terça-feira, 29 de setembro de 2015

Estudo sobre o passe 4

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

            CAMPO EXPERIMENTAL DE BRASÍLIA

Estudo sobre o passe: o passe nas reuniões mediúnicas

                      Marta Antunes Moura

4. O PASSE NOS GRUPOS MEDIÚNICOS

O passe é comumente utilizado nas reuniões mediúnicas. É uma forma de doar fluidos salutares ao Espírito sofredor comunicante, auxiliando-o na recuperação ou no equilíbrio do seu estado mental e emocional. Tem o poder de também auxiliar o médium durante a comunicação mediúnica, de forma que os fluidos deletérios sejam dissipados e não atinjam diretamente o equilíbrio somático do medianeiro. Naturalmente, não é uma conduta obrigatória, uma vez que o médium harmonizado com o plano espiritual superior encontra recursos necessários para não se deixar influenciar pelas ações, emoções ou sentimentos do sofredor, que lhe utiliza as faculdades psíquicas para manifestar-se. (12)

O passe pode, entretanto, ser considerado necessário durante a manifestação de entidades espirituais portadoras de necessidades especiais, como, por exemplo,  os obsessores, suicidas, alienados mentais ou as que revelam possuir graves lesões perispirituais. (21) O atendimento  a esses Espíritos, nas reuniões mediúnicas, indica  que a aplicação do passe deve ser observada regularmente, de vez que o serviço de desobsessão pede energias de todos os presentes e os instrutores espirituais estão prontos a repor os dispêndios de força havidos, através dos instrumentos do auxílio magnético que se dispõem a servi-los, sem ruídos desnecessários, de modo a não quebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto. Fora dos momentos normais [manifestações mediúnicas usuais], os médiuns passistas atenderão aos companheiros necessitados de auxílio tão-só nos casos de exceção, respeitando com austeridade disposições estabelecidas, de modo a não favorecerem caprichos e indisciplinas. (30)

Não é recomendável a prática de aplicação de passes individuais em todos os participantes das reuniões mediúnicas, antes de iniciarem as atividades de intercâmbio espiritual. Não há razão para que se tomem passes em todos os momentos, especialmente quando não são notadas necessidades específicas para o mister. Ao iniciar uma atividade espírita, o estudo, a oração, a concentração constituem recursos valiosos para vincular aqueles que se reúnem às fontes Superiores da Vida. Normalmente, precedendo o momento do intercâmbio, são realizadas leituras e feitos comentários espíritas, que predispõem todos à harmonia indispensável ao êxito do empreendimento mediúnico. Desse modo, torna-se perfeitamente dispensável a terapia do passe. (9)

Os médiuns em transe só deverão receber passe, quando se encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações psíquicas podem afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais. Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia, angústia acentuada durante o intercâmbio, como decorrência de intoxicações pelas emanações perniciosas do comunicante, é de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado, diminuindo-lhe as manifestações enfermiças. (10)

A tarefa de aplicar passes nas reuniões mediúnicas sempre cabe ao encarregado da doutrinação. Poderá ele, no entanto, solicitar a contribuição de outros médiuns, especialmente passistas, que devem estar preparados para o cometimento, sempre vigilantes para auxiliar (11)


As recomendações indicadas para aplicação do passe na Casa Espírita (item 2)  servem, igualmente, para a sua aplicação nas reuniões mediúnicas.
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Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala Nosso Lar

Livro em estudo: Libertação
Tema: Em aprendizado
Referência: Capítulo X

RESUMO DO CAPÍTULO

    De retorno a casa, com indisfarçável estranheza reparei que o nosso Instrutor não empreendia qualquer ataque em defesa da doente querida.
    A jovem senhora, novamente metida no leito, semi-aniquilada, punha os olhos no ar vazio, absorvida de indefinível pavor.
    Um dos insensíveis magnetizadores presentes, à insinuação de Saldanha, começou a aplicar energias perturbadoras, ao longo dos olhos, torturando as fibras de sustentação. Não somente no cristalino ,em ambos os órgãos visuais, denunciava fenômenos alucinatórios, mas também as artérias oculares revelavam-se sob fortes modificações.
    Percebi a facilidade com que os seres perversos das sombras hipnotizaram as suas vítimas, impondo-lhes os tormentos psíquicos que desejam.
    Dilacerada, a mente aflita e sofredora tiranizava o coração que batia, precipite, imprimindo graves alterações em todo o cosmos orgânicos.
(...)
    Margarida, ainda que o desejasse, agora não conseguiria erguer-se. Compacta emissão de fluidos misturava-se à linfa dos canais semi-circulares.
(...)
     A sós com o temível obsessor, Gúbio procurou sondar-lhe o íntimo, discretamente.
    - Sem dúvida que a sua fidelidade aos compromissos assumidos - declarou o nosso orientador, atencioso - é bastante significativa.
    E enquanto Saldanha sorria, envaidecidamente, continuou, de olhar penetrante e doce:
    - Que razões teriam conduzido Gregório a conferir-lhe tão delicada missão?
    - O ódio, meu amigo, o ódio! - explicou o interpelado decidido.
    - À senhora? - aduziu Gúbio, indicando a doente.
    - Não propriamente a ela, mas ao pai, juiz sem alma que me devastou o lar. Faz onze anos, precisamente, que a sentença cruel de um magistrado caiu sobre os meus descendentes, exterminado-os ...
(...)
    - Tão logo abandonei o corpo físico, premido por uma tuberculose galopante, revoltado, com a pobreza que me lançara à extrema penúria, não pude afastar-me do ambiente doméstico.Minha infortunada Iracema herdou-me um filho querido, a quem não pude legar qualquer recurso apreciável. Jorge e a sua genitora passaram, desse modo, a enfrentar dificuldades e aflições que não posso relembrar sem imensas angústias.....Ainda assim, Jorge contraiu núpcias, muito cedo, com uma colega de trabalho, que a seu turno, lhe deu uma filhinha atormentada e sofredora. A vida corria desesperadamente para o lar subalimentado e desprotegido, quando certo crime, constituído de roubo e assassínio, sobreveio na organização em que meu desventurado rapaz trabalhava, e toda a culpa, em face de circunstancias inextricáveis, recaiu sobre ele.....Ora, eu que me anexara aos parentes, desde o instante horrível, para mim, da transição corporal, jamais me senti disposto à submissão. A experiência humana não me proporcionou tempo a estudos religiosos ou filosóficos. Habituei-me muito cedo à rebelião contra aqueles que gozam os benefícios do mundo em detrimento dos desfavorecidos da sorte e, reconhecendo que o túmulo não me revelara qualquer milagroso domínio, preferi a continuidade da vida em seu escuro pardieiro, onde a convivência de Iracema, através de profundos laços magnéticos, de algum modo me reconfortava...
(...)
    Meu filho sofreu todo o gênero de atrocidades morais e físicas, castigado por um delito que não cometeu....procurei o juiz da causa, na esperança de interferir beneficamente. O magistrado, porém, longe de aceitar-me a inspiração que  o convidava à justiça e à piedade, preferiu ouvir pareceres de amigos influentes na política dominante, que vivamente se interessavam pela indébita condenação, na ânsia de exculpar o verdadeiro criminoso...
(...)
    Jorge recebeu dolorosa pena, quando seu corpo vacilava sob maus tratos, e Irene, minha nora, conturbada pela necessidade e pelo infortúnio, esqueceu as obrigações de mãe e suicidou-se para imantar-se ao espírito de meu pobre filho, já de si mesmo tão infeliz. Torturada pelos sucessos aflitivos, minha esposa desencarnou num catre de indigência, reunindo-se, por sua vez, ao angustiado casal. Minha neta, hoje, menina e moça mas ameaçada por incerto porvir, atende a serviço doméstico, aqui mesmo nesta casa, onde o tresloucado irmão de Margarida procura arrastá-la sutilmente a grave desvio moral.
(...)
Muita gente convida-me à transformação espiritual, concitando-me ao perdão estéril. Não aceito, porém, qualquer alvitre desse jaez. Meu desventurado Jorge, sob a pressão mental de Irene, dilacerada, e de Iracema, oprimida, não resistiu e perturbou-se.  Enlouquecendo no cárcere, foi  transferido de cela úmida para misérrimo hospício.
(...)
Mostrava o relógio um quarto para o meio dia, quando alguns passos se fizeram ouvidos.
- É o médico - elucidou Saldanha, com manifesta expressão de sarcasmo -; debalde, porém, procura lesões e micróbios...
(...)
A conversação ia a meio, quando uma entidade, evidentemente bem intencionada, compareceu. Viu-nos e demonstrou compreender-nos a posição, porque fixou em nós cauteloso olhar sem dizer palavra, acercando-se do médico, solicitamente, qual se lhe fora dedicado enfermeiro.
O especialista não parecia profundamente ingressado no caso, mas, ao auscultar Margarida, entregue a torpor inquietante, conversou com o marido da vítima de maneira superficial. Declarou que a jovem senhora, em sua opinião, certamente se mantinha sob o império da epilepsia secundária e que , em última análise, se socorreria da colaboração de colegas eminentes para submetê-la a exame particularizado  da lesão cérebro-meningea, seguido, possivelmente, de intervenção cirúrgica aconselhável.
Em seguida, porém, observei que a entidade espiritual recem-chegada e que o assistia, com desvelo, pousou a destra em sua fronte, como se desejasse transmitir-lhe algum alvitre providencial.
O médico relutou bastante, mas ao cabo de alguns minutos, constrangido por sugestão exterior que não saberia compreender exatamente, convidou Gabriel a um dos ângulos  do quarto e lembrou:
- Por que não tenta o Espiritismo? Conheço ultimamente alguns casos intricados que vão sendo resolvidos, com êxito, pela psicoterapia...
(...)
Gúbio conversou qualquer coisa com o inquisidor desencarnado e, em seguida, dirigiu-se a mim, esclarecendo:
-André, combinamos que, para observações, deves seguir o médico....
....acerquei-me da personalidade que assistia o médico de perto e entabulamos amistoso diálogo.
O novo amigo atendia pelo nome de Maurício, fora enfermeiro do esculápio que protegia e recebera, com satisfação, a tarefa de ampará-lo nos empreendimentos profissionais.
- Todos os médico- asseverou-me, convicto -, ainda mesmo quando materialista de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam. A saúde humana é dos mais preciosos dons divinos.Quando a criatura, por relaxamento ou indisciplina, delibera menosprezá-la, faz-se difícil o socorro aos seus centros de equilíbrio, porque, em todos os lugares, o pior surdo é aquele que não quer ouvir. Todavia, por parte de quantos ajudam a marcha humana, da esfera espiritual, há sempre medidas de proteção à harmonia orgânica, para que a saúde das criaturas não sejam prejudicada. Claro que há erros tremendo em medicina e que não podemos evitar. Nossa colaboração não pode ultrapassar o campo receptivo daquele que se interessa pela cura alheia ou pelo próprio reajustamento. Entretanto, realizamos sempre em favor da saúde geral quanto nos é possível.
(...)
    Neste instante, alcançamos o ponto de destino,...
A residência confortável, não obstante o formoso jardim que a circundava, permanecia transbordante de fluidos desagradáveis.
    O clima doméstico era perturbador.
(...)
    ...O duelo mental nesta casa é enorme. Ninguém cede, ninguém desculpa e o combate espiritual permanente transforma o recinto numa arena de trevas.
    Calou-se o informante, enquanto entrávamos e pude notar que , efetivamente, a ex-dona da casa sem o corpo físico, em singular posição de revolta ali se achava, abraçada a um dos filhos, moço de dezoito anos presumíveis, que fumava nervosamente numa espreguiçadeira.
(...)
    O filho atacou o genitor com recriminações acerbas,...
(...)
    A esposa desencarnada veio igualmente sobre ele, furiosamente...
(...)
    Neste ínterim, a pequena família se reuniu ao redor da mesa posta, e a segunda esposa do médico me impressionou pelo apuro da apresentação..... Socialmente, aquela dama devia ser das de mais fino trato; contudo, terminado o repasto, deixou positivamente evidenciada sua deplorável condição psíquica. Depois de uma discussão menos feliz com o marido, a jovem mulher buscou o sono da sesta, num divã largo e macio.
    Intencionalmente, Maurício convidou-me a espreitar o repouso e, com enorme surpresa, aturdido mesmo, não lhe vi os mesmos traços  fisionômicos na organização perispiritual que abandonava a estrutura carnal, entregue ao descanso....a senhora se tornara-se irreconhecível.Estampava no semblante os sinais das bruxas dos velhos contos infantis. A boca, os olhos, o nariz e os ouvidos revelavam algo de monstruoso.
(...)
    - Esta irmã desventurada permanece sob o império de Espíritos gozadores e animalizados que, por muito tempo, a reterão em lastimáveis desequilíbrios. Acreditamos que ela, sem fé renovadora, sem ideais santificantes e sem conduta digna, não se precatará, tão cedo dos perigos que corre e somente se lembrará de chorar, aprender e transformar-se para o bem, quando se agastar, em definitivo, do vaso de carne, na condição de autêntica bruxa.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1) Como os seres perversos conseguem, com facilidade, hipnotizar suas vítimas?

2) De acordo com a Doutrina como podemos explicar que "inocente" pague pelo erro de outro, no caso, a filha sofrendo pelo erro do pai?

3) No texto, vemos que Saldanha, na  sua experiência humana, não tinha tido qualquer estudo religioso. Seria essa a razão porque Kardec nos diz que primeiramente devemos amarmos uns aos outros e depois instruirmo-nos? Saldanha teria tido um comportamento diferente se, encarnado, tivesse tido uma orientação religiosa? Justifique.

4) Saldanha nos diz que seu filho era inocente do crime que fora acusado. Será que a Justiça Divina permite que isso ocorra ou outras razões existem, que desconhecemos? Justifique

5) Na opinião de Saldanha o perdão é estéril. Doutrinariamente, quais os benefícios que o perdão nos proporciona, principalmente, depois que desencarnamos ?

6) Neste capitulo, vemos que a maioria das pessoas encarnadas são obsediadas pelos próprios familiares. Sabemos que é uma situação muito comum na nossa passagem  como encarnados. Como devemos proceder, enquanto na matéria, para evitar que isso nos ocorra, quando desencarnados?

7) Como devemos agir para nos protegermos dessas obsessões, durante a nossa passagem pela carne?

Bibliografia:

O Livro dos Médiuns - Cap. XXIII
O Evangelho Segundo o Espiritismo : Cap. X - 6
                                                                      Cap.XII - 5, 6
                                                                      Cap.XXVIII - 81

Conclusão:
   
Retornando do culto religioso a que comparecera acompanhada do marido e das entidades obsessoras, a enferma continuou seu padecimento, fortemente vigiada por seus algozes que a tudo monitoravam.  Gúbio procura sondar o chefe da operação, buscando espaço para iniciar o trabalho de doutrinação, objetivando a sua transformação moral e a conseqüente libertação da obsidiada. Saldanha, no entanto,  demonstrava-se inflexível, movido por forte desejo de vingança contra o pai de Margarida, que lhe servia de instrumento aos seus objetivos.
                                    
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1)  Como os seres perversos conseguem, com facilidade, hipnotizar suas vítimas?

Os espíritos perversos, perseverantes na prática do mal, hipnotizam suas vítimas porque elas lhes facultam a sintonia que precisam para agir. Na realidade, são co-responsáveis pelo estado em que se encontram, pois, através de seus atos e pensamentos, identificam-se com os obsessores, freqüentando a mesma faixa vibratória que eles e aceitando a dominação mental. É essa identidade no modo  de  pensar  e  agir  que  possibilita  a atuação sobre a mente da vítima.

2)  De acordo com a Doutrina como podemos explicar que "inocente" pague pelo erro de outro, no caso, a filha sofrendo pelo erro do pai?

 Segundo o ensinamento de Jesus, a cada um é dado segundo as suas obras. Seria impossível conciliar o atributo da justiça de Deus com a possibilidade de uma filha ser castigada pelo erro do pai.  Configurar-se-ia, nessa hipótese, uma situação de flagrante injustiça, em que um inocente pagaria pelo culpado, inaceitável, até, pelos que se encontram ainda muito afastados da divindade. Sendo Deus soberana e infinitamente bom e justo, não permitiria jamais que isso viesse a acontecer.
Os espíritos obsessores, como nos relata André Luiz, atuavam motivados pelo desejo de vingança contra o pai da enferma, que, como magistrado, agira de maneira injusta e desonesta, em detrimento do filho da entidade que comandava as ações obsessivas. Todavia, Margarida não era uma vítima inocente. Como vimos no capítulo anterior, a ausência de sentimentos elevados e de uma fé sincera eram características da família. Com isso, ela e o marido tornavam-se uma porta aberta à ação das entidades dedicadas ao mal, pois não faziam por merecer a proteção dos benfeitores espirituais que estão sempre a postos para nos auxiliar. Seus sentimentos eram de tal ordem pouco elevados e sua fé tão inconsistente que a ida ao culto  religioso  não  logrou  operar  qualquer melhora em seu estado e permitiam ação das forças malignas.

3)  No texto, vemos que Saldanha, na  sua experiência humana, não tinha tido qualquer estudo religioso. Seria essa a razão porque Kardec nos diz que primeiramente devemos amarmos uns aos outros e depois instruirmo--nos? Saldanha teria tido um comportamento diferente se, encarnado, tivesse tido  uma  orientação  religiosa?

Justifique.

Sem dúvida, a orientação espiritual, proporcionada por religião séria, funciona como um antídoto para que  o espírito, no estado de encarnado ou fora do corpo físico, venha a adotar atitudes como a de Saldanha. Como não recebeu qualquer orientação nesse sentido, não se encontrava em condições de entender a  necessidade  do perdão, como ele próprio afirmou. Sua mente estava voltada, unicamente, para a dor que herdara da vida física e para o desejo de vingança contra aqueles que o faziam sofrer.
   
4)  Saldanha nos diz que seu filho era inocente do crime que fora acusado. Será que a Justiça Divina permite que isso ocorra ou outras razões existem, que desconhecemos? Justifique.

A Justiça Divina não permite que um inocente pague por um erro que não cometeu. O filho de Saldanha  era inocente naquele episódio que gerou a sua condenação pela justiça dos homens. Mas, certamente, embora não tenhamos essa informação no relato de André Luiz, sob pena de se comprometer o caráter de justiça da divindade, seu filho errara em outra ocasião, naquela ou em existência pretérita, e  se  encontrava  impune.  Ao proferir a sentença equivocada e injusta diante da circunstância,  atendendo  a  injunções  de  amigos  interessados  em condenar o inocente, o magistrado, em verdade, fez justiça, mas de forma torta e, por isso, ele também estava sofrendo a conseqüência de seu ato, através do padecimento da filha. Deus não concede a ninguém a tarefa  de fazer-se executor da Justiça Divina. O filho de Saldanha haveria de ser responsabilizado, um dia, pelo seu possível erro, sem necessidade da interferência humana, pois a lei de ação e reação é inexorável.
   
5)  Na opinião de Saldanha, o perdão é estéril. Doutrinariamente, quais os benefícios que o perdão nos proporciona, principalmente depois que desencarnamos?

Saldanha, como o próprio reconheceu, não teve nenhuma educação espiritual. Em conseqüência,  ainda  se encontrava fortemente ligado à vida material e aos problemas que dela se originam. E nessa sua visão unicamente sob a ótica da matéria, não havia espaço para a compreensão da necessidade de se praticar o perdão,  por  ele considerado estéril.
O Espiritismo, porém, nos ensina, ratificando o ensinamento de Jesus, que, ao contrário do  que  pensava  o obsessor, o perdão,absolutamente, não é estéril. É um ato que dá muitos frutos a quem o pratica. O mal praticado e o ódio que dele possa resultar àquele que o sofre criam um vínculo entre ambos - a quem o pratica e a quem não perdoa - através de laços fluídicos deletérios, que geram uma troca de energias negativas.  Aquele que  perdoa, assim como aquele que roga o perdão, com essa atitude, libera-se desse vínculo, deixando ao outro,  que persiste na situação, toda a energia negativa.
   Para se ter idéia da importância do perdão, lembremos da passagem evangélica que dá conta de que,  ao  ser indagado por Pedro sobre se deveria perdoar até sete vezes, Jesus respondeu-lhe que deveria se perdoar não sete vezes, mas sete vezes setenta vezes, ou seja, sempre. Ao desencarnarmos, é da maior  importância  que  não levemos para o plano espiritual aquele vínculo fluídico negativo. Por isso, Jesus também nos recomendou entrar em acordo com o nosso adversário enquanto estamos com ele a caminho, para que não levemos a desavença para  o túmulo.
   
6)  Neste capitulo, vemos que a  maioria  das  pessoas  encarnadas  são  obsediadas  pelos  próprios  familiares.

Sabemos que é uma situação muito comum na nossa passagem como encarnados.  Como  devemos  proceder, enquanto na matéria, para evitar que isso nos ocorra, quando desencarnados?
O grupo familiar consangüíneo, nos ensina a Doutrina, é programado quando ainda nos encontramos no plano espiritual, preparando-nos para a reencarnação. Ninguém é pai, mãe, filho, irmão ou cônjuge de outro por acaso. Há um magnetismo no Universo, que ainda não estamos em condições de compreender totalmente, que atrai os espíritos que devem constituir o núcleo familiar terrestre.
O que motiva essa atração é o merecimento para estarem juntos espíritos afins, que se unem para prosseguirem juntos a marcha evolutiva, uns auxiliando os outros ou a necessidade de se harmonizarem antigos  desafetos  em outras passagens. Como o Planeta é de provas e expiações, onde, salvo os raros casos de missionários,  somente reencarnam espíritos devedores para com a Lei, a quase totalidade do grupo familiar na Terra é formada por espíritos em  desarmonia, que reencarnam novamente juntos para o fim de resgates uns com os outros.
Dentro desse quadro, o único procedimento positivo é procurarmos entender essa situação e nos harmonizarmos com a nossa parentela consangüínea, evitando que a reencarnação se frustre e a desarmonia seja levada de volta à vida espiritual.
   
7)  Como devemos agir para nos protegermos dessas obsessões, durante a nossa passagem pela carne?

A única maneira é procurarmos cumprir as leis morais trazidas pelo Cristo e que o Espiritismo trouxe interpretação correta, principalmente a lei de adoração a Deus e de justiça, amor e caridade. Sintonizando-nos  com  o  bem,  não permitiremos que o mal se instale em nossas vidas e os obsessores não encontrarão campo para atuação,  quer estejamos na carne ou fora dela.

Um grande abraço a todos.
Equipe Nosso Lar

CVDEE
Céu inferno_048_2ª parte cap. IV - Espíritos Sofredores - Novel

TEXTO PARA ESTUDO

O Espírito se dirige ao médium, que conhecera quando vivo.)

Vou contar-te o que sofri quando morri. Meu Espírito, retido no meu corpo por laços materiais, teve grande dificuldade para dele se desligar, o que foi uma primeira e rude angústia. A vida que deixara, há vinte e quatro anos, era ainda tão forte em mim, que não acreditava na sua perda. Eu procurava o meu corpo, e estava admirado e assustado por me ver perdido no meio desse ajuntamento de sombras. Enfim, a consciência de meu estado, a revelação das faltas que cometera em todas as minhas encarnações, feriram-me de repente; uma luz implacável clareou as mais secretas dobras de minha alma, que se sentiu nua, depois presa de uma vergonha acabrunhante. Procurava disso escapar interessando-me pelos objetos novos, e todavia conhecidos, que me cercavam; os Espíritos resplandecentesm flutuando no éter, davam-me a idéia de uma felicidade à qual não podia aspirar; formas sombrias e desoladas, umas mergulhadas num triste desespero, outras irônicas ou furiosas, deslizavam ao meu redor e na terra à qual permanecia atado. Eu via os humanos se agitarem, dos quais invejava a ignorância; toda uma ordem de sensações desconhecidas, ou reencontradas, me invadiam ao mesmo tempo. Arrastado como por uma força irresistível, procurando fugir dessa dor encarniçada, transpunha as distâncias, os elementos, os obstáculos materiais, sem que as belezas da Natureza, nem os esplendores celestes, pudessem acalmar um instante o dilaceramento de minha consciência, nem o terror que me causava a revelação da eternidade. Um mortal pode sentir as torturas materiais pelos arrepios da carne, mas as vossas frágeis dores, abrandadas pela esperança, temperadas pelas distrações, mortas pelo esquecimento, jamais vos poderão fazer compreender as angústias de uma alma que sofre sem trégua, sem esperança, sem arrependimento. Passei um tempo do qual não pude apreciar a duração, invejando os efeitos dos quais podia entrever o esplendor, detestando os maus Espíritos que me perseguiam com as suas zombarias, desprezando os humanos dos quais via as torpezas, passando de um profundo acabrunhamento a uma revolta insensata.

Enfim, tu me chamaste e, pela primeira vez, um sentimento doce e terno me apaziguou; escutei os ensinamentos que teus guias te dão; a verdade penetrou-me, eu pedi: Deus me ouviu; revelou-se a mim pela sua clemência, como se revelara pela sua justiça.

                                                                NOVEL

QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1. Com base neste relato, como um Espírito sofredor pode mudar sua condição no plano espiritual, deixando o local antes habitado e seguir os Espíritos de luz, como eles mesmo chamam?

CONCLUSÃO

1. Com base neste relato, como um Espírito sofredor pode mudar sua condição no plano espiritual, deixando o local antes habitado e seguir os Espíritos de luz, como eles mesmo chamam?

Ele passa a se "cansar" de sua eterna situação de sofrimento, procura parar de sofrer. Assim, seu padrão vibratório começa a mudar e, enfim, ele pode ver os Espíritos de luz o chamando, escutando, pela primeira vez, o que eles têm a dizer.


Assim, ele sai de sua situação sofredora, e segue para o seu refazimento.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

C B - Aula 15 - Ação E Reação(1)

PROGRAMA ESDE

Módulo X - Lei de Liberdade
Liberdade de pensar e liberdade de consciência
Livre-arbítrio e responsabilidade
Livre-arbítrio e fatalidade
O princípio de ação e reação

 A MATEMÁTICA DAS REAÇÕES EM CADEIA DOS DOMINÓS

Um dominó que cai consegue derrubar um dominó maior, mas quão grande pode ser o próximo dominó?
Um matemático acredita ter descoberto o segredo por trás das reações em cadeia de dominós.
Provavelmente você já viu o efeito dominó em ação, onde uma fileira de peças, dispostas em pé, é derrubada sucessivamente. Normalmente, os dominós são todos do mesmo tamanho, mas um dominó que cai tem força suficiente para derrubar um maior. Então, é possível montar uma fileira de dominós sucessivamente maiores, que pode ser derrubada ao se tocar uma peça bem pequena no início da fileira - uma reação em cadeia de dominós.
Então aqui vai uma pergunta interessante.
Quão maior pode ser cada dominó que sucede?
Hoje, JMJ van Leeuwen da Universidade de Leiden, na Holanda, pegou este problema pelo pescoço e lhe deu uma chacoalhada matemática. Acontece que a resposta - o fator de crescimento máximo - não é tão simples quanto o problema poderia sugerir.
Há vários vídeos, como este, na internet que dão uma boa demonstração do efeito de reação em cadeia. O pensamento convencional é de que um dominó pode derrubar outro cerca de 1,5 vezes maior, desde que o espaçamento entre eles seja ótimo.
A física básica é simples. Ao se colocar um dominó de pé pela sua extremidade, é armazenada uma certa quantidade de energia, a qual é liberada ao se derrubar o dominó. No entanto, a força necessária para derrubar o dominó é menor que a força gerada quando a peça cai. É esta "amplificação de força" que pode ser usada para derrubar dominós maiores.
Mas o pepino está nos detalhes, uma vez que existem várias maneiras de os dominós perderem energia na medida em que são derrubados. Por exemplo, um dominó que cai se apóia sobre o seu vizinho. Assim, as colisões são inelásticas, consistindo na principal fonte de perda de energia. E na prática, os dominós podem deslizar por sobre o chão quando são empurrados, impedindo relevantemente a queda.
Então, van Leeuwen fez uma série de simplificações nesta análise matemática. Ele assumiu que o atrito entre o solo e os dominós é efetivamente infinito, de modo que eles não podem deslizar. Ele assumiu que as colisões são totalmente inelásticas, de modo que os dominós permanecem em contato uns com os outros quando eles colidirem. Ele também assumiu que uma vez em contato uns com os outros, os dominós deslizam com atrito desprezível, uns sobre os outros.
Tendo em vista estas premissas, ele mostrou, então, que com um espaçamento ótimo, cada dominó que sucede não pode ser maior que duas vezes o dominó anterior, aproximadamente, o que consiste no fator de crescimento máximo de menos que aproximadamente 2.
Isso é significativamente mais do que havia sido assumido no passado. Ele admite que alcançar este limite é provavelmente irreal na prática, pois as condições assumidas podem nunca acontecer com perfeição. Por exemplo, os dominós sempre escorregarão se em pequena quantidade.
No entanto, mesmo um fator de crescimento de 1,5 leva a algumas reações em cadeia extraordinárias. Uma série de 13 dominós que "crescem" nesta taxa amplificará a força necessária para empurrar o menor por um fator de 2 bilhões. E não há necessidade de uma série de peças particularmente longa antes que os maiores dominós sejam do tamanho de arranha-céus.

PLANO DE IDEIAS Nº 01

Definir Ação e Reação:

Ação - Os movimentos que executamos em nosso dia-a-dia caracterizam as nossas ações.
Reação - Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e de sofrimento: é como o pecador ardendo no fogo do inferno. No meio espírita, toma-se como sinônimo de karma, que implica em sofrer e resgatar as dívidas do passado.
Lei de unidades vetoriais
Questões para estudo em grupo:
15.1  Lei de Ação e Reação
15.2  A Evolução do conceito de Justiça
15.3  Liberdade e Responsabilidade
15.4  Livre-arbítrio e Profecias
15.5  Amor, Justiça e Caridade

Como vocês identificam a Lei de Ação e Reação na suas Vidas diárias?

O que é Justiça? Vocês se consideram pessoas justas?

Nossas leis são justas? Qual sua posição quanto a Lei-Seca?

O que é livre arbítrio? Como vocês sentem o Livre-arbítrio alheio?

A Fome em Uganda é justa?

Devemos ajudar aqueles que sofrem, e, assim impedi-los de resgatar os atos infelizes do passado?

 PLANO DE IDEIAS Nº 02

DEUS É BOM E JUSTO (SUPREMAS QUALIDADES)

NADA ACONTECE SEM QUE DEUS PERMITA

COMO JUSTIFICAR AS DESIGUALDADES E OS SOFRIMENTOS?? SEM A REENCARNAÇÃO?

PORQUE UNS NASCEM ASSIM.....
E OUTROS NASCEM ASSADO....

DEUS NÃO PUNE PELO BEM QUE SE FAZ E NEM PELO MAL QUE NÃO SE FAZ

ENTÃO SE SOFREMOS É PORQUE FIZEMOS O MAL.

A BONDADE DIVINA NOS PERMITE CORRIGIR OS ERROS NOUTRA OPORTUNIDADE
NO LIVRO DA NOSSA VIDA COMO ESPIRITOS ETERNOS SOMOS HOJE A EDIÇÃO MAIS ATUALIZADA.....
SE CONSIDERARMOS OS 2000 ANOS DO CRISTO PARA CÁ TIVEMOS POSSIVELMENTE UMAS 30 ENCARNAÇÕES.
E NUMA ANALISE INTIMA, SE ACHAMOS QUE AINDA TEMOS ALGUM TRAÇO DE ORGULHO, DE EGOISMO, DE VAIDADE  É LOGICO DEDUZIR QUE MUITO POUCO OU QUASE NADA FIZEMOS DE BOM NAS VIDAS ANTERIORES.
NOSSOS SOFRIMENTOS... SÃO JUSTOS...  DECORREM DE NOSSAS ESCOLHAS EQUIVOCADAS.
PRECISAMOS AGIR COM RESIGNAÇÃO ENTENDENDO QUE TODO EFEITO TEVE UMA CAUSA
NÃO É ERRADO PROCURARMOS CONSOLO.... MAS DEVEMOS EVITAR A REVOLTA.
AQUELE QUE ABANDONOU O LAR, COMO DEVE CORRIGIR O ERRO?
AQUELE QUE ROUBOU, DEVE RECOLOCAR O QUE TIROU.
O termo Karma dos ocidentais é algo forçosamente mal, que se deve pagar com sofrimento. Mais nas suas raízes, bom ou mal Karma, dependem unicamente de ação e os seus respectivos efeitos. Karma é um termo sânscrito que significa atividade, ação e quer dizer lei de casualidade ou lei de ajuste.
Contar a Historia do Saturnino.

FECHAMENTO

É MUITO COMUM OUVIRMOS DIZER SOBRE NOSSOS IRMÃOS DEFICIENTES, COISAS DO TIPO: ISTO É KARMA OU ESTE É PECADOR OU AINDA ELE ESTÁ PAGANDO O QUE OS PAIS DELE FIZERAM... E POR AI A FORA
NO ENTANTO REFLITAMOS NISTO:
Deficiente - É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive.
Cego - É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas.
Surdo - É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
Mudo - É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico - É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Obs.:
Terceira lei de Newton ou lei de ação e reação:
Para toda força aplicada, existe outra de mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto.
As forças de ação e reação possuem as seguintes características:
 Possuem a mesma natureza, ou seja, são ambas de contato ou de campo;
 São forças trocadas entre dois corpos;

 Não se equilibram e não se anulam, pois estão aplicadas em corpos diferentes.
C B - Aula 14 - Recordacao Das Existencias Anteriores(1) 13

14  recordação das existencias anteriores

A SEGUNDA CRIANÇA

 Vamos conhecer outra criança chamada Marianinha, que completou nove anos também. 

Esta é uma lutadora. Alguém poderá perguntar:- Luta judô ou boxe? 

Nada disso. Marianinha luta com as más tendências.

Ao sair dos sete anos, começou a mostrar-se inquieta com tudo. Não obedece horário de estudo, refeições, escola etc...

Não obedece aos pais com regularidade. Falta-lhe a matéria mais importante que é a disciplina. Disciplina de si mesma. 

Mas aqui é que Marianinha, mostra seu caráter de lutadora e reformista. 

Muitas vezes, se surpreende em grande arrependimento de sua vaidade excessiva. É narcisista em exagero. Não se cansa do espelho.

Enquanto André, o menino da primeira história, nem sequer tem um mau pensamento, Marianinha, possui uma variedade deles.

Isso não falando dos pensamentos que lhe são ofertados gratuitamente pêlos Espíritos infelizes que se afinam com ela.

Então está ai a sua grande luta. Não é luta corporal, nem material, é luta Moral. 

É uma necessidade urgente de ser melhor.

 As vezes chora muito e se confessa a Mamãe:

_Eu queria ser bem melhor do que sou. Sinto grande tristeza em ser egoísta, vaidosa e tão imperfeita. Da mãe recebe conselhos para orar e pedir sempre a proteção do bom Espírito Guia. Todos nós temos essa imperiosa necessidade. 

Está dentro de nós, dentro de cada um em particular quando acordamos para a realidade da vida. Pôr isso Reencarnamos, buscando sempre o que nos falta. As virtudes que nos são indispensável para o aprimoramento espiritual. Quem nos ensina isto é o Evangelho e a doutrina Espírita.

Kardec nos dá uma colher de chá, quando diz que verdadeiramente espíritas são os que buscam através da luta incessante , modificar sua conduta para o bem. Reformular o caráter, extirpando as más tendências, que cultivamos pala nossa ignorância e imperfeição.

Marianinha, sem ser Espírita, está também procurando ser melhor.

Nessa criança, o progresso Espiritual, está em vias de realização.
Estudo sobre o passe 3 O PASSE E A PRECE. O PASSE A DISTÂNCIA

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
            CAMPO EXPERIMENTAL DE BRASÍLIA

Estudo sobre o passe: o passe nas reuniões mediúnicas

                      Marta Antunes Moura

                  3. O PASSE E A PRECE. O PASSE A DISTÂNCIA

Pela prece o homem atrai  o concurso dos bons Espíritos, que vêm sustentá-lo nas boas resoluções e inspirar bons pensamentos. Assim, adquire ele a força necessária para vencer as dificuldades e entrar no bom caminho, se deste se houver afastado. (2) O colaborador, passista ou não, que deseja servir na seara espírita deve fazer da oração o seu alimento diário, porque, sintonizando com os Espíritos Superiores, afasta as influências espirituais negativas. 

O passe, como gênero de auxílio, invariavelmente aplicável sem qualquer contra-indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as criancinhas tenras aos pacientes em posição provecta na experiência física, reconhecendo-se, no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos à inconsciência temporária, por desajustes complicados no cérebro. Esclarecemos, porém, que, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença sutil dos instrutores que atendem aos misteres da Providência Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno Bem. (32)

Entrando em contato com as esferas superiores, pela prece, vamos progressivamente substituindo os fluidos que nos envolvem por outros de qualidade superior, característicos daquelas regiões. Esses fluidos são absorvidos, em primeira mão, pelo nosso perispírito, agindo sobre ele como fator harmonizante, e, através das conexões existentes entre o perispírito e o corpo físico, suas ações manifestam-se neste último. (18)

 A prece tem outro papel importantíssimo, que é o de higienização do ambiente fluídico em que se encontra aquele que ora. No momento em que o precista [pessoa que ora] passa a receber fluidos de qualidade superior, passa também à condição de repulsor dos fluidos inferiores do ambiente. Esses fluidos vão sendo progressivamente substituídos pelos fluidos de qualidade superior, que estão sendo recebidos. A prece representa, portanto, um benefício para todos os que nos cercam. É como uma lâmpada que acende e afasta as trevas. (19) 

 O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados. (1) 

A prece à distância é a mesma coisa que irradiação mental. Etimologicamente irradiar significa lançar de si, emitir (raios, energias, fluidos, pensamentos, sentimentos). Radiar tem o significado de resplandecer, refulgir, lançar raios de luz, calor, aureolar, cercar de raios refulgentes; irradiar. Vibração é o ato de vibrar, fazer oscilar, brandir, agitar, mover qualquer fluido ou energia na atmosfera. Podemos, pois, dizer que todos nós, Espíritos encarnados, temos capacidade para expandir os nossos fluidos vital e mental, sob a forma de energias eletromagnéticas, as quais se deslocam na atmosfera em direção a um alvo, sob a forma de irradiações. Os nossos pensamentos e sentimentos podem, dessa forma, ser irradiados a longas distâncias, em qualquer plano da vida. (13)
Podemos mentalizar um doente ou portador de alguma dificuldade, envolvendo-o em vibrações de saúde, de equilíbrio, de paz ou de harmonia. Também podemos vibrar mentalmente pela paz mundial ou de um país, pelo sucesso de uma realização etc. Como a prece, a irradiação pode ser realizada a sós, nos momentos de recolhimento espiritual, ou em público, seja em reuniões específicas  para esta finalidade [reuniões de irradiação], seja um pouco antes do término de uma reunião mediúnica. (13)

Se a sensibilidade do médium capta influências negativas ou encontra qualquer tipo de obstáculo à irradiação, esta deve ser sempre conjugada com uma prece que, encontrando eco entre os Espíritos protetores, estes ocorrem para auxiliar. Normalmente a ligação, a distância,  entre o agente emissor e o necessitado é feita por um Espírito protetor que, espontaneamente, colabora nesta tarefa. (14)



No passe à distância ou irradiação mental, realizada a sós ou em público,  o método a seguir é o da mentalização, estabelecendo a ligação como se o doente estivesse presente. Porém, é preciso saber dar direção ao pensamento emitido, em virtude das correntes fluídicas (energéticas) contrárias, que podem ser encontradas no caminho a percorrer. (...) No tratamento à distância não é preciso mentalizar qualquer gesto de passe. É suficiente pensar no doente, suplicando a Deus o socorro necessário para restabelecer a saúde. Nessa situação, a ideoplastia pode criar imagens [fluídicas] em que o doente é envolvido em fluidos salutares, renovadores, que lhe restauram o equilíbrio orgânico. É possível que a mente de quem irradia mentalize o doente feliz, são, recuperado do mal que o afligia. (12),  (23)
nl04_09_Perseguidores invisíveis
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala Nosso Lar

Livro em estudo: Libertação
Tema: Perseguidores invisíveis
Referência: Capítulo IX

RESUMO DO CAPÍTULO

“No dia imediato, pela manhã, em companhia de entidades  ignorantes  e  transviadas,  dirigimo-nos  para confortável residência, onde espetáculo inesperado nos surpreenderia.
“Indiscutivelmente, aquela construção residencial permanecia vigiada por carcereiros frios e impassíveis, a julgar pelas sombras que os cercava.
  Transpus o limiar, de alma opressa.
  O ar jazia saturado de elementos intoxicantes. Dissimulei, a custo,  o  mal-estar,  recolhendo  impressões aflitivas e dolorosas.
  Entidades inferiores, em grande cópia, afluíram à sala de entrada, sondando-nos as intenções. De posse, porém, das instruções do nosso orientador, tudo fazíamos para nos assemelharmos e delinqüentes vulgares.
Reparei que o próprio Gúbio se fizera tão escuro, tão opção na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível, à exceção de nós que o seguíamos, atentos, desde a primeira hora.
“... Saldanha, o diretor da falange operante, veio receber-nos. ...
- A jovem senhora vai cedendo, devagarinho - esclareceu o singular personagem.
“Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não só aos truculentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades inconscientes, que se  caracterizavam  pelo  veículo mental, a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-a em processo intensivo.
  Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sempre dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco tecnicamente organizado.
  Evidentemente, as "formas ovóides" haviam sido trazidas pelos hipnotizadores que senhoreavam o quadro."
 “A vampirização era incessante. As energias usuais do corpo pareciam  transportadas  às  "formas ovóides", que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinível de sucção."
“Margarida demonstrava-se exausta e amargurada.
  Dominadas as vias do equilíbrio no cerebelo e envolvidos os nervos óticos pela influência dos hipnotizadores, seus olhos espantados davam idéia dos fenômenos alucinatórios  que  lhe  acometiam  a  mente,  deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se via submetida."
“A meu ver, Gúbio conhecia todas as particularidades do assunto, mas,  no  propósito  evidente  de  captar simpatia, interrogou:
- E o marido?
- Ora - esclareceu Saldanha com escarninho sorriso -, o infeliz não tem a menor noção de vida moral. Não é mau homem; todavia, no casamento foi apenas transferido de "gozador da vida"a "homem sério". A paternidade constituir-lhe ia um trambolho e filhinhos, se os recebesse, não passaria para ele de curiosos brinquedos. Hoje, conduzirá a esposa à igreja.
  E, reforçando a inflexão sarcástica, acentuou:
- Vão à missa, na esperança de melhoras."
“Descendo à porta de elegante santuário, observei estranho espetáculo. A turba de desencarnados, em posição de desequilíbrio, era talvez cinco vezes maior que a assembléia de crentes em carne e osso. Compreendi, logo, que em maior parte ali se achavam com o propósito deliberado de perturbar e iludir."
“Penetramos o templo onde se comprimiam nada menos de sete a oito centenas de pessoas.
  A algazarra dos desencarnados ignorantes e perturbadores era de ensurdecer. A atmosfera pesava. A respiração fizera-se-me difícil pela condensação dos fluidos semicarnais ali reinantes; todavia, ao fixar os altares, confortante surpresa aliviou-me o coração. Dos adornos e objetos do culto emanava doce luz que se espraiava pelos cimos da nave visitada de sol: fazia-se perceptível a nítida linha divisória entre as energias da parte inferior do recinto  e as do plano superior. Dividiam-se os fluidos, à maneira de água cristalina e azeite impuro, num grande recipiente."
“Contemplando a formosa claridade dos nichos, perguntei ao nosso Instrutor:
- Que vemos? não reza o segundo mandamento, trazido por Moisés, que o homem  não  deve  fazer  imagens de escultura para representar a Paternidade Celeste?
- Sim - concordou o orientador -, e determina o Testamento que ninguém se deve curvar diante delas. Efetivamente, pois, André, é um erro criar ídolos de barro ou de pedra para simbolizar  a  grandeza  do  Senhor,  quando  nossa  obrigação primordial é a de render-lhe culto na própria consciência; entretanto, a Bondade Divina é infinita e aqui nos achamos perante apreciável quantidade de mentes infantis.
  E sorrindo, acrescentou:
- Quantas vezes,  meu  amigo,  a  criança  acalenta  bibelôs,  a  fim de  preparar-se  convenientemente  para as responsabilidades da vida madura? Ainda existem n Terra tribos primitivas que adoram o Pai na voz do trovão e coletividades vizinhas da taba que fazem de vários animais objeto de idolatria. Nem por isso o Senhor as abandona.
... Há quase um século, as preces fervorosas d milhares deles aqui envolvem os nichos e apetrechos do culto. É natural que resplandeçam, Através de semelhante material, os mensageiros celestes distribuem dádivas espirituais com todos quantos sintonizem com o plano superior. A luz que oferecemos ao Céu  serve  sempre  de  base  às manifestações do Céu para a Terra."
 “Reconheci que os crente elegante, ainda mesmo que desejassem orar  com  sinceridade, precisariam despender imenso esforço.
... Procedendo de mais alto, três entidades de sublime posição hierárquica se fizeram visíveis à santa mesa, com o evidente propósito d ali semearem os benefícios divinos. Magnetizaram  as  águas  expostas,  saturando-as  de princípios salutares e vitalizantes, como acontece nas sessões de Espiritismo Cristão, e, em seguida, passaram a fluidificar as hóstias, transmitindo-lhes energias sagradas à fina contextura."
“... Logo após,  quando  se  preparou  a  distribuir  o  alimento  eucarístico  entre  os  onze  comungantes que se prosternavam, humildes, à mesa adornada de alvo linho, notei que as hóstias,  no  prateado  recipiente  que  as custodiava, eram autênticas flores de farinha, coroadas de doce esplendor. Irradiavam luz com tanta  força  que  o magnetismo obscuro das mãos do ministro não conseguia inutilizá-las. Todavia, à frente da boca que se dispunha a receber o pão simbólico, enegreciam como por encanto. Somente uma senhora, ainda jovem, cuja contrição era irrepreensível, recolheu a flor divina com a pureza desejável. Vi a hóstia,  qual  foco  de  fluidos  luminescentes, atravessar a faringe, alojando-se-lhe a claridade em pleno coração."
“- Aprendeste a lição? O celebrante, apesar de consagrado para o culto, é ateu e gozador dos sentidos,  sem esforço interior de sublimação própria. A mente dele paira longe do altar. Acha-se sumamente  interessado  em terminar a cerimônia com brevidade, de modo a não perder uma alegre excursão em perspectiva. Quantos aos que compareceram à mesa da eucaristia, cheios de sentimentos rasteiros e sombrios, eles mesmos se  incumbem de anular as dádivas celestes, antes que lhes tragam benefícios imerecidos. Temos aqui grande  quantidade  de crentes titulares, mas muito poucos amigos do Cristo e servidores do bem."
“Absorto em fundas reflexões, ante o que me fora dado observar, acompanhei o nosso orientador  e  Elói,  para junto da enferma e do esposo, que se retiraram, de regresso ao lar, cercados pelo mesmo séquito  de  entidades infelizes, sem a menor alteração."

QUESTÕES PARA ESTUDO

1.- Como explicar a transformação sofrida por Gúbio, espírito evoluído, de muita luz, incansável  trabalhador  do plano espiritual, tornando-se "tão escuro, tão opaco na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível"?

2.- André Luiz nos descreve um quadro em que a enferma é dominada  pelas  forças  obsessoras  de  maneira absoluta. Como aceitarmos essa situação sem questionarmos os atributos de justiça e bondade da divindade?

3.- Por que, apesar do ambiente sombrio da igreja a que se dirigiu  a  enferma  estar  dominado  por  entidades perversas, os adornos e objetos de culto encontravam-se resplandecentes de luz?

4.- Com relação à hóstia que seria oferecida no sacramento da comunhão, o Autor relata que também irradiavam luz resplandecente. Qual a razão de se tornarem enegrecidas ao serem introduzidas na boca dos comungantes?

5.- Concluindo o capítulo, André Luiz afirma que a enferma e o marido retornaram ao lar acompanhados da mesma coletividade de entidades trevosas. Por que a ida àquele culto religioso não produziu o resultado esperado?
                                                       
C O N C L U S Ã O

A equipe de benfeitores chega à casa de Margarida. Encontram a enferma sob cerrado cerco das entidades obsessoras. Inicialmente, Gúbio procurou tomar conhecimento da situação, constatando a gravidade do quadro que encontrara. André Luiz afirma que jamais  presenciara  algo  semelhante.  Buscando auxílio espiritual, a enferma, acompanhada de seu marido, compareceram a um culto religioso católico, sempre acompanhada das entidades perseguidoras que não a largavam. O trio de benfeitores também lá  foram, narrando-nos, o Autor, nesse capítulo, como se desenrolou o culto e o seu resultado.
                                           
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1.- Como explicar a transformação sofrida por Gúbio, espírito evoluído, de muita luz, incansável  trabalhador do plano espiritual, tornando-se "tão escuro, tão opaco na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível"?
O perispírito é matéria plástica, amoldável, que pode ser manipulada pelo pensamento. O grau em que pode se operar essa manipulação depende do estado evolutivo do espírito. Quanto mais evoluído ele  for, com mais facilidade e em maior grau poderá atuar sobre o seu corpo perispiritual, dando-lhe a forma que desejar.
Gúbio, com temos visto nos capítulos anteriores, é um espírito que se encontra em elevada posição na escala evolutiva. É um benfeitor espiritual com muitos serviços prestados aos semelhantes. Nesta condição, tinha ele plena capacidade para efetuar uma transformação em seu perispírito, de modo a evitar que fosse revelada toda a sua real condição espiritual. Isso se fazia necessário para ludibriar as entidades obsessoras que se encontravam na casa de Margarida e ser aceito como seu auxiliar no trabalho obsessivo que lá se desenvolvia. Uma vez inserido no processo, atuaria no sentido de convencer aquelas entidades a modificarem suas intenções.

2.- André Luiz nos descreve um quadro em que a enferma é dominada pelas forças obsessoras de maneira absoluta. Como aceitarmos essa situação sem questionarmos os atributos de justiça e bondade da Divindade?
Temos visto no estudo dessa e das outras obras do Autor que a obsessão é uma via de mão dupla, que depende de sintonia entre obsessor e obsediado para se instalar. Como veremos nos capítulos seguintes, a socorrida não mantinha uma sintonia espiritual saudável, encontrando-se ainda presa a acontecimentos pretéritos da existência física, em que foram prejudicados seus principais atuais algozes.
Os atributos de justiça e bondade da Divindade são incontestáveis e ensinados pelos Espíritos. Todavia, é certo, também, que o espírito tem o livre-arbítrio para gerir suas ações e seus pensamentos e que tudo o que faz e pensa gera uma reação, boa ou má, dependendo da natureza desses atos e pensamentos. Deus nos dá essa liberdade, mas, também,  com  o  fim  de  garantir  a  harmonia  do  Universo,  nos  atribui responsabilidade pela maneira como a usamos. Margarida estava colhendo o fruto do que plantara.

 3.- Por que, apesar do ambiente sombrio da igreja a que se dirigiu a enferma estar dominada por entidades perversas, os adornos e objetos de culto encontravam-se resplandecentes de luz?
A Espiritualidade Superior faz sempre a sua parte. O local, destinado a preces, contava com a proteção dos benfeitores espirituais, que lá trabalhavam  para  dar  aos  participantes  do  culto  todas  as  condições necessárias ao melhor aproveitamento da reunião. Assim, os nichos, os adornos, os objetos de um modo geral, que seriam utilizados para o culto, recebiam toda uma carga energética de bons fluidos, que deveria ser absorvida pelos fiéis.

4.- Com relação à hóstia que seria oferecida no sacramento da comunhão,  o  Autor  relata  que  também irradiavam luz resplandecente. Qual a razão de se tornarem enegrecidas ao serem introduzidas na boca dos comungantes?
Apesar de estarem positivamente fluidificadas as hóstias que seriam oferecidas aos freqüentadores, não eram eles portadores de uma fé sincera, aquela vem do mais  profundo  do  ser.  A  começar  pelo  próprio celebrante do ato, que, conforme narração de André Luiz, não estava compromissado com a função, cumprindo suas tarefas mecanicamente, totalmente desconcentrado e com o pensamento voltado às questões materiais.
Estando os comungantes no mesmo nível, à exceção de uma senhora presente, as energias negativas que deles vibravam eram transferidas à hóstia quando esta lhes era aproximada, maculando-a. A senhora citada, a única que se dedicava ao culto com contrição e uma fé sincera, recebeu a hóstia com fluidos luminiscentes, que clarearam seu coração, segundo nos descreve o Autor.

5.- Concluindo o capítulo, André Luiz afirma que a enferma e o marido retornaram ao lar  acompanhados  da mesma coletividade de entidades trevosas. Por que a ida àquele culto religioso não produziu o resultado esperado?
Conforme nos foi descrito por André Luiz, tratava-se de um culto unicamente externo, meramente formal e ritualístico. O sentimento de fé e a crença sincera em Deus não se faziam presentes. Apesar do auxílio da Espiritualidade Superior, vibrando energias positivas sobre os objetos do culto, os participantes não se sintonizavam com essas vibrações, não fazendo por merecê-las e impossibilitando a sua ação sobre eles.
Os que lá compareceram, assim como o próprio religioso celebrante, portavam-se como que cumprindo uma obrigação, como se suas presenças no templo bastasse para lhes trazer o que almejavam.
Resta-nos, portanto, o exemplo de que o culto externo, meramente formal e apenas atendendo a um ritual estabelecido, sem um sentimento sincero de amor a Deus, nenhum valor tem e não traz qualquer beneficio.
Conforme ensina a Doutrina Espírita, o culto que agrada a Deus é o interno, através da adoração verdadeira, que é a que vem do coração, manifestada por um sentimento que sai de dentro de nós, impregnado de amor e gratidão ao Criador de todas as coisas.

 Muita paz a todos.

EQUIPE NOSSO LAR



C V D E E