Adenáuer Novaes
O Espiritismo nasceu com Allan Kardec, em 18 de
abril de 1857. O termo foi criado por ele e a doutrina nele encerrada trata da
existência dos espíritos. A Psicologia, oficial-mente nasceu com o laboratório
de William Wundt, em 1875, cujas pesquisas se situavam em torno da
quantificação do comportamento observável. O Espiritismo se desenvolveu muito
durante o período em que Allan Kardec escreveu com a ajuda dos espíritos. Isso
se deu até sua morte, em 1869. A Psicologia, antes de Wundt, era embrionária e
se ocupava em estudar o desenvolvimento humano.
Allan Kardec, pioneiramente, em 1857, muito antes
de Wundt, editou a Revista Espírita, cujo sob-título chamou de Jornal de
Estudos Psicológicos. Para Allan Kardec, o Espiritismo era a Psicologia, isto
é, o estudo da alma, sendo esta entendida enquanto espírito imortal. De lá para
cá, tanto o Espiritismo quanto a Psicologia se desenvolveram em várias direções
e de várias maneiras. Agora, início do Século XXI, vê-se esse casa-mento
ocorrer, talvez como pensava Allan Kardec. Ambos são conhecimentos que tratam
do mesmo objeto de estudo, portanto têm muita coisa em comum. Embora distintos,
complementam-se e oferecem, juntos, uma melhor oportunidade para a compreensão
da natureza humana.
Cresce o interesse das pessoas pelo Espiritismo exatamente
pelas questões psicológicas que as incomodam. Sem conseguirem distinguir o que
é espiritual e o que é psicológico, encontram nos Centros Espíritas a
oportunidade de entenderem sua natureza dual: psicológica e espiritual,
simultaneamente. Não há um fenômeno mediúnico que não tenha uma mente dele
participando, tampouco um fenômeno psicológico que não ocorra fora dos limites
do espírito imortal. Ganharíamos todos se estas duas áreas do saber humano de
fato se unissem, visando a erradicação dos males que afligem a alma humana.
Quem sabe isso ainda acontecerá neste século? Em boa hora o The Spiritist
Psychological Society aborda temas fronteiriços em mais um meio de divulgação
do Espiritismo.
Jornal de Estudos Psicológicos
Ano I N°1 Novembro - Dezembro 2008
The Spiritist Psychological Society
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