quinta-feira, 9 de julho de 2015

09  esboço de o livro dos médiuns
C B - Aula 09 - Esboco De # O Livro Dos Mediuns(2).doc
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns - item 1 - Médiuns de Efeitos Físicos
O QUE SE DEVE FAZER QUANDO ESTE TIPO DE FACULDADE MEDIÚNICA SE DESENVOLVE ESPONTANEAMENTE NO MÉDIUM?
MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS
Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis
164 São designadas assim todas as pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma vaga impressão, uma espécie de arrepio sobre todos os membros, sem explicação. Essa variedade não tem um caráter bem definido; todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, sendo a impressionabilidade, assim, uma qualidade mais geral do que especial; é a faculdade primária indispensável ao desenvolvimento de todas as outras; ela difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual não pode ser confundida; porque há pessoas que não têm os nervos delicados e que sentem mais ou menos a presença de Espíritos, assim como há outras bastante irritáveis que não os sentem.
Essa faculdade se desenvolve pela constância, e pode tornar-se tão perceptível que aquele que a possui reconhece pela impressão que sente não apenas a natureza boa ou má do Espírito que está ao seu lado, mas até mesmo sua individualidade, assim como o cego reconhece, não se sabe como, a aproximação desta ou daquela pessoa; esse indivíduo se torna então, com relação aos Espíritos, um verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito causa sempre uma impressão boa e agradável; a de um mau, pelo contrário, é difícil, aflita e desagradável; há como um cheiro de impureza.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns - item 2 - Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis
MÉDIUNS AUDITIVOS
Médiuns Auditivos
165 Os médiuns auditivos ouvem a voz dos Espíritos; é, como dissemos ao falar da pneumatofonia, algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo; outras vezes é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva. Os médiuns auditivos podem assim entrar em conversação com os Espíritos. Quando têm o hábito de se comunicarem com certos Espíritos, eles os reconhecem imediatamente pela natureza da voz. Uma pessoa que não tem essa faculdade pode igualmente se comunicar com um Espírito, por intermédio de um médium auditivo, que fará a função de intérprete.
Essa faculdade é bastante agradável quando o médium ouve bons Espíritos ou apenas os que evoca; mas o mesmo não acontece quando um mau Espírito agarra-se a ele, fazendo-lhe ouvir a cada minuto as coisas mais desagradáveis e inconvenientes. É preciso livrar-se desses Espíritos pelos meios que indicaremos no capítulo 23, Obsessão.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns - item 3 - Médiuns Auditivos
MÉDIUNS FALANTES
Médiuns Falantes
166 Os médiuns auditivos, que apenas transmitem o que ouvem, não são, propriamente falando, médiuns falantes, porque estes, na maioria das vezes, não ouvem nada. Neles, o Espírito age sobre os órgãos da palavra, como age sobre a mão dos médiuns escreventes. Quando o Espírito quer se comunicar, serve-se do órgão com que melhor pode se sintonizar no médium; de um, ele empresta a mão, de outro, a palavra, de um terceiro, o ouvido. O médium falante exprime-se geralmente sem ter a consciência do que diz e, muitas vezes, diz coisas que estão completamente fora de suas ideias habituais, de seus conhecimentos e até mesmo do alcance de sua inteligência. Por mais que esteja perfeitamente acordado e em estado normal, raramente conserva a lembrança do que diz; em resumo, a palavra é apenas um instrumento de que se serve o Espírito, com o qual uma outra pessoa pode entrar em comunicação, como o pode fazer por intermédio de um médium auditivo.
A passividade do médium falante nem sempre é tão completa; há alguns que têm a intuição do que dizem no momento em que pronunciam as palavras. Voltaremos a essa variedade quando tratarmos dos médiuns intuitivos.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns - item 4 - Médiuns Falantes

MÉDIUNS VIDENTES
Médiuns Videntes
167 Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Para alguns, essa faculdade se manifesta no estado normal, quando estão perfeitamente acordados, e conservam uma lembrança exata do que viram; outros possuem essa faculdade apenas em estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo. Essa faculdade é raramente permanente; quase sempre é o efeito de uma crise momentânea e passageira. Pode-se colocar na categoria dos médiuns videntes todas as pessoas dotadas de dupla vista. A possibilidade de ver os Espíritos em sonho resulta, sem dúvida, de um tipo de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama de médium vidente. Explicamos esse fenômeno no capítulo 6, Manifestações visuais.
O médium vidente acredita ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista; mas, na realidade, é a alma que vê, e essa é a razão pela qual ele vê tão bem com os olhos fechados quanto com os olhos abertos; de onde se segue que um cego pode ver os Espíritos como qualquer um que possui a vista perfeita. Haveria, sobre este último ponto, um estudo interessante a fazer, para saber se essa faculdade é mais frequente nos cegos. Espíritos que foram cegos nos disseram que, durante sua vida, tinham, pela alma, a percepção de certos objetos e que não estavam mergulhados na escuridão.
168 É preciso distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As primeiras são frequentes, principalmente no momento da morte de pessoas que amamos ou conhecemos e que vêm nos advertir de que não estão mais nesse mundo. Há inúmeros exemplos de fatos desse gênero, sem falar das visões durante o sono. Outras vezes, são igualmente parentes ou amigos que, apesar de estarem mortos há muito tempo, aparecem, seja para advertir de um perigo, seja para dar um conselho ou para pedir algum favor, que consiste geralmente no cumprimento de uma coisa que ele não pôde fazer enquanto estava vivo, ou então o auxílio de preces. Essas aparições são fatos isolados, que sempre têm um caráter individual e pessoal e que não constituem uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos bastante frequente, de ver qualquer Espírito que se apresente, até mesmo aquele que nos parece ser o mais estranho a nós. É essa faculdade que constitui, propriamente falando, os médiuns videntes.
Entre os médiuns videntes, há alguns que vêem apenas os Espíritos que são evocados, com uma minuciosa exatidão; descrevem nos menores detalhes seus gestos, a expressão de sua fisionomia, os traços do rosto, a roupa e até os sentimentos de que parecem animados. Há outros nos quais essa faculdade é ainda mais geral; eles vêem toda a população espírita ambiente, a maneira como se movimentam e, se poderia dizer, a maneira como executam as suas tarefas.
169 Assistimos uma noite à apresentação da ópera Oberon na companhia de um médium vidente muito bom. Havia na sala um grande número de lugares vazios, mas dos quais muitos estavam ocupados por Espíritos que pareciam assistir ao espetáculo; alguns se acercavam dos espectadores e pareciam escutar sua conversa. No palco, passava-se uma outra cena; atrás dos atores, diversos Espíritos de maneira jovial divertiam-se em imitá-los, parodiando seus gestos de modo grotesco; outros, mais sérios, pareciam animar os cantores e fazer esforços para lhes dar energia. Um deles ficava constantemente junto de uma das principais cantoras. Este nos parecia ter intenções um tanto quanto levianas; tendo-o evocado após o término do ato, veio até nós e censurou com alguma severidade nosso julgamento temerário. Não sou o que pensais, disse ele, sou seu guia e seu Espírito protetor; sou eu quem está encarregado de dirigi-la. Depois de alguns minutos de uma conversa muito séria, nos deixou, dizendo: Adeus; ela está em seu camarim; é preciso que eu vá vigiá-la. Evocamos em seguida o Espírito de Weber3, o autor da ópera, e lhe perguntamos o que pensava da execução de sua obra. Não é nada má, porém fraca; os atores cantam, eis tudo; não há inspiração, disse ele Esperai, acrescentou ele. Vou tentar dar-lhes um pouco do fogo sagrado. Então ele foi visto sobre o palco, pairando acima dos atores; um eflúvio parecia partir dele e se derramar sobre os intérpretes; nesse momento, houve entre eles uma renovação visível de energia.
170 Eis um outro fato que prova a influência que os Espíritos exercem sobre os homens sem estes saberem. Fomos, numa outra noite, a uma representação teatral com um outro médium vidente. Tendo travado uma conversa com um Espírito espectador, este nos disse: Vêem aquelas duas damas sozinhas naquele camarote? Pois bem! Estou me esforçando para que elas deixem a sala. Dito isso, foi visto no camarote em questão a falar com as duas damas; de repente, elas, que estavam prestando bastante atenção ao espetáculo, olharam-se e pareceram se consultar; depois se foram e não mais voltaram. O Espírito nos fez então um gesto cômico para mostrar que cumpriu sua palavra; porém, não o vimos mais para pedir-lhe maiores explicações. Foi assim que pudemos diversas vezes ser testemunha do papel que os Espíritos desempenham entre os vivos; nós os observamos em diversos lugares de reunião: em bailes, concertos, sermões, funerais, bodas etc..., e em todos os lugares os encontramos atiçando as más paixões, soprando a discórdia, excitando as rixas e rejubilando-se com suas proezas; enquanto outros, ao contrário, combatiam essa influência negativa, mas eram raramente escutados.

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