À Luz do Espiritismo
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “ À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.
Em relação a crer na existência de uma alma, de uma vida futura, da imortalidade, tem hoje o Homem a mesma dificuldade que em épocas muito, muito recuadas em que a dúvida, o medo, as superstições e crendices imperavam permeando o mundo intimo de insegurança, porque não dizer, pavor.
As religiões, mais presas às recompensas, castigos, indulgências, favores e intercessões, foram indiferentes ao desgaste do Espírito humano mantido como individualidade dominada pelo desassossego e perplexidades de toda ordem.
Frente a essa realidade, resquícios ainda se fazem presentes, conservando a insegurança, em alguém que se mantém duvidoso e perturbado.
Atravessando as portas da morte, evidencia-se a mente atônita, o coração vencido preso à retaguarda física, inexplicavelmente não mais acessível, embora real, patente.
A Doutrina Espírita, projetando novas luzes em torno dos fundamentos da Vida ao libertar das aflições, o faz também, em relação ao temor da morte. Leva a que encare a primeira e esta última, sob o ponto de vista espiritual, no qual cada existência é um passo adiante no caminho do progresso, em situações interligadas, nas quais, de modo geral, nada é novo: apenas detalhes de algo que é oferecido para, no constante burilamento, alcançar a forma ideal a ponto de não mais precisar retomar.
Assim também com a morte do corpo físico... Passagem... Desvestir de uma roupa que não mais tem serventia para adequar-se, por assim dizer, a um modelo mais coerente.
“No intervalo das existências corporais, o Espírito torna a entrar no mundo espiritual, onde é feliz ou desgraçado, segundo o bem ou mal que fez”.
“Reina lá (nos Mundos Superiores) a verdadeira fraternidade, porque não há egoísmo; a verdadeira igualdade, porque não há orgulho e a verdadeira liberdade, por não haver desordens a reprimir, nem ambiciosos que procurem oprimir o fraco”.1
Penetrar pelo pensamento esse mundo espiritual, destino inexorável, fazendo dele a ideia da continuidade, não só é confortador como desenvolve aptidão para no momento certo, desprender-se agradecido da benção da matéria que lhe serviu de abrigo e agasalho.
1 – “O Céu e o Inferno” Prim. Parte – cap. III – 10.
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