quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

nl03_04_Estudando o cérebro = LIVRO NO MUNDO MAIOR

Neste capítulo, Calderaro continua analisando a situação do cap. anterior e traz valiosas informações sobre o cérebro e sobre a evolução. As questões para estudo estão no final da mensagem.

Texto base para estudo

Calderaro explica a gênese do processo obsessivo descrito anteriormente:
- Trabalhavam juntos, numa grande cidade, entregues ao comércio de quinquilharias. O homicida desempenhava funções de empregado da vítima, desde a infância, e, atingida a maioridade, exigiu do chefe, que passara a tutor, o pagamento de vários anos de serviço. Negou-se o patrão, terminantemente, a satisfazê-lo.
Propiciar-lhe-ia vantajosa posição no campo dos negócios, conceder-lhe-ia interesses substanciais, mas não lhe pagaria vintém relativamente ao passado. Estalou a contenda. Palavras rudes, trocadas entre vibrações de cólera, inflamaram o cérebro do rapaz, que, no auge da ira, o assassinou, dominado por selvagem fúria. Antes, porém, de fugir do local, o criminoso correu ao cofre retirou a importância vultosa a que se supunha com direito, deixando intacta regular fortuna que despistaria a polícia no dia imediato.
Na manhã seguinte ele próprio veio à casa comercial e fingindo preocupação ante as portas cerradas, convidou um guarda a segui-lo, a fim de violarem ambos uma das fechaduras. Em poucos momentos, espalhava-se a notícia do crime; no entanto, a justiça humana, emalhada nas habilidades do delinqüente, não conseguiu esclarecer o problema na origem. O assassino foi pródigo nos cuidados de salvaguardar os interesses do morto. Mandou selar cofres e livros. Providenciou arrolamentos laboriosos. Foi verdadeiro advogado da viúva e dos dois filhinhos do tutor falecido. Pranteou a ocorrência, como se o desencarnado lhe fosse pai. Terminada a questão retirou-se, discreto, para grande centro industrial, onde aplicou os recursos econômicos em atividades lucrativas.
O mentor estampou diferente brilho no olhar, fez pequena pausa e acrescentou:
- Conseguiu ludibriar os homens, mas não pôde iludir a si mesmo. A entidade desencarnada, concentrando a mente na idéia de vingança, passou, perseverante, a segui-lo. Tudo fez o homicida para atenuar-lhe o assédio constante. Desdobrou-se nos empreendimentos materiais, ansiando esquecimento de si mesmo e pondo em prática iniciativas que lhe fizeram afluir ao cofre enormes quantias. Observando, entretanto, que os altos patrimônios econômicos não lhe arrefeciam a intranqüilidade e o sofrimento inconfessáveis, deu-se pressa em casar, aflito por sossegar o próprio íntimo. Desposou uma jovem de alma extremamente elevada à zona superior da vida humana, a qual lhe deu cinco filhinhos encantadores. No clima espiritual da mulher escolhida, conseguiu de certo modo equilibrar-se, conquanto a vítima nunca o largasse. (...)
Tocou a zona do córtex e prosseguiu: - A mente criminosa, assediada pela presença invariável da vítima, a perturbar-lhe a memória, passou a fixar-se na região intermediária do cérebro, porque a dor do remorso não lhe permitia fácil acesso à esfera superior do organismo perispirítico, onde os princípios mais nobres do ser erguem o santuário de manifestações da Consciência Divina. Aterrorizado pelas recordações, trazia irreprimível pavor em face dos juízos conscienciais. Por outra parte o infeliz embrenhou-se em atividade febril e ininterrupta. Vivendo mentalmente na região intermediária do cérebro, em caráter quase exclusivo, só sentia alguma calma agindo e trabalhando. Intentava a fuga através de todos os meios ao seu alcance. Deitava-se, extenuado pela fadiga do corpo, levantando-se, no dia seguinte, abatido e cansado de inutilmente duelar com o perseguidor invisível, nas horas de sono. Em conseqüência, provocou o desequilíbrio da organização perispiritual, o que se refletiu na zona motora, implantando o caos orgânico.
Fez característico movimento com o indicador e acentuou:
- Repara os centros corticais.
Reparei que a matéria cerebral ameaçava amolecimento.
O Assistente me veio em socorro, esclarecendo:
- Estamos diante do órgão perispiritual do ser humano, adeso à duplicata física. Todo o campo nervoso da criatura constitui a representação das potências perispiríticas, vagarosamente conquistadas pelo ser, através de milênios e milênios. Em renascendo entre as formas perecíveis, nosso corpo sutil, que se caracteriza, em nossa esfera menos densa, por extrema leveza e extraordinária plasticidade, submete-se, no plano da Crosta, às leis de recapitulação, hereditariedade e desenvolvimento fisiológico. Através do cérebro sentimos os fenômenos exteriores segundo a nossa capacidade receptiva, que é determinada pela experiência; por isto, varia ele de criatura a criatura, em virtude da multiplicidade das posições na escala evolutiva. O selvagem apresenta um cérebro perispiritual com vibrações muito diversas das do órgão do pensamento no homem civilizado. Sob este ponto de vista, o encéfalo de um santo emite ondas que se distinguem das que despede a fonte mental de um cientista. Examinamos o organismo que modela as manifestações do campo físico, e reconhecemos que todo o aparelhamento nervoso é de ordem sublime. A célula nervosa é entidade de natureza elétrica, que diariamente se nutre de combustível adequado. Há neurônios sensitivos, motores, intermediários e reflexos. Existem os que recebem as sensações exteriores e os que recolhem as impressões da consciência. Em todo o cosmo celular agitam-se interruptores e condutores, elementos de emissão e de recepção. A mente é a orientadora desse universo microscópico, em que bilhões de corpúsculos e energias multiformes se consagram a seu serviço.
Ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue seu caminho, sem recuos, sob a indefectível atuação das forças visíveis ou das invisíveis.
Verificando-se pausa natural nas elucidações, ocorreram-me inúmeras e ininterruptas associações de ideias.
O instrutor continua:
- Se existe a química fisiológica, temos também a química espiritual, como possuímos a orgânica e a inorgânica, existindo extrema dificuldade em definir-lhes  os pontos  de  ação  independente.   Quase impossível é determinar-lhes a fronteira divisória, porquanto p espírito mais sábio não se animaria a localizar, com afirmações dogmáticas, o ponto onde termina a matéria e começa o espírito. No corpo físico, diferençam-se as células de maneira surpreendente. Apresentam determinada personalidade no fígado, outra nos rins e ainda outra no sangue. Modificam-se infinitamente, surgem e desaparecem, aos milhares, em todos os domínios da química orgânica, propriamente dita. No cérebro, porém, inicia-se o império da química espiritual. Os elementos celulares, aí, são dificilmente substituíveis.  A paisagem delicada e superior é sempre a mesma, porque o trabalho da alma requer fixação, aproveitamento e continuidade. O órgão de expressão mental reclama personalidades químicas de tipo sublimado, por alimentar-se de experiências que devem ser registradas, arquivadas e lembradas sempre  que oportuno ou necessário.
Na verdade, não há nisso mistério algum. O princípio espiritual acolheu-se no seio tépido das águas, através dos organismos celulares, que se mantinham e se multiplicavam por cissiparidade.   Em milhares de anos, fez longa viagem na esponja, passando a iluminar células autônomas, impondo-lhes o espírito de obediência e de coletividade, na organização primordial dos músculos.
Experimentou longo tempo, antes de ensaiar os alicerces do aparelho nervoso, na medusa, no verme, no batráquio, arrastando-se para emergir do fundo escuro e lodoso das águas, de modo a encetar as experiências primeiras, ao sol meridiano.  Quantos séculos consumiu, revestindo formas monstruosas, aprimorando--se, aqui e ali, ajudado pela interferência indireta das Inteligências superiores?
- Por mais esforços que envidemos por simplificar a exposição deste delicado tema, o retrospecto que a respeito fazemos sempre causa perplexidade. Quero dizer, André, que o princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu--se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão.   Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós. Estamos, em todas as épocas, abandonando esferas inferiores, a fim de escalar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana.
Calderaro, todavia, continuou, solícito: - Perguntas por que motivo não conserva o homem encarnado a plenitude das recordações do longuíssimo pretérito; isto é natural, em virtude da tão grande ascendência do corpo perispiritual sobre o mecanismo fisiológico.  Se a forma física evoluiu e se aperfeiçoou, o mesmo terá acontecido ao organismo perispirítico, através das idades. Nós mesmos, em nossa relativa condição de espiritualidade, ainda não possuímos  o processo de reminiscência integral dos caminhos perlustrados. Não estamos, por enquanto, munidos de suficiente luz para descer com proveito a todos os ângulos do abismo das origens; tal faculdade, só mais tarde a adquiriremos, quando nossa alma estiver escoimada de todo e qualquer resquício de sombra.
Comparando, entretanto, a nossa situação com o estado menos lúcido de nossos irmãos  encarnados, importa não nos esqueça que os nervos, o córtex motor e os lobos frontais,  que ora examinamos, constituem apenas regulares pontos de contato entre a organização perispiritual e o aparelho físico, indispensáveis, uma e outro, ao trabalho de enriquecimento e de crescimento do ser eterno.  Em linguagem mais simples, são respiradouros dos impulsos, experiências e noções elevadas da personalidade real que não se extingue no túmulo, e que não suportariam a carga de uma dupla vida. Em razão disto, e atendendo aos deveres impostos à consciência de vigília para os serviços de cada dia, desempenham função amortecedora: são quebra-luzes, atuando beneficamente para que a alma encarnada trabalhe e evolva. Além disto, nascimento e morte, na esfera carnal, para a generalidade das criaturas são choques biológicos, imprescindíveis à renovação. Em verdade, não há total esquecimento na Crosta Terrestre, nem restauração imediata da memória nas províncias de existência, que se seguem, naturais, ao campo da atividade física. Todos os homens conservam tendências e faculdades, que quase equivalem a efetiva lembrança do passado; e nem todos, ao atravessarem o sepulcro, podem readquirir, repentinamente, o patrimônio de suas reminiscências.
- Como interpretar, de maneira simples, as três regiões de vida cerebral a que nos referimos?
- Nervos, zona motora e lobos frontais, no corpo carnal, traduzindo impulsividade, experiência e noções superiores da alma, constituem campos de fixação da mente encarnada ou desencarnada. A demora excessiva num desses planos, com as ações que lhe são conseqüentes, determina a destinação do cosmo individual. A criatura estacionária na região dos impulsos perde-se num labirinto de causas e efeitos, desperdiçando tempo e energia; quem se entrega, de modo absoluto, ao esforço maquinal, sem consulta ao passado e sem organização de bases para o futuro, mecaniza a existência, destituindo-a de luz edificante; os que se refugiam exclusivamente no templo das noções superiores sofrem o perigo da contemplação sem as obras, da meditação sem trabalho, da renúncia sem proveito.
Calderaro fez aplicações magnéticas sobre o crânio do enfermo, envolvendo-o em fluidos benéficos, e disse-me, após longa pausa:
- Temos aqui dois amigos de mente fixada na região dos instintos primários.
O encarnado, depois de reiteradas vibrações no campo de pensamento, em fuga da recordação e do remorso, arruinou os centros motores, desorganizando também o sistema endócrino e perturbando os órgãos vitais. O desencarnado converteu todas as energias em alimento  da   idéia  de   vingança, acolhendo-se   ao ódio em que se mantém foragido da razão e do altruísmo.
Outra seria a situação de ambos se houvessem esquecido a queda, reerguendo-se pelo trabalho  construtivo pelo entendimento fraternal, no santuário do perdão legítimo.
Segundo verificamos, Jesus - Cristo tinha sobradas razões recomendando-nos o amor aos inimigos e a oração pelos que nos perseguem e caluniam. Não é isto mera virtude, senão princípio científico de libertação do ser, de progresso da alma, de amplitude espiritual: no pensamento residem as causas.
Não me contive: interroguei-o. Porque os não socorrer com palavras de esclarecimento? O doente parecia-me aflito, enquanto o perseguidor se erguia, agora, mais agressivo.
- Falaríamos em vão, André, porque ainda não sabemos amá-los como se fossem nossos irmãos ou nossos filhos. Para nós ambos, espíritos de raciocínio algo avançado, mas de sentimentos menos sublimes, são eles dois infortunados, e nada mais. Damos-lhes, no momento, o de que dispomos, isto é, intervenção benéfica no campo de seus sofrimentos exteriores, nos limites de nossas aquisições no domínio do conhecimento.
 - De Puysegur foi dos primeiros magnetistas que encontraram o sono revelador, em que era possível conversar com o paciente noutro estado consciencial que não o comum. Desde então, a descoberta impressionou os psicologistas; com ela, surgia nova terapêutica para tratamento das moléstias nervosas e mentais. Entretanto, para nós, «neste lado» da vida, o fenômeno é corriqueiro: diariamente milhões de pessoas adormecem sob a influência magnética de amigos espirituais, a fim de serem auxiliadas nas resoluções inadiáveis.
- E porque não tentarmos o esclarecimento verbal, agora, a estes nossos amigos? - insisti, ansioso por minha vez, observando os infortunados contendores, que se trocavam insultos e acusações. - Porque, se o conhecimento auxilia por; fora, só o amor socorre por, dentro - acrescentou o instrutor tranqüilamente.
Nesse momento, alguém assomou à porta de entrada.
Oh! era uma sublime mulher, revelando idade madura; nos olhos esplendia-lhe brilho meigo e enternecedor. Curvei-me, comovido e respeitoso. Calderaro tocou-me o ombro de leve, e murmurou-me ao ouvido: - E' a irmã Cipriana, a portadora do divino amor fraternal, que ainda não adquirimos.

Questões para estudo

1.-  De que forma o sentimento de culpa influiu no processo obsessivo?

2.-  Qual a relação entre o sistema nervoso (em especial o cérebro) e o perispírito?

3.-  Por que Calderaro afirma ser difícil estabelecer o limite entre a matéria e o espírito?

4.-  Pelas palavras de Calderaro podemos dizer que o perispírito também sofre modificações com o tempo?

5 - Qual a explicação de Calderaro para o esquecimento do passado?

6 - Por que foi necessária a presença de Cipriana?

Conclusão:

Nesse capítulo,  estudamos esse importante organismo físico que é o  cérebro, através dos ensinamentos do Instrutor Calderaro a André Luiz.
Estavam os dois benfeitores espirituais em trabalho de socorro a encarnado enfermo, internado em hospital para tratamento de doença causada por forte tensão nervosa.  O paciente se encontrava sob rigoroso processo obsessivo por parte de um desencarnado de quem tirara a vida física anos atrás, espírito em míseras condições de inferioridade e sofrimento, que se mantinha a ele ligado.
Enquanto tratava do enfermo, o Instrutor aproveitou para proferir valiosos ensinamentos a respeito do funcionamento do cérebro humano, abordando sua importância na evolução do ser.

Questões para  

1.-  De que forma o sentimento de culpa influiu no processo obsessivo?

O sentimento de culpa causou ao enfermo encarnado a presença permanente da vítima, perturbando-lhe a memória.  Com isso, sua mente fixou-se na região intermediária do cérebro, não conseguindo acesso à esfera superior, o que, segundo explicou o Instrutor Calderaro, causa um desequilíbrio.  Por força da lei de afinidade, quando ocorre esse desequilíbrio, entramos em contato com as inteligências encarnadas ou desencarnadas em condições análogas à nossa.  No caso, a antiga vítima também freqüentava uma faixa de baixa vibração, pois alimentava desejo de vingança, propiciando, assim, a instalação do processo obsessivo.

2.-  Qual a relação entre o sistema nervoso (em especial o cérebro) e o perispírito?

O sistema nervoso é uma representação das potências do perispírito, acumuladas pelo ser através das inúmeras existências pretéritas.  O cérebro é o órgão por meio do qual percebemos os fenômenos exteriores, de acordo com a capacidade de recepção que já conquistamos.  É a sede da mente, organismo que modela as manifestações do campo físico e comanda todo o sistema microscópico de células nervosas que compõem o corpo perispiritual.

3.-  Por que Calderaro afirma ser difícil estabelecer o limite entre a matéria e o espírito?

Segundo o Instrutor, além da química fisiológica, temos, também, a química espiritual, havendo extrema dificuldade em definir os pontos de ação independente de cada uma.
Por isso, afirmou ser quase impossível delimitar a fronteira divisória entre o organismo físico e o espírito.

4.-  Pelas palavras de Calderaro podemos dizer que o perispírito também sofre modificações com o tempo?

O perispírito, sendo o organismo que registra a memória do espírito,  absorve  as conseqüências de nossos atos e pensamentos, modificando-se, para melhor ou para pior, de acordo com as experiências que vivenciamos.  Calderaro fez uma minuciosa explicação de como evolui o princípio inteligente desde que é criado, quando inicia sua marcha rumo à evolução.

5 - Qual a explicação de Calderaro para o esquecimento do passado?

É o resultado da ascendência do corpo perispiritual sobre o organismo físico.  Segundo Calderaro, o espírito somente tem acesso amplo ao passado quando adquire a necessária luz para enxergar os fatos remotos.  Tal faculdade, o espírito vai adquirindo aos poucos, à medida que evolui.  O complexo conjunto de células nervosas que ligam o nosso corpo perispiritual ao organismo físico, explicou o benfeitor, sobrevive à morte deste e não suportaria a carga de uma vida dupla, ou seja, atender às vidas passadas e à presente.

6 - Por que foi necessária a presença de Cipriana?

Porque o conhecimento das questões espirituais auxilia por fora,  mas só o  amor socorre intimamente, atingindo as causas profundas.  Cipriana é um espírito de alta elevação, que já aprendeu o ensinamento do Cristo de amar o próximo como a si mesmo.

Calderaro considerou que ele nem André Luiz eram possuidores desse divino amor fraterno, que Cipriana veio introduzir naqueles dois espíritos que se encontravam ligados pelo ódio.

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