece de encerramento

Bibliografia: Livro dos Espíritos ( Parte Segunda, cap. I, perguntas 76 a 83 ); Livro dos Médiuns ( Cap. I, item 2 e cap. IV, item 49 );  A Gênese ( Cap. XI ).


Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
MÓDULO 2-7
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica

8. Funcionamento das Reuniões Mediúnicas

  Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus.
  1 João, 4:7

8.1 CONDIÇÕES

* Privacidade. A reunião mediúnica deve ser privativa, tendo as portas chaveadas para se evitar a entrada de participantes atrasados ou de pessoas estranhas ao trabalho. Aconselhável se feche disciplinadamente a porta de entrada, 15 minutos antes do horário marcado para a abertura da reunião, tempo que será empregado na leitura preparatória. Desobsessão, cap.14.

A reunião deve ser realizada com a mesma equipe, previamente definida. Por ser privativa, é vedada a participação de enfermos ou pessoas interessadas em receber benefícios durante a manifestação de Espíritos; este não é o local nem o momento para esse tipo de atendimento.

* Regularidade. A reunião será sempre realizada nos dias e horários pré-estabelecidos, com periodicidade definida pela Direção da Casa Espírita  semanal ou quinzenal , evitando-se a realização de reunião extemporânea ou ocasional, exceto em atendimento a situação especial, definida pela direção da Casa Espírita e por orientação espiritual pertinente. Neste caso, a reunião mediúnica extraordinária tem caráter  específico.

* Horário. Não se recomenda mais de 60 (sessenta) minutos para a manifestação dos Espíritos. Pode-se estabelecer o tempo máximo de duas horas para duração da reunião, considerando todas as etapas do trabalho, que começa na leitura preparatória e termina na  avaliação.

*  Ambiente. A reunião deve ser realizada num local onde seja possível garantir silêncio respeitável e harmonia vibratória, elementos favoráveis à manifestação de Espíritos necessitados de auxílio. A simplicidade deve ser a tônica do ambiente.

O local da reunião deve ser preservado de movimentação ou ruídos que interfiram na manutenção da calma, do recolhimento, da concentração, do transe e do intercâmbio mediúnico. O comportamento dos participantes, por sua vez, deve garantir a harmonia do ambiente, antes, durante e após a realização da atividade.

O esclarecedor e o médium ostensivo devem evitar o tom de voz muito elevado, ou muito baixo, durante o diálogo com os Espíritos comunicantes, favorecendo, assim, o entendimento e a  manutenção da harmonia da equipe.

Na medida do possível, destinar um espaço apenas para a prática mediúnica; na sala reservada para a prática mediúnica não devem ser realizadas atividades que não lhe sejam afins.

* Número de participantes. Este número depende do bom senso do dirigente e, também, da capacidade física do ambiente. Allan Kardec ressalta: O número excessivo dos assistentes constitui uma das causas mais contrárias à homogeneidade. O Livro dos Médiuns, cap. 29, item 332. André Luiz adverte que os componentes da reunião, [...] nunca excederão o número de quatorze. Desobsessão, cap.20 e 73.  Léon Denis afirma: É prudente não exceder o limite de dez a doze pessoas [...]. No Invisível, primeira parte, cap.9.

*  Manifestações dos desencarnados. As comunicações dos Espíritos devem ocorrer de forma espontânea, segundo programação determinada pelos Mentores Espirituais, evitando-se as evocações.  É preferível que as reuniões mediúnicas ocorram no Centro Espírita, não no lar, uma vez que o ambiente doméstico nem sempre se revela propício à manifestação dos Espíritos: No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores [...]. Desobsessão, cap.9.

8.2 ETAPAS DA REUNIÃO MEDIÚNICA

A reunião mediúnica deve ser realizada dentro de um período de tempo que não exceda duas horas. A duração de 90 minutos (1hora e 30 minutos) é ideal. A manifestação dos Espíritos e o diálogo não devem ultrapassar sessenta minutos, mesmo nas reuniões com tempo total de 2 horas.

PREPARATÓRIA

* Breve leitura de uma página espírita, seguida de prece, objetiva e concisa, de aberturada reunião.

* Leitura de pequeno trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo ou de O Livro dos Espíritos, sem comentários.
Observações:

a. Os participantes que chegarem antes do início da reunião, e que desejam permanecer na sala mediúnica, deverão manter-se em silêncio, guardando a devida harmonia íntima, por meio de meditação ou por leitura edificante. Evitar barulhos, movimentações e conversas no local da reunião.

b. Vibrar mentalmente pelas pessoas, encarnadas ou desencarnadas, para as quais se solicita a intercessão dos Mentores Espirituais.

DESENVOLVIMENTO

Esta fase caracteriza-se pela manifestação dos Espíritos e diálogo que com eles se realiza, objetivando esclarecimento e auxílio.

Os médiuns ostensivos devem observar o seguinte:

* Controlar o tom da voz nas comunicações psicofônicas, que deve favorecer a audição dos participantes e, ao mesmo tempo, manter a harmonia vibratória do ambiente.

* Em relação ao número de comunicações psicofônicas de Espíritos necessitados de auxílio, cada médium deve observar as seguintes orientações transmitidas, respectivamente, pelos Espíritos André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda:

a) Só se devem permitir, a cada médium, duas passividades por reunião, eliminando com isso maiores dispêndios de energia e manifestações sucessivas ou encadeadas, inconvenientes sob vários aspectos. Desobsessão, cap. 40.

b) Tratando-se de um grupo com muitos médiuns atuantes, duas comunicações são suficientes para cada sensitivo; excepcionalmente, três. Deve-se evitar um número maior de passividades por causa do desgaste físico e psíquico do médium. Qualidade da Prática Mediúnica, segunda parte (Divaldo responde), item: Funcionamento, p. 81.

* As comunicações simultâneas devem ser avaliadas com cuidado, como, igualmente, esclarecem André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda:

a) Os médiuns psicofônicos, muito embora por vezes se vejam pressionados por entidades em aflição, cujas dores ignoradas lhes percutem nas fibras mais íntimas, educar-se-ão, devidamente, para só oferecer passividade ou campo de manifestação aos desencarnados inquietos quando o clima da reunião lhes permita o concurso na equipe em atividade. Isso, porque, na reunião, é desaconselhável se verifique o esclarecimento simultâneo a mais de duas entidades carentes de auxílio, para que a ordem seja naturalmente assegurada. Desobsessão, cap. 39.

b) A depender do número de doutrinadores, quando houver várias comunicações simultâneas, é conveniente os demais médiuns controlarem-se até que haja um momento favorável. [...] O ideal é que se espere um pouco, enquanto outros médiuns estão em ação. Na impossibilidade de assim proceder, deve-se dar campo, porque na hipótese de se ter um bom grupo de doutrinadores, pode-se atender até três comunicações simultâneas, desde que seja em tom de voz coloquial. Qualidade da Prática Mediúnica, segunda parte (Divaldo responde), item: Funcionamento, p. 81-82.

É necessário que os esclarecedores fiquem atentos:

* À administração do tempo destinado ao esclarecimento doutrinário, evitando diálogos muito longos ou excessivamente curtos, ambos totalmente improdutivos.

* Ao emprego correto das palavras e à emissão de vibrações aos Espíritos manifestantes necessitados de ajuda, atendendo-os com bondade, gentileza e equilíbrio.

* À aplicação do passe, à emissão de prece ou à  indução  sonoterápica sempre que se fizer  necessário, em auxílio ao médium e ao Espírito comunicante.

* Ao controle do tom de voz, que deve favorecer a audição dos participantes e, ao mesmo tempo, mantenha a harmonia vibratória do ambiente.

ENCERRAMENTO

* Concluídas as manifestações dos Espíritos, o dirigente da reunião realiza vibrações (irradiações mentais), seguidas de prece final, ou indica um participante para fazê-las.

Observações:

* Não ultrapassar o horário de funcionamento da reunião. No momento das irradiações os participantes podem, mentalmente, solicitar auxílio aos Benfeitores em favor de alguém.

* Não realizar irradiações e  preces longas.

* As irradiações podem ser realizadas antes da manifestação dos Espíritos. É comum, porém, fazê-las ao final, favorecendo a recuperação das energias despendidas durante a prática mediúnica.

AVALIAÇÃO

A avaliação normal da reunião mediúnica deve ser realizada após a prece final.


Além desta, deverá ser realizada outra avaliação da tarefa, também executada na Casa Espírita,  em dia e hora pré-estabelecidos,  a qual, vista como um todo, tem como finalidades: fortalecer a equipe; analisar o correto desenvolvimento da atividade e o desempenho de todos os membros do Grupo Mediúnico; avaliar o atendimento espiritual prestado aos Espíritos necessitados e o conteúdo das comunicações mediúnicas, independentemente de terem sido transmitidas por benfeitores espirituais ou por Espíritos em processos de reajuste.

Essas duas avaliações não devem ser dispensadas, sob quaisquer justificativas. A segunda, por se tratar de reunião especial, deve seguir um cronograma (bimensal ou trimestral), de acordo com as necessidades identificadas.

A atividade avaliativa deve ser transcorrida num clima harmônico e fraterno, de respeito mútuo, por mais difíceis que sejam os assuntos a serem considerados.

 Considerar como critérios da avaliação: a) impessoalidade; b) auto-percepção; c) melhoria do trabalho. Os participantes serão orientados pelo dirigente, ou por pessoa por ele indicada, sobre a adoção de parâmetros de auto-avaliação.