LIVRO: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA” (estudo n.9)
Francisco C. Xavier/Emmanuel
TEMA: “SOCORRO E CONCURSO”
"Quantos pães tendes? "- Jesus (Marcos, 8:5)
Havia grande multidão, Jesus sentia compaixão por todos aqueles que há tanto tempo ali estavam acompanhando-o sem ter o que comer. Se os deixasse ir em jejum poderiam desfalecer no caminho, porque alguns moravam longe.
Os discípulos, falam-lhe que não dispunham de alimentos. Como satisfazê-los de pão.
É quando Jesus faz a pergunta: quantos pães tendes?
Jesus não perguntou, de quantos pães necessitavam, mas, "quantos pães tendes? ", demonstrando a precaução em alertar para a necessidade de se apresentar algo como base para o auxílio que suplicamos.
Quando solicitamos amparo, socorro para alguém, pensemos primeiro na cooperação que podemos ofertar.
Invigilantes, quase sempre, fazemos rogativas e relacionamos diversas situações, onde poderíamos exercitar nossas próprias forças, no entanto, transferimos responsabilidades nossas para os Benfeitores Espirituais, esquecidos de que os trabalhadores da Espiritualidade, estão sempre se movimentando, ajudando, prontos para nos fortalecer tão logo ofereçamos nossas disposições firmes no Bem.
Quanto auxílio, quanto socorro poderiam ser prestados se fossemos mais atentos, despertos para essa realidade de que acontecerá ou não esse auxílio, dependente do campo mental aberto, receptivo.
Esta lição fala a Espíritos mais amadurecidos, que já conseguiram substituir o peditório pelo ofertório.
Quem se oferece em trabalho, em nome de Jesus, tem muito a fazer, qualquer que seja o meio em que lhe foi ofertado viver.
Quem se interessa pelo trabalho, se encanta com ele, e faz dele a oração em essência. É feliz com o que aprende e quer repartir, precisa mesmo distribuir.
"Quantos pães tendes?" pergunta Jesus.
"O ensinamento é precioso para a nossa experiência de oração", esclarece Emmanuel.
Oração pobre é a do acomodado que só quer receber, pedindo sempre carente, "alongando mãos vazias".
Oração rica é a daquele que busca em si recursos para ofertar, que quer ser grande para ser mais gente e que, desenvolvendo-se promove o meio em que está. Este oferece o que pode e vai ser sempre mais. Agradece muito e recebe em abundância, cento por um, segundo Jesus. Em síntese, as respostas às nossas rogativas dependerão sempre de condições, embora mínimas, que ofereçamos. Em essência, não é o Senhor que precisa de nossas orações, mas cada qual que precisa aproveitar a essa oportunidade, através da qual, acima de tudo, nos fortalecemos na direção à renovação espiritual.
Assim, antes de orar - se erramos sob qualquer aspecto - retifiquemo-nos antes. Se ofendemos alguém, se nos desviamos do melhor caminho, se abrigamos a revolta ou qualquer outra posição de desequilíbrio, temos antes que tomar a iniciativa do reequilíbrio, uma vez que a súplica da ajuda, por não mais atender a convencionalismos e palavras bonitas, deve nascer nas condições íntimas de retorno ao Bem.
Citações bíblicas
MARCOS 8
5 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete.
Idalina Magro / Maria Ap. Ferreira Lovo
Março / 2002
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
sábado, 4 de abril de 2015
10 - MEDIUNIDADE
Mediunidade e Animismo - O Espírito do médium se comunicando
Em nosso estudo de número 8 - O Papel do Médium nas Comunicações, percebemos que ao médium cabe o papel de "intérprete" do pensamento do Espírito. Se não compreender o alcance desse pensamento, não o poderá fazer com fidelidade. Se compreender o pensamento mas, por falta de simpatia ou outro motivo, não for passivo (isto é, se misturar suas idéias próprias com as do Espírito comunicante), deformará o pensamento comunicado, o que evidencia a grande participação do Espírito do médium na comunicação que ocorre.
O processo de comunicação dá-se somente através da identificação do Espírito com o médium, perispírito a perispírito, cujas propriedades de expansibilidade e sensibilidade, entre outras, permitem a captação do pensamento, das sensações e das emoções, que se transmitem de uma para outra mente através do veículo sutil.
O médium é sempre um instrumento passivo, cuja educação moral e psíquica lhe concede recursos hábeis para um intercâmbio correto. Porém, inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, os quais, somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar. Podemos citar as fixações mentais, os conflitos e os hábitos psicológicos do médium que vertem do inconsciente e, durante o transe, assumem com vigor os controles da faculdade mediúnica, dando origem às ocorrências anímicas.
O problema das interferências do médium na comunicação não passou despercebido a Kardec que, ao questionar os Espíritos orientadores da Codificação, deles obteve a confirmação do fato (O Livro dos Médiuns, Cap. XIX O Papel dos Médiuns nas Comunicações, Influência do Espírito do Médium item 223):
Item 223. 2 - As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio Espírito do médium?
- A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outro. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra, então suas qualidades de Espírito.
Item 223. 2a - Esta explicação não parece confirmar a opinião dos que acreditam que todas as comunicações são do Espírito do médium e não de outro Espírito?
- Eles só estão errados por entenderem que tudo é assim. Porque é certo que o Espírito do médium pode agir por si, mas isso não é razão para que outros Espíritos não possam agir, também, por seu intermédio.
Estudando esse capítulo, observamos que não foi dado nenhum caráter de anormalidade à manifestação do Espírito do próprio médium, chegando mesmo a afirmar que o conteúdo de certas comunicações produzidas por médiuns, sem o concurso dos Espíritos, pode ser superior ao de outras, obtidas com a participação deles, a depender do grau de evolução de uns e de outros. Nem sempre porém, o fato anímico revela qualidades adormecidas ou simples ocorrências do quotidiano da vida atual ou passada do médium. Muitas vezes, o que se projeta são o trauma, as manifestações fóbicas, além de outras expressões de desajuste que aguardam regularização.
Assim, no exercício mediúnico, o animismo se revela sob dois aspectos distintos:
O Espírito do médium se comunicando - animismo clássico pesquisado por Aksakof, Bozzano e outros;
2. Espírito do médium introduzindo suas ideias nas mensagens de que se faz instrumento.
Estudando o aspecto do Espírito do médium se comunicando - buscamos André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade (cap. 22 - Emersão do Passado) quando narra interessante fato ocorrido numa reunião mediúnica, em que uma sensitiva em transe sonambúlico, libera episódio traumático de outra encarnação, como se fosse uma autêntica comunicação mediúnica. Assistia a cena um Espírito desencarnado que funcionava como catalisador a liberar da memória da sensitiva, pelo mecanismo dos reflexos condicionados, os lances ali fixados desde o passado remoto .
O fato relatado reflete uma situação anímica marcada pelo desajuste psicológico, passível, no entanto, de uma solução futura após o esvaziamento daquelas aflições e o retorno à normalidade mediúnica. Com base nessa certeza, André Luiz enfatiza a necessidade de conduzir o atendimento com todo respeito e interesse, procedendo-se ao diálogo esclarecedor da mesma forma como se atendem os Espíritos sofredores nas reuniões de socorro espiritual.
Para se compreender corretamente o problema do animismo, relembremos o papel dos médiuns nas comunicações. Sabemos que ele é o intérprete da mensagem que chega. Ora, quem interpreta, vivencia, e não apenas repete, absorvendo em seu mundo íntimo a ideia, devolvendo-a com a vestimenta representada por seu estilo, vocabulário, emoções e acervo cultural.
É comum, no início da educação mediúnica, quando os médiuns ainda não estão familiarizados com o processo das comunicações, que eles façam o conflito sem saberem determinar corretamente a fronteira entre o pensamento próprio e o dos comunicantes. Nesse início é muito provável que preponderem os estados arquivados no inconsciente. É por isso que, acertadamente, afirma-se que para alcançar o estado mediúnico transita-se necessariamente pelo anímico.
Ao mesmo tempo em que exercita a faculdade, deve o médium educar-se moralmente, a fim de que os seus fatores de desajuste sejam superados antes que se convertam em viciações alienantes e caminhos de acesso para as obsessões.
Pessoas excessivamente mórbidas, afeitas a queixas, repetitivas e egoístas, quando na prática mediúnica apresentam tendência para o animismo, desajustes, porque seu comportamento já traduz esse estado anímico de tristeza e desencanto, decorrente do aflorar do passado nas experiências que ora vivenciam. Podemos citar outros fatores desencadeantes do animismo: encontros e desencontros que sensibilizem o médium, discussões e desentendimentos, festas sociais excitantes, jogos e entretenimentos similares, que atuam como fortes desequilibrantes emocionais. O cultivo de idéias desordenadas, as aspirações mal contidas, desequilibram, promovendo falsas informações. Os desbordos da imaginação geram impressões, produzem idéias que fazem supor procederem de intercâmbio mediúnico. Além desses, a inspiração de Entidades levianas coopera com eficiência para os exageros, as distonias.
Uma mudança salutar de hábitos e comprometimento com a caridade cristã podem desfazer certos condicionamentos renitentes e perturbadores.
Espera-se que os médiuns atuantes compreendam sem demora esse processo de transitar do anímico para o mediúnico, desemperrando as engrenagens medianímicas pelo exercício disciplinado e constante, desobstruindo os canais por onde fluem as ideias através do trabalho no Bem, absorção de conhecimentos e cultura, oração e meditação continuadas.
Compreende-se que é necessário ao médium um exame contínuo de seus problemas íntimos e acentuado zelo pelo estudo, a fim de discernir com acerto e segurança. Nem tudo que ocorre na esfera mental significa fenômeno mediúnico.
Recomenda o Espírito Joanna de Ângelis, no livro Celeiro de Bênçãos:
"Estuda e estuda-te.
Evita a frivolidade e arma-te de siso, no mister relevante da mediunidade.
Cada ser vincula-se a um programa redentor, graças às causas a que se imana pelo impositivo da reencarnação. Interferências espirituais sucedem, sim, mas, não amiúde como pretendem a leviandade e a insensatez dos que se comprazem em transferir responsabilidades.
Revisa opiniões, conotações, exames e resguarda-te na discrição.
Mediunidade é patrimônio inestimável, faculdade delicada pela qual ocorrem fenômenos sutis expressivos e vigorosos e só procedem do Alto quando em clima de alta responsabilidade.
Nesse sentido, não descuides das ocorrências provindas de interferências anímicas, dos desejos fortemente acalentados, das impressões indesejáveis e desconexas que ressumam, engendrando comunicações inexatas.
Acalma a mente e harmoniza o "mundo interior"
(Celeiro de Bênçãos, Cap. 6, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco - LEAL)
Bibliografia
Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Cap. XIX, q. 223, de 1 a 8, FEESP . 2ª ed. São Paulo, 1989
Neves, J.; Azevedo, G.; Calazans, N.; Ferraz, J. - "Vivência Mediúnica - Projeto Manoel P. de Miranda", Cap. 1 - Fenômenos, Cap. 11- Do Anímico ao Mediúnico, LEAL. 1ª edição. Salvador/BA, 1994
Neves, J.; Azevedo, G.; Calazans, N.; Ferraz, J. - "Qualidade na prática Mediúnica- Projeto Manoel P. de Miranda", 1ª Parte, Animismo, LEAL. 1ª edição. Salvador/BA, 2000
Xavier, Francisco C. pelo Espírito André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade. Cap. XXII Emersão do Passado, FEB, 14ª Ed. 1985
Tereza Cristina D'Alessandro
Março / 2002
Mediunidade e Animismo - O Espírito do médium se comunicando
Em nosso estudo de número 8 - O Papel do Médium nas Comunicações, percebemos que ao médium cabe o papel de "intérprete" do pensamento do Espírito. Se não compreender o alcance desse pensamento, não o poderá fazer com fidelidade. Se compreender o pensamento mas, por falta de simpatia ou outro motivo, não for passivo (isto é, se misturar suas idéias próprias com as do Espírito comunicante), deformará o pensamento comunicado, o que evidencia a grande participação do Espírito do médium na comunicação que ocorre.
O processo de comunicação dá-se somente através da identificação do Espírito com o médium, perispírito a perispírito, cujas propriedades de expansibilidade e sensibilidade, entre outras, permitem a captação do pensamento, das sensações e das emoções, que se transmitem de uma para outra mente através do veículo sutil.
O médium é sempre um instrumento passivo, cuja educação moral e psíquica lhe concede recursos hábeis para um intercâmbio correto. Porém, inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, os quais, somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar. Podemos citar as fixações mentais, os conflitos e os hábitos psicológicos do médium que vertem do inconsciente e, durante o transe, assumem com vigor os controles da faculdade mediúnica, dando origem às ocorrências anímicas.
O problema das interferências do médium na comunicação não passou despercebido a Kardec que, ao questionar os Espíritos orientadores da Codificação, deles obteve a confirmação do fato (O Livro dos Médiuns, Cap. XIX O Papel dos Médiuns nas Comunicações, Influência do Espírito do Médium item 223):
Item 223. 2 - As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio Espírito do médium?
- A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outro. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra, então suas qualidades de Espírito.
Item 223. 2a - Esta explicação não parece confirmar a opinião dos que acreditam que todas as comunicações são do Espírito do médium e não de outro Espírito?
- Eles só estão errados por entenderem que tudo é assim. Porque é certo que o Espírito do médium pode agir por si, mas isso não é razão para que outros Espíritos não possam agir, também, por seu intermédio.
Estudando esse capítulo, observamos que não foi dado nenhum caráter de anormalidade à manifestação do Espírito do próprio médium, chegando mesmo a afirmar que o conteúdo de certas comunicações produzidas por médiuns, sem o concurso dos Espíritos, pode ser superior ao de outras, obtidas com a participação deles, a depender do grau de evolução de uns e de outros. Nem sempre porém, o fato anímico revela qualidades adormecidas ou simples ocorrências do quotidiano da vida atual ou passada do médium. Muitas vezes, o que se projeta são o trauma, as manifestações fóbicas, além de outras expressões de desajuste que aguardam regularização.
Assim, no exercício mediúnico, o animismo se revela sob dois aspectos distintos:
O Espírito do médium se comunicando - animismo clássico pesquisado por Aksakof, Bozzano e outros;
2. Espírito do médium introduzindo suas ideias nas mensagens de que se faz instrumento.
Estudando o aspecto do Espírito do médium se comunicando - buscamos André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade (cap. 22 - Emersão do Passado) quando narra interessante fato ocorrido numa reunião mediúnica, em que uma sensitiva em transe sonambúlico, libera episódio traumático de outra encarnação, como se fosse uma autêntica comunicação mediúnica. Assistia a cena um Espírito desencarnado que funcionava como catalisador a liberar da memória da sensitiva, pelo mecanismo dos reflexos condicionados, os lances ali fixados desde o passado remoto .
O fato relatado reflete uma situação anímica marcada pelo desajuste psicológico, passível, no entanto, de uma solução futura após o esvaziamento daquelas aflições e o retorno à normalidade mediúnica. Com base nessa certeza, André Luiz enfatiza a necessidade de conduzir o atendimento com todo respeito e interesse, procedendo-se ao diálogo esclarecedor da mesma forma como se atendem os Espíritos sofredores nas reuniões de socorro espiritual.
Para se compreender corretamente o problema do animismo, relembremos o papel dos médiuns nas comunicações. Sabemos que ele é o intérprete da mensagem que chega. Ora, quem interpreta, vivencia, e não apenas repete, absorvendo em seu mundo íntimo a ideia, devolvendo-a com a vestimenta representada por seu estilo, vocabulário, emoções e acervo cultural.
É comum, no início da educação mediúnica, quando os médiuns ainda não estão familiarizados com o processo das comunicações, que eles façam o conflito sem saberem determinar corretamente a fronteira entre o pensamento próprio e o dos comunicantes. Nesse início é muito provável que preponderem os estados arquivados no inconsciente. É por isso que, acertadamente, afirma-se que para alcançar o estado mediúnico transita-se necessariamente pelo anímico.
Ao mesmo tempo em que exercita a faculdade, deve o médium educar-se moralmente, a fim de que os seus fatores de desajuste sejam superados antes que se convertam em viciações alienantes e caminhos de acesso para as obsessões.
Pessoas excessivamente mórbidas, afeitas a queixas, repetitivas e egoístas, quando na prática mediúnica apresentam tendência para o animismo, desajustes, porque seu comportamento já traduz esse estado anímico de tristeza e desencanto, decorrente do aflorar do passado nas experiências que ora vivenciam. Podemos citar outros fatores desencadeantes do animismo: encontros e desencontros que sensibilizem o médium, discussões e desentendimentos, festas sociais excitantes, jogos e entretenimentos similares, que atuam como fortes desequilibrantes emocionais. O cultivo de idéias desordenadas, as aspirações mal contidas, desequilibram, promovendo falsas informações. Os desbordos da imaginação geram impressões, produzem idéias que fazem supor procederem de intercâmbio mediúnico. Além desses, a inspiração de Entidades levianas coopera com eficiência para os exageros, as distonias.
Uma mudança salutar de hábitos e comprometimento com a caridade cristã podem desfazer certos condicionamentos renitentes e perturbadores.
Espera-se que os médiuns atuantes compreendam sem demora esse processo de transitar do anímico para o mediúnico, desemperrando as engrenagens medianímicas pelo exercício disciplinado e constante, desobstruindo os canais por onde fluem as ideias através do trabalho no Bem, absorção de conhecimentos e cultura, oração e meditação continuadas.
Compreende-se que é necessário ao médium um exame contínuo de seus problemas íntimos e acentuado zelo pelo estudo, a fim de discernir com acerto e segurança. Nem tudo que ocorre na esfera mental significa fenômeno mediúnico.
Recomenda o Espírito Joanna de Ângelis, no livro Celeiro de Bênçãos:
"Estuda e estuda-te.
Evita a frivolidade e arma-te de siso, no mister relevante da mediunidade.
Cada ser vincula-se a um programa redentor, graças às causas a que se imana pelo impositivo da reencarnação. Interferências espirituais sucedem, sim, mas, não amiúde como pretendem a leviandade e a insensatez dos que se comprazem em transferir responsabilidades.
Revisa opiniões, conotações, exames e resguarda-te na discrição.
Mediunidade é patrimônio inestimável, faculdade delicada pela qual ocorrem fenômenos sutis expressivos e vigorosos e só procedem do Alto quando em clima de alta responsabilidade.
Nesse sentido, não descuides das ocorrências provindas de interferências anímicas, dos desejos fortemente acalentados, das impressões indesejáveis e desconexas que ressumam, engendrando comunicações inexatas.
Acalma a mente e harmoniza o "mundo interior"
(Celeiro de Bênçãos, Cap. 6, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco - LEAL)
Bibliografia
Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Cap. XIX, q. 223, de 1 a 8, FEESP . 2ª ed. São Paulo, 1989
Neves, J.; Azevedo, G.; Calazans, N.; Ferraz, J. - "Vivência Mediúnica - Projeto Manoel P. de Miranda", Cap. 1 - Fenômenos, Cap. 11- Do Anímico ao Mediúnico, LEAL. 1ª edição. Salvador/BA, 1994
Neves, J.; Azevedo, G.; Calazans, N.; Ferraz, J. - "Qualidade na prática Mediúnica- Projeto Manoel P. de Miranda", 1ª Parte, Animismo, LEAL. 1ª edição. Salvador/BA, 2000
Xavier, Francisco C. pelo Espírito André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade. Cap. XXII Emersão do Passado, FEB, 14ª Ed. 1985
Tereza Cristina D'Alessandro
Março / 2002
10 - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA (XI)
A GÊNESE
OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO
O Espiritismo não nega o Evangelho de Jesus. Longe de destruí-lo, ao contrário, pelas novas leis da Natureza que revela, explica e desenvolve tudo quanto o Cristo disse e fez. Os pontos obscuros do ensino cristão são por ele elucidados de forma que aqueles para quem certas partes do Evangelho eram ininteligíveis, ou pareciam inadmissíveis, passam a compreende-las e a admiti-las, sem dificuldade, com o auxílio desta doutrina; O Cristo lhes parece maior, pois podem ver melhor o alcance de seu evangelho e distinguir entre a realidade e a alegoria; Jesus, para eles já não é simplesmente um filósofo, é um Messias divino.
O Espiritismo é de grande poder moralizador. Pode-se depreender isso facilmente pela finalidade que assina a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as conseqüências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e a confiança no futuro, pela idéia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se faz, tudo quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria e moralidade, até a última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito. Considerando-se esse incontestável poder moralizador reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo respeito do Consolador anunciado. Na verdade é ele o verdadeiro Consolador. O Espírito de Verdade preside ao grande movimento de regeneração. A promessa de sua vinda se acha, por essa forma, cumprida.
"Muitos pais deploram a morte prematura dos filhos, para cuja educação fizeram grandes sacrifícios, e dizem consigo mesmos que tudo foi em perda. À luz do Espiritismo, porém , não lamentam esses sacrifícios e estariam prontos a fazê-los, mesmo tendo a certeza de que veriam morrer seus filhos porque sabem que se estes não a aproveitam na vida presente, essa educação servirá, primeiro que tudo, para o seu adiantamento espiritual; e, mais, que serão aquisições novas para outra existência e que, quando voltarem a este mundo, terão um patrimônio intelectual que os tornará mais aptos a adquirirem novos conhecimentos. Tais essas crianças que trazem, ao nascer, idéias inatas, que sabem, por assim dizer, sem precisarem aprender.
Se os pais não têm satisfação imediata de ver os filhos aproveitarem a educação que lhes deram, goza-la-ão, certamente, mais tarde, quer como Espíritos, quer como homens. Talvez sejam eles de novo os pais desses mesmos filhos, que apontam como afortunadamente dotados pela natureza e que devem as suas aptidões a uma educação precedente; assim também, se os filhos se desviam para o mal, pela negligência dos pais, estes podem vir a sofrer mais tarde desgostos e pesares que àqueles suscitarão em nova existência( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.V, nº 21; Mortes prematuras.)"
A que se considerar, ainda, a rapidez prodigiosa com que se propaga o Espiritismo, apesar de tudo quanto já foi feito para abatê-lo. Não se pode negar que sua vinda seja providencial, visto como ele triunfa de todas as forças e de toda a má vontade dos homens. A facilidade com que é aceito por grande número de pessoas, sem constrangimento, apenas pelo poder da idéia, prova que ele corresponde a uma necessidade, qual a de crer o homem em alguma coisa para encher o vácuo aberto pela incredulidade. portanto, veio no momento preciso.
Grande é o número dos aflitos; não é, pois, de admirar que tanta gente acolha uma doutrina que consola, de preferência às que desesperam, porque aos deserdados, mais do que aos felizes do mundo, é que o Espiritismo se dirige. O doente vê chegar o médico com maior satisfação do que aquele que está bem de saúde; ora, os aflitos são os doentes e o Consolador é o médico.
"Vós que combateis o Espiritismo, se quereis que o abandonemos para vos seguir, dai-nos mais e melhor do que ele; curai com maior segurança as feridas da alma. Dai mais consolações, mais satisfações ao coração, esperanças mais legítimas, maiores certezas; fazei do futuro um quadro mais racional, mais sedutor; porém, não julgueis vencê-lo com a perspectiva do nada , com a alternativa das chamas do inferno, ou com a inútil contemplação perpétua."
Denizart Castaldeli Junho / 2002
A GÊNESE
OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO
O Espiritismo não nega o Evangelho de Jesus. Longe de destruí-lo, ao contrário, pelas novas leis da Natureza que revela, explica e desenvolve tudo quanto o Cristo disse e fez. Os pontos obscuros do ensino cristão são por ele elucidados de forma que aqueles para quem certas partes do Evangelho eram ininteligíveis, ou pareciam inadmissíveis, passam a compreende-las e a admiti-las, sem dificuldade, com o auxílio desta doutrina; O Cristo lhes parece maior, pois podem ver melhor o alcance de seu evangelho e distinguir entre a realidade e a alegoria; Jesus, para eles já não é simplesmente um filósofo, é um Messias divino.
O Espiritismo é de grande poder moralizador. Pode-se depreender isso facilmente pela finalidade que assina a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as conseqüências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e a confiança no futuro, pela idéia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se faz, tudo quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria e moralidade, até a última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito. Considerando-se esse incontestável poder moralizador reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo respeito do Consolador anunciado. Na verdade é ele o verdadeiro Consolador. O Espírito de Verdade preside ao grande movimento de regeneração. A promessa de sua vinda se acha, por essa forma, cumprida.
"Muitos pais deploram a morte prematura dos filhos, para cuja educação fizeram grandes sacrifícios, e dizem consigo mesmos que tudo foi em perda. À luz do Espiritismo, porém , não lamentam esses sacrifícios e estariam prontos a fazê-los, mesmo tendo a certeza de que veriam morrer seus filhos porque sabem que se estes não a aproveitam na vida presente, essa educação servirá, primeiro que tudo, para o seu adiantamento espiritual; e, mais, que serão aquisições novas para outra existência e que, quando voltarem a este mundo, terão um patrimônio intelectual que os tornará mais aptos a adquirirem novos conhecimentos. Tais essas crianças que trazem, ao nascer, idéias inatas, que sabem, por assim dizer, sem precisarem aprender.
Se os pais não têm satisfação imediata de ver os filhos aproveitarem a educação que lhes deram, goza-la-ão, certamente, mais tarde, quer como Espíritos, quer como homens. Talvez sejam eles de novo os pais desses mesmos filhos, que apontam como afortunadamente dotados pela natureza e que devem as suas aptidões a uma educação precedente; assim também, se os filhos se desviam para o mal, pela negligência dos pais, estes podem vir a sofrer mais tarde desgostos e pesares que àqueles suscitarão em nova existência( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.V, nº 21; Mortes prematuras.)"
A que se considerar, ainda, a rapidez prodigiosa com que se propaga o Espiritismo, apesar de tudo quanto já foi feito para abatê-lo. Não se pode negar que sua vinda seja providencial, visto como ele triunfa de todas as forças e de toda a má vontade dos homens. A facilidade com que é aceito por grande número de pessoas, sem constrangimento, apenas pelo poder da idéia, prova que ele corresponde a uma necessidade, qual a de crer o homem em alguma coisa para encher o vácuo aberto pela incredulidade. portanto, veio no momento preciso.
Grande é o número dos aflitos; não é, pois, de admirar que tanta gente acolha uma doutrina que consola, de preferência às que desesperam, porque aos deserdados, mais do que aos felizes do mundo, é que o Espiritismo se dirige. O doente vê chegar o médico com maior satisfação do que aquele que está bem de saúde; ora, os aflitos são os doentes e o Consolador é o médico.
"Vós que combateis o Espiritismo, se quereis que o abandonemos para vos seguir, dai-nos mais e melhor do que ele; curai com maior segurança as feridas da alma. Dai mais consolações, mais satisfações ao coração, esperanças mais legítimas, maiores certezas; fazei do futuro um quadro mais racional, mais sedutor; porém, não julgueis vencê-lo com a perspectiva do nada , com a alternativa das chamas do inferno, ou com a inútil contemplação perpétua."
Denizart Castaldeli Junho / 2002
4-22 UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
4.3 A PRÁTICA MEDIÚNICA
Todas as imperfeições morais são tantas outras portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis [...]. O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos tidos por seus protetores os deslumbra e, como neles o amor-próprio sofreria, se houvessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho [...]. Aborrecem-se com a menor contradita, com uma simples observação crítica e vão às vezes ao ponto de tomar ódio às próprias pessoas que lhes têm prestado serviço. [...] Devemos também convir em que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelos que o cercam. O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 20 item 228.
Sob critérios definidos pela direção da Casa Espírita, em trabalho conjunto com o responsável pela área da atividade mediúnica, pode ser organizado um grupo mediúnico com a finalidade de auxiliar os principiantes nas fases iniciais do seu aprendizado prático, desde que dirigido por pessoa experiente, e tenha a participação de um ou mais médiuns experientes.
Nunca é demais recordar que prática mediúnica deve, necessariamente, ser precedida de cursos regulares, teóricos e práticos, fundamentais à formação do futuro trabalhador da mediunidade.
O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Espíritos sinceros e devotados ao bem e a verdade. O Consolador, questão 392.
No período inicial do exercício mediúnico, o aprendiz deve desenvolver a capacidade de auxiliar, com equilíbrio e controle, Espíritos que sofrem, os quais, embora se apresentem na condição de enfermos, necessitam de esclarecimentos, uma vez que ainda não se acham bem adaptados à vida na erraticidade. O tempo destinado ao desenvolvimento e à educação da faculdade mediúnica não é o mesmo para cada médium, mas depende do esforço e das possibilidades de cada um.
Os Espíritos comunicantes que demonstram graves perturbações são, usualmente, encaminhados pelos benfeitores espirituais aos grupos mediúnicos onde a equipe revela possuir melhores condições de atendimento e auxílio. Nessas reuniões há maior homogeneidade de conhecimento espírita-evangélico e de união de sentimentos e pensamentos. São grupos constituídos por um número reduzido de participantes, mas que revelam experiência e habilidade no trato com os Espíritos seriamente desarmonizados, daí não ser permitida a participação de aprendizes de espiritismo e de mediunidade.
A prática mediúnica, realizada nessas condições, favorece: a) o atendimento aos Espíritos portadores de graves desequilíbrios, endurecidos, perseguidores etc.; b) a freqüente manifestação dos benfeitores e orientadores da Vida Maior; c) a defesa da Instituição Espírita.
Os integrantes mais experientes desse tipo de reunião mediúnica aprenderam a neutralizar ou amenizar o impacto das influências espirituais perturbadoras, adotando comportamentos de conduta reta, ordeira e moralizadora, além de atualização doutrinária, assim especificados:
* Controle das emissões mentais, sentimentos e ações inferiores, por efeito da vontade sabiamente administrada.
* Aperfeiçoamento do conhecimento espírita pela participação em cursos, encontros, seminários e estudo de obras espíritas.
* Adoção do hábito da oração e da meditação.
* Integração em serviço de auxílio ao próximo, exercitando, assim, a prática da caridade.
* Empenho de combate às imperfeições, de acordo com os preceitos do Evangelho e das orientações espíritas, tendo como guia esta instrução de Paulo, o apóstolo:
Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 15, item 10.
5. A Equipe Mediúnica
No entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom. 1 Corintios, 7:7
5.1 CONDIÇÕES DOS CANDIDATOS À PRÁTICA MEDIÚNICA
* Instrução teórica básica
Entende-se por Instrução Teórica Básica o conhecimento doutrinário espírita adquirido pelo integrante do grupo mediúnico em cursos, regulares e sistematizados de espiritismo e de mediunidade. É relevante que todos os participantes da reunião possuam base doutrinária espírita relacionada às atividades mediúnicas.
Na possibilidade de participantes de cursos de mediunidade apresentarem faculdade mediúnica aflorada, deverão ser encaminhados ao setor ou pessoa responsável da Casa Espírita indicados para atendê-los. Esta medida é importante porque nem sempre é possível o monitor do Curso avaliar a situação com a profundidade requerida ou com isenção de ânimo necessária.
Nessa situação, cada caso será analisado com fraternidade, bom senso e prudência, ponderando se a pessoa deve, efetivamente, participar de um grupo mediúnico, paralelamente aos estudos que realiza. É imprudência estimular a prática mediúnica em pessoas que revelem algum tipo de imaturidade, doutrinária, emocional, psicológica etc.
Os participantes dos cursos que revelem dificuldades espirituais significativas, impeditivas de assimilação de conteúdos doutrinários, deverão ser afastados do estudo, temporariamente, e encaminhados ao serviço de atendimento espiritual da Casa Espírita para serem auxiliados.
Participantes analfabetos ou com nível de instrução reduzida, ou ainda, os portadores de deficiência visual, auditiva etc., farão o curso com os demais, porém lhes será prestada atenção especial, de modo a compensar-lhes as dificuldades inerentes às limitações que apresentam.
5.2 CONDIÇÕES DOS INTEGRANTES DA EQUIPE MEDIÚNICA
* Capacitação continuada
É de fundamental importância que o trabalhador do grupo mediúnico esteja integrado em outra atividade da Casa Espírita e que revele possuir conhecimento espírita adquirido nos cursos regulares de estudo do espiritismo e da mediunidade. Por exemplo: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita e Estudo e Educação da Mediunidade. O estudo e a fixação do ensino espírita colocam-nos em condições de mais amplo discernimento da vida, dos homens e dos Espíritos. Mediunidade e Evolução, cap. 7.
Concluídos esses estudos regulares, é importante verificar se o candidato à prática mediúnica integra uma ou mais atividade da Casa Espírita, antes de ter acesso às reuniões mediúnicas. Para tanto, é necessário que ele:
* conheça as principais atividades da Casa Espírita;
* esteja integrado em serviços que lhe proporcionem a devida compreensão da atividade mediúnica: assistência espiritual - que compreende o atendimento fraterno pelo diálogo, passes, serviço de visitas a enfermos, evangelho no lar , assistência e promoção social e outros;
* freqüente uma ou mais palestras evangélico-doutrinárias;
* realize a reunião do Evangelho no lar, a sós quando a família não aceita esta prática , ou em companhia de familiares e afins;
* utilize o serviço de atendimento espiritual e de passe da Casa Espírita sempre que se sentir desarmonizado;
* participe de seminários ou cursos relacionados à atividade mediúnica;
* revele disposição para estudar, de forma contínua e sistematizada, obras espíritas que lhe auxiliem a realização da tarefa;
* manifeste vontade de fazer parte de um grupo mediúnico. Nesta situação, a manifestação voluntária do candidato necessita da aprovação do setor competente da Casa Espírita.
Já se disse que duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus. Uma chama-se Amor, a outra, Sabedoria. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e, pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto. [...] Todos temos necessidade de instrução e de amor. Estudar e servir são rotas inevitáveis na obra de elevação. [...] Conhecer é patrocinar a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes na vida. Corre-nos, pois, o dever de estudar sempre, escolhendo o melhor para que as nossas idéias e exemplos reflitam as idéias e os exemplos dos paladinos da luz. Pensamento e Vida, cap. 4.
6. Atribuições dos Integrantes da Equipe Mediúnica
Levai, pois, uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração. Acima de tudo, cultivai, com todo ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados. 1Pedro, 4:7- 8
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
4.3 A PRÁTICA MEDIÚNICA
Todas as imperfeições morais são tantas outras portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis [...]. O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos tidos por seus protetores os deslumbra e, como neles o amor-próprio sofreria, se houvessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho [...]. Aborrecem-se com a menor contradita, com uma simples observação crítica e vão às vezes ao ponto de tomar ódio às próprias pessoas que lhes têm prestado serviço. [...] Devemos também convir em que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelos que o cercam. O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 20 item 228.
Sob critérios definidos pela direção da Casa Espírita, em trabalho conjunto com o responsável pela área da atividade mediúnica, pode ser organizado um grupo mediúnico com a finalidade de auxiliar os principiantes nas fases iniciais do seu aprendizado prático, desde que dirigido por pessoa experiente, e tenha a participação de um ou mais médiuns experientes.
Nunca é demais recordar que prática mediúnica deve, necessariamente, ser precedida de cursos regulares, teóricos e práticos, fundamentais à formação do futuro trabalhador da mediunidade.
O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Espíritos sinceros e devotados ao bem e a verdade. O Consolador, questão 392.
No período inicial do exercício mediúnico, o aprendiz deve desenvolver a capacidade de auxiliar, com equilíbrio e controle, Espíritos que sofrem, os quais, embora se apresentem na condição de enfermos, necessitam de esclarecimentos, uma vez que ainda não se acham bem adaptados à vida na erraticidade. O tempo destinado ao desenvolvimento e à educação da faculdade mediúnica não é o mesmo para cada médium, mas depende do esforço e das possibilidades de cada um.
Os Espíritos comunicantes que demonstram graves perturbações são, usualmente, encaminhados pelos benfeitores espirituais aos grupos mediúnicos onde a equipe revela possuir melhores condições de atendimento e auxílio. Nessas reuniões há maior homogeneidade de conhecimento espírita-evangélico e de união de sentimentos e pensamentos. São grupos constituídos por um número reduzido de participantes, mas que revelam experiência e habilidade no trato com os Espíritos seriamente desarmonizados, daí não ser permitida a participação de aprendizes de espiritismo e de mediunidade.
A prática mediúnica, realizada nessas condições, favorece: a) o atendimento aos Espíritos portadores de graves desequilíbrios, endurecidos, perseguidores etc.; b) a freqüente manifestação dos benfeitores e orientadores da Vida Maior; c) a defesa da Instituição Espírita.
Os integrantes mais experientes desse tipo de reunião mediúnica aprenderam a neutralizar ou amenizar o impacto das influências espirituais perturbadoras, adotando comportamentos de conduta reta, ordeira e moralizadora, além de atualização doutrinária, assim especificados:
* Controle das emissões mentais, sentimentos e ações inferiores, por efeito da vontade sabiamente administrada.
* Aperfeiçoamento do conhecimento espírita pela participação em cursos, encontros, seminários e estudo de obras espíritas.
* Adoção do hábito da oração e da meditação.
* Integração em serviço de auxílio ao próximo, exercitando, assim, a prática da caridade.
* Empenho de combate às imperfeições, de acordo com os preceitos do Evangelho e das orientações espíritas, tendo como guia esta instrução de Paulo, o apóstolo:
Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 15, item 10.
5. A Equipe Mediúnica
No entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom. 1 Corintios, 7:7
5.1 CONDIÇÕES DOS CANDIDATOS À PRÁTICA MEDIÚNICA
* Instrução teórica básica
Entende-se por Instrução Teórica Básica o conhecimento doutrinário espírita adquirido pelo integrante do grupo mediúnico em cursos, regulares e sistematizados de espiritismo e de mediunidade. É relevante que todos os participantes da reunião possuam base doutrinária espírita relacionada às atividades mediúnicas.
Na possibilidade de participantes de cursos de mediunidade apresentarem faculdade mediúnica aflorada, deverão ser encaminhados ao setor ou pessoa responsável da Casa Espírita indicados para atendê-los. Esta medida é importante porque nem sempre é possível o monitor do Curso avaliar a situação com a profundidade requerida ou com isenção de ânimo necessária.
Nessa situação, cada caso será analisado com fraternidade, bom senso e prudência, ponderando se a pessoa deve, efetivamente, participar de um grupo mediúnico, paralelamente aos estudos que realiza. É imprudência estimular a prática mediúnica em pessoas que revelem algum tipo de imaturidade, doutrinária, emocional, psicológica etc.
Os participantes dos cursos que revelem dificuldades espirituais significativas, impeditivas de assimilação de conteúdos doutrinários, deverão ser afastados do estudo, temporariamente, e encaminhados ao serviço de atendimento espiritual da Casa Espírita para serem auxiliados.
Participantes analfabetos ou com nível de instrução reduzida, ou ainda, os portadores de deficiência visual, auditiva etc., farão o curso com os demais, porém lhes será prestada atenção especial, de modo a compensar-lhes as dificuldades inerentes às limitações que apresentam.
5.2 CONDIÇÕES DOS INTEGRANTES DA EQUIPE MEDIÚNICA
* Capacitação continuada
É de fundamental importância que o trabalhador do grupo mediúnico esteja integrado em outra atividade da Casa Espírita e que revele possuir conhecimento espírita adquirido nos cursos regulares de estudo do espiritismo e da mediunidade. Por exemplo: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita e Estudo e Educação da Mediunidade. O estudo e a fixação do ensino espírita colocam-nos em condições de mais amplo discernimento da vida, dos homens e dos Espíritos. Mediunidade e Evolução, cap. 7.
Concluídos esses estudos regulares, é importante verificar se o candidato à prática mediúnica integra uma ou mais atividade da Casa Espírita, antes de ter acesso às reuniões mediúnicas. Para tanto, é necessário que ele:
* conheça as principais atividades da Casa Espírita;
* esteja integrado em serviços que lhe proporcionem a devida compreensão da atividade mediúnica: assistência espiritual - que compreende o atendimento fraterno pelo diálogo, passes, serviço de visitas a enfermos, evangelho no lar , assistência e promoção social e outros;
* freqüente uma ou mais palestras evangélico-doutrinárias;
* realize a reunião do Evangelho no lar, a sós quando a família não aceita esta prática , ou em companhia de familiares e afins;
* utilize o serviço de atendimento espiritual e de passe da Casa Espírita sempre que se sentir desarmonizado;
* participe de seminários ou cursos relacionados à atividade mediúnica;
* revele disposição para estudar, de forma contínua e sistematizada, obras espíritas que lhe auxiliem a realização da tarefa;
* manifeste vontade de fazer parte de um grupo mediúnico. Nesta situação, a manifestação voluntária do candidato necessita da aprovação do setor competente da Casa Espírita.
Já se disse que duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus. Uma chama-se Amor, a outra, Sabedoria. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e, pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto. [...] Todos temos necessidade de instrução e de amor. Estudar e servir são rotas inevitáveis na obra de elevação. [...] Conhecer é patrocinar a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes na vida. Corre-nos, pois, o dever de estudar sempre, escolhendo o melhor para que as nossas idéias e exemplos reflitam as idéias e os exemplos dos paladinos da luz. Pensamento e Vida, cap. 4.
6. Atribuições dos Integrantes da Equipe Mediúnica
Levai, pois, uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração. Acima de tudo, cultivai, com todo ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados. 1Pedro, 4:7- 8
10 = AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
1-2 TESTE DE PERSONALIDADE
PERGUNTAS:
01. Quando você sente melhor?
(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.
02. Você normalmente caminha:
(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente a noite.
03. Ao falar com pessoas você:
(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.
04. Ao relaxar, você se senta com:
(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas;
(d) uma perna debaixo de você.
05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:
(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
(c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.
06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:
(a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.
07. Você está trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você:
(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre este dois extremos.
08. Qual das cores seguintes você gosta mais?
(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.
09. Quando você já esta na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita:
(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.
10. Você frequentemente sonha que você está:
(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.
PONTOS:
01. (a) 2; (b) 4; (c) 6
02. (a) 6; (b) 4; (c) 7; (d) 2; (e) 1
03. (a) 4; (b) 2; (c) 5; (d) 7; (e) 6
04. (a) 4; (b) 6; (c) 2; (d) 1
05. (a) 6; (b) 4; (c) 3; (d) 5; (e) 2
06. (a) 6; (b) 4; (c) 2
07. (a) 6; (b) 2; (c) 4
08. (a) 6; (b) 7; (c) 5; (d) 4; (e) 3; (f) 2; (g) 1
09. (a) 7; (b) 6; (c) 4; (d) 2; (e) 1
Prece de encerramento
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
1-2 TESTE DE PERSONALIDADE
PERGUNTAS:
01. Quando você sente melhor?
(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.
02. Você normalmente caminha:
(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente a noite.
03. Ao falar com pessoas você:
(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.
04. Ao relaxar, você se senta com:
(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas;
(d) uma perna debaixo de você.
05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:
(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
(c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.
06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:
(a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.
07. Você está trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você:
(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre este dois extremos.
08. Qual das cores seguintes você gosta mais?
(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.
09. Quando você já esta na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita:
(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.
10. Você frequentemente sonha que você está:
(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.
PONTOS:
01. (a) 2; (b) 4; (c) 6
02. (a) 6; (b) 4; (c) 7; (d) 2; (e) 1
03. (a) 4; (b) 2; (c) 5; (d) 7; (e) 6
04. (a) 4; (b) 6; (c) 2; (d) 1
05. (a) 6; (b) 4; (c) 3; (d) 5; (e) 2
06. (a) 6; (b) 4; (c) 2
07. (a) 6; (b) 2; (c) 4
08. (a) 6; (b) 7; (c) 5; (d) 4; (e) 3; (f) 2; (g) 1
09. (a) 7; (b) 6; (c) 4; (d) 2; (e) 1
Prece de encerramento
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
10 = AULAS E DINÂMICAS PARA A JUVENTUDE
1-2 TESTE DE PERSONALIDADE
PERGUNTAS:
01. Quando você sente melhor?
(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.
02. Você normalmente caminha:
(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente a noite.
03. Ao falar com pessoas você:
(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.
04. Ao relaxar, você se senta com:
(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas;
(d) uma perna debaixo de você.
05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:
(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
(c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.
06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:
(a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.
07. Você está trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você:
(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre este dois extremos.
08. Qual das cores seguintes você gosta mais?
(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.
09. Quando você já esta na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita:
(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.
10. Você frequentemente sonha que você está:
(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.
PONTOS:
01. (a) 2; (b) 4; (c) 6
02. (a) 6; (b) 4; (c) 7; (d) 2; (e) 1
03. (a) 4; (b) 2; (c) 5; (d) 7; (e) 6
04. (a) 4; (b) 6; (c) 2; (d) 1
05. (a) 6; (b) 4; (c) 3; (d) 5; (e) 2
06. (a) 6; (b) 4; (c) 2
07. (a) 6; (b) 2; (c) 4
08. (a) 6; (b) 7; (c) 5; (d) 4; (e) 3; (f) 2; (g) 1
09. (a) 7; (b) 6; (c) 4; (d) 2; (e) 1
Prece de encerramento
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
1-2 TESTE DE PERSONALIDADE
PERGUNTAS:
01. Quando você sente melhor?
(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.
02. Você normalmente caminha:
(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente a noite.
03. Ao falar com pessoas você:
(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.
04. Ao relaxar, você se senta com:
(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas;
(d) uma perna debaixo de você.
05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:
(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
(c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.
06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:
(a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.
07. Você está trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você:
(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre este dois extremos.
08. Qual das cores seguintes você gosta mais?
(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.
09. Quando você já esta na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita:
(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.
10. Você frequentemente sonha que você está:
(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.
PONTOS:
01. (a) 2; (b) 4; (c) 6
02. (a) 6; (b) 4; (c) 7; (d) 2; (e) 1
03. (a) 4; (b) 2; (c) 5; (d) 7; (e) 6
04. (a) 4; (b) 6; (c) 2; (d) 1
05. (a) 6; (b) 4; (c) 3; (d) 5; (e) 2
06. (a) 6; (b) 4; (c) 2
07. (a) 6; (b) 2; (c) 4
08. (a) 6; (b) 7; (c) 5; (d) 4; (e) 3; (f) 2; (g) 1
09. (a) 7; (b) 6; (c) 4; (d) 2; (e) 1
Prece de encerramento
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
4 - CENTRO DE ORIENTAÇÃO
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 2010
1ª PARTE - PROGRAMA E MANUAL DE APLICAÇÃO
IV PROGRAMA DO COEM
Os temas estudados no COEM II estão divididos em 10 unidades teóricas e 20 unidades práticas. No desenvolvimento prático do programa teremos, sempre, uma unidade teórica, seguida por duas unidades práticas. Estas últimas, em pares, abordando um único assunto, como por exemplo: PASSE, PRECE, FLUIDOS, etc. É interessante programar uma unidade de apoio e aprofundamento após um grupo de 6 unidades curriculares, conforme sugerido no calendário abaixo. Nessas unidades de apoio e aprofundamento, serão dirimidas as dúvidas que permanecerem após as exposições, ou surgirem dos estudos individuais dos candidatos a médiuns.
As unidades (teóricas, práticas ou de apoio), serão semanais. O dia da semana será escolhido de acordo com as conveniências de cada Centro. Somando-se as 30 unidades curriculares, uma reunião inaugural, uma de encerramento e cinco unidades de apoio e aprofundamento (todas abordadas adiante), teremos um total de 37 semanas para o desenvolvimento do programa. Se iniciado em março, não ultrapassará novembro do mesmo ano. Este programa constitui o ANO 01 do COEM. O ANO 02 será abordado no Capítulo X.
UNIDADES TEÓRICAS
1ª. O ESPÍRITO
Origem e natureza dos Espíritos
Forma e ubiqüidade dos Espíritos
Evolução dos Espíritos
Diferença entre os Espíritos
Escala Espírita
Espíritos Imperfeitos
Espíritos bons
Espíritos puros
2a. O PERISPÍRITO
Definição e constituição
Propriedades e características
O perispírito e os fenômenos mediúnicos
3a. INTERFERÊNCIA DOS ESPÍRITOS
Interferência espiritual
Lei de Sintonia
Influência benigna e maligna
Ações específicas de Espíritos junto aos homens
4a. COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS
A mediunidade através dos tempos
Formas de comunicação Tipos mais comuns de mediunidade
Mecanismos da comunicação mediúnica
Condições para ocorrência da comunicação
5a. O MÉDIUM
Mediunidade e médiuns
A prática da mediunidade
As condições do médium
O preparo para as reuniões mediúnicas e a importância de cada um no trabalho
6a. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE
Perda da mediunidade por abusos
Influência do exercício da mediunidade sobre a saúde
Precauções no exercício da mediunidade
Causas e mecanismos do processo obsessivo
Elevação e preparo moral do médium
Tratamento dos processos obsessivos
7a. ESTADOS DA ALMA APÓS A MORTE
O mundo espiritual e suas gradações
Sensações dos Espíritos após o desencarne
Ensaio teórico das sensações dos Espíritos
8a. TRABALHOS PRÁTICOS NA CASA ESPÍRITA
Trabalhos práticos
Trabalhos de Passe
Trabalhos de Irradiação
Trabalhos de consultas espirituais
Trabalhos de Desenvolvimento Mediúnico
Trabalhos de Desobsessão
9a. FENÔMENOS MEDIUNICO E ANÍMICO
O fenômeno anímico
Mediunidade X Animismo
Animismo e mistificação inconsciente
Animismo e obsessão
10a.MEDIUNIDADE, ESPIRITISMO E CIÊNCIA
Espiritismo e Kardec
Espiritismo e Metapsíquica
Espiritismo e Parapsicologia
Espiritismo e Evangelho
Atualidade
LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250 Curitiba Paraná Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 2010
1ª PARTE - PROGRAMA E MANUAL DE APLICAÇÃO
IV PROGRAMA DO COEM
Os temas estudados no COEM II estão divididos em 10 unidades teóricas e 20 unidades práticas. No desenvolvimento prático do programa teremos, sempre, uma unidade teórica, seguida por duas unidades práticas. Estas últimas, em pares, abordando um único assunto, como por exemplo: PASSE, PRECE, FLUIDOS, etc. É interessante programar uma unidade de apoio e aprofundamento após um grupo de 6 unidades curriculares, conforme sugerido no calendário abaixo. Nessas unidades de apoio e aprofundamento, serão dirimidas as dúvidas que permanecerem após as exposições, ou surgirem dos estudos individuais dos candidatos a médiuns.
As unidades (teóricas, práticas ou de apoio), serão semanais. O dia da semana será escolhido de acordo com as conveniências de cada Centro. Somando-se as 30 unidades curriculares, uma reunião inaugural, uma de encerramento e cinco unidades de apoio e aprofundamento (todas abordadas adiante), teremos um total de 37 semanas para o desenvolvimento do programa. Se iniciado em março, não ultrapassará novembro do mesmo ano. Este programa constitui o ANO 01 do COEM. O ANO 02 será abordado no Capítulo X.
UNIDADES TEÓRICAS
1ª. O ESPÍRITO
Origem e natureza dos Espíritos
Forma e ubiqüidade dos Espíritos
Evolução dos Espíritos
Diferença entre os Espíritos
Escala Espírita
Espíritos Imperfeitos
Espíritos bons
Espíritos puros
2a. O PERISPÍRITO
Definição e constituição
Propriedades e características
O perispírito e os fenômenos mediúnicos
3a. INTERFERÊNCIA DOS ESPÍRITOS
Interferência espiritual
Lei de Sintonia
Influência benigna e maligna
Ações específicas de Espíritos junto aos homens
4a. COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS
A mediunidade através dos tempos
Formas de comunicação Tipos mais comuns de mediunidade
Mecanismos da comunicação mediúnica
Condições para ocorrência da comunicação
5a. O MÉDIUM
Mediunidade e médiuns
A prática da mediunidade
As condições do médium
O preparo para as reuniões mediúnicas e a importância de cada um no trabalho
6a. RISCOS E INCONVENIENTES DA MEDIUNIDADE
Perda da mediunidade por abusos
Influência do exercício da mediunidade sobre a saúde
Precauções no exercício da mediunidade
Causas e mecanismos do processo obsessivo
Elevação e preparo moral do médium
Tratamento dos processos obsessivos
7a. ESTADOS DA ALMA APÓS A MORTE
O mundo espiritual e suas gradações
Sensações dos Espíritos após o desencarne
Ensaio teórico das sensações dos Espíritos
8a. TRABALHOS PRÁTICOS NA CASA ESPÍRITA
Trabalhos práticos
Trabalhos de Passe
Trabalhos de Irradiação
Trabalhos de consultas espirituais
Trabalhos de Desenvolvimento Mediúnico
Trabalhos de Desobsessão
9a. FENÔMENOS MEDIUNICO E ANÍMICO
O fenômeno anímico
Mediunidade X Animismo
Animismo e mistificação inconsciente
Animismo e obsessão
10a.MEDIUNIDADE, ESPIRITISMO E CIÊNCIA
Espiritismo e Kardec
Espiritismo e Metapsíquica
Espiritismo e Parapsicologia
Espiritismo e Evangelho
Atualidade
LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250 Curitiba Paraná Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
19 =- AS REGRAS NA ESCOLA INICIÁTICA I
GEESE
O Espírito puro conquista esta condição por sua evolução, não estando mais debaixo das leis porque não precisa delas, lavradas que estão no seu íntimo e fazendo parte de si. Iniciação Espírita, cap.24.
Prosseguindo com os artigos sobre Escolas de Iniciação trataremos sobre as Regras e a Disciplina.
Como já vimos, o adepto deve trabalhar na terceira linha (pela Escola).
Existe uma organização para ajudar nesta tarefa, porém, esta organização por si só não basta, é necessária uma atitude do próprio adepto. Uma organização não substitui uma atitude, mas ela é necessária para compreender certas coisas. Por exemplo, na Escola é importantíssima a compreensão da ideia de disciplina, caso contrário pensamos que estamos vivenciando uma escola iniciática, mas na realidade não, porque a pessoa acha que é disciplinada, mas, na verdade, é obstinada.
O estudo da disciplina relaciona-se com a segunda linha da Escola (trabalho com e para pessoas). Sem compreender a disciplina da Escola, não a teremos interiormente. Há os que podem realizar uma boa Iniciação e fracassam por falta de disciplina. A mudança de ser só é possível com a Escola e sua disciplina, a qual se relaciona com regras.
Estas são as condições em que as pessoas são aceitas na Escola e dela recebem conhecimentos. Observar as regras ou condições é o primeiro pagamento e a primeira prova.
Algo importante em todas as Escolas é a ideia de regras. Se elas não existirem, não haverá Escola. Uma definição de Escola é que há um grupo de pessoas que aceitam e seguem certas regras.
Elas não são para facilitar nem para satisfazer, mas para incomodar, contrariar e ajudar a lembrança de si, embora tenham finalidade própria. Se não houver regras e a sua importância não for compreendida, não haverá Escola.
A regra ou o princípio fundamental é: não se deve fazer nada desnecessário.
Fazemos muitas coisas desnecessárias, assim, devemos primeiro aprender a não fazê-las desnecessariamente; inicialmente em relação à Escola e, depois, em relação à nossa própria vida.
Isso pode levar tempo, mas é o modo de aprender. Devemos fazer isso, não devemos fazer aquilo; tudo isso são condições, mas há somente uma regra fundamental. Enquanto não a compreendermos, teremos que obedecer a outras que nos são colocadas.
Não se pode descrever as regras ou catalogá-las, mas elas podem ser compreendidas.
Além disso, o desenvolvimento emocional precisa de disciplina.
Nada desenvolve tanto o nosso corpo emocional como abrir mão da obstinação.
As regras relacionam-se com a ideia de conduta. Quando nos tornarmos homens conscientes de si a nossa conduta se aperfeiçoará; mas não o somos, assim, necessitamos ter regras.
Se nos lembrarmos, compreendermos e seguirmos as regras, a nossa conduta será firme e nos levará numa direção definida; não será mais a conduta caprichosa dos homens cujo nível de consciência é de sono.
Todos os caminhos iniciáticos exigem disciplina. Isso explica porque não podemos trabalhar sozinhos. Sozinhos não podemos criar disciplina. Se compreendermos a Escola, então a disciplina assume a forma que não escolhemos por nós mesmos, mas trabalhamos de acordo com instruções. Leva muito tempo para adquirir vontade, pois antes temos de conquistar a determinação.
Não podem existir regras na primeira e terceira linhas; nelas devemos fazer o que podemos, deve haver iniciativa, o trabalho deve ser livre. Na segunda linha, deve haver disciplina e regras.
A maneira de adquirir vontade é submeter-se a certa disciplina e não tentar fugir. As pessoas usam, na Escola, os mesmos métodos que utilizam na vida: adaptam-se. Tentam fazer a Escola tão cômoda ou o menos incômoda possível, e, desta forma, perdem o que a Escola pode dar, criando uma imitação de escola.
Não podemos fazer adaptações à Escola; temos que trabalhar com fatos concretos. A adaptação pode ser correta em certas situações da vida, mas, na Escola, ela é sempre errada, não é um método seguro. Adaptamo-nos a um modo de ser ou conjunto de circunstâncias e, em seguida, a Escola muda e a nossa adaptação deixa de funcionar.
Precisamos descobrir um método melhor, porque nunca sabemos o que acontecerá no momento seguinte. Por exemplo, num momento decidimos não nos irritar; em seguida, algo inesperado ocorre e ficamos irritados antes que possamos nos dar conta disso.
No próximo artigo, trataremos das Regras do Silêncio e do Trabalho.
O TREVO DEZEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
GEESE
O Espírito puro conquista esta condição por sua evolução, não estando mais debaixo das leis porque não precisa delas, lavradas que estão no seu íntimo e fazendo parte de si. Iniciação Espírita, cap.24.
Prosseguindo com os artigos sobre Escolas de Iniciação trataremos sobre as Regras e a Disciplina.
Como já vimos, o adepto deve trabalhar na terceira linha (pela Escola).
Existe uma organização para ajudar nesta tarefa, porém, esta organização por si só não basta, é necessária uma atitude do próprio adepto. Uma organização não substitui uma atitude, mas ela é necessária para compreender certas coisas. Por exemplo, na Escola é importantíssima a compreensão da ideia de disciplina, caso contrário pensamos que estamos vivenciando uma escola iniciática, mas na realidade não, porque a pessoa acha que é disciplinada, mas, na verdade, é obstinada.
O estudo da disciplina relaciona-se com a segunda linha da Escola (trabalho com e para pessoas). Sem compreender a disciplina da Escola, não a teremos interiormente. Há os que podem realizar uma boa Iniciação e fracassam por falta de disciplina. A mudança de ser só é possível com a Escola e sua disciplina, a qual se relaciona com regras.
Estas são as condições em que as pessoas são aceitas na Escola e dela recebem conhecimentos. Observar as regras ou condições é o primeiro pagamento e a primeira prova.
Algo importante em todas as Escolas é a ideia de regras. Se elas não existirem, não haverá Escola. Uma definição de Escola é que há um grupo de pessoas que aceitam e seguem certas regras.
Elas não são para facilitar nem para satisfazer, mas para incomodar, contrariar e ajudar a lembrança de si, embora tenham finalidade própria. Se não houver regras e a sua importância não for compreendida, não haverá Escola.
A regra ou o princípio fundamental é: não se deve fazer nada desnecessário.
Fazemos muitas coisas desnecessárias, assim, devemos primeiro aprender a não fazê-las desnecessariamente; inicialmente em relação à Escola e, depois, em relação à nossa própria vida.
Isso pode levar tempo, mas é o modo de aprender. Devemos fazer isso, não devemos fazer aquilo; tudo isso são condições, mas há somente uma regra fundamental. Enquanto não a compreendermos, teremos que obedecer a outras que nos são colocadas.
Não se pode descrever as regras ou catalogá-las, mas elas podem ser compreendidas.
Além disso, o desenvolvimento emocional precisa de disciplina.
Nada desenvolve tanto o nosso corpo emocional como abrir mão da obstinação.
As regras relacionam-se com a ideia de conduta. Quando nos tornarmos homens conscientes de si a nossa conduta se aperfeiçoará; mas não o somos, assim, necessitamos ter regras.
Se nos lembrarmos, compreendermos e seguirmos as regras, a nossa conduta será firme e nos levará numa direção definida; não será mais a conduta caprichosa dos homens cujo nível de consciência é de sono.
Todos os caminhos iniciáticos exigem disciplina. Isso explica porque não podemos trabalhar sozinhos. Sozinhos não podemos criar disciplina. Se compreendermos a Escola, então a disciplina assume a forma que não escolhemos por nós mesmos, mas trabalhamos de acordo com instruções. Leva muito tempo para adquirir vontade, pois antes temos de conquistar a determinação.
Não podem existir regras na primeira e terceira linhas; nelas devemos fazer o que podemos, deve haver iniciativa, o trabalho deve ser livre. Na segunda linha, deve haver disciplina e regras.
A maneira de adquirir vontade é submeter-se a certa disciplina e não tentar fugir. As pessoas usam, na Escola, os mesmos métodos que utilizam na vida: adaptam-se. Tentam fazer a Escola tão cômoda ou o menos incômoda possível, e, desta forma, perdem o que a Escola pode dar, criando uma imitação de escola.
Não podemos fazer adaptações à Escola; temos que trabalhar com fatos concretos. A adaptação pode ser correta em certas situações da vida, mas, na Escola, ela é sempre errada, não é um método seguro. Adaptamo-nos a um modo de ser ou conjunto de circunstâncias e, em seguida, a Escola muda e a nossa adaptação deixa de funcionar.
Precisamos descobrir um método melhor, porque nunca sabemos o que acontecerá no momento seguinte. Por exemplo, num momento decidimos não nos irritar; em seguida, algo inesperado ocorre e ficamos irritados antes que possamos nos dar conta disso.
No próximo artigo, trataremos das Regras do Silêncio e do Trabalho.
O TREVO DEZEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
10 -- Amor, Imbativel Amor
14 - Dualidade Do Bem E Do Mal
Um velho koan Zen-Budista narra que um homem muito avarento recebeu, oportunamente, a visita de um mestre.
O sábio, depois de saudá-lo, perguntou-lhe: Se eu fechar a minha mão para sempre, não a abrindo nunca, como te parecerá?
o avaro respondeu-lhe sem titubear: Deformada.
Muito bem, prosseguiu o interlocutor: E se eu a abrir para sempre, como a verás?
Igualmente deformada redargüiu, o anfitrião.
O homem nobre concluiu, informando-o: Se entenderes isso, serás um rico feliz.
Depois que se foi, o anfitrião começou a meditar e, a partir daí, passou a repartir com os necessitados, aquilo que lhe parecia excedente, tornando-se generoso.
Todos os opostos, afirma o antigo koan, bem e mal, ter e não ter, ganhar e perder, eu e os outros, dividem a mente. Quando são aceitos, afastam as pessoas da mente original, sucumbindo ao dualismo.
A sabedoria, concluiu a narração sintética, está no meio, no Zen, que é o caminho.
A dualidade sempre esteve presente no ser humano, desde o momento em que ele começou a pensar, desenvolvendo a capacidade de discernir. Os opostos têm-lhe constituído desafios para a consciência, que deve eleger o que lhe é melhor, em detrimento daquilo que lhe é pernicioso, perturbador, gerador de conflitos.
Não poucas vezes, por imaturidade, toma decisões compulsivas e derrapa em estados de perturbação, demarcando fronteiras e evitando atravessá-las, assim
perdendo contato com as possibilidades existentes em ambos os lados, que podem auxiliar na definição de rumos. Essa definição, no entanto, não pode ser cerceadora das vivências educativas, produtoras. Devem caracterizar-se pela eleição natural do roteiro a seguir, de maneira que nenhuma forma de tormento pelo não experimentado passe a gerar frustração.
A experiência ensina a conquistar os valores legítimos, aqueles que propiciam a evolução, facultando, na análise dos contrários, a opção pelo que constitui estímulo ao crescimento, sem que gere danos para o próprio indivíduo, para o meio onde se encontra, para outrem. Somente assim, é possível a aquisição do comportamento ideal, propiciador de paz, porque não traz, no seu bojo, qualquer proposta conflitiva.
Do ponto de vista ético, definem os dicionaristas, o bem é a qualidade atribuida a ações e a obras humanas que lhes confere um caráter moral. (Esta qualidade se anuncia através de fatores subjetivos o sentimento de aprovação, o sentimento de dever que levam à busca e à definição de um fundamento que os possa explicar.)
O mal é tudo aquilo que se apresenta negativo e de feição perniciosa, que deixa marcas perturbadoras e afugentes.
Na sua origem, o ser não possui a consciência do bem nem do mal. Vivendo sob a injunção do instinto, é levado a preservar a sobrevivência, a reprodução, atuando por automatismos, que irão abrindo-lhe espaços para os diferenciados patamares do conhecimento, do pensamento, da faculdade de discernir.
A seleção do que deve em relação ao que não deve realizar dá-se mediante a sensação da dor física, depois emocional, mais tarde de caráter moral, ascendendo na escala dos valores éticos. Percebe que nem tudo quanto lhe é lícito executar, pode fazê-lo, assim realizando o que lhe é de melhor, no sentido de descobrir os resultados, porqüanto aquilo que lhe é facultado, não poucas vezes fere os direitos do próximo, da vida em si mesma, quanto da sua realidade espiritual.
Essa percepção torna-se a presença da capacidade de eleger o bem em detrimento do mal. Faz-se a realidade livre da sombra; o avanço psicológico sem trauma, a ausência de retentivas na retaguarda.
Embora haja o bem social, o de natureza legal, aquele que muda de conceito conforme os valores éticos estabelecidos geográfica ou genericamente, paira, soberano, o Bem transcendental, que o tempo não altera, as situações políticas não modificam, as circunstâncias não confundem. É aquele que está inscrito na consciência de todos os seres pensantes que, não obstante, muitas vezes, anestesiem-no, permanece e se impõe oportunamente, convidando o infrator à recomposição do equilíbrio, ao refazimento da ação.
O mal, remanescente dos instintos agressivos, predomina enquanto a razão deles não se liberta, sob a dominação arbitrária do ego, que elabora interesses hedonistas, pessoais, impondo-se em detrimento de todas as demais pessoas e circunstâncias.
O seu ferrete é tão especial que, à medida que fere quantos se lhe acercam, termina por dilacerar aquele que se lhe entrega ao domínio, tombando, exaurido, pelo caminho do seu falso triunfo.
O ser humano foi criado à imagem de Deus, isto é, fadado à perfeição, superando os impositivos do trânsito evolutivo, nessa marcha inexorável a que se encontra compelido.
Possuindo os atributos da beleza, da harmonia, da felicidade, do amor, deve romper, a pouco e pouco, a casca que o envolve herança do período primário por onde tem que passar a fim de desenvolver as aptidões adormecidas, que lhe servem temporariamente de obstáculo a esses tesouros imarcescíveis.
O Bem pode ser personificado no amor, enquanto o mal pode ser apresentado como sendo-lhe a ausência.
Tudo aquilo que promove e eleva o ser, aumentando-lhe a capacidade de viver em harmonia com a vida, prolongá-la, torná-la edificante, é expressão do Bem. Entretanto, tudo quanto conspira contra a sua elevação, o seu crescimento e os valores éticos já logrados pela Humanidade, é o mal.
O mal, todavia, é de duração efêmera, porque resultado de uma etapa do processo evolutivo, enquanto o Bem é a fatalidade última reservada a todos os indivíduos, que se não poderão furtar desse destino, mesmo quando o posterguem por algum tempo, jamais o conseguindo definitivamente.
Eis porque o ser tem a tendência inevitável de buscar o amor, de entregar-se-lhe, de fruí-lo.
Encarcerado no egoísmo e acostumado às buscas externas, recorre aos expedientes do prazer pessoal, em vãs tentativas de desfrutar as benesses que dele decorrem, tombando na exaustão dos sentidos ou na frustração dos engodos que se permite.
Oportunamente um aprendiz indagou ao seu mestre: Dize-nos o que é o amor.
E o sábio, após ligeira reflexão, redargüiu com um sorriso:
Nós somos o amor.
Esse sentimento que temos todos os seres viventes expressa o Supremo Bem, que nos cumpre buscar, embora estejamos na faixa da libertação da ignorância, errando, ainda praticando o mal temporário por falta da experiência evolutiva, que nos junge às sensações, em detrimento das emoções superiores que alcançaremos.
Há uma tendência para a experiência do Bem, face à paz e à beleza interior que se experimenta, constituindo-se um grande desafio ao pensamento psicológico estabelecer realmente o que é de melhor para o ser humano, graças aos impositivos dos instintos que prometem gozo, enquanto que a sua libertação, às vezes, dolorosa, em catarse de lágrimas, proporciona em plenitude.
A terapia do Bem essa eleição dos valores éticos que propiciam paz de consciência constitui proposta excelente para a área da saúde emocional e psíquica, conseqüentemente, também física dos seres humanos, que não deve ser desconsiderada.
A medida que se amplia o desenvolvimento psicológico, seu amadurecimento, são eliminadas as distâncias entre o eu e os outros, superando o mal pelo bem natural, suas ações de fraternidade e de compreensão dos diferentes níveis de transição moral, compreendendo-se que o mal que a muitos aflige, por eles mesmos buscado, transforma-se na sua lição de vida.
Eis porque é necessária a terapia da realização edificante, produzindo sempre em favor de si mesmo, do próximo e do meio ambiente, evitando qualquer tenta
tiva de destruição, de perturbação, de desequilíbrio.
Por isso, não realizar o bem é fazer-se a si mesmo um grande mal. Dificultar-se a ascensão, é forma de comprazer-se na vulgaridade, na desdita, assumindo um comportamento masoquista, no qual se sente valorizado.
Certamente, nem todos os indivíduos conseguem de imediato uma mudança de conduta mental, portanto, emocional, da patologia em que se encarcera, para viver a liberdade de ser feliz. Isso exige um esforço hercúleo que, normalmente, o paciente não envida. Acredita que a simples assistência psicológica irá resolver-lhe os estados interiores que o agradam, quase que a passo de mágica, transferindo para o psicoterapeuta a tarefa que lhe compete desenvolver.
Para esse cometimento, o do reequilíbrio, a assistência especializada é indispensável, somada à contribuição de um grupo de apoio e ao interesse dele próprio para conseguir a meta a que se propõe.
A religião bem orientada, pelo conteúdo psicológico de que se reveste, desempenha um papel de alta relevância em favor do equilíbrio de cada pessoa e, por extensão, do conjunto social, no qual se encontra localizada.
A religião que se fundamenta, no entanto, na conduta científica de comprovação dos seus ensinamentos, que documenta a realidade do Espírito imortal e a sua transitoriedade nos acontecimentos do corpo, como é o caso do Espiritismo, melhores condições possui para auxiliá-la na escolha do caminho a trilhar com os próprios pés, propondo-lhe renovação interior e adesão natural aos princípios que promovem a vida, que a dignificam, portanto, que representam o Bem.
Por outro lado, proporciona-lhe uma conduta responsável, esclarecendo-a que cada qual é responsável pelos atos que executa, sendo semeadora e colhedora de resultados, cabendo-lhe sempre enfrentar os desafios de superar-se, porque toda conquista valiosa é resultado do esforço daquele que a consegue. Nada existe que não haja sido resultado de laborioso esforço.
Ainda mais, faculta-lhe o entendimento de como funcionam as Leis da Vida, em cuja vigência todos os seres somos participantes, sem exceção, cada qual respondendo de acordo com o seu nível de consciência, o seu grau de pensamento, as suas intenções intelecto-morais.
Abre, ademais, um elenco de novas informações que a capacitam para a luta em prol da saúde, explicando-lhe que existe um intercâmbio mental e espiritual entre as criaturas que habitam os dois planos do mundo: o espiritual ou da energia pensante e o físico ou da condensação material.
A morte do corpo, não extinguindo o ser, apenas altera-lhe a compleição molecular, mantendo-lhe, não obstante, os valores intrínsecos à sua individualidade, o que faculta, muitas vezes, o intercâmbio psíquico.
Quando se trata de alguém cuja existência foi pautada em ações elevadas, a influência é agradável, rica de saúde e de harmonia. Quando, porém, foi negativa, inquieta ou doentia, perturbada ou insatisfeita, transmite desarmonia, enfermidades, depressões e alucinações cruéis, que passam a constituir psicopatologias de classificação muito complexa, na área das obsessões espirituais e de libertação demorada, que exigem muito esforço e tenacidade nos propósitos em favor da recuperação da saúde.
O Bem, portanto, é o grande antídoto a esse mal, como o é também para quaisquer outros estados perturbadores e traumáticos da personalidade humana.
Outrossim, a experiência do Bem se dará plena após o trânsito pelas ocorrências do Mal, os insucessos, as perturbações, as reações emocionais conflitivas, que facultam o natural selecionar dos comportamentos agradáveis, tranqüilos, que validam o esforço de haver-se optado pelo que é saudável. Caso contrário, a aquisição positiva não se faz total, porque será mais o resultado de repressão aos instintos do que superação deles, graças ao que se pode adquirir virtudes sentimentos bons, conquistas do Bem , no entanto, perder-se a integridade, a naturalidade do processo de elevação. A pessoa torna-se frustrada por não haver enfrentado as lutas convencionais, evitando-as, ocasionando um sentimento de culpa, que é, por sua vez, uma oposição à proposta encetada para a vida correta.
A experiência do Bem e do Mal começa na infância diante das atitudes dos pais e dos demais familiares. Por temor a criança obedece, porém, não compreende o que é certo e aquilo que é errado, que lhe querem incutir os genitores, muitas vezes por imposição sem o esclarecimento correspondente para a análise lenta e àassimilação da razão.
Se a criança não consegue entender aquilo que lhe é ministrado e exigido, passa a aceitar a informação por medo de punição, até o momento em que se liberta da imposição, transformando o sentimento em culpa, e temendo reagir pelo ódio ou pelo ressentimento, ou, noutras situações, reprimindo-se, tomba na depressão. O inconsciente, utilizando-se do mecanismo de preservação do ego, resolve aceitar o que foi ministrado, pas
sando a insuflar a conduta reta, no entanto, em forma de máscara que oculta a realidade reprimida.
A conquista paulatina do Bem produz equilíbrio e segurança, eliminando as armadilhas do ego, que mais tem interesse em promover-se do que em ser substituído pelo valor novo, inabitual no seu comportamento.
Por isso mesmo, o Bem não pode ser repressor, o que é mal, porém, libertador de tudo quanto submete, se impõe, aflige. A sua dominação é suave, não constritora, porque passa a ser uma diferente expressão de conduta moral e emocional, dando prosseguimento àassimilação dos valores que foram propostos no período infantil, e que constituem reminiscências agradáveis que ajudam nos procedimentos dos diferentes períodos existenciais, na juventude, na idade adulta, na velhice.
Em razão disso, torna-se mais difícil a assimilação e incorporação dos valores do Bem em um adulto aclimatado à agressão, às lutas, nas quais predominou o Mal, houve a sua vitória, os resultados prazerosos do ego, a vitalização dos comportamentos esmagadores, que geraram heróis e poderosos, mas que não escaparam das áreas dos conflitos por onde continuam transitando.
Somente através da renovação de valores desde cedo é que o Bem triunfará nas criaturas.
Quando adultas, o labor é mais demorado, porque terá que substituir as constrições do ego e, através da reflexão, dos exercícios de meditação e avaliação da conduta, substituir os hábitos enraizados por novos comportamentos compensadores para o eu superior.
Eis porque se pode afirmar que o Bem faz muito bem, enquanto que o Mal faz muito mal. A simples mudança, portanto, de atitude mental do indivíduo enseja-lhe o encontro com o Bem que irá desenvolver-lhe os sentimentos profundos da sua semelhança com Deus.
14 - Dualidade Do Bem E Do Mal
Um velho koan Zen-Budista narra que um homem muito avarento recebeu, oportunamente, a visita de um mestre.
O sábio, depois de saudá-lo, perguntou-lhe: Se eu fechar a minha mão para sempre, não a abrindo nunca, como te parecerá?
o avaro respondeu-lhe sem titubear: Deformada.
Muito bem, prosseguiu o interlocutor: E se eu a abrir para sempre, como a verás?
Igualmente deformada redargüiu, o anfitrião.
O homem nobre concluiu, informando-o: Se entenderes isso, serás um rico feliz.
Depois que se foi, o anfitrião começou a meditar e, a partir daí, passou a repartir com os necessitados, aquilo que lhe parecia excedente, tornando-se generoso.
Todos os opostos, afirma o antigo koan, bem e mal, ter e não ter, ganhar e perder, eu e os outros, dividem a mente. Quando são aceitos, afastam as pessoas da mente original, sucumbindo ao dualismo.
A sabedoria, concluiu a narração sintética, está no meio, no Zen, que é o caminho.
A dualidade sempre esteve presente no ser humano, desde o momento em que ele começou a pensar, desenvolvendo a capacidade de discernir. Os opostos têm-lhe constituído desafios para a consciência, que deve eleger o que lhe é melhor, em detrimento daquilo que lhe é pernicioso, perturbador, gerador de conflitos.
Não poucas vezes, por imaturidade, toma decisões compulsivas e derrapa em estados de perturbação, demarcando fronteiras e evitando atravessá-las, assim
perdendo contato com as possibilidades existentes em ambos os lados, que podem auxiliar na definição de rumos. Essa definição, no entanto, não pode ser cerceadora das vivências educativas, produtoras. Devem caracterizar-se pela eleição natural do roteiro a seguir, de maneira que nenhuma forma de tormento pelo não experimentado passe a gerar frustração.
A experiência ensina a conquistar os valores legítimos, aqueles que propiciam a evolução, facultando, na análise dos contrários, a opção pelo que constitui estímulo ao crescimento, sem que gere danos para o próprio indivíduo, para o meio onde se encontra, para outrem. Somente assim, é possível a aquisição do comportamento ideal, propiciador de paz, porque não traz, no seu bojo, qualquer proposta conflitiva.
Do ponto de vista ético, definem os dicionaristas, o bem é a qualidade atribuida a ações e a obras humanas que lhes confere um caráter moral. (Esta qualidade se anuncia através de fatores subjetivos o sentimento de aprovação, o sentimento de dever que levam à busca e à definição de um fundamento que os possa explicar.)
O mal é tudo aquilo que se apresenta negativo e de feição perniciosa, que deixa marcas perturbadoras e afugentes.
Na sua origem, o ser não possui a consciência do bem nem do mal. Vivendo sob a injunção do instinto, é levado a preservar a sobrevivência, a reprodução, atuando por automatismos, que irão abrindo-lhe espaços para os diferenciados patamares do conhecimento, do pensamento, da faculdade de discernir.
A seleção do que deve em relação ao que não deve realizar dá-se mediante a sensação da dor física, depois emocional, mais tarde de caráter moral, ascendendo na escala dos valores éticos. Percebe que nem tudo quanto lhe é lícito executar, pode fazê-lo, assim realizando o que lhe é de melhor, no sentido de descobrir os resultados, porqüanto aquilo que lhe é facultado, não poucas vezes fere os direitos do próximo, da vida em si mesma, quanto da sua realidade espiritual.
Essa percepção torna-se a presença da capacidade de eleger o bem em detrimento do mal. Faz-se a realidade livre da sombra; o avanço psicológico sem trauma, a ausência de retentivas na retaguarda.
Embora haja o bem social, o de natureza legal, aquele que muda de conceito conforme os valores éticos estabelecidos geográfica ou genericamente, paira, soberano, o Bem transcendental, que o tempo não altera, as situações políticas não modificam, as circunstâncias não confundem. É aquele que está inscrito na consciência de todos os seres pensantes que, não obstante, muitas vezes, anestesiem-no, permanece e se impõe oportunamente, convidando o infrator à recomposição do equilíbrio, ao refazimento da ação.
O mal, remanescente dos instintos agressivos, predomina enquanto a razão deles não se liberta, sob a dominação arbitrária do ego, que elabora interesses hedonistas, pessoais, impondo-se em detrimento de todas as demais pessoas e circunstâncias.
O seu ferrete é tão especial que, à medida que fere quantos se lhe acercam, termina por dilacerar aquele que se lhe entrega ao domínio, tombando, exaurido, pelo caminho do seu falso triunfo.
O ser humano foi criado à imagem de Deus, isto é, fadado à perfeição, superando os impositivos do trânsito evolutivo, nessa marcha inexorável a que se encontra compelido.
Possuindo os atributos da beleza, da harmonia, da felicidade, do amor, deve romper, a pouco e pouco, a casca que o envolve herança do período primário por onde tem que passar a fim de desenvolver as aptidões adormecidas, que lhe servem temporariamente de obstáculo a esses tesouros imarcescíveis.
O Bem pode ser personificado no amor, enquanto o mal pode ser apresentado como sendo-lhe a ausência.
Tudo aquilo que promove e eleva o ser, aumentando-lhe a capacidade de viver em harmonia com a vida, prolongá-la, torná-la edificante, é expressão do Bem. Entretanto, tudo quanto conspira contra a sua elevação, o seu crescimento e os valores éticos já logrados pela Humanidade, é o mal.
O mal, todavia, é de duração efêmera, porque resultado de uma etapa do processo evolutivo, enquanto o Bem é a fatalidade última reservada a todos os indivíduos, que se não poderão furtar desse destino, mesmo quando o posterguem por algum tempo, jamais o conseguindo definitivamente.
Eis porque o ser tem a tendência inevitável de buscar o amor, de entregar-se-lhe, de fruí-lo.
Encarcerado no egoísmo e acostumado às buscas externas, recorre aos expedientes do prazer pessoal, em vãs tentativas de desfrutar as benesses que dele decorrem, tombando na exaustão dos sentidos ou na frustração dos engodos que se permite.
Oportunamente um aprendiz indagou ao seu mestre: Dize-nos o que é o amor.
E o sábio, após ligeira reflexão, redargüiu com um sorriso:
Nós somos o amor.
Esse sentimento que temos todos os seres viventes expressa o Supremo Bem, que nos cumpre buscar, embora estejamos na faixa da libertação da ignorância, errando, ainda praticando o mal temporário por falta da experiência evolutiva, que nos junge às sensações, em detrimento das emoções superiores que alcançaremos.
Há uma tendência para a experiência do Bem, face à paz e à beleza interior que se experimenta, constituindo-se um grande desafio ao pensamento psicológico estabelecer realmente o que é de melhor para o ser humano, graças aos impositivos dos instintos que prometem gozo, enquanto que a sua libertação, às vezes, dolorosa, em catarse de lágrimas, proporciona em plenitude.
A terapia do Bem essa eleição dos valores éticos que propiciam paz de consciência constitui proposta excelente para a área da saúde emocional e psíquica, conseqüentemente, também física dos seres humanos, que não deve ser desconsiderada.
A medida que se amplia o desenvolvimento psicológico, seu amadurecimento, são eliminadas as distâncias entre o eu e os outros, superando o mal pelo bem natural, suas ações de fraternidade e de compreensão dos diferentes níveis de transição moral, compreendendo-se que o mal que a muitos aflige, por eles mesmos buscado, transforma-se na sua lição de vida.
Eis porque é necessária a terapia da realização edificante, produzindo sempre em favor de si mesmo, do próximo e do meio ambiente, evitando qualquer tenta
tiva de destruição, de perturbação, de desequilíbrio.
Por isso, não realizar o bem é fazer-se a si mesmo um grande mal. Dificultar-se a ascensão, é forma de comprazer-se na vulgaridade, na desdita, assumindo um comportamento masoquista, no qual se sente valorizado.
Certamente, nem todos os indivíduos conseguem de imediato uma mudança de conduta mental, portanto, emocional, da patologia em que se encarcera, para viver a liberdade de ser feliz. Isso exige um esforço hercúleo que, normalmente, o paciente não envida. Acredita que a simples assistência psicológica irá resolver-lhe os estados interiores que o agradam, quase que a passo de mágica, transferindo para o psicoterapeuta a tarefa que lhe compete desenvolver.
Para esse cometimento, o do reequilíbrio, a assistência especializada é indispensável, somada à contribuição de um grupo de apoio e ao interesse dele próprio para conseguir a meta a que se propõe.
A religião bem orientada, pelo conteúdo psicológico de que se reveste, desempenha um papel de alta relevância em favor do equilíbrio de cada pessoa e, por extensão, do conjunto social, no qual se encontra localizada.
A religião que se fundamenta, no entanto, na conduta científica de comprovação dos seus ensinamentos, que documenta a realidade do Espírito imortal e a sua transitoriedade nos acontecimentos do corpo, como é o caso do Espiritismo, melhores condições possui para auxiliá-la na escolha do caminho a trilhar com os próprios pés, propondo-lhe renovação interior e adesão natural aos princípios que promovem a vida, que a dignificam, portanto, que representam o Bem.
Por outro lado, proporciona-lhe uma conduta responsável, esclarecendo-a que cada qual é responsável pelos atos que executa, sendo semeadora e colhedora de resultados, cabendo-lhe sempre enfrentar os desafios de superar-se, porque toda conquista valiosa é resultado do esforço daquele que a consegue. Nada existe que não haja sido resultado de laborioso esforço.
Ainda mais, faculta-lhe o entendimento de como funcionam as Leis da Vida, em cuja vigência todos os seres somos participantes, sem exceção, cada qual respondendo de acordo com o seu nível de consciência, o seu grau de pensamento, as suas intenções intelecto-morais.
Abre, ademais, um elenco de novas informações que a capacitam para a luta em prol da saúde, explicando-lhe que existe um intercâmbio mental e espiritual entre as criaturas que habitam os dois planos do mundo: o espiritual ou da energia pensante e o físico ou da condensação material.
A morte do corpo, não extinguindo o ser, apenas altera-lhe a compleição molecular, mantendo-lhe, não obstante, os valores intrínsecos à sua individualidade, o que faculta, muitas vezes, o intercâmbio psíquico.
Quando se trata de alguém cuja existência foi pautada em ações elevadas, a influência é agradável, rica de saúde e de harmonia. Quando, porém, foi negativa, inquieta ou doentia, perturbada ou insatisfeita, transmite desarmonia, enfermidades, depressões e alucinações cruéis, que passam a constituir psicopatologias de classificação muito complexa, na área das obsessões espirituais e de libertação demorada, que exigem muito esforço e tenacidade nos propósitos em favor da recuperação da saúde.
O Bem, portanto, é o grande antídoto a esse mal, como o é também para quaisquer outros estados perturbadores e traumáticos da personalidade humana.
Outrossim, a experiência do Bem se dará plena após o trânsito pelas ocorrências do Mal, os insucessos, as perturbações, as reações emocionais conflitivas, que facultam o natural selecionar dos comportamentos agradáveis, tranqüilos, que validam o esforço de haver-se optado pelo que é saudável. Caso contrário, a aquisição positiva não se faz total, porque será mais o resultado de repressão aos instintos do que superação deles, graças ao que se pode adquirir virtudes sentimentos bons, conquistas do Bem , no entanto, perder-se a integridade, a naturalidade do processo de elevação. A pessoa torna-se frustrada por não haver enfrentado as lutas convencionais, evitando-as, ocasionando um sentimento de culpa, que é, por sua vez, uma oposição à proposta encetada para a vida correta.
A experiência do Bem e do Mal começa na infância diante das atitudes dos pais e dos demais familiares. Por temor a criança obedece, porém, não compreende o que é certo e aquilo que é errado, que lhe querem incutir os genitores, muitas vezes por imposição sem o esclarecimento correspondente para a análise lenta e àassimilação da razão.
Se a criança não consegue entender aquilo que lhe é ministrado e exigido, passa a aceitar a informação por medo de punição, até o momento em que se liberta da imposição, transformando o sentimento em culpa, e temendo reagir pelo ódio ou pelo ressentimento, ou, noutras situações, reprimindo-se, tomba na depressão. O inconsciente, utilizando-se do mecanismo de preservação do ego, resolve aceitar o que foi ministrado, pas
sando a insuflar a conduta reta, no entanto, em forma de máscara que oculta a realidade reprimida.
A conquista paulatina do Bem produz equilíbrio e segurança, eliminando as armadilhas do ego, que mais tem interesse em promover-se do que em ser substituído pelo valor novo, inabitual no seu comportamento.
Por isso mesmo, o Bem não pode ser repressor, o que é mal, porém, libertador de tudo quanto submete, se impõe, aflige. A sua dominação é suave, não constritora, porque passa a ser uma diferente expressão de conduta moral e emocional, dando prosseguimento àassimilação dos valores que foram propostos no período infantil, e que constituem reminiscências agradáveis que ajudam nos procedimentos dos diferentes períodos existenciais, na juventude, na idade adulta, na velhice.
Em razão disso, torna-se mais difícil a assimilação e incorporação dos valores do Bem em um adulto aclimatado à agressão, às lutas, nas quais predominou o Mal, houve a sua vitória, os resultados prazerosos do ego, a vitalização dos comportamentos esmagadores, que geraram heróis e poderosos, mas que não escaparam das áreas dos conflitos por onde continuam transitando.
Somente através da renovação de valores desde cedo é que o Bem triunfará nas criaturas.
Quando adultas, o labor é mais demorado, porque terá que substituir as constrições do ego e, através da reflexão, dos exercícios de meditação e avaliação da conduta, substituir os hábitos enraizados por novos comportamentos compensadores para o eu superior.
Eis porque se pode afirmar que o Bem faz muito bem, enquanto que o Mal faz muito mal. A simples mudança, portanto, de atitude mental do indivíduo enseja-lhe o encontro com o Bem que irá desenvolver-lhe os sentimentos profundos da sua semelhança com Deus.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
03 =2 - COMO FOI A DOUTRINA DIFUNDIDA PELO MUNDO?
CONTINUADORES DE KARDEC NA FRANÇA E EM OUTROS PAISES
INDICE
CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC
Gabriel Delane
Propagação Do Espiritismo
REVISTA ESPÍRITA, SETEMBRO DE 1858
Outros Colaboradores
Cronologia
CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC
Na segunda edição da presente obra, deliberamos acrescentar, nesta sua Primeira Parte, mais um Capítulo, o 6, e, para integrá-lo, escolhemos três personagens que, pelos trabalhos por eles realizados em prol da então Doutrina nascente, trabalhos esses que abrangem o campo filosófico-científico-religioso, do Espiritismo, merecem destaque especial, não só pela vasta produção literária, desses três abnegados missionários do Cristo, mas, principalmente, por terem sido eles fiéis continuadores da obra de Allan Kardec.
Camille Flammarion o explorador e revelador dos céus foi quem popularizou a Astronomia, tendo recebido, na época, o Prêmio Motion, da Academia Francesa. Suas obras foram traduzidas em quase todas as línguas, existindo, também, na França, centenas de Grupos Espíritas, que levam seu nome.
No Brasil, onde sua figura, como espírita e astrônomo, é bastante conhecida, existe um Observatório localizado na cidade de Matias Barbosa (MG), que tem seu nome.
Flammarion foi, sem dúvida alguma, um desses espíritos que, de quando em vez, reencarnam em nosso orbe, a fim de auxiliar seus irmãos em experiência a darem mais um passo rumo ao infinito. Mas, no seu caso, temos mais alguma coisa a acrescentar: ele fazia parte, também, do mesmo grupo de Espíritos que integrava Kardec e, por isso, sua vinda à Terra se deu na mesma época em que viera o mestre lionês, a fim de tomar parte, aqui, da equipe da Terceira Revelação liderada por ele, desempenhando tarefa definida no campo da astronomia. Eis por que, no seu trabalho, notadamente no que versa sobre a Uranografia Geral, procurou demonstrar que Deus não criara mundos somente para adornar o espaço infinito ou para deleitar nossas vistas, mas também para servir de habitat a outras criaturas que passam por eles, na trajetória infinita de sua evolução.
Desde muito cedo Flammarion já se interessava pelo estudo dos astros. Quando ainda jovem, pois contava apenas vinte anos de idade, publicou seu primeiro livro intitulado A pluralidade dos mundos habitados, que chamou a atenção dos sábios e cientistas da época. Mas não parou aí. Escreveu muitos outros trabalhos, quase todos abordando assuntos ligados à sobrevivência da alma após sua desencarnação, trabalhos esses que atestam ter sido ele, realmente, um dos fiéis continuadores da monumental obra de Kardec.
Para o conhecimento dos leitores, citamos, ainda, Deus na Natureza, que é um estudo profundo de todos os fenômenos naturais; O Desconhecido e os Problemas Psíquicos, Urânia, As Casas Mal Assombradas, A Morte e seus Mistérios, dividida em três volumes, que foi terminada quando o autor completava oitenta anos de idade, além de Sonhos Estelares e outros trabalhos referentes à Astronomia, que foram, também, traduzidos para línguas estrangeiras.
À beira do túmulo de Kardec, quando o mestre baixava à sepultura, Flammarion proferiu o célebre discurso, que se acha inserido no livro Obras Póstumas, exaltando a figura incomparável daquele que legara à posteridade a consoladora Doutrina ditada pelos Espíritos, pronunciando, na oportunidade, a conhecida frase: Ele, porém, era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado.
Camille Flammarion nasceu no dia 21 de fevereiro de 1842, em Montigny, França, e desencarnou em junho de 1925, com a idade de 83 anos.
Léon Denis o apóstolo do Espiritismo contava apenas onze anos de idade quando Kardec publicou a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Ele fazia parte, também, da equipe da Terceira Revelação, e viera à Terra para complementar e divulgar os ensinos já enfeixados na Codificação Kardequiana.
Suas obras, quase todas de cunho filosófico-religioso, sintetizam, de maneira extraordinária, seus conhecimentos, embora tenha sido um autodidata, de origem modesta, sem nenhum curso regular.
Quando ainda muito moço, revelou-se inclinado para a Filosofia e as letras, tendo estudado todas as obras de Allan Kardec, nas quais encontrou subsídios para o aprimoramento de seu Espírito. Preparando-se, dessa forma, para o fiel cumprimento da meritória missão que trouxera como seu continuador, de quem se tornou fiel discípulo.
Vale a pena transcrever, aqui, o belo trecho de sua obra O Problema do Ser, do Destino e da Dor, através do qual diz ele:
Dia virá, em que todos os pequenos sistemas acanhados e envelhecidos, se fundirão numa síntese abrangendo todos os reinos da idéia. Ciências, filosofias, religiões, divididas hoje, reunir-se-ão na luz, e será então a vida, o esplendor do Espírito, o reinado do Conhecimento.
Neste acordo magnífico, as ciências fornecerão a precisão e o método na ordem dos fatos; as filosofias, o rigor de suas deduções lógicas; a poesia, a irradiação de suas luzes e a magia de suas cores; a religião juntar-lhe-á as qualidades do sentimento e a noção da estética elevada. Assim, realizar-se-á a beleza na força e na unidade do pensamento. A alma orientar-se-á para os mais altos cimos, mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio de relação necessário para regular a marcha paralela e ritmada da inteligência e da consciência na sua ascensão para a conquista do Bem e da Verdade.
Léon Denis, durante sua preciosa existência terrestre, proferiu inúmeros discursos doutrinários, de rara beleza, em Congressos Internacionais.
Em 1889, tomou parte no II Congresso Espírita Internacional, tendo participado, também, do Congresso Espírita de Bruxelas Bélgica onde representou o movimento espírita da França e do Brasil. Em 1925, foi aclamado Presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, do qual saiu a Federação Espírita Internacional, transferida para Inglaterra, em 1948.
Léon Denis deixou, ainda, numerosos trabalhos esparsos, tais como conferências, artigos, declarações, etc., muitos dos quais não foram publicados além de seus nove livros, que alinhamos a seguir: No Invisível, Depois da Morte, O Porquê da Vida, O Grande Enigma, Cristianismo e Espiritismo, Joana DArc, Médium, O Mundo Invisível e a Guerra, O Gênio Celta e o Mundo Invisível e O Problema do Ser, do Destino e da Dor. Obras essas que se vinculam à Codificação de Kardec, porquanto estava ele profundamente identificado com o mestre lionês.
Assim, através dessa preciosa literatura espírita que nos legara, o Espiritismo foi amplamente divulgado, não só nos países da Europa, mas principalmente entre os povos latino-americanos.
Antes, porém, de encerrarmos estas ligeiras notas sobre o apreciado escritor espírita francês, convém esclarecer, ainda, que Léon Denis teve estreita ligação com a Federação Espírita Brasileira. Tendo sido, a partir de 1901, aprovada, por unanimidade, sua indicação para sócio Distinto e Presidente Honorário da FEB, passando a responder, também, pela representação permanente da Casa de Ismael na França e em outros países do continente europeu.
Léon Denis nasceu em Foug, França, no dia 1.º de janeiro de 1846 e desencarnou no dia 12 de abril de 1927, em Tours, com 81 anos de idade.
CONTINUADORES DE KARDEC NA FRANÇA E EM OUTROS PAISES
INDICE
CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC
Gabriel Delane
Propagação Do Espiritismo
REVISTA ESPÍRITA, SETEMBRO DE 1858
Outros Colaboradores
Cronologia
CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC
Na segunda edição da presente obra, deliberamos acrescentar, nesta sua Primeira Parte, mais um Capítulo, o 6, e, para integrá-lo, escolhemos três personagens que, pelos trabalhos por eles realizados em prol da então Doutrina nascente, trabalhos esses que abrangem o campo filosófico-científico-religioso, do Espiritismo, merecem destaque especial, não só pela vasta produção literária, desses três abnegados missionários do Cristo, mas, principalmente, por terem sido eles fiéis continuadores da obra de Allan Kardec.
Camille Flammarion o explorador e revelador dos céus foi quem popularizou a Astronomia, tendo recebido, na época, o Prêmio Motion, da Academia Francesa. Suas obras foram traduzidas em quase todas as línguas, existindo, também, na França, centenas de Grupos Espíritas, que levam seu nome.
No Brasil, onde sua figura, como espírita e astrônomo, é bastante conhecida, existe um Observatório localizado na cidade de Matias Barbosa (MG), que tem seu nome.
Flammarion foi, sem dúvida alguma, um desses espíritos que, de quando em vez, reencarnam em nosso orbe, a fim de auxiliar seus irmãos em experiência a darem mais um passo rumo ao infinito. Mas, no seu caso, temos mais alguma coisa a acrescentar: ele fazia parte, também, do mesmo grupo de Espíritos que integrava Kardec e, por isso, sua vinda à Terra se deu na mesma época em que viera o mestre lionês, a fim de tomar parte, aqui, da equipe da Terceira Revelação liderada por ele, desempenhando tarefa definida no campo da astronomia. Eis por que, no seu trabalho, notadamente no que versa sobre a Uranografia Geral, procurou demonstrar que Deus não criara mundos somente para adornar o espaço infinito ou para deleitar nossas vistas, mas também para servir de habitat a outras criaturas que passam por eles, na trajetória infinita de sua evolução.
Desde muito cedo Flammarion já se interessava pelo estudo dos astros. Quando ainda jovem, pois contava apenas vinte anos de idade, publicou seu primeiro livro intitulado A pluralidade dos mundos habitados, que chamou a atenção dos sábios e cientistas da época. Mas não parou aí. Escreveu muitos outros trabalhos, quase todos abordando assuntos ligados à sobrevivência da alma após sua desencarnação, trabalhos esses que atestam ter sido ele, realmente, um dos fiéis continuadores da monumental obra de Kardec.
Para o conhecimento dos leitores, citamos, ainda, Deus na Natureza, que é um estudo profundo de todos os fenômenos naturais; O Desconhecido e os Problemas Psíquicos, Urânia, As Casas Mal Assombradas, A Morte e seus Mistérios, dividida em três volumes, que foi terminada quando o autor completava oitenta anos de idade, além de Sonhos Estelares e outros trabalhos referentes à Astronomia, que foram, também, traduzidos para línguas estrangeiras.
À beira do túmulo de Kardec, quando o mestre baixava à sepultura, Flammarion proferiu o célebre discurso, que se acha inserido no livro Obras Póstumas, exaltando a figura incomparável daquele que legara à posteridade a consoladora Doutrina ditada pelos Espíritos, pronunciando, na oportunidade, a conhecida frase: Ele, porém, era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado.
Camille Flammarion nasceu no dia 21 de fevereiro de 1842, em Montigny, França, e desencarnou em junho de 1925, com a idade de 83 anos.
Léon Denis o apóstolo do Espiritismo contava apenas onze anos de idade quando Kardec publicou a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Ele fazia parte, também, da equipe da Terceira Revelação, e viera à Terra para complementar e divulgar os ensinos já enfeixados na Codificação Kardequiana.
Suas obras, quase todas de cunho filosófico-religioso, sintetizam, de maneira extraordinária, seus conhecimentos, embora tenha sido um autodidata, de origem modesta, sem nenhum curso regular.
Quando ainda muito moço, revelou-se inclinado para a Filosofia e as letras, tendo estudado todas as obras de Allan Kardec, nas quais encontrou subsídios para o aprimoramento de seu Espírito. Preparando-se, dessa forma, para o fiel cumprimento da meritória missão que trouxera como seu continuador, de quem se tornou fiel discípulo.
Vale a pena transcrever, aqui, o belo trecho de sua obra O Problema do Ser, do Destino e da Dor, através do qual diz ele:
Dia virá, em que todos os pequenos sistemas acanhados e envelhecidos, se fundirão numa síntese abrangendo todos os reinos da idéia. Ciências, filosofias, religiões, divididas hoje, reunir-se-ão na luz, e será então a vida, o esplendor do Espírito, o reinado do Conhecimento.
Neste acordo magnífico, as ciências fornecerão a precisão e o método na ordem dos fatos; as filosofias, o rigor de suas deduções lógicas; a poesia, a irradiação de suas luzes e a magia de suas cores; a religião juntar-lhe-á as qualidades do sentimento e a noção da estética elevada. Assim, realizar-se-á a beleza na força e na unidade do pensamento. A alma orientar-se-á para os mais altos cimos, mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio de relação necessário para regular a marcha paralela e ritmada da inteligência e da consciência na sua ascensão para a conquista do Bem e da Verdade.
Léon Denis, durante sua preciosa existência terrestre, proferiu inúmeros discursos doutrinários, de rara beleza, em Congressos Internacionais.
Em 1889, tomou parte no II Congresso Espírita Internacional, tendo participado, também, do Congresso Espírita de Bruxelas Bélgica onde representou o movimento espírita da França e do Brasil. Em 1925, foi aclamado Presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, do qual saiu a Federação Espírita Internacional, transferida para Inglaterra, em 1948.
Léon Denis deixou, ainda, numerosos trabalhos esparsos, tais como conferências, artigos, declarações, etc., muitos dos quais não foram publicados além de seus nove livros, que alinhamos a seguir: No Invisível, Depois da Morte, O Porquê da Vida, O Grande Enigma, Cristianismo e Espiritismo, Joana DArc, Médium, O Mundo Invisível e a Guerra, O Gênio Celta e o Mundo Invisível e O Problema do Ser, do Destino e da Dor. Obras essas que se vinculam à Codificação de Kardec, porquanto estava ele profundamente identificado com o mestre lionês.
Assim, através dessa preciosa literatura espírita que nos legara, o Espiritismo foi amplamente divulgado, não só nos países da Europa, mas principalmente entre os povos latino-americanos.
Antes, porém, de encerrarmos estas ligeiras notas sobre o apreciado escritor espírita francês, convém esclarecer, ainda, que Léon Denis teve estreita ligação com a Federação Espírita Brasileira. Tendo sido, a partir de 1901, aprovada, por unanimidade, sua indicação para sócio Distinto e Presidente Honorário da FEB, passando a responder, também, pela representação permanente da Casa de Ismael na França e em outros países do continente europeu.
Léon Denis nasceu em Foug, França, no dia 1.º de janeiro de 1846 e desencarnou no dia 12 de abril de 1927, em Tours, com 81 anos de idade.
18 = O TRABALHO PARA A ESCOLA
GEESE
O discípulo deve agir como porta-voz do Divino Mestre, divulgador de seus ensinamentos redentores, e isso ocorre dentro de tarefa maior da FDJ, que é transformar-se em poderosa coluna de sustentação do Espiritismo religioso em nosso País. do opúsculo Aos Discípulos de Jesus, Edgard Armond, item Difusão das Verdades Evangélicas.
Continuando com os preceitos das Escolas de Iniciação, após tratarmos da segunda linha do trabalho (com e para Pessoas - veja O Trevo edição outubro), seguimos descrevendo a terceira linha onde se trabalha para a Escola.
Para se trabalhar para a Escola é indispensável compreendê-la e, também, as suas metas e necessidades. Isso exige tempo e preparo. Alguns podem até começar pela terceira linha e reconhecê-la com facilidade.
Dizendo que uma escola de autoconhecimento não é Escola de Iniciação, compreende-se que ela só possui uma linha de trabalho: o estudo do ensinamento e de si mesmo. Realmente estudar em grupo permite aos participantes travarem contato com a segunda linha e, assim, terem contato com as dificuldades de convivência e, se sua visão for bastante ampla, poderão vislumbrar a segunda e a terceira linhas de trabalho.
Entretanto não se pode esperar muito das escolas não iniciáticas, no sentido de transformação do ser.
Na terceira linha, assim como na primeira, pode-se manifestar certa iniciativa, mas é preciso exercer um controle sobre si e não se permitir tomar decisões contrárias às regras e princípios da Escola.
Trabalhando pela Escola pensamos nela, no geral e na organização, como um todo. Pensamos no que é útil e necessário para seu funcionamento e continuidade.
Assim, este trabalho diz respeito à ideia global, de todo o presente e futuro da Escola. Se não pensarmos nisso e não tivermos essa compreensão, então as duas primeiras linhas não produzirão seu pleno efeito.
A terceira linha tem relação com o mundo exterior, o bom e o mau passam a ser o que ajuda ou prejudica a existência e o trabalho de toda a Escola, de modo que a abrangência desta linha é mais ampla.
A Escola e sua organização devem ser o objeto do nosso estudo. A ideia, as necessidades e as formas da organização são assuntos nossos, de ninguém mais. Todos devem participar dela quando puderem. A ninguém é solicitado fazer o que não pode, mas todos devem pensar e compreender a necessidade de trabalhar na terceira linha.
Nesta linha, não é importante o fazer, mas o pensar na Escola. O fazer é importante na segunda linha. Não podemos nos isentar de pensar sobre a Escola com o nosso próprio esforço.
Não há Escola Iniciática voltada apenas para uma única linha, o que significa que o trabalho deve ser nas três linhas: sobre si, em grupo e para a Escola. Só com a ajuda das três linhas sairemos da inércia ou passividade, pois muitas coisas nos mantêm estacionados.
Estando em contato com uma Escola pode-se adquirir certo conhecimento.
Mas o que damos em troca? De que modo nós a ajudamos? Um momento importante nesse processo é assinalado quando começamos a compreender a necessidade de trabalhar pela Escola.
Isto é a terceira linha.
É evidente que a Escola necessita de uma organização e de um local para todos que queiram dela participar, assim, é necessário existir os que compreendam tal necessidade, queiram e possam mantê-la. Tomemos como exemplo uma escola comum que requer determinado plano e organização, assim como pessoas para fazê-la funcionar. É preciso determinar e saber quem fará cada coisa.
Quem quiser prosseguir deve compreender que a existência e prosperidade da Escola são questões nas quais cada qual deve pensar e tentar compreender suas exigências. Consideremos como preocupação pessoal o fato de que a Escola deve prosseguir e não nos omitamos, deixando essas questões para outros tratarem. Se cada um de nós pensarmos somente em si, a Escola não se sustentará e pode desaparecer.
Há um provérbio que diz: Se você gosta de deslizar encosta abaixo, deve gostar de empurrar o trenó até o alto da montanha. Ele nos aponta o equívoco quando pensamos assim: Estou interessado na primeira linha, mas não na terceira. É o mesmo que dizer: Gosto de deslizar pela encosta, mas não gosto de empurrar o trenó até o alto da montanha.
Nosso próximo artigo tratará sobre As Regras na Escola Iniciática.
O TREVO NOVEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
GEESE
O discípulo deve agir como porta-voz do Divino Mestre, divulgador de seus ensinamentos redentores, e isso ocorre dentro de tarefa maior da FDJ, que é transformar-se em poderosa coluna de sustentação do Espiritismo religioso em nosso País. do opúsculo Aos Discípulos de Jesus, Edgard Armond, item Difusão das Verdades Evangélicas.
Continuando com os preceitos das Escolas de Iniciação, após tratarmos da segunda linha do trabalho (com e para Pessoas - veja O Trevo edição outubro), seguimos descrevendo a terceira linha onde se trabalha para a Escola.
Para se trabalhar para a Escola é indispensável compreendê-la e, também, as suas metas e necessidades. Isso exige tempo e preparo. Alguns podem até começar pela terceira linha e reconhecê-la com facilidade.
Dizendo que uma escola de autoconhecimento não é Escola de Iniciação, compreende-se que ela só possui uma linha de trabalho: o estudo do ensinamento e de si mesmo. Realmente estudar em grupo permite aos participantes travarem contato com a segunda linha e, assim, terem contato com as dificuldades de convivência e, se sua visão for bastante ampla, poderão vislumbrar a segunda e a terceira linhas de trabalho.
Entretanto não se pode esperar muito das escolas não iniciáticas, no sentido de transformação do ser.
Na terceira linha, assim como na primeira, pode-se manifestar certa iniciativa, mas é preciso exercer um controle sobre si e não se permitir tomar decisões contrárias às regras e princípios da Escola.
Trabalhando pela Escola pensamos nela, no geral e na organização, como um todo. Pensamos no que é útil e necessário para seu funcionamento e continuidade.
Assim, este trabalho diz respeito à ideia global, de todo o presente e futuro da Escola. Se não pensarmos nisso e não tivermos essa compreensão, então as duas primeiras linhas não produzirão seu pleno efeito.
A terceira linha tem relação com o mundo exterior, o bom e o mau passam a ser o que ajuda ou prejudica a existência e o trabalho de toda a Escola, de modo que a abrangência desta linha é mais ampla.
A Escola e sua organização devem ser o objeto do nosso estudo. A ideia, as necessidades e as formas da organização são assuntos nossos, de ninguém mais. Todos devem participar dela quando puderem. A ninguém é solicitado fazer o que não pode, mas todos devem pensar e compreender a necessidade de trabalhar na terceira linha.
Nesta linha, não é importante o fazer, mas o pensar na Escola. O fazer é importante na segunda linha. Não podemos nos isentar de pensar sobre a Escola com o nosso próprio esforço.
Não há Escola Iniciática voltada apenas para uma única linha, o que significa que o trabalho deve ser nas três linhas: sobre si, em grupo e para a Escola. Só com a ajuda das três linhas sairemos da inércia ou passividade, pois muitas coisas nos mantêm estacionados.
Estando em contato com uma Escola pode-se adquirir certo conhecimento.
Mas o que damos em troca? De que modo nós a ajudamos? Um momento importante nesse processo é assinalado quando começamos a compreender a necessidade de trabalhar pela Escola.
Isto é a terceira linha.
É evidente que a Escola necessita de uma organização e de um local para todos que queiram dela participar, assim, é necessário existir os que compreendam tal necessidade, queiram e possam mantê-la. Tomemos como exemplo uma escola comum que requer determinado plano e organização, assim como pessoas para fazê-la funcionar. É preciso determinar e saber quem fará cada coisa.
Quem quiser prosseguir deve compreender que a existência e prosperidade da Escola são questões nas quais cada qual deve pensar e tentar compreender suas exigências. Consideremos como preocupação pessoal o fato de que a Escola deve prosseguir e não nos omitamos, deixando essas questões para outros tratarem. Se cada um de nós pensarmos somente em si, a Escola não se sustentará e pode desaparecer.
Há um provérbio que diz: Se você gosta de deslizar encosta abaixo, deve gostar de empurrar o trenó até o alto da montanha. Ele nos aponta o equívoco quando pensamos assim: Estou interessado na primeira linha, mas não na terceira. É o mesmo que dizer: Gosto de deslizar pela encosta, mas não gosto de empurrar o trenó até o alto da montanha.
Nosso próximo artigo tratará sobre As Regras na Escola Iniciática.
O TREVO NOVEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
17 = O TRABALHO COM E PARA PESSOAS
GEESE
A Sanga (Fraternidade) viverá enquanto suas regras forem obedecidas
(Buda, Religiões e Filosofias, Edgard Armond)
Após tratarmos da primeira linha de trabalho, o auto-aperfeiçoamento a observação de si mesmo, adotado pelas Escolas de Iniciação, prosseguiremos relatando a segunda linha: trabalho com as pessoas pertencentes à escola. Não se trabalha apenas com elas, mas para elas e para os outros. Assim aprende-se a trabalhar com pessoas e para pessoas.
As pessoas não só frequentam as escolas, comunicam-se e estudam juntas nelas, mas também trabalham juntas. O trabalho pode assumir formas muito diferentes, mas sempre deve ser útil à escola.
Trabalhando no auto-aperfeiçoamento estuda-se e trabalha-se em grupo.
Com o passar do tempo, trabalhando nas três frentes, fica mais claro ao aluno porque são necessárias e porque, sem elas, o trabalho sobre si não progride eficazmente em direção a uma meta bem definida.
Em diversas Escolas de Iniciação, participa-se de um trabalho organizado, em que cada um deve fazer o que lhe é pedido. Não é exigida nenhuma iniciativa especial. A disciplina é essencial: trata-se de aceitar exatamente o que lhe é pedido, sem permitir a intervenção de ideias pessoais, mesmo que lhe pareçam melhores que as orientações dadas.
Devemos não só receber como transmitir conhecimentos e ideias e praticá-las.
Não podemos ter tudo para nós como na primeira linha; temos de considerar os que estão juntos no trabalho.
Aprendemos a compreender e explicar.
Paulatinamente, percebemos que só podemos compreender certas coisas explicando-as aos outros. O círculo torna-se mais amplo, o certo e o errado tornam-se mais claros.
Podemos fazer mais em grupo do que sozinhos. Consideremos que não é possível ter um mestre só para si; que nas escolas as arestas são aparadas e temos de nos adaptar uns aos outros; e também que ficamos cercados de espelhos, que são as pessoas do grupo, reflexos de como somos.
É mais fácil trabalhar sozinho. É muito mais confortável se o estudante puder se sentar e falar com o mestre particularmente, sem os outros, sobretudo, esses colegas a quem faço minhas restrições.
No início, a maior dificuldade é trabalhar obedecendo, isto é, sem tomar iniciativa própria no trabalho, pois essa linha não depende de nosso empenho, mas das disposições do trabalho.
Dizem-nos para fazer isso ou aquilo.
Queremos ser livres e não gostamos disso, não queremos fazer aquilo ou não gostamos das pessoas com quem temos de trabalhar. Mesmo sem saber o que teremos de fazer, podemos nos imaginar em condições de trabalho organizado, no qual entramos sem saber nada ou muito pouco. São essas algumas das dificuldades do trabalho em grupo e nosso esforço começa com a aceitação das coisas, porque podemos não gostar delas ou das suas condições, pensamos que nossa maneira de fazer é melhor, etc. Se levarmos em conta as dificuldades pessoais em relação ao trabalho, poderemos compreendê-lo melhor.
Ele é ajustado conforme um plano e com metas que são desconhecidas para quem está iniciando.
A oportunidade do trabalhar é dada a todos, mas uma pessoa sozinha não tem condições de organizar, por si mesma, o trabalho que deve servir para si. Nem de lhe dar continuidade sem os outros.
Constatou-se que o trabalho físico realizado conjuntamente, com o grupo, é útil nas escolas. Em algumas há exercícios físicos especiais (ex.: posturas da yoga e do faquirismo, danças, etc.).
É difícil para as pessoas trabalharem juntas (na assistência espiritual, nas atividades da casa, na manutenção, etc). Isoladamente, podem participar do trabalho; juntas, é mais difícil.
Criticam-se, interferem uma na maneira de ser da outra, ou não se aceitam.
Essa relação possibilita conhecer-se e conhecer ao outro e, no início desse processo, é preciso contrariar a si mesmo.
O trabalho com outras pessoas é um trabalho em grupo, é ação, é prática.
É simplório pensarmos que, só por estarmos na mesma sala ou fazendo o mesmo trabalho, estamos fazendo um trabalho em grupo.
Na primeira linha de trabalho esperamos obter algo para nós e ela pode ser considerada egoísta (é para si mesmo).
A segunda linha é mesclada, temos de considerar as outras pessoas; não é egoísta. A terceira linha, que será abordada no próximo artigo, é altruísta, fazemos pela escola, não para obter algo dela. O sistema deste tipo de escola abrange tanto o que é egoísta como o que é altruísta.
O TREVO OUTUBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
GEESE
A Sanga (Fraternidade) viverá enquanto suas regras forem obedecidas
(Buda, Religiões e Filosofias, Edgard Armond)
Após tratarmos da primeira linha de trabalho, o auto-aperfeiçoamento a observação de si mesmo, adotado pelas Escolas de Iniciação, prosseguiremos relatando a segunda linha: trabalho com as pessoas pertencentes à escola. Não se trabalha apenas com elas, mas para elas e para os outros. Assim aprende-se a trabalhar com pessoas e para pessoas.
As pessoas não só frequentam as escolas, comunicam-se e estudam juntas nelas, mas também trabalham juntas. O trabalho pode assumir formas muito diferentes, mas sempre deve ser útil à escola.
Trabalhando no auto-aperfeiçoamento estuda-se e trabalha-se em grupo.
Com o passar do tempo, trabalhando nas três frentes, fica mais claro ao aluno porque são necessárias e porque, sem elas, o trabalho sobre si não progride eficazmente em direção a uma meta bem definida.
Em diversas Escolas de Iniciação, participa-se de um trabalho organizado, em que cada um deve fazer o que lhe é pedido. Não é exigida nenhuma iniciativa especial. A disciplina é essencial: trata-se de aceitar exatamente o que lhe é pedido, sem permitir a intervenção de ideias pessoais, mesmo que lhe pareçam melhores que as orientações dadas.
Devemos não só receber como transmitir conhecimentos e ideias e praticá-las.
Não podemos ter tudo para nós como na primeira linha; temos de considerar os que estão juntos no trabalho.
Aprendemos a compreender e explicar.
Paulatinamente, percebemos que só podemos compreender certas coisas explicando-as aos outros. O círculo torna-se mais amplo, o certo e o errado tornam-se mais claros.
Podemos fazer mais em grupo do que sozinhos. Consideremos que não é possível ter um mestre só para si; que nas escolas as arestas são aparadas e temos de nos adaptar uns aos outros; e também que ficamos cercados de espelhos, que são as pessoas do grupo, reflexos de como somos.
É mais fácil trabalhar sozinho. É muito mais confortável se o estudante puder se sentar e falar com o mestre particularmente, sem os outros, sobretudo, esses colegas a quem faço minhas restrições.
No início, a maior dificuldade é trabalhar obedecendo, isto é, sem tomar iniciativa própria no trabalho, pois essa linha não depende de nosso empenho, mas das disposições do trabalho.
Dizem-nos para fazer isso ou aquilo.
Queremos ser livres e não gostamos disso, não queremos fazer aquilo ou não gostamos das pessoas com quem temos de trabalhar. Mesmo sem saber o que teremos de fazer, podemos nos imaginar em condições de trabalho organizado, no qual entramos sem saber nada ou muito pouco. São essas algumas das dificuldades do trabalho em grupo e nosso esforço começa com a aceitação das coisas, porque podemos não gostar delas ou das suas condições, pensamos que nossa maneira de fazer é melhor, etc. Se levarmos em conta as dificuldades pessoais em relação ao trabalho, poderemos compreendê-lo melhor.
Ele é ajustado conforme um plano e com metas que são desconhecidas para quem está iniciando.
A oportunidade do trabalhar é dada a todos, mas uma pessoa sozinha não tem condições de organizar, por si mesma, o trabalho que deve servir para si. Nem de lhe dar continuidade sem os outros.
Constatou-se que o trabalho físico realizado conjuntamente, com o grupo, é útil nas escolas. Em algumas há exercícios físicos especiais (ex.: posturas da yoga e do faquirismo, danças, etc.).
É difícil para as pessoas trabalharem juntas (na assistência espiritual, nas atividades da casa, na manutenção, etc). Isoladamente, podem participar do trabalho; juntas, é mais difícil.
Criticam-se, interferem uma na maneira de ser da outra, ou não se aceitam.
Essa relação possibilita conhecer-se e conhecer ao outro e, no início desse processo, é preciso contrariar a si mesmo.
O trabalho com outras pessoas é um trabalho em grupo, é ação, é prática.
É simplório pensarmos que, só por estarmos na mesma sala ou fazendo o mesmo trabalho, estamos fazendo um trabalho em grupo.
Na primeira linha de trabalho esperamos obter algo para nós e ela pode ser considerada egoísta (é para si mesmo).
A segunda linha é mesclada, temos de considerar as outras pessoas; não é egoísta. A terceira linha, que será abordada no próximo artigo, é altruísta, fazemos pela escola, não para obter algo dela. O sistema deste tipo de escola abrange tanto o que é egoísta como o que é altruísta.
O TREVO OUTUBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
quinta-feira, 2 de abril de 2015
3-22
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
Apresentação
Vários autores não têm visto, na extensa bibliografia dos escritores mediúnicos, senão reflexos da alma dos médiuns, emersões da subconsciência, que impelem os mais honestos a involuntárias mistificações. Excetuando-se alguns casos esporádicos, em que abundam os elementos prestantes à identificação, as mensagens mediúnicas são repositórios de advertências morais, cuja repetição se lhes afigura soporífera. Todavia, erram os que formulam semelhantes juízos. Diminuta é a percentagem dos intrínsecos, já que todo o mediunismo, ainda que na materialização e no automatismo perfeitos, se baseia no Espiritismo e Animismo conjugados. Emmanuel, cap. 28, item: O Mediunismo.
Contradições mediúnicas. Estas contradições existem porque os médiuns não são iguais. Cada um capta a mensagem dos Espíritos [...] de acordo com suas idéias pessoais, suas crenças, ou suas prevenções. O Livro dos Médiuns, primeira parte, cap. 4, item 36.
À medida que os fatos se complementam e vão sendo mais bem observados, as idéias prematuras se apagam e a unidade se estabelece, pelo menos com relação aos pontos fundamentais, senão a todos os pormenores. Foi o que se deu com o Espiritismo, que não podia fugir à lei comum e tinha mesmo, por sua natureza, que se prestar, mais do que qualquer outro assunto, à diversidade das interpretações. O Livro dos Médiuns, primeira parte, cap. 4, item 36.
Entretanto, para [...] compreenderem a causa e o valor das contradições de origem espírita, é preciso estar-se identificado com a natureza do mundo invisível e tê-lo estudado por todas as suas faces.O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 27, item 299.
* Mistificação. Allan Kardec, ao analisar mais detidamente o assunto, esclarece a respeito:
A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A arte, com que dispõem as suas baterias e combinam os meios de persuadir, seria uma coisa curiosa, se eles nunca passassem dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter conseqüências desagradáveis para os que não se acham em guarda [...]. Entre os meios que esses Espíritos empregam, devem colocar-se na primeira linha, como sendo os mais freqüentes, os que têm por fim tentar a cobiça [...]. Devem, além disso, considerar-se suspeitas, logo à primeira vista, as predições com época determinada, assim como as indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se dêem os passos prescritos ou aconselhados pelos Espíritos, quando o fim não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar pelos nomes que os Espíritos tomam para dar aparência de veracidade de suas palavras; desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados; enfim, de tudo o que se afasta do objetivo moral das manifestações. O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 27, item 303-comentário.
4. As Reuniões Mediúnicas
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai. Jesus. Mateus, 10:8
A reunião mediúnica não comporta improvisações por parte do dirigente e dos demais membros da equipe dos encarnados, por se tratar de atividade de atendimento e assistência espiritual, previamente programada e organizada pelos Benfeitores Espirituais.
4. 1 OBJETIVOS
* Oferecer condições para o exercício da mediunidade, de forma saudável e segura, em perfeita harmonia com a Codificação Espírita e com as obras espíritas suplementares de inquestionável valor doutrinário.
* Viabilizar condições que assegurem segurança e seriedade da manifestação de Espíritos nas reuniões mediúnicas privativas, usuais na Casa Espírita.
* Prestar auxílio moral e doutrinário aos Espíritos que sofrem ou que fazem sofrer, concorrendo para o seu equilíbrio e a sua melhoria, por meio de aconselhamentos e outras ações espíritas, fraternas e solidárias, e pelos exemplos de boa conduta moral.
* Amparar Espíritos em processo de reencarnação, segundo as condições disponíveis.
* Contribuir para o desenvolvimento da ciência espírita através de estudos edificantes relacionados à mediunidade, em geral, e ao processo de intercâmbio mediúnico em particular.
* Incentivar e promover a capacitação continuada dos encarnados integrantes da equipe.
* Exercitar a humildade, a fraternidade e a solidariedade perante os encarnados e desencarnados em sofrimento, fornecendo exemplos que caracterizem o esforço de transformação moral.
* Cooperar com os benfeitores espirituais no trabalho de defesa da Casa Espírita, ante as investidas de Espíritos descompromissados com o Bem.
4. 2 REUNIÕES MEDIÚNICAS SÉRIAS: COM JESUS E COM KARDEC
O resumo do item 341, cap. 29, de O Livro dos Médiuns, apresentado em seguida, fornece subsídios adequados à postura a ser adotada pelos integrantes da equipe dos encarnados, em uma reunião mediúnica séria:
* Perfeita comunhão de vistas e de sentimentos.
* Cordialidade recíproca entre todos os membros.
* Ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã.
* União em torno de um único desejo: o de se instruírem e de se melhorarem, por meio dos ensinos dos Espíritos.
* Recolhimento e silêncio respeitosos.
* União de todos, pelo pensamento.
* Isenção de todo sentimento de orgulho, de amor-próprio, de supremacia e vaidade, predominando a necessidade de ser útil.
São também características da prática mediúnica com Jesus e com Kardec: integrar os participantes da atividade mediúnica na instituição espírita onde atuam e realizar avaliações periódicas da reunião mediúnica.
Segundo orientações de Emmanuel, existentes no livro O Consolador, questão 372, a sessão espírita deveria ser, em toda parte, uma cópia fiel do cenáculo fraterno, simples e humilde do Tiberíades, onde o Evangelho do Senhor fosse refletido em espírito e verdade [...]. Na questão 411, este benfeitor esclarece que [...] o apostolado mediúnico, portanto, não se constitui tão somente da movimentação das energias psíquicas em suas expressões fenomênicas e mecânicas, porque exige o trabalho e o sacrifício do coração [...].
Martins Peralva acrescenta, por sua vez:
Mediunismo sem Evangelho é fenômeno sem Amor, dizem os Amigos Espirituais [....], sem Doutrina Espírita é fenômeno sem esclarecimento. [...], com Espiritismo, mas sem Evangelho, é realização incompleta [...]. Com Evangelho e sem Espiritismo é, também, realização incompleta [...]. Com Evangelho e Espiritismo é penhor de vitória espiritual, de valorização dos talentos divinos. Imprescindível, pois, a trilogia Evangelho-Espiritismo-Mediunidade. Mediunidade e Evolução, cap.7.
E Emmanuel afirma, peremptoriamente, em que base se assenta a vitória do apostolado mediúnico:
Está [...] no Evangelho de Jesus, com o qual o missionário deve estar plenamente identificado para a realização sagrada da sua tarefa. O médium sem o Evangelho pode fornecer as mais elevadas informações ao quadro das filosofias e das ciências fragmentárias da Terra; pode ser um profissional de nomeada [de prestígio], um agente de experiências do invisível, mas não poderá ser um apóstolo do coração. O Consolador, questão 411.
4.3 A PRÁTICA MEDIÚNICA
A educação e o desenvolvimento mediúnicos compreendem a fase inicial da formação doutrinária básica (conhecimento espírita, em geral, e da mediunidade em particular), que pode estar associada, no principiante, ao afloramento da sua mediunidade e ao posterior encaminhamento ao grupo mediúnico. Importa dizer, porém, que nem todos os espíritas com formação doutrinária são portadores de mediunidade ostensiva, nem possuem compromisso com a tarefa desenvolvida no grupo mediúnico.
Os médiuns ostensivos revelam, contudo, compromisso com a tarefa, uma vez que toda faculdade nos é concedida tendo em vista um fim específico. Assim, entende-se por educação do médium o período que vai do afloramento da mediunidade até a participação, efetiva e harmônica, numa reunião mediúnica, conforme esclarecimentos de Allan Kardec existentes no capítulo 29 de O Livro dos Médiuns.
Na fase de educação e de desenvolvimento da faculdade mediúnica, os médiuns devem ser acompanhados de perto por orientadores experientes, que fazem parte do quadro regular de trabalhadores da Casa Espírita, na área da mediunidade. O médium será considerado apto para integrar o grupo mediúnico, onde a sua mediunidade será exercitada, quando: consegue discernir, de forma geral, as idéias que lhes são próprias e as oriundas dos Espíritos comunicantes; tem controle (educação) sobre as suas emoções, conduzindo-se com respeitabilidade durante as manifestações dos Espíritos; revela esforço de combate às imperfeições e oferece condições para dedicar-se com afinco à tarefa.
É sempre oportuno lembrar que não é automático o encaminhamento, aos grupos mediúnicos, de participantes que tenham concluído cursos de estudo e educação da mediunidade. Deve-se refletir que não é somente o estudo que habilita o tarefeiro ao exercício da mediunidade. Há outros critérios, os quais devem ser atendidos, como equilíbrio emocional, assiduidade, compromisso com a tarefa, entre outros.
É importante destacar, também, que cada Instituição Espírita tem as suas normas e critérios de ingresso à reunião mediúnica, as quais devem ser consideradas, a não ser que exista contradição com os princípios espíritas existentes na Codificação e nas obras suplementares a esta.
O intercâmbio mediúnico implica conhecimentos e cuidados, a fim de que sejam bons os resultados alcançados. A melhoria moral dos membros da equipe cria obstáculos às investidas dos Espíritos distanciados do Bem, além de favorecer o progresso individual.
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica
Apresentação
Vários autores não têm visto, na extensa bibliografia dos escritores mediúnicos, senão reflexos da alma dos médiuns, emersões da subconsciência, que impelem os mais honestos a involuntárias mistificações. Excetuando-se alguns casos esporádicos, em que abundam os elementos prestantes à identificação, as mensagens mediúnicas são repositórios de advertências morais, cuja repetição se lhes afigura soporífera. Todavia, erram os que formulam semelhantes juízos. Diminuta é a percentagem dos intrínsecos, já que todo o mediunismo, ainda que na materialização e no automatismo perfeitos, se baseia no Espiritismo e Animismo conjugados. Emmanuel, cap. 28, item: O Mediunismo.
Contradições mediúnicas. Estas contradições existem porque os médiuns não são iguais. Cada um capta a mensagem dos Espíritos [...] de acordo com suas idéias pessoais, suas crenças, ou suas prevenções. O Livro dos Médiuns, primeira parte, cap. 4, item 36.
À medida que os fatos se complementam e vão sendo mais bem observados, as idéias prematuras se apagam e a unidade se estabelece, pelo menos com relação aos pontos fundamentais, senão a todos os pormenores. Foi o que se deu com o Espiritismo, que não podia fugir à lei comum e tinha mesmo, por sua natureza, que se prestar, mais do que qualquer outro assunto, à diversidade das interpretações. O Livro dos Médiuns, primeira parte, cap. 4, item 36.
Entretanto, para [...] compreenderem a causa e o valor das contradições de origem espírita, é preciso estar-se identificado com a natureza do mundo invisível e tê-lo estudado por todas as suas faces.O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 27, item 299.
* Mistificação. Allan Kardec, ao analisar mais detidamente o assunto, esclarece a respeito:
A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A arte, com que dispõem as suas baterias e combinam os meios de persuadir, seria uma coisa curiosa, se eles nunca passassem dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter conseqüências desagradáveis para os que não se acham em guarda [...]. Entre os meios que esses Espíritos empregam, devem colocar-se na primeira linha, como sendo os mais freqüentes, os que têm por fim tentar a cobiça [...]. Devem, além disso, considerar-se suspeitas, logo à primeira vista, as predições com época determinada, assim como as indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se dêem os passos prescritos ou aconselhados pelos Espíritos, quando o fim não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar pelos nomes que os Espíritos tomam para dar aparência de veracidade de suas palavras; desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados; enfim, de tudo o que se afasta do objetivo moral das manifestações. O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. 27, item 303-comentário.
4. As Reuniões Mediúnicas
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai. Jesus. Mateus, 10:8
A reunião mediúnica não comporta improvisações por parte do dirigente e dos demais membros da equipe dos encarnados, por se tratar de atividade de atendimento e assistência espiritual, previamente programada e organizada pelos Benfeitores Espirituais.
4. 1 OBJETIVOS
* Oferecer condições para o exercício da mediunidade, de forma saudável e segura, em perfeita harmonia com a Codificação Espírita e com as obras espíritas suplementares de inquestionável valor doutrinário.
* Viabilizar condições que assegurem segurança e seriedade da manifestação de Espíritos nas reuniões mediúnicas privativas, usuais na Casa Espírita.
* Prestar auxílio moral e doutrinário aos Espíritos que sofrem ou que fazem sofrer, concorrendo para o seu equilíbrio e a sua melhoria, por meio de aconselhamentos e outras ações espíritas, fraternas e solidárias, e pelos exemplos de boa conduta moral.
* Amparar Espíritos em processo de reencarnação, segundo as condições disponíveis.
* Contribuir para o desenvolvimento da ciência espírita através de estudos edificantes relacionados à mediunidade, em geral, e ao processo de intercâmbio mediúnico em particular.
* Incentivar e promover a capacitação continuada dos encarnados integrantes da equipe.
* Exercitar a humildade, a fraternidade e a solidariedade perante os encarnados e desencarnados em sofrimento, fornecendo exemplos que caracterizem o esforço de transformação moral.
* Cooperar com os benfeitores espirituais no trabalho de defesa da Casa Espírita, ante as investidas de Espíritos descompromissados com o Bem.
4. 2 REUNIÕES MEDIÚNICAS SÉRIAS: COM JESUS E COM KARDEC
O resumo do item 341, cap. 29, de O Livro dos Médiuns, apresentado em seguida, fornece subsídios adequados à postura a ser adotada pelos integrantes da equipe dos encarnados, em uma reunião mediúnica séria:
* Perfeita comunhão de vistas e de sentimentos.
* Cordialidade recíproca entre todos os membros.
* Ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã.
* União em torno de um único desejo: o de se instruírem e de se melhorarem, por meio dos ensinos dos Espíritos.
* Recolhimento e silêncio respeitosos.
* União de todos, pelo pensamento.
* Isenção de todo sentimento de orgulho, de amor-próprio, de supremacia e vaidade, predominando a necessidade de ser útil.
São também características da prática mediúnica com Jesus e com Kardec: integrar os participantes da atividade mediúnica na instituição espírita onde atuam e realizar avaliações periódicas da reunião mediúnica.
Segundo orientações de Emmanuel, existentes no livro O Consolador, questão 372, a sessão espírita deveria ser, em toda parte, uma cópia fiel do cenáculo fraterno, simples e humilde do Tiberíades, onde o Evangelho do Senhor fosse refletido em espírito e verdade [...]. Na questão 411, este benfeitor esclarece que [...] o apostolado mediúnico, portanto, não se constitui tão somente da movimentação das energias psíquicas em suas expressões fenomênicas e mecânicas, porque exige o trabalho e o sacrifício do coração [...].
Martins Peralva acrescenta, por sua vez:
Mediunismo sem Evangelho é fenômeno sem Amor, dizem os Amigos Espirituais [....], sem Doutrina Espírita é fenômeno sem esclarecimento. [...], com Espiritismo, mas sem Evangelho, é realização incompleta [...]. Com Evangelho e sem Espiritismo é, também, realização incompleta [...]. Com Evangelho e Espiritismo é penhor de vitória espiritual, de valorização dos talentos divinos. Imprescindível, pois, a trilogia Evangelho-Espiritismo-Mediunidade. Mediunidade e Evolução, cap.7.
E Emmanuel afirma, peremptoriamente, em que base se assenta a vitória do apostolado mediúnico:
Está [...] no Evangelho de Jesus, com o qual o missionário deve estar plenamente identificado para a realização sagrada da sua tarefa. O médium sem o Evangelho pode fornecer as mais elevadas informações ao quadro das filosofias e das ciências fragmentárias da Terra; pode ser um profissional de nomeada [de prestígio], um agente de experiências do invisível, mas não poderá ser um apóstolo do coração. O Consolador, questão 411.
4.3 A PRÁTICA MEDIÚNICA
A educação e o desenvolvimento mediúnicos compreendem a fase inicial da formação doutrinária básica (conhecimento espírita, em geral, e da mediunidade em particular), que pode estar associada, no principiante, ao afloramento da sua mediunidade e ao posterior encaminhamento ao grupo mediúnico. Importa dizer, porém, que nem todos os espíritas com formação doutrinária são portadores de mediunidade ostensiva, nem possuem compromisso com a tarefa desenvolvida no grupo mediúnico.
Os médiuns ostensivos revelam, contudo, compromisso com a tarefa, uma vez que toda faculdade nos é concedida tendo em vista um fim específico. Assim, entende-se por educação do médium o período que vai do afloramento da mediunidade até a participação, efetiva e harmônica, numa reunião mediúnica, conforme esclarecimentos de Allan Kardec existentes no capítulo 29 de O Livro dos Médiuns.
Na fase de educação e de desenvolvimento da faculdade mediúnica, os médiuns devem ser acompanhados de perto por orientadores experientes, que fazem parte do quadro regular de trabalhadores da Casa Espírita, na área da mediunidade. O médium será considerado apto para integrar o grupo mediúnico, onde a sua mediunidade será exercitada, quando: consegue discernir, de forma geral, as idéias que lhes são próprias e as oriundas dos Espíritos comunicantes; tem controle (educação) sobre as suas emoções, conduzindo-se com respeitabilidade durante as manifestações dos Espíritos; revela esforço de combate às imperfeições e oferece condições para dedicar-se com afinco à tarefa.
É sempre oportuno lembrar que não é automático o encaminhamento, aos grupos mediúnicos, de participantes que tenham concluído cursos de estudo e educação da mediunidade. Deve-se refletir que não é somente o estudo que habilita o tarefeiro ao exercício da mediunidade. Há outros critérios, os quais devem ser atendidos, como equilíbrio emocional, assiduidade, compromisso com a tarefa, entre outros.
É importante destacar, também, que cada Instituição Espírita tem as suas normas e critérios de ingresso à reunião mediúnica, as quais devem ser consideradas, a não ser que exista contradição com os princípios espíritas existentes na Codificação e nas obras suplementares a esta.
O intercâmbio mediúnico implica conhecimentos e cuidados, a fim de que sejam bons os resultados alcançados. A melhoria moral dos membros da equipe cria obstáculos às investidas dos Espíritos distanciados do Bem, além de favorecer o progresso individual.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
14 = Liberdade e Evangelho
Data: 9/12/2014
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “ À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.
14 – Liberdade e Evangelho
Em todos os tempos dominadores exaltam a liberdade, enquanto dominados clamam, almejam fruí-la.
Entendendo que testemunho de amor a Jesus era pregar as Cruzadas para libertar o túmulo vazio do Mestre, Pedro, o Eremita desencadeia guerras, lutas desnecessárias que há seu tempo enlutou tantas nações.
Foi igualmente em nome da liberdade que a França desencadeou momentos terríveis na Europa nos últimos tempos do século XVIII.
De alguma forma, sob outras características, as prepotências, as diretrizes de dominação em nome dos direitos humanos, se sobrepõem à fraqueza, numa posição “protetora” que também é algoz.
Entretanto, no Evangelho de Jesus anunciado há vinte e um séculos, a liberdade atinge seu mais nobre lugar através da revolução pacífica da moral, na ética dos costumes na qual Jesus continua como protótipo do homem livre.
Em situações de escarnecimento, humilhação, apupos, zombarias, atado ao poste do suplício, permanece digno e nobre; alça-se a Deus e comunga com Ele. Mantém o padrão elevado da liberdade perdoando os algozes. Volta do túmulo caminhando livremente ao encontro dos companheiros receosos.
A estada de Jesus retratada nos Evangelhos é a grande lição de liberdade que o mundo conhece, pois, demonstra de forma eloquente que a liberdade é condição da alma isenta de paixões.
Por isso, fortaleceu os discípulos ao indagar “Que medo podem fazer aqueles que matam apenas o corpo e nada e nada podem fazer à alma?”.
Liberdade, portanto, não é um estado de movimento para o corpo, mas, condição da alma no corpo.
Leda Marques Bighetti – Dezembro/2014
Data: 9/12/2014
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “ À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.
14 – Liberdade e Evangelho
Em todos os tempos dominadores exaltam a liberdade, enquanto dominados clamam, almejam fruí-la.
Entendendo que testemunho de amor a Jesus era pregar as Cruzadas para libertar o túmulo vazio do Mestre, Pedro, o Eremita desencadeia guerras, lutas desnecessárias que há seu tempo enlutou tantas nações.
Foi igualmente em nome da liberdade que a França desencadeou momentos terríveis na Europa nos últimos tempos do século XVIII.
De alguma forma, sob outras características, as prepotências, as diretrizes de dominação em nome dos direitos humanos, se sobrepõem à fraqueza, numa posição “protetora” que também é algoz.
Entretanto, no Evangelho de Jesus anunciado há vinte e um séculos, a liberdade atinge seu mais nobre lugar através da revolução pacífica da moral, na ética dos costumes na qual Jesus continua como protótipo do homem livre.
Em situações de escarnecimento, humilhação, apupos, zombarias, atado ao poste do suplício, permanece digno e nobre; alça-se a Deus e comunga com Ele. Mantém o padrão elevado da liberdade perdoando os algozes. Volta do túmulo caminhando livremente ao encontro dos companheiros receosos.
A estada de Jesus retratada nos Evangelhos é a grande lição de liberdade que o mundo conhece, pois, demonstra de forma eloquente que a liberdade é condição da alma isenta de paixões.
Por isso, fortaleceu os discípulos ao indagar “Que medo podem fazer aqueles que matam apenas o corpo e nada e nada podem fazer à alma?”.
Liberdade, portanto, não é um estado de movimento para o corpo, mas, condição da alma no corpo.
Leda Marques Bighetti – Dezembro/2014
Estudo 8 - PALAVRAS DE VIDA ETERNA
Francisco Cândido Xavier – pelo Espírito Emmanuel
VIDA E POSSE
“Não é a vida mais que o alimento?” Jesus. (Mateus, 6:26).
Posse: poder; detenção de alguma coisa com o objetivo de tirar dela qualquer utilidade econômica; estado de quem frui uma coisa ou a tem em seu poder.
No texto de Matheus, de onde Emmanuel retira a frase em destaque, o Evangelista recorda a pregação de Jesus na Palestina, quando refletia com os cristãos de então, como líder, que valor atribuir aos bens terrenos. Encontraremos aí as conhecidas ponderações de que:
"os tesouros da Terra a ferrugem e a traça consomem, os ladrões desenterram e roubam"
"teu olho é a luz do teu corpo, se teu olho for simples todo o teu corpo será luminoso"
Ninguém pode servir a dois senhores porque..."
Não andeis inquietos com o que haveis de comer para manter a vida..."
"olhai as aves do céu..."
"considerai como crescem os lírios do campo..."
"entesourai os tesouros do céu..."
"onde está o teu tesouro aí está o teu coração..."
"não andeis inquietos pelo dia de amanhã...", encadeamentos estes tão profundos que Emmanuel sintetiza em "não é a vida mais que o alimento?", exatamente com o objetivo de levar-nos a perceber que tudo deve ser buscado, dinamizado, planejado para que a vida material seja sim para todos, plena do necessário, mas sem as apreensões e aflições do apego, da posse.
Haveres, bens, envolvem, prendem quem os possui em círculo fechado, onde nada mais se vê, além da busca incansável de meios, artimanhas e modos, de sempre aumentar, ter mais, mais e mais, que nunca preenchem, bastam ou satisfazem.
Por que isso acontece?
A imaturidade psicológica, o desconhecimento da vida espiritual, as resistências e barreiras que existem, dificultando a compreensão da função da existência corporal levam o homem a preocupar-se em demasia detendo-se na posse de bens materiais.
Muito tempo dispensa na corrida a esses bens e bem pouco ou nenhum consagra ao enriquecimento moral e espiritual. Transforma a vida física em verdadeiro tormento, desgastando-se por completo. Se buscasse os tesouros da alma, na manutenção do equilíbrio, na dinamização dos valores maiores, com muito menos esforço, faria crescer seus bens materiais por fazê-lo circular não mais só em benefício próprio. Administraria talentos fazendo-os crescer, movimentado-os e proporcionando meios para que tantos outros também se beneficiem pelos frutos dos trabalhos correspondentes. Faria o papel da fonte que jorrando sempre, corre em leito limpo possibilitando chance para que tantos ali matem a sede.
Joanna de Angelis reflete que:
"O apego excessivo aos bens materiais é uma jaula que aprisiona o possuidor distraído, que passa a pertencer ao que supõe possuir.
Causa aflição, pelo medo de perder o que acumula; pela ânsia de aumentar o volume dos recursos; pela circunstância de ter que deixá-lo ante a eminência da morte.
Desvaria, porque intoxica de orgulho e prepotência a criatura, que se crê merecedora de privilégios e excepcionais deferências, que não a impedem de enfernar-se, neurotizar-se, padecer de solidão e morrer como todas as demais.
Enrijece os sentimentos, que perdem a tônica da solidariedade, da compaixão e da caridade, olvidando dos outros para pensar apenas em si.
Faz pressupor que nasceu para ser servido, abandonando o espírito de serviço que dignifica e favorece o progresso".
Então não é correto possuir bens, títulos, posições? Não só é correto, como necessário para que aprendendo a administrá-los sejam bem aplicados no uso com equilíbrio.
O possuidor que não se interessa por repartir os valores, oferecendo oportunidade de trabalho, espalhando os recursos, multiplicando-os a diversas mãos em benefício geral, é escravo que mais se envilece, quanto mais se prende às posses.
Necessário essa conscientização de que somos usufrutuários de tudo quanto nos chega às mãos, e não os donos. As verdadeiras posses não são materiais mas as que se realizam em favor do desenvolvimento moral. Essas são conquistas que como Espíritos Imortais incorporamos na essência pela vivência dos preceitos evangélicos.
"Não é a vida mais que o alimento?" - A questão proposta por Jesus reflete conhecimento profundo da natureza humana, insaciável em seus desejos. Alerta os contemporâneos e deixa aos pósteros o chamamento do equilíbrio no uso dos bens, que Emmanuel atualiza dizendo:
"Aconselha-te com prudência para que teu passo não ceda às loucura.
Há milhares de pessoas que efetuam a romagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.
Senhoreiam terras que não cultivam.
Acumulam ouro sem proveito.
Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.
Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.
Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.
E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias. Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da Grande Vida".
Ricardo S. Magalhães em "Os Benefícios do Equilíbrio" fecha nosso estudo quando reflete que para vivermos bem, devemos ter como linha de conduta o controle e a consciência de nossas reais necessidades, procurando através de uma análise cuidadosa e sensata a tranqüilidade para as nossas vidas. Busquemos melhorar a consciência de nossos limites e procuremos dentro do equilíbrio, tudo aquilo para termos uma vida saudável e segura, abstendo-nos dos excessos e exageros que são os maiores causadores dos desequilíbrios e sofrimentos. Mesmo que saibamos valorizar cada benefício, cada oportunidade, aprendamos a cultivar as verdadeiras posses. Procuremos usufruir de nossos bens materiais sem abusos e excessos, pois somos apenas os depositários.
Bibliografia:
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Palavras da Vida Eterna. Vida e Posse. 17a Edição. Edição CEC.
Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis. Jesus e Atualidade. Jesus e Posses. 9a Edição. Editora Pensamento.
R. S. Magalhães. Os Benefícios do Equilíbrio. Verdadeiras Riquezas. 2a Edição. Nova Luz Editora.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1a. Edição. Editora Nova Fronteira.
Iracema Linhares Giorgini
Fevereiro / 2002
Mateus, 6
26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
Francisco Cândido Xavier – pelo Espírito Emmanuel
VIDA E POSSE
“Não é a vida mais que o alimento?” Jesus. (Mateus, 6:26).
Posse: poder; detenção de alguma coisa com o objetivo de tirar dela qualquer utilidade econômica; estado de quem frui uma coisa ou a tem em seu poder.
No texto de Matheus, de onde Emmanuel retira a frase em destaque, o Evangelista recorda a pregação de Jesus na Palestina, quando refletia com os cristãos de então, como líder, que valor atribuir aos bens terrenos. Encontraremos aí as conhecidas ponderações de que:
"os tesouros da Terra a ferrugem e a traça consomem, os ladrões desenterram e roubam"
"teu olho é a luz do teu corpo, se teu olho for simples todo o teu corpo será luminoso"
Ninguém pode servir a dois senhores porque..."
Não andeis inquietos com o que haveis de comer para manter a vida..."
"olhai as aves do céu..."
"considerai como crescem os lírios do campo..."
"entesourai os tesouros do céu..."
"onde está o teu tesouro aí está o teu coração..."
"não andeis inquietos pelo dia de amanhã...", encadeamentos estes tão profundos que Emmanuel sintetiza em "não é a vida mais que o alimento?", exatamente com o objetivo de levar-nos a perceber que tudo deve ser buscado, dinamizado, planejado para que a vida material seja sim para todos, plena do necessário, mas sem as apreensões e aflições do apego, da posse.
Haveres, bens, envolvem, prendem quem os possui em círculo fechado, onde nada mais se vê, além da busca incansável de meios, artimanhas e modos, de sempre aumentar, ter mais, mais e mais, que nunca preenchem, bastam ou satisfazem.
Por que isso acontece?
A imaturidade psicológica, o desconhecimento da vida espiritual, as resistências e barreiras que existem, dificultando a compreensão da função da existência corporal levam o homem a preocupar-se em demasia detendo-se na posse de bens materiais.
Muito tempo dispensa na corrida a esses bens e bem pouco ou nenhum consagra ao enriquecimento moral e espiritual. Transforma a vida física em verdadeiro tormento, desgastando-se por completo. Se buscasse os tesouros da alma, na manutenção do equilíbrio, na dinamização dos valores maiores, com muito menos esforço, faria crescer seus bens materiais por fazê-lo circular não mais só em benefício próprio. Administraria talentos fazendo-os crescer, movimentado-os e proporcionando meios para que tantos outros também se beneficiem pelos frutos dos trabalhos correspondentes. Faria o papel da fonte que jorrando sempre, corre em leito limpo possibilitando chance para que tantos ali matem a sede.
Joanna de Angelis reflete que:
"O apego excessivo aos bens materiais é uma jaula que aprisiona o possuidor distraído, que passa a pertencer ao que supõe possuir.
Causa aflição, pelo medo de perder o que acumula; pela ânsia de aumentar o volume dos recursos; pela circunstância de ter que deixá-lo ante a eminência da morte.
Desvaria, porque intoxica de orgulho e prepotência a criatura, que se crê merecedora de privilégios e excepcionais deferências, que não a impedem de enfernar-se, neurotizar-se, padecer de solidão e morrer como todas as demais.
Enrijece os sentimentos, que perdem a tônica da solidariedade, da compaixão e da caridade, olvidando dos outros para pensar apenas em si.
Faz pressupor que nasceu para ser servido, abandonando o espírito de serviço que dignifica e favorece o progresso".
Então não é correto possuir bens, títulos, posições? Não só é correto, como necessário para que aprendendo a administrá-los sejam bem aplicados no uso com equilíbrio.
O possuidor que não se interessa por repartir os valores, oferecendo oportunidade de trabalho, espalhando os recursos, multiplicando-os a diversas mãos em benefício geral, é escravo que mais se envilece, quanto mais se prende às posses.
Necessário essa conscientização de que somos usufrutuários de tudo quanto nos chega às mãos, e não os donos. As verdadeiras posses não são materiais mas as que se realizam em favor do desenvolvimento moral. Essas são conquistas que como Espíritos Imortais incorporamos na essência pela vivência dos preceitos evangélicos.
"Não é a vida mais que o alimento?" - A questão proposta por Jesus reflete conhecimento profundo da natureza humana, insaciável em seus desejos. Alerta os contemporâneos e deixa aos pósteros o chamamento do equilíbrio no uso dos bens, que Emmanuel atualiza dizendo:
"Aconselha-te com prudência para que teu passo não ceda às loucura.
Há milhares de pessoas que efetuam a romagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.
Senhoreiam terras que não cultivam.
Acumulam ouro sem proveito.
Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.
Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.
Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.
E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias. Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da Grande Vida".
Ricardo S. Magalhães em "Os Benefícios do Equilíbrio" fecha nosso estudo quando reflete que para vivermos bem, devemos ter como linha de conduta o controle e a consciência de nossas reais necessidades, procurando através de uma análise cuidadosa e sensata a tranqüilidade para as nossas vidas. Busquemos melhorar a consciência de nossos limites e procuremos dentro do equilíbrio, tudo aquilo para termos uma vida saudável e segura, abstendo-nos dos excessos e exageros que são os maiores causadores dos desequilíbrios e sofrimentos. Mesmo que saibamos valorizar cada benefício, cada oportunidade, aprendamos a cultivar as verdadeiras posses. Procuremos usufruir de nossos bens materiais sem abusos e excessos, pois somos apenas os depositários.
Bibliografia:
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Palavras da Vida Eterna. Vida e Posse. 17a Edição. Edição CEC.
Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis. Jesus e Atualidade. Jesus e Posses. 9a Edição. Editora Pensamento.
R. S. Magalhães. Os Benefícios do Equilíbrio. Verdadeiras Riquezas. 2a Edição. Nova Luz Editora.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1a. Edição. Editora Nova Fronteira.
Iracema Linhares Giorgini
Fevereiro / 2002
Mateus, 6
26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
16 => OS OBSTÁCULOS À EVOLUÇÃO IV
Geese
Então chegou Pedro e lhe perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar o irmão que tiver pecado contra mim? Até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não lhe digo até sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Mateus, 18:21
Daremos sequência à descrição iniciada no artigo anterior sobre As emoções negativas.
O estudo das emoções negativas começa com a observação do padrão de sua manifestação, que felizmente é mecânico, bastante previsível, pois não há mais que dois ou três padrões diferentes.
Sempre um determinado estímulo provoca determinada negatividade. Uns não suportam pressões instintivas e se irritam ante a fome ou cansaço; outros não suportam a intensidade da energia sexual e a desperdiçam com manifestações de ciúme ou medo de não ser correspondido; outros ainda não podem evitar expressar negatividade diante de perdas materiais etc.
Temos nossas emoções negativas favoritas. Trabalhar com elas significa observá-las, verificar o que produzem em nós, como vemos o mundo a partir de seu ponto de vista e em que estado nos deixam. Se formos corajosos o suficiente para encará-las de frente e honestos para reconhecer a condição em que ficamos quando sob o seu domínio, só nos resta uma atitude correta: intensa vontade de nos livrar delas.
Uma vez que dificilmente temos um número grande de padrões de negatividade, é possível antecipá-las e trabalhar com elas quando não estamos negativos.
É preciso entender seu mecanismo e propor o objetivo de não expressá-las quando na presença do estímulo. Ficar negativo implica em permissão ou concessão às tendências fracas que governam o homem. Se permitirmos ficar negativos primeiro, então perderemos a oportunidade de fazer alguma coisa.
Na luta contra a negatividade temos que compreender que só nós somos responsáveis pelo nosso estado. Ninguém pode produzir esse estado em ninguém; somente trazer à tona o que existe em nosso interior. Sendo essa atitude assimilada, grande parte das emoções negativas deixará de existir, pois elas se assentam no pressuposto de que sempre alguém é culpado pelo nosso estado e que temos muitas razões provenientes das circunstâncias da vida para ficarmos negativos. Ao mesmo tempo, é necessário adquirir atitude positiva diante dos atritos, lembrando que são a única oportunidade para acordarmos.
Não expressar emoções negativas não significa que todas as nossas tendências negativas desapareçam.
Significa simplesmente que a identificação (atração inconsciente) com elas não seja tão forte, permitindo que uma nova tendência observadora esteja presente no processo. Isso provoca uma divisão ou separação no indivíduo, que é o início do mais nobre dos propósitos: transformação da negatividade ou reconhecimento de si mesmo ante o sofrimento e a dor.
No trabalho sobre si, sob uma condução apropriada, devemos descer ao nosso inferno interior, não no sentido de erradicá-lo, mas de usá-lo como matéria prima da nossa transformação.
No próximo artigo trataremos sobre O trabalho com e para pessoas.
GEESE (Grupo Experimental de Estudos Sobre Escola)
O TREVO SETEMBRO 2010
ESCOLA DE APRENDIZES
Geese
Então chegou Pedro e lhe perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar o irmão que tiver pecado contra mim? Até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não lhe digo até sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Mateus, 18:21
Daremos sequência à descrição iniciada no artigo anterior sobre As emoções negativas.
O estudo das emoções negativas começa com a observação do padrão de sua manifestação, que felizmente é mecânico, bastante previsível, pois não há mais que dois ou três padrões diferentes.
Sempre um determinado estímulo provoca determinada negatividade. Uns não suportam pressões instintivas e se irritam ante a fome ou cansaço; outros não suportam a intensidade da energia sexual e a desperdiçam com manifestações de ciúme ou medo de não ser correspondido; outros ainda não podem evitar expressar negatividade diante de perdas materiais etc.
Temos nossas emoções negativas favoritas. Trabalhar com elas significa observá-las, verificar o que produzem em nós, como vemos o mundo a partir de seu ponto de vista e em que estado nos deixam. Se formos corajosos o suficiente para encará-las de frente e honestos para reconhecer a condição em que ficamos quando sob o seu domínio, só nos resta uma atitude correta: intensa vontade de nos livrar delas.
Uma vez que dificilmente temos um número grande de padrões de negatividade, é possível antecipá-las e trabalhar com elas quando não estamos negativos.
É preciso entender seu mecanismo e propor o objetivo de não expressá-las quando na presença do estímulo. Ficar negativo implica em permissão ou concessão às tendências fracas que governam o homem. Se permitirmos ficar negativos primeiro, então perderemos a oportunidade de fazer alguma coisa.
Na luta contra a negatividade temos que compreender que só nós somos responsáveis pelo nosso estado. Ninguém pode produzir esse estado em ninguém; somente trazer à tona o que existe em nosso interior. Sendo essa atitude assimilada, grande parte das emoções negativas deixará de existir, pois elas se assentam no pressuposto de que sempre alguém é culpado pelo nosso estado e que temos muitas razões provenientes das circunstâncias da vida para ficarmos negativos. Ao mesmo tempo, é necessário adquirir atitude positiva diante dos atritos, lembrando que são a única oportunidade para acordarmos.
Não expressar emoções negativas não significa que todas as nossas tendências negativas desapareçam.
Significa simplesmente que a identificação (atração inconsciente) com elas não seja tão forte, permitindo que uma nova tendência observadora esteja presente no processo. Isso provoca uma divisão ou separação no indivíduo, que é o início do mais nobre dos propósitos: transformação da negatividade ou reconhecimento de si mesmo ante o sofrimento e a dor.
No trabalho sobre si, sob uma condução apropriada, devemos descer ao nosso inferno interior, não no sentido de erradicá-lo, mas de usá-lo como matéria prima da nossa transformação.
No próximo artigo trataremos sobre O trabalho com e para pessoas.
GEESE (Grupo Experimental de Estudos Sobre Escola)
O TREVO SETEMBRO 2010
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