Mário
Martins
O pensamento é como um selvagem
corcel, cujas rédeas estão sob o comando da mente ou razão, pela expressão da
vontade. Sem rédeas suficientemente seguras, tende a galopar rápido por sendas
perigosas. O caminho é áspero e demanda escolhas acertadas para que utilizemos
trilhas seguras, quais sejam as da consciência tranqüila e dever cumprido.
Poderoso dínamo, gerador de ondas de mais ou menos alta freqüência, energiza ou
debilita, quem emite e quem o recebe.
A vontade, por sua vez, vem
satisfazer necessidades físicas ou morais, sob a inspiração do pensamento. O
pensamento, como motor da vontade, auxilia ou prejudica, cria ou destrói,
trabalha ou repousa, evolui ou estaciona. O binômio pensamento-vontade, nada
mais é do que a ex-pressão do livre-arbítrio, a nós outorgado pelo Criador.
O pensamento, como onda
eletro-magnética, está sujeito ao fenômeno da ressonância, expressando-se através
da sintonia entre as mentes, encarnadas ou desencarnadas. Tem velocidade
superior à da luz, transmitindo mensagens imediatamente após emitido. Tem a
propriedade de impressionar fluidos, que são assimilados pelo perispírito do
homem e de outros seres vivos, encarnados ou desencarnados. Impregna ainda o
ambiente, que se carrega positiva ou negativamente, de acordo com as mentes
envolvidas. Ao impressionar o perispírito (corpo espiritual), manifesta-se
através da aura, com imagens muito vívidas, denunciando nosso mundo íntimo.
Disse Jesus: “O meu mandamento
é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João, cap.15,
v.12). Nesta passagem, Cristo nos exorta para que disciplinemos os pensamentos,
pois que estes são o protótipo fluídico das ações materiais, imediatas ou
futuras. Toda realização no mundo material é primeiramente plasmada no éter,
seja ela boa ou má.
Como co-criadores da Obra Divina,
grande é então nossa responsabilidade. No livro Ação e Reação, através de
Francisco Cândido Xavier, aprendemos que “cada alma estabelece para si mesma as
circunstâncias felizes ou infelizes em que se encontra, conforme as ações que
pratica, através de seus sentimentos, idéias e decisões na peregrinação
evolutiva”.
E para que estejamos sempre no
caminho certo, no galopar seguro de um bem domado e poderoso corcel, vale a
receita: pensar no bem, falar no bem, agir no bem.
Mário
Martins é Engenheiro, residente no Brasil. Membro do Centro Espírita Seara de
Luz — São José dos Campos - SP.
Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 2 Janeiro e Fevereiro 2009
The Spiritist Psychological Society
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