sexta-feira, 5 de junho de 2015

8-38 = XXII  COMEERJ
Pólo IV  Cafarnaum
8º CRE  Nova Friburgo

Libertação pela Verdade

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Jesus (Jo, 8:32)
Em todos os quadrantes do planeta, os povos quanto os indivíduos anseiam pela liberdade, como elemento indispensável à cidadania, como substância essencial do progresso social.
No entanto, a liberdade esperada pela massa, em geral, costuma refletir o acanhamento das percepções que seus componentes têm da própria existência.
Evocam os benefícios da liberdade, sem a correspondente madurez das responsabilidades frente aos próprios atos.
A grande maioria pretende que a liberdade seja-lhe patrocinada para que possa cercear ou perturbar a liberdade do semelhante.
Variadas almas sonham com a liberdade que lhes propicie amplos recursos de falar e de agir, sem gostar da correspondente necessidade de ouvir ou recolher os resultados da sua ação junto aos outros.
Poucos são os que se apercebem de que não há sentido em admitir-se livre alguém, fora do impositivo da responsabilidade.
Enquanto enorme contingente de criaturas alimenta os arremedos de liberdade, conduzindo o íntimo preso por cadeias de agonias, culpas e desolações, verificamos que somente pequeno número de pessoas procura o aconchego da lucidez, da maturidade, que são obtidas por meio da vinculação da alma com a verdade.
Grupos de criaturas desafiam filosofias, teologias e a própria ciência, aturdidos com as concepções possíveis de verdade. Mantêm-se indiferentes a tudo o que se relacione com ela, afirmando que cada um tem a sua própria verdade.
Embora compreendamos que cada indivíduo possa Ter a sua visão particular da verdade, a verdade real está em Deus, e vem sendo traduzida para as almas da Terra por incontáveis Mensageiros do Criador, século a século, milênio a milênio.
Missionário da lei de Deus, em todos os grupamentos humanos, vêm apresentando a verdade passível de ser captada pelos humanos. Eles vêm explicando pouco a pouco a sua conceituação com o fim de oferecer um seguro norte a cada alma.
As leis de amor, de justiça e de caridade simbolizam  o roteiro seguro para que, devidamente vivenciadas e entendidas, permitam à criatura experimentar, de fato, a anelada liberdade.
Só se concebe real liberdade se esta vem aparada pela verdade, que pulsa na vibração do amor, na firmeza da sublime justiça e na inspiração da luminosa caridade.
A referência de Jesus é de importância fundamental, quando condiciona a conquista da liberdade ao conhecimento da verdade, dessa verdade alicerçada nas leis da consciência, firmada nessas leis divina.
Compreendemos, daí, que Jesus é o grande Senhor da liberdade com verdade, porque jamais negou uma só das orientações que ofertou, mas, ao contrário, as confirmou com a vivência impoluta e feliz. Atrelou o Seu discurso a Sua vivência, em franca demonstração de uma personalidade perfeitamente livre, porque verdadeiramente responsável, porque verdadeiramente coerente.

Francisco de Paula Vítor
(Do Livro: Quem é o Cristo?
 -
Psicografado por José R. Teixeira)

-- x --

Algumas perguntas feitas a Emmanuel sobre a Educação

108  Onde a base mais elevada para os métodos de educação ?

EMMANUEL - As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação, no sagrado instituto da família.

109 - O período infantil é o mais importante para a tarefa educativa?

EMMANUEL - O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo.

Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.

Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas. Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das crianças, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos.
CENTRO DE ORIENTAÇÃO
E
EDUCAÇÃO MEDIÚNICA

CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA  COEM II
SOCIEDADE ESPÍRITA 22-30

2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES

UNIDADE PRÁTICA 12 - APLICAÇÃO E RESULTADOS DO PASSE

ROTEIRO

* Preparo do médium passista
* Ambiente e local para o passe
* Técnica de aplicação
* Resultados EM-26; CVV-153; PN-44,110; DM-8; SM-67; Em; OPD.

PREPARO DO MÉDIUM PASSISTA

O médium passista deve, em primeiro lugar, preparar-se convenientemente através da elevação espiritual, por meio de preces, meditações e leituras adequadas.
Em segundo lugar, deve encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal, doando o que de melhor tenha em sentimentos e vibrações.
A transmissão do passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados.
Daí concluir-se que, antes de quaisquer posições, movimentos ou aparatos exteriores, a disposição mental de quem aplica e de quem recebe o passe é o mais importante.
Deve-se, na transmissão do passe, evitar condicionamentos que já se tornaram usuais, mas que unicamente desvirtuam a boa prática espírita.

AMBIENTE E LOCAL PARA O PASSE

O passe deve ser realizado em sala ou câmara para isso destinada, evitando-se o inconveniente de aplicá-lo em público, onde perderia grande parte de seu potencial pela vã curiosidade dos presentes e pela falta de harmonização do ambiente, além de fugir à ética e à discrição cristãs.
A câmara de passes fica constantemente saturada de elementos fluídico-espirituais, permitindo um melhor atendimento aos necessitados e eliminando fatores da dispersão que geralmente ocorre no passe em público.
É importante que o passe seja dado em ambiente adequado, na Casa Espírita, evitando-se o passe a domicílio, para não favorecer comodismos.
Somente em caso de doença grave ou impossibilidade total de comparecimento ao Centro é que o passe poderá ser dado, por uma pequena equipe, na residência do necessitado.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Destacamos, a seguir, aquilo que o conhecimento da mecânica dos fluidos já nos fez concluir:
Não há necessidade do toque no paciente para que a transmissão do fluido ocorra. A transmissão se dá de aura para aura.
O encostar de mãos em quem recebe o passe causa reações contrárias à boa recepção dos fluidos e, mesmo, cria situações embaraçosas que convém prevenir.
A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.
Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica.
Os passistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos.
Não há posição convencionada para que o beneficiado deva postar-se para que haja a recepção dos fluidos (pernas descruzadas, mãos em concha voltadas para o alto, etc.).
O importante é a disposição mental para captar os fluidos que lhe são transmitidos e não a posição do corpo.
O médium passista transmite o fluido sem a necessidade de incorporação de um espírito para realizar a tarefa.
Daí decorre que o passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, sem a repetição de chavões ou orientações a guisa de palavras sacramentais.
Devem-se evitar os condicionamentos desagradáveis, tais como: estalidos de dedos, palmas, esfregação de mãos, respiração ofegante e sopros.
O estudo da transmissão fluídica tem demonstrado que não há necessidade dos médiuns darem-se as mãos para que a corrente se estabeleça, nem a alternância dos sexos para que o passe ocorra, nem a obrigação do passista de livrar-se dos objetos metálicos para não quebrar a corrente.
Estamos mergulhados num mar de fluidos e o médium, à medida que dá o passe, carrega-se automaticamente de fluidos salutares.
Portanto, nada mais é que simples condicionamento a necessidade que certos médiuns apresentam de receberem passes de outros médiuns ao final do trabalho, afirmando-se desvitalizados.
Da mesma forma, não existe um número determinado de passes que o médium poderá dar, acima do qual ele estará prejudicando-se.
Poderá haver cansaço físico, mas nunca desgaste fluídico, se o trabalho for bem orientado.
A transmissão do fluido deve ser feita de pessoa a pessoa, devendo-se evitar práticas esdrúxulas de darem-se passes em roupas, toalhas e objetos do paciente, bem como, não há necessidade de levar-se a sua fotografia para que seja atendido à distância.

RESULTADOS

Os resultados do passe podem ser benéficos, maléficos ou nulos.
São benéficos, dependendo do passista, que deve estar em razoáveis condições de saúde física  uma vez que o fluido vital depende desse estado  e, em bom equilíbrio espiritual  uma vez que o fluido espiritual tem relação com a elevação moral do passista.
Dependendo do paciente, que deve estar receptivo  favorável ao recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver os recursos  e, disposto a se melhorar espiritualmente  considerando-se que a ajuda do passe é passageira e tais recursos serão fixados e acrescentados quando o indivíduo passar a ter uma vida mais cristã.
São maléficos, dependendo do passista quando está com a saúde precária  fluido vital deficitário , com o organismo intoxicado  por vícios como o fumo, o álcool e as drogas -, ou, ainda, em estado de desequilíbrio espiritual  por revolta, vaidade, orgulho, raiva, desespero ou desconfiança. E, dependendo do paciente, quando suas defesas não conseguem neutralizar a torrente de fluidos grosseiros e inferiores que lhes são transmitidos pelo passista despreparado.
São nulos, dependendo sempre do paciente, que ora não consegue assimilar o bom passe por se colocar em posição impermeável  por descrença, leviandade, aversão -, ora não consegue neutralizar o mau passe, aquele transmitido por médium despreparado.



LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA  CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250  Curitiba  Paraná  Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
09  esboço de o livro dos médiuns
13 - 33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 3 - Manifestações Inteligentes
COMO OCORRERAM AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES?
79 Quando se produz vácuo na campânula da máquina pneumática, essa campânula adere com tal força que é impossível separá-la, por causa da pressão do ar que se exerce sobre ela. Que se deixe entrar o ar e a redoma se soltará com a maior facilidade, porque o ar de dentro faz contrapeso com o ar de fora; entretanto, se a deixarmos sob pressão como estava, permanecerá fechada, em virtude da lei da gravidade. Agora, se o ar de dentro, comprimido, tiver uma densidade maior que o de fora, a campânula, estando hermeticamente fechada, se levantará, apesar da gravidade; se a corrente de ar for rápida e violenta, ela poderá ser sustentada no espaço sem nenhum apoio visível, do mesmo modo que esses bonecos que se fazem rodopiar em cima de um jato de água. Por que, então, o fluido universal, que é o elemento de toda matéria, estando acumulado ao redor da mesa, não teria a propriedade de diminuir ou aumentar o peso específico relativo, como o ar faz com a campânula da máquina pneumática ou o gás hidrogênio faz com os balões, sem que por isso seja anulada a lei da gravidade? Conheceis todas as propriedades e todo o poder desse fluido? Não. Pois bem! Não negueis, então, um fato porque não podeis explicá-lo.
80 Voltemos à teoria do movimento da mesa. Se, pelo modo indicado, o Espírito pode levantar uma mesa, pode por conseguinte levantar qualquer outra coisa; uma poltrona, por exemplo. Se pode levantar uma poltrona, pode também, tendo força suficiente, levantar ao mesmo tempo uma pessoa sentada nela. Eis a explicação do fenômeno que o senhor Home2 produziu centenas de vezes com ele e com outras pessoas. Repetindo-o durante uma apresentação em Londres, e a fim de provar que os espectadores não eram joguetes de ilusão de ótica, fez no teto uma marca com um lápis e, enquanto estava suspenso, as pessoas puderam passar por baixo dele. Sabe-se que o senhor Home é um poderoso médium de efeitos físicos: ele era, nesse caso, a causa eficiente e o objeto, isto é, a ação e o objeto.
81 Anteriormente falamos do possível aumento de peso. É, de fato, um fenômeno que se produz algumas vezes e que não tem nada de mais anormal do que a prodigiosa resistência da campânula sob a pressão atmosférica. Viu-se, sob a influência de alguns médiuns, objetos muito leves oferecerem resistência semelhante à da campânula e, de repente, cederem ao menor esforço. Na experiência citada, a campânula não pesa, na realidade, nem mais nem menos do que o seu normal, mas parece mais pesada pelo efeito da causa exterior que age sobre ela; é provavelmente o que acontece com a mesa, que tem o seu próprio peso, pois sua massa não foi aumentada, mas uma força estranha se opõe ao seu movimento, e essa causa pode estar nos fluidos ambientes que a penetram, como no ar que aumenta ou diminui o peso aparente da campânula. Fazei a experiência da campânula pneumática diante de um camponês simples e, não compreendendo que o agente é o ar, que não vê, não será difícil de persuadi-lo que é obra do diabo.
Poderão argumentar, talvez, que, sendo esse fluido imponderável, indefinível, seu acúmulo não pode aumentar o peso de um objeto. De acordo; mas é preciso lembrar de que, se nos servimos da palavra acúmulo, é por comparação, e não por identificação do fluido com o ar; ele é imponderável, entretanto nada o prova; sua natureza íntima nos é desconhecida, e estamos longe de conhecer todas as suas propriedades. Antes que se tivesse conhecimento do peso do ar, não se suspeitava dos efeitos desse peso. A eletricidade é também um fluido imponderável; entretanto, um corpo pode ser fixado por uma corrente elétrica3 e oferecer uma grande resistência àquele que o quer levantar; aparentemente, portanto, tornou-se mais pesado. Embora não se saiba o porquê dessa fixação, seria ilógico concluir que ela não existe. O Espírito pode, então, ter forças que nos são desconhecidas; a natureza nos prova todos os dias que seu poder não se limita aos testemunhos dos sentidos.
Pode-se explicar isso comparativamente pelo fenômeno singular, do qual se viram muitos exemplos, de uma pessoa jovem, fraca e delicada levantar com dois dedos, sem esforço e como se fosse uma pluma, um homem forte e robusto, juntamente com a cadeira em que estava sentado. A prova de que há uma causa estranha à pessoa são as intermitências da faculdade que produz o fenômeno.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

6-9 - O BOM SAMARITANO
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

A parábola do Bom Samaritano oferece pontos significativos para uma análise com vistas à metodologia de ação que deve ser adotada no Serviço de Assistência e Promoção Social à luz da Doutrina Espírita:
1 - Um homem () - Iniciando a parábola, Jesus designa o ser que será alvo do atendimento como sendo apenas um homem, sem se referir à sua condição econômica, social, política ou profissional, ou mesmo à sua raça, religião, povo, crença ou nacionalidade.
2 - () caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. O homem, que antes deveria estar bem, transformou-se, em decorrência desse fato, em um ser humano em estado de necessidade: carecendo de apoio, socorro, ajuda e colaboração de outros seres, já que não tinha condições de, por conta própria, superar os seus impedimentos.
3 - () um sacerdote, viu e passou adiante. - O sacerdote, que se diz representar Deus e fazer sua vontade, ignorou o caído e não atendeu às suas necessidades.
4 - Um levita, () tendo-o observado, passou igualmente adiante. - O intelectual da época, o homem que lia e que conhecia as leis de Deus, também foi omisso no atendimento ao necessitado.
5 - () um samaritano () tendo-o visto, foi tocado de compaixão. - O samaritano, na época, era considerado um homem de má vida, uma vez que não tinha o hábito de freqüentar o Templo e não se importava com as formalidades das práticas religiosas. Mas demonstrou possuir bons sentimentos, pois foi tocado de compaixão ao encontrar o necessitado.
6 - Aproximou-se dele, () eu te pagarei quando regressar. Impulsionado pelo sentimento de solidariedade, o samaritano atendeu ao caído, assistindo-o em suas necessidades mais imediatas e amparando-o nas etapas seguintes do seu restabelecimento, promovendo a sua recuperação humana e social, até voltar ao estado de normalidade, ou seja, ao estado em que tivesse condições de suprir, ele próprio, as suas necessidades físicas, morais e espirituais, inclusive de integração social.
7 - Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? - O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. - O próprio doutor da lei reconheceu que foi o samaritano, que, usando de misericórdia, agiu como o próximo junto ao homem ferido pelos ladrões. Cabe observar que, para fazer esse atendimento junto ao caído, naquele momento, durante o seu estado de necessidade, o samaritano renunciou ao seu tempo, à sua comodidade e ao seu dinheiro e colocou em risco a sua própria segurança, ou seja, superou os impedimentos e obstáculos que comumente se apresentam, mas cumpriu, plenamente, o seu dever moral para com o seu semelhante, expresso na lei de amor que emana de Deus.
8 - Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. - A proposta de Jesus, no sentido de termos nas ações do Bom Samaritano, passo a passo, o exemplo a ser seguido por todos aqueles que pretendam viver dentro dos princípios que norteiam a lei maior que emana do Criador e que orienta o relacionamento dos homens em todo o universo, constitui a base da Metodologia de Ação do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita, que pode ser desdobrada em várias etapas, como segue:
1ª) - Observar - (Tendo-o visto) - Observar a realidade encontrada e procurar compreender a sua complexidade, analisando a melhor forma de atender ao necessitado. Observar, aqui, tem, também, um sentido mais profundo. É estar disponível para o outro, e se expressa no sentimento solidário que se dedica ao próximo nas circunstâncias em que ele se encontra.
2ª) - Aproximar-se.  Ir ao encontro do outro, conforme assevera Vicente de Paulo (O Livro dos Espíritos, Questão 888) ao destacar a caridade dentro de uma visão mais abrangente, rompendo com a concepção tradicional que a reduzia apenas à esmola. É um movimento em direção ao próximo, não apenas no sentido físico, mas, acima de tudo, fraternal, procurando compreendê-lo de forma integral para poder atendê-lo em suas necessidades gerais, tais como, morais, espirituais, físicas, econômicas, sociais e psicológicas. É o processo de envolvimento solidário de um Ser com outro Ser.
3ª) - Utilizar os recursos necessários à assistência imediata.  Utilizar os recursos que se têm à mão e os que possam reunir para o atendimento às necessidades daquele momento. Prestar os primeiros socorros com os recursos simples do vinho e do óleo e pensar as feridas com os recursos, também, da solidariedade sincera. Assistir o próximo em suas necessidades imediatas e seguir adiante no atendimento às demais necessidades.
4ª) - Acompanhar: - É dar prosseguimento ao trabalho de reerguimento, adotando as providências e procedimentos necessários ao processo de recuperação individual e social do assistido. O Bom Samaritano tomou o caído nos próprios braços, colocou-o no seu cavalo e o levou a uma hospedaria, dando seqüencia a tarefa de atendimento ao necessitado, promovendo o seu reequilíbrio.
5ª) - Tornar-se responsável pelo outro.  () tudo o que despenderes a mais, eu vos restituirei no meu regresso, disse o Bom Samaritano, confirmando o seu compromisso de pleno atendimento às necessidades do homem que foi ferido pelos ladrões. O Bom Samaritano faz-se companheiro existencial do caído, ajudando-o para que se reerga a altura de sua dignidade de Ser filho de Deus, e caminhe, tornando-se, também, e com base na própria experiência vivida, companheiro existencial de outro caído, aprimorando os seus próprios sentimentos em favor de um outro ser que poderá estar em estado de necessidade.
Os Espíritos Superiores, através de São Vicente de Paulo, nos alertam: (...) Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo; somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação. Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo. Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna. (...). - O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIII, item 12. (4)
Esta metodologia de ação do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita desdobra-se conforme observa Cheverus no Capítulo XVI, item 11, de O Evangelho Segundo o Espiritismo: Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola. (4)
Naturalmente, nesta análise da Parábola do Bom Samaritano, estão sendo destacados alguns itens de deverão ensejar estudos cada vez mais amplos e aprofundados sobre o assunto, propiciando uma compreensão cada vez mais consciente e completa dos princípios que norteiam a Metodologia do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita


PSICOLOGIA DA CARIDADE

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam pois é nisto que consistem a lei e os profetas. JESUS - MATEUS, 7: 12.
Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade resume todos os deveres do homem para com o mo,. - Cap. X1, 4.
Provavelmente, não existe em nenhum. Tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com a vitima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.
Não se restringe, porém, à emotividade.
Pára e atende.
Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e o conduz a uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma tragar em nome da prudência.
Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado, em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.
No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.
Aula 21b  Interferência dos espíritos no mundo material

1- Introdução

Contar o Tema da Aula

Questionamento:

Será que isso é possível?

Como isso pode acontecer?

Atividade:  Pedir um voluntário para sair da sala. E pedir para que um outro voluntário dos que ficaram na sala proceda da seguinte maneira. Sem falar nada, nem por mímica ou gestos e nem encostando na outra pessoa, ele deve conseguir fazer com que esta outra pessoa que saiu da sala troque de lugar com ela.

Conclusão: Se foi possível que eles trocassem de lugar sem ser falado nada, então será que também os espíritos não conseguem fazer o mesmo?

2- Contando histórias

Relatos pessoais

Questionamento: Mas e coisas mais malucas como nos filmes: Ghost, Os outros, Espíritos, etc... será que acontecem? Comentar um pouco desses filmes, e fazer com que os participantes comentem também o que eles acharam deles.

Historinha: Constar a Historinha  2 meses antes. Isso é possível?

Poderia por exemplo um espírito evitar que alguém tomasse um tiro?

Será que a gente consegue perceber essas coisas nas nossas vidas?

Atividade: Atividade de sensibilização com a ajuda dos dirigentes. Criar um clima místico.

3- Padrão vibratório

Mas então estamos sujeitos a todo tipo de interferência dos espíritos na nossa vida?

Atividade da Vela:  Duas pessoas devem tentar proteger a chama de uma vela enquanto outras duas tentam assopra-la. Ninguém pode encostar na vela.

Conclusão: Assim é com a gente, estamos sempre protegidos, mas quando deixamos alguma brecha podemos ser alvo dos espíritos menos esclarecidos.

Explicações:

Podemos receber influencias boas e ruins. Como distinguí-las?

Eles estão sempre nos transmitindo idéias. Como saber quais não nos pertence?

Anjos da guarda existem? Qual a missão deles?

4- Conclusão

Mas para que me serve saber tudo isso?

Atividade dos palitos:

Conclusão: Alem de servir para tentarmos manter nosso padrão vibratório mais elevado, também serve para sabermos que como na atividade, sempre que a gente quiser vai ter alguém para nos ajudar.
Aula 21b  Interferência dos espíritos no mundo material

1- Introdução

Contar o Tema da Aula

Questionamento:

Será que isso é possível?

Como isso pode acontecer?

Atividade:  Pedir um voluntário para sair da sala. E pedir para que um outro voluntário dos que ficaram na sala proceda da seguinte maneira. Sem falar nada, nem por mímica ou gestos e nem encostando na outra pessoa, ele deve conseguir fazer com que esta outra pessoa que saiu da sala troque de lugar com ela.

Conclusão: Se foi possível que eles trocassem de lugar sem ser falado nada, então será que também os espíritos não conseguem fazer o mesmo?

2- Contando histórias

Relatos pessoais

Questionamento: Mas e coisas mais malucas como nos filmes: Ghost, Os outros, Espíritos, etc... será que acontecem? Comentar um pouco desses filmes, e fazer com que os participantes comentem também o que eles acharam deles.

Historinha: Constar a Historinha  2 meses antes. Isso é possível?

Poderia por exemplo um espírito evitar que alguém tomasse um tiro?

Será que a gente consegue perceber essas coisas nas nossas vidas?

Atividade: Atividade de sensibilização com a ajuda dos dirigentes. Criar um clima místico.

3- Padrão vibratório

Mas então estamos sujeitos a todo tipo de interferência dos espíritos na nossa vida?

Atividade da Vela:  Duas pessoas devem tentar proteger a chama de uma vela enquanto outras duas tentam assopra-la. Ninguém pode encostar na vela.

Conclusão: Assim é com a gente, estamos sempre protegidos, mas quando deixamos alguma brecha podemos ser alvo dos espíritos menos esclarecidos.

Explicações:

Podemos receber influencias boas e ruins. Como distinguí-las?

Eles estão sempre nos transmitindo idéias. Como saber quais não nos pertence?

Anjos da guarda existem? Qual a missão deles?

4- Conclusão

Mas para que me serve saber tudo isso?

Atividade dos palitos:

Conclusão: Alem de servir para tentarmos manter nosso padrão vibratório mais elevado, também serve para sabermos que como na atividade, sempre que a gente quiser vai ter alguém para nos ajudar.
7 = XXII  COMEERJ
Pólo IV  Cafarnaum
8º CRE  Nova Friburgo

Libertação pela Verdade

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Jesus (Jo, 8:32)
Em todos os quadrantes do planeta, os povos quanto os indivíduos anseiam pela liberdade, como elemento indispensável à cidadania, como substância essencial do progresso social.
No entanto, a liberdade esperada pela massa, em geral, costuma refletir o acanhamento das percepções que seus componentes têm da própria existência.
Evocam os benefícios da liberdade, sem a correspondente madurez das responsabilidades frente aos próprios atos.
A grande maioria pretende que a liberdade seja-lhe patrocinada para que possa cercear ou perturbar a liberdade do semelhante.
Variadas almas sonham com a liberdade que lhes propicie amplos recursos de falar e de agir, sem gostar da correspondente necessidade de ouvir ou recolher os resultados da sua ação junto aos outros.
Poucos são os que se apercebem de que não há sentido em admitir-se livre alguém, fora do impositivo da responsabilidade.
Enquanto enorme contingente de criaturas alimenta os arremedos de liberdade, conduzindo o íntimo preso por cadeias de agonias, culpas e desolações, verificamos que somente pequeno número de pessoas procura o aconchego da lucidez, da maturidade, que são obtidas por meio da vinculação da alma com a verdade.
Grupos de criaturas desafiam filosofias, teologias e a própria ciência, aturdidos com as concepções possíveis de verdade. Mantêm-se indiferentes a tudo o que se relacione com ela, afirmando que cada um tem a sua própria verdade.
Embora compreendamos que cada indivíduo possa Ter a sua visão particular da verdade, a verdade real está em Deus, e vem sendo traduzida para as almas da Terra por incontáveis Mensageiros do Criador, século a século, milênio a milênio.
Missionário da lei de Deus, em todos os grupamentos humanos, vêm apresentando a verdade passível de ser captada pelos humanos. Eles vêm explicando pouco a pouco a sua conceituação com o fim de oferecer um seguro norte a cada alma.
As leis de amor, de justiça e de caridade simbolizam  o roteiro seguro para que, devidamente vivenciadas e entendidas, permitam à criatura experimentar, de fato, a anelada liberdade.
Só se concebe real liberdade se esta vem aparada pela verdade, que pulsa na vibração do amor, na firmeza da sublime justiça e na inspiração da luminosa caridade.
A referência de Jesus é de importância fundamental, quando condiciona a conquista da liberdade ao conhecimento da verdade, dessa verdade alicerçada nas leis da consciência, firmada nessas leis divina.
Compreendemos, daí, que Jesus é o grande Senhor da liberdade com verdade, porque jamais negou uma só das orientações que ofertou, mas, ao contrário, as confirmou com a vivência impoluta e feliz. Atrelou o Seu discurso a Sua vivência, em franca demonstração de uma personalidade perfeitamente livre, porque verdadeiramente responsável, porque verdadeiramente coerente.

Francisco de Paula Vítor
(Do Livro: Quem é o Cristo?
 -
Psicografado por José R. Teixeira)

-- x --

Algumas perguntas feitas a Emmanuel sobre a Educação

108  Onde a base mais elevada para os métodos de educação?

EMMANUEL - As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação, no sagrado instituto da família.

109 - O período infantil é o mais importante para a tarefa educativa?

EMMANUEL - O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas. Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das crianças, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos.

terça-feira, 2 de junho de 2015

6 - XXII  COMEERJ
Pólo IV  Cafarnaum
8º CRE  Nova Friburgo

Educação das Inclinações

Em todos os tempos da humanidade, o fenômeno da emissão energética demarca importantes experiências das almas.

Surgem, aqui e ali, companheiros investidos quer das expressões morfológicas da feminilidade ou da masculinidade, que destilam suas vibrações com diversificada freqüência, demonstrando pelos resultados dessa emissão, a condição íntima de cada ser.

Equilíbrio ou desequilíbrio, pacificidade ou beligerança, ao lado de tantos outros sentimentos, exteriorizam-se através das ondas mentais, energéticas, que cada ser emite.

Defrontamos pessoas diversas, crianças, adultas ou idosas, que são felicitadas por essas exteriorizações, quando estas determinam um grau abençoado nas freqüências das suas emissões. Da mesma forma encontramos indivíduos que se tornam vítimas de quanto acumularam em seu cerne, exprimindo-se, agora, de modo infeliz.

Quantas são as criaturas que despertam onde chegam, entre os que com elas passam a conviver, intensa simpatia !?

 De repente, perante qualquer necessidade, desde mínima à mais exigente, surge a cooperação espontânea de muita gente, que age impulsionada pelas vibrações que despertam esse importante sentimento simpático.

Doutras vezes o oposto é o que se passa. Um generalizado odor de antipatia, determina animosidades gratuitas, má vontade crescente, descaso intenso ou não, tendo como matizes as emanações das energias degeneradas que o alvo dessa antipatia conduz nas telas da alma.

Não são poucos os casos em que as almas que desenvolveram atitudes de Dom-juanismo em vidas pretéritas, tendo causado danos a sim mesmas e a terceiros, ou pessoas que desbragaram no campo das energias sexuais, promovendo escândalos morais de destaque ou não, costumam reencarnar-se depois de tudo isso, trazendo o seu odor libidinoso, sua aura assinalada por fortes elementos atraentes de outras criaturas de idêntica inclinação moral, capazes de sofrer, na atualidade, as investidas para as quais têm o campo energético predisposto.

Não é por outra razão que verificamos situações de assédio ou agressões sexuais sofridos por crianças, jovens ou idosos, femininos ou masculinos, com largo espectro de justificativas da formal psicologia, tendo tudo isso, porém, por base, as vivências malsinadas do pretérito, ressumando no agora as drásticas conseqüências.

São as próprias almas, ora reencarnadas em qualquer faixa social ou etária, que carregam ao redor de si o campo instigador dessas atrações, vinculando-as, sempre, a outros indivíduos que exteriorizam energias similares, pois na esfera do Espírito os similares se atraem.

Ao refletirmos com a lei das atrações magnéticas, acharemos respostas para inumeráveis episódios da existência corporal, que causam estupor e constrangimento aos grupos sociais, seja pela bruteza, seja pela sofisticação perniciosa, seja por outras tantas características.

Verificamos que, em última análise, ninguém é vítima no mundo, a não ser pelo ângulo de visão do presente, quando não são consideradas as realizações e experiências transatas.

Muitos crimes no presente perpetrados, têm suas origens em desatinos pretéritos, a demonstrar-nos que o passado da alma não é tão passado assim, pois que é ele que baseia incontáveis ocorrências atuais.

Educa os teus sentimentos, agora, quando te achas a caminho do próprio enobrecimento espiritual.

Reflete em tudo o que estejas espalhando com tua beleza plástica ou com teus tirocínio fáceis ou com tua lábia enganadora, com propósitos de envolver e tirar proveito de outros. Pensa que um dia, próximo ou remoto, deverás retornar aos caminhos dos equívocos, dos fáceis gozos, dos domínios sobre os outros, a fim de aprenderes as lições de equilíbrio dos pensamentos, das palavras e das ações, seja através de afanoso trabalho de reabilitação, seja pelo padecimento, nos assédios e ataques que os comparsas do teu Ontem ou que os vingadores do teu

Pretérito farão pesar sobre os teus dias, impondo-te padecimento.

Considerando que hoje dispões de plena liberdade para orientar as tuas forças e energias anímicas, educa-te com disposição e afinco, consciente de que, enquanto no mundo das formas, tanto a bela morfologia, quanto as facilidades da comunicação ou, ainda, os dotes de raciocínio, devem-te servir ao crescimento moral, ao iluminamento espiritual, pois, em situação contrária, estarás acumulando tormentos e dores, frustrações e lágrimas para o teu porvir, já que de todos  os elementos que te exornam o corpo e a mente hoje, fazendo-te escultural e inteligente, sagaz e convincente, são talentos depositados pelo criador a teu favor, no Banco da

Oportunidade Feliz, a fim de que possas fazer saques enobrecidos, ampliando as tuas notáveis bênçãos, enaltecendo-te por tornar grandiosa a tua ensancha de viver na Terra.

Educa as tuas energias, através das espontâneas e necessárias disciplinas, de modo a conquistares paz e alegria, saúde e harmonia para o teu amanhã, que começa desde hoje.

Camilo
(Do Livro: Educação & Vivências -
Psicografado por José R. Teixeira)
CENTRO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA

CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA  COEM II

SOCIEDADE ESPÍRITA 21-30

2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES

UNIDADE PRÁTICA 11 - MECÂNICA DO PASSE

ROTEIRO

* O passe espírita

* Mecanismos envolvidos

* Finalidades M-175,176; CVV-153; EM-26,27; PN44; SM67; RDE; Em.

O passe é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais, isto é, a passagem de um para outro indivíduo de certa quantidade de energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais propriamente ditas.

Há pessoas que têm uma capacidade de maior absorção e armazenamento dessas energias que emanam do

Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.

Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse potencial de energias a outras criaturas que eventualmente estejam necessitando.

A aglutinação dessa força se faz automaticamente e, também, atendendo aos apelos do passista através da prece.

Assim municiado com essa carga, o passista a transmite pela imposição das mãos sobre a cabeça do paciente, com discretos movimentos, sem a necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura, estabelecendo uma verdadeira ponte de ligação.

O fluxo energético se mantém e se projeta à custa da vontade do passista, como também de entidades espirituais desencarnadas que o auxiliam na composição dos fluídos, não havendo, portanto, necessidade de incorporação mediúnica.

O médium age somente sob a influência da entidade e, por isso, não precisa falar aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.

As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium e as espirituais do seu grau de desenvolvimento moral.

Daí se conclui que o médium passista deverá estar o mais possível, em perfeito equilíbrio orgânico e moral.


LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
CENTRO ESPÍRITA LUZ ETERNA  CELE
Avenida Desembargador Hugo Simas, 137 Bom Retiro
80520-250  Curitiba  Paraná  Brasil
www.cele.org.br cele@cele.org.br
REDAÇÃO: Equipe do CELE
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CURSO DE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA  COEM II

SOCIEDADE ESPÍRITA 21-30

2a. PARTE - RESUMOS DAS UNIDADES

UNIDADE PRÁTICA 11 - MECÂNICA DO PASSE

ROTEIRO

* O passe espírita

* Mecanismos envolvidos

* Finalidades M-175,176; CVV-153; EM-26,27; PN44; SM67; RDE; Em.

O passe é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais, isto é, a passagem de um para outro indivíduo de certa quantidade de energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais propriamente ditas.

Há pessoas que têm uma capacidade de maior absorção e armazenamento dessas energias que emanam do

Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.

Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse potencial de energias a outras criaturas que eventualmente estejam necessitando.

A aglutinação dessa força se faz automaticamente e, também, atendendo aos apelos do passista através da prece.

Assim municiado com essa carga, o passista a transmite pela imposição das mãos sobre a cabeça do paciente, com discretos movimentos, sem a necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura, estabelecendo uma verdadeira ponte de ligação.

O fluxo energético se mantém e se projeta à custa da vontade do passista, como também de entidades espirituais desencarnadas que o auxiliam na composição dos fluídos, não havendo, portanto, necessidade de incorporação mediúnica.

O médium age somente sob a influência da entidade e, por isso, não precisa falar aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.

As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium e as espirituais do seu grau de desenvolvimento moral.

Daí se conclui que o médium passista deverá estar o mais possível, em perfeito equilíbrio orgânico e moral.


LUCAS DE ALMEIDA MAGALHÃES
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09  esboço de o livro dos médiuns
11-33
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 3 - Manifestações Inteligentes
COMO OCORRERAM AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES?
18. Que papel exerce a vontade do médium nesse caso?
Chamar os Espíritos e ajudá-los no impulso dado ao fluido.
18 a. A ação da vontade é sempre indispensável?
Ela aumenta a força, mas nem sempre é necessária, uma vez que o movimento pode acontecer alheio ou em oposição à vontade do médium, e está aí uma prova de que há uma causa independente do médium.
  O contato das mãos nem sempre é necessário para fazer mover um objeto. Às vezes, é só para lhe dar o primeiro impulso, mas, uma vez animado, pode obedecer à vontade do Espírito sem contato material; isso depende do poder do médium ou da natureza dos Espíritos. Um primeiro contato também nem sempre é indispensável; tem-se a prova disso nos movimentos e deslocamentos espontâneos, que ninguém pensou em provocar.
19. Por que nem todos podem produzir o mesmo efeito e por que nem todos os médiuns têm a mesma força?
Isso depende do organismo e da maior ou menor facilidade com que a combinação dos fluidos pode se dar; além disso, o Espírito do médium simpatiza mais ou menos com os Espíritos que encontram nele a força fluídica necessária. Acontece que essa força pode ser maior ou menor, como ocorre com os magnetizadores. Nesse aspecto, há pessoas que são completamente refratárias; outras, em que a combinação se dá apenas por um pequeno esforço de vontade; outras, enfim, em que acontece tão naturalmente e tão facilmente que nem se dão conta disso, servindo de instrumento sem o saber, como já dissemos (Veja o capítulo 5, Manifestações físicas espontâneas).
  O magnetismo é, sem dúvida nenhuma, o princípio desses fenômenos, mas não como se entende de forma geral. A prova disso é que há muitos magnetizadores poderosos que não fazem mover uma mesinha e pessoas que não são magnetizadores, mesmo crianças, a quem basta pousar os dedos sobre uma mesa pesada para fazê-la se agitar. Logo, se a força mediúnica não depende da força magnética, há uma outra causa.
20. As pessoas ditas elétricas podem ser consideradas médiuns?
Essas pessoas tiram de si mesmas o fluido necessário para a produção do fenômeno e podem agir sem o auxílio dos Espíritos. Portanto, não são médiuns, no sentido dado a essa palavra; mas é possível que um Espírito as assista, aproveitando suas disposições naturais.
  Essas pessoas seriam como os sonâmbulos, que podem agir com ou sem o auxílio dos Espíritos (Veja o capítulo 14, Médiuns, item no 6, Médiuns sonambúlicos).
21. O Espírito que age sobre os corpos sólidos para movê-los penetra na substância dos corpos ou permanece fora dela?
Tanto um como outro; dissemos que a matéria não é um obstáculo para os Espíritos; eles penetram tudo; uma porção do perispírito se identifica, por assim dizer, com o objeto em que penetra.
22. Como o Espírito faz para bater? Ele se serve de um objeto material?
Não; da mesma forma que não usa os braços para levantar a mesa, não tem um martelo à sua disposição. Seu martelo é o fluido combinado colocado em ação por sua vontade para mover ou para bater. Quando ele move um objeto, a luz vos traz a visão dos movimentos; quando bate, o ar vos traz o som.
23. Compreendemos isso quando bate num corpo duro; mas como pode fazer ouvir ruídos ou sons articulados no vago do ar, no vazio?
Uma vez que age sobre a matéria, pode agir sobre o ar, assim como sobre a mesa. Quanto aos sons articulados, pode imitá-los, como a todos os outros ruídos.
24. Dizeis que o Espírito não se serve de suas mãos para mover a mesa; entretanto, viu-se, em algumas manifestações visuais, mãos cujos dedos passeavam sobre um teclado, batiam suas teclas e faziam ouvir sons. Nesses casos, o movimento das teclas não era produzido pela pressão dos dedos? Essa pressão não é tão direta e real como quando se faz sentir sobre nós e deixa marcas na pele?
Não podeis compreender a natureza dos Espíritos e seu modo de agir somente por comparações, que vos dão uma ideia apenas incompleta, e é um erro sempre querer fazer um paralelo dos métodos deles com os vossos. Seus procedimentos ou métodos devem estar em relação com seu organismo. Não vos foi dito que o fluido do perispírito penetra a matéria e se identifica com ela, que a anima com uma vida artificial, factícia? Pois bem! Quando o Espírito coloca os dedos sobre as teclas, ele os coloca realmente e as movimenta; mas não é pela força muscular que pressiona a tecla; ele anima a tecla, como anima a mesa, e a tecla obedece à sua vontade, movimenta-se e faz vibrar a corda. Aqui acontece uma coisa que tereis dificuldade de compreender; é que alguns Espíritos são pouco avançados e ainda materializados em comparação aos Espíritos elevados, conservando as ilusões da vida terrestre; eles pensam que devem agir como quando estavam no corpo; eles não se dão conta da verdadeira causa dos efeitos que produzem, como um camponês não se dá conta da teoria dos sons que articula; se lhes perguntardes como tocam o piano, eles vos dirão que batem com os dedos nas teclas, pois acreditam que é assim. O efeito se produz instintivamente sem que saibam como é, apesar de o fazerem por sua vontade. Quando se fazem ouvir por palavras, é a mesma coisa.
  Compreende-se dessas explicações que os Espíritos podem produzir todos os efeitos que nós produzimos, mas por meios apropriados ao seu estado; algumas forças que lhes são próprias substituem os músculos que nos são necessários para agir, do mesmo modo que para o mudo, o gesto substitui a palavra que lhe falta.
25. Entre os fenômenos citados como prova da ação de um poder oculto, dos Espíritos, há os que são evidentemente contrários a todas as leis conhecidas da natureza; nesses casos, a dúvida não parece ser razoável?
É que o homem está longe de conhecer todas as leis da natureza; se conhecesse todas, seria um Espírito superior. Entretanto, cada dia registra um desmentido àqueles que, acreditando saber tudo, pretendem impor limites à natureza, e nem assim ficam menos orgulhosos. Revelando, sem parar, novos mistérios, Deus adverte o homem para desconfiar de suas próprias luzes, pois chegará o dia em que a ciência do mais sábio será confundida. Não tendes todos os dias exemplos de corpos animados de um movimento capaz de vencer a força da gravitação? A bala de canhão, lançada ao ar, não supera momentaneamente essa força? Pobres homens que acreditais ser muito sábios e cuja tola vaidade é a cada instante contestada. Convencei-vos de que ainda sois pequenos.
75 Essas explicações são claras, categóricas e sem equívocos. Ressalta delas esse ponto importante, fundamental, que o fluido universal, no qual reside o princípio da vida, é o agente principal das manifestações e que esse agente recebe seu impulso do Espírito, seja encarnado ou desencarnado. Esse fluido condensado constitui o perispírito ou o envoltório semimaterial do Espírito. No estado de encarnação, o perispírito está unido à matéria do corpo; no estado de erraticidade*, é livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito é mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, ao corpo físico, se assim podemos dizer. Em algumas pessoas, há uma espécie de emanação desse fluido por consequência de sua organização, e isso constitui, propriamente falando, o que conhecemos por médiuns de efeitos físicos. A emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, e sua combinação, mais ou menos fácil, o que resulta em médiuns mais ou menos poderosos; mas ela não é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico.
76 Citemos uma comparação. Quando se tem vontade de agir materialmente sobre um ponto qualquer colocado a distância, é o pensamento que quer, mas somente o pensamento não pode realizar a tarefa; é preciso um intermediário que vai ser dirigido: um bastão, um projétil, uma corrente de ar etc. Observemos também que o pensamento não age diretamente sobre o bastão, pois, se não o direcionarem, não agirá sozinho. O pensamento, expressando-se em inteligência, não é outro senão o Espírito encarnado em nós, que é unido ao corpo pelo perispírito; acontece que ele não pode agir sobre o corpo; assim, age sobre o perispírito, por ser a substância com a qual tem mais afinidade; o perispírito age sobre os músculos, os músculos agarram o bastão e o bastão alcança o objetivo. Quando o Espírito não está encarnado, lhe é necessário um auxiliar estranho; esse auxiliar é o fluido, com a ajuda do qual faz o objeto obedecer e seguir o impulso de sua vontade.
77 Assim, quando um objeto é colocado em movimento, elevado ou lançado ao ar, não é o Espírito quem o agarra, empurra ou ergue, como o faríamos com a mão; ele o satura, impregna, por assim dizer, de seu fluido, combinado com o do médium, e o objeto, assim, momentaneamente vivificado, age como se fosse um ser vivo, com a diferença que, não tendo vontade própria, obedece à força da vontade do Espírito.
Uma vez que o fluido vital, incitado de algum modo pelo Espírito, dá vida artificial e momentânea aos corpos inertes e que o perispírito não é outra coisa senão esse fluido vital, segue-se que, quando o Espírito está encarnado, é ele que dá vida ao corpo por meio do seu perispírito; permanece unido a ele enquanto o organismo o permite; quando se retira, o corpo morre. Porém, se, em vez de uma mesa, temos uma estátua de madeira e se ele age sobre essa estátua como sobre a mesa, teremos uma estátua que se deslocará, que baterá, que responderá por meio de movimentos e batidas; teremos, numa palavra, uma estátua momentaneamente animada de uma vida artificial. Em vez das mesas falantes, teríamos as estátuas falantes. Que luz essa teoria lança sobre uma multidão de fenômenos até agora sem solução! Que alegorias e efeitos misteriosos não explica!
78 Os incrédulos também apresentam como objeção o fato de ser impossível a suspensão das mesas sem um ponto de apoio, por ser contrário à lei da gravidade. Em primeiro lugar, dizemos a eles que sua negação não é uma prova; em segundo, que, se o fato existe, por mais contrário a todas as leis conhecidas, prova uma coisa: que ele repousa sobre uma lei desconhecida e que os negadores não podem ter a pretensão de conhecer todas as leis da natureza. Acabamos de explicar essa lei, mas isso não é razão suficiente para que seja aceita por eles, precisamente porque foi revelada pelos Espíritos que deixaram sua vestimenta terrestre, em vez de por aqueles Espíritos que ainda a têm e que se sentam na Academia. De tal modo que, se o Espírito de Arago1, em vida, tivesse apresentado essa lei, eles a teriam aceitado de olhos fechados; mas, apresentada pelo Espírito de Arago morto, é uma utopia, uma fantasia. E por que isso? Porque acreditam que, estando Arago morto, tudo está morto com ele. Não temos a pretensão de dissuadi-los disso; entretanto, como essa objeção poderia confundir algumas pessoas, vamos tentar respondê-la nos colocando do lado do ponto de vista deles, ou seja, sem considerar por um instante a teoria da animação artificial.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

UNIDADE 49
TEMA: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE
Introdução. Incorporação Mediúnica: Médiuns Conscientes, Semi-Conscientes e Inconscientes. Assimilação das Correntes Mentais

Introdução:
Esta unidade objetiva esclarecer, fundamentada na instrução dos Espíritos superiores, como se processa a incorporação mediúnica e a assimilação das correntes mentais, especificando a ocorrência com os médiuns conscientes, semi-conscientes e inconscientes.
Incorporação Mediúnica:
É a forma de mediunidade que se caracteriza pela transmissão falada das mensagens dos Espíritos. É, em nossos dias, a faculdade mais encontrada na prática mediúnica. Pode-se dizer que é uma das mais úteis, pois, além de oferecer a oportunidade de diálogo com os Espíritos comunicantes, ainda permite a doutrinação e consolação dos Espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.
O papel do médium seja ele consciente ou não, é sempre passivo, visto que servindo de intérprete neste intercâmbio, deve compreender o pensamento do Espírito comunicante e transmiti-lo sem alteração, o que é mais difícil quanto menos treinado estiver.
A incorporação é também denominada psicofonia, sendo esta denominação preferida por alguns porque acham que incorporação poderia dar a idéia do Espírito comunicante penetrando o corpo do médium, fato que sabemos não ocorrer.
Martins Peralva, na sua obra "Estudando a Mediunidade, que por sua vez, baseou-se na obra "Nos Domínios da Mediunidade", ditada pelo Espírito André Luiz ao médium Francisco Cândido Xavier, esclarece que:
"É através dela (a incorporação), que os desencarnados narram, quando desejam (ou quando lhes é facultado), os seus aflitivos problemas, recebendo dos doutrinadores, em nome da fraternidade cristã, a palavra do esclarecimento e da consolação."
"Referindo-se aos benefícios recebidos pelo Espíritos nas sessões mediúnicas, é oportuno lembrarmos o que afirmam mentores balizados (balizar - v. tr. dir. Indicar por meio de balizas; abalizar; distinguir; determinar a grandeza de.).
Léon Denis, por exemplo, acentua que, no Espaço, sem a benção da incorporação, os seus fluidos, ainda grosseiros, "não lhe permitem entrar em relação com Espíritos mais adiantados".
O Assistente Aulus, focalizando o assunto, esclarece que eles "trazem ainda a mente em teor vibratório idêntico ao da existência na carne, respirando na mesma faixa de impressões".
Emmanuel, com a palavra sempre acatada, salienta a necessidade do serviço de esclarecimento aos desencarnados, uma vez que se conservam, "por algum tempo, incapazes de apreender as vibrações do plano espiritual superior"."
No Livro "Desafios da Mediunidade", o Espírito Camilo (mentor do médium e conferencista José Raul Teixeira), examina o termo "incorporação"  Questão n.º 28, trazendo um enfoque muito importante:
"É correto falar-se em "incorporação"?"
Resposta: "Não se trata bem da questão de certo ou errado. Trata-se de uma utilização tradicional, uma vez que nenhum estudioso do Espiritismo, hoje em dia, irá supor que um desencarnado possa "penetrar" o corpo de um médium, como se poderia admitir num passado não muito distante.
O fato de continuar-se a usar o termo incorporação, nos meios espíritas, também se deve a sua abrangência. Comumente (adj. Vulgarmente; geralmente. (Decomum.)), é proposto o termo psicofonia; contudo, para muitos, a expressão estaria indicando somente fenômenos da fala, como na psicografia temos o fenômeno da escrita, tão somente. Ocorre que podemos encontrar médiuns psicógrafos cujo psiquismo os desencarnados comandam plenamente. Aqui, então, tecnicamente, o termo psicofonia, não se aplicaria, enquanto ficaria suficientemente compreensível o termo incorporação.
Evocamos, então, o pensamento kardequiano, expresso em O Livro dos Esíritos, dando elasticidade ao termo "alma", a fim de fazer o mesmo no tocante ao termo incorporação. Como ele aparece com muita freqüência ao longo dos estudos espíritas: "cumpre fixarmos bem o sentido que lhe atribuímos, a fim de evitarmos qualquer engano." (O Livro dos Espíritos, Introdução - II, final.)
Os médiuns de incorporação são classificados em conscientes, semi-conscientes einconscientes.
Médiuns Conscientes:
Pode-se dizer que um médium consciente é aquele que durante o transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. O Espírito comunicante entra em contato com as irradiações perispirituais do médium, e, emitindo também suas irradiações perispirituais, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir a transmissão de seu pensamento ao médium, que, ao captá-lo, transmitirá com as suas possibilidades, em termos de capacidade intelectual, vocabulário, gestos, etc.
O médium age como se fosse um intérprete da idéia sugerida pelo Espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de entendimento.
Esta forma de mediunidade será tanto mais proveitosa quanto maior for à cultura do médium e suas qualidades morais, a influência de espíritos bons e sábios, a facilidade e a fidelidade na filtração das idéias transmitidas. Seu desenvolvimento exige estudo constante, bom senso e análise contínua por parte do médium.
No Cap. XIX do "Livro dos Médiuns", especificamente o item 225 descreve a dissertação dada espontaneamente por um Espírito superior, sobre a questão do papel do médium, como segue:
"Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, quer mecânicos ou semimecânicos, quer simplesmente intuitivos, não variam essencialmente os nossos processos de comunicação com eles. De fato, nós nos comunicamos com os Espíritos encarnados dos médiuns, da mesma forma que com os Espíritos propriamente ditos, tão só pela irradiação do nosso pensamento".
"Os nossos pensamentos não precisam da vestidura (s. f. Tudo o que se pode vestir; vestimenta; traje; fato. (Do lat. vestitura.) da palavra, para serem compreendidos pelos Espíritos e todos os Espíritos percebem os pensamentos que lhes desejamos transmitir, sendo suficiente que lhes dirijamos esses pensamentos e isto em razão de suas faculdades intelectuais."
"Quer dizer que tal pensamento tais ou quais Espíritos o podem compreender, em virtude do adiantamento deles, ao passo que, para tais outros, por não despertarem nenhuma lembrança, nenhum conhecimento que lhes dormitem no fundo do coração, ou do cérebro, esses mesmos pensamentos não lhes são perceptíveis. Neste caso, o Espírito encarnado, que nos serve de médium, é mais apto a exprimir o nosso pensamento a outros encarnados, se bem não o compreenda, do que um Espírito desencarnado, mas pouco adiantado, se fôssemos forçado a servir-nos dele, porquanto o ser terreno põe seu corpo, como instrumento, à nossa disposição, o que o Espírito errante não pode fazer."
"Assim, quando encontramos em um médium o cérebro povoado de conhecimentos adquiridos na sua vida atual e o seu Espírito rico de conhecimentos latentes, obtidos em vidas anteriores, de natureza a nos facilitarem as comunicações, dele de preferência nos servimos, porque com ele o fenômeno da comunicação se nos toma muito mais fácil do que com um médium de inteligência limitada e de escassos conhecimentos anteriormente adquiridos. Vamos fazer-nos compreensíveis por meio de algumas explicações claras e precisas."
"Com um médium, cuja inteligência atual, ou anterior, se ache desenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente de Espírito a Espírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma do Espírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementos próprios a dar ao nosso pensamento a vestidura da palavra que lhe corresponda e isto quer o médium seja intuitivo, quer semimecânico, ou inteiramente mecânico. Essa a razão por que, seja qual for a diversidade dos Espíritos que se comunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendo de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho que lhe é pessoal.
Com efeito, se bem o pensamento lhe seja de todo estranho, se bem o assunto esteja fora do âmbito em que ele habitualmente se move, se bem o que nós queremos dizer não provenha dele, nem por isso deixa o médium de exercer influência, no tocante à forma, pelas qualidades e propriedades inerentes à sua individualidade. É exatamente como quando observais panoramas diversos, com lentes matizadas (matizar - v. tr. dir. Variar, graduar (cores); dar cores vivas a; ornar; enfeitar; pr. ostentar cores variadas.), verdes, brancas, ou azuis; embora os panoramas, ou objetos observados, sejam inteiramente opostos e independentes, em absoluto, uns dos outros, não deixam por isso de afetar uma tonalidade que provém das cores das lentes."
"Ou, melhor: comparemos os médiuns a esses bocais cheios de líquidos coloridos e transparentes, que se vêem nos mostruários dos laboratórios farmacêuticos. Pois bem, nós somos como luzes que clareiam certos panoramas morais, filosóficos e internos, através dos médiuns, azuis, verdes, ou vermelhos, de tal sorte que os nossos raios luminosos, obrigados a passar através de vidros mais ou menos bem facetados (facetar - v. tr. dir. Fazer facetas em; lapidar; (fig.) aprimorar.), mais ou menos transparentes, isto é, de médiuns mais ou menos inteligentes, só chegam aos objetos que desejamos iluminar, tomando a coloração, ou, melhor, a forma de dizer própria e particular desses médiuns. Enfim, para terminar com uma última comparação: nós os Espíritos somos quais compositores de música, que hão composto, ou querem improvisar uma ária e que só têm à mão ou um piano, um violino, uma flauta, um fagote ou uma gaita de dez centavos. É incontestável que, com o piano, o violino, ou a flauta, executaremos a nossa composição de modo muito compreensível para os ouvintes. Se bem sejam muito diferentes uns dos outros os sons produzidos pelo piano, pelo fagote ou pela clarineta, nem por isso ela deixará de ser idêntica em qualquer desses instrumentos, abstração feita dos matizes do som. Mas, se só tivermos à nossa disposição uma gaita de dez centavos, ai está para nós a dificuldade."
"Efetivamente, quando somos obrigados a servir-nos de médiuns pouco adiantados, muito mais longo e penoso se torna o nosso trabalho, porque nos vemos forçados a lançar mão de formas incompletas, o que é para nós uma complicação, pois somos constrangidos a decompor os nossos pensamentos e a ditar palavra por palavra, letra por letra, constituindo-se isso numa fadiga e num aborrecimento, assim como um entrave real à presteza e ao desenvolvimento das nossas manifestações."
"..."Quando queremos transmitir ditados espontâneos, atuamos sobre o cérebro, sobre os arquivos do médium e preparamos os nossos materiais com os elementos que ele nos fornece e isto à sua revelia (loc. adv.): sem comparecimento ou conhecimento da parte revel. (De revel.). E como se lhe tomássemos à bolsa as somas que ele aí possa ter e puséssemos as moedas que as formam na ordem que mais conveniente nos parecesse."
"...Sem dúvida, podemos falar de matemáticas, servindo-nos de um médium a quem estas sejam absolutamente estranhas; porém, quase sempre, o Espírito desse médium possui, em estado latente, conhecimento do assunto, isto é, conhecimento peculiar ao ser fluídico e não ao ser encarnado, por ser o seu corpo atual um instrumento rebelde, ou contrário, a esse conhecimento. O mesmo se dá com a astronomia, com a poesia, com a medicina, com as diversas línguas, assim como com todos os outros conhecimentos peculiares à espécie humana."
"Finalmente, ainda temos como meio penoso de elaboração, para ser usado com médiuns completamente estranhos ao assunto de que se trate, o da reunião das letras e das palavras, uma a uma, como em tipografia."
"Conforme acima dissemos, os Espíritos não precisam vestir seus pensamentos; eles os percebem e transmitem, reciprocamente, pelo só fato de os pensamentos existirem neles. Os seres corpóreos, ao contrário, só podem perceber os pensamentos, quando revestidos. Enquanto que a letra, a palavra, o substantivo, o verbo, a frase, em suma, vos são necessários para perceberdes, mesmo mentalmente, as idéias, nenhuma forma visível ou tangível é necessária a nós."Erasto e Timóteo.
Complementa Kardec:
"NOTA. Esta análise do papel dos médiuns e dos processos pelos quais os Espíritos se comunicam é tão clara quanto lógica. Dela decorre, como princípio, que o Espírito haure, não as suas idéias, porém, os materiais de que necessita para exprimi-las, no cérebro do médium e que, quanto mais rico em materiais for esse cérebro, tanto mais fácil será a comunicação. Quando o Espírito se exprime num idioma familiar ao médium, encontra neste, inteiramente formadas, as palavras necessárias ao revestimento da idéia; se o faz numa língua estranha ao médium, não encontra neste as palavras, mas apenas as letras. Por isso é que o Espírito se vê obrigado a ditar, por assim dizer, letra a letra, tal qual como quem quisesse fazer que escrevesse alemão uma pessoa que desse idioma não conhecesse uma só palavra. Se o médium é analfabeto, nem mesmo as letras fornece ao Espírito. Preciso se torna a este conduzir-lhe a mão, como se faz a uma criança que começa a aprender. Ainda maior dificuldade a vencer encontra aí, o Espírito. Estes fenômenos, pois, são possíveis e há deles numerosos exemplos; compreende-se, no entanto, que semelhante maneira de proceder pouco apropriada se mostra para comunicações extensas e rápidas e que os Espíritos hão de preferir os instrumentos de manejo mais fácil, ou, como eles dizem, os médiuns bem aparelhados do ponto de vista deles.
Se os que reclamam esses fenômenos, como meio de se convencerem, estudassem previamente a teoria, haviam de saber em que condições excepcionais eles se produzem.
Médiuns Semi Conscientes:
É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma semi-exteriorização perispirítica, permitindo que esse fenômeno ocorra.
O médium sofre uma semi-exteriorizacão perispirítica em presença do Espírito comunicante, com o qual possui a devida afinidade; ou quando houve o ajustamento vibratório para que a comunicação se realizasse. Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelo médium; formando a chamada atmosfera fluídica; e então ocorre a transmissão da mensagem do Espírito para o médium.
O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à medida que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro, todavia o médium deverá identificar o padrão vibratório e a intencionalidade o Espírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer possibilidade de procedimentos que firam as normas da boa disciplina mediúnica.
Ainda na forma semi-consciente, embora em menor grau que na consciente, poderá haver interferência do médium na comunicação, como repetição de frases e gestos que lhe são próprios, motivo porque necessita aprimorar sempre a faculdade, observando bem as suas reações no fenômeno, para prevenir que tais fatos sejam tomados como "mistificação". Essa é a forma mais disseminada (disseminar - v. tr. dir. Semear, espalhar por muitas partes; derramar; difundir, propagar. (Do lat.disseminare.) de mediunidade de incorporação.
Geralmente, o médium, precedendo (preceder - v. tr. dir. anteceder; estar colocado imediatamente antes de; chegar antes de. (Do lat. praecedere.) a comunicação, sente uma frase a lhe repetir insistentemente no cérebro; e, somente após emitir essa primeira frase é que as outras surgirão. Terminada a transmissão da mensagem, muitas vezes o médium só lembra, vagamente, do que foi tratado.
Médiuns Inconscientes:
Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pela inconsciência do médium quanto a mensagem que por seu intermédio é transmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização perispiritual total do médium.
O fenômeno se dá como nas formas anteriores, somente que numa gradação mais intensa. Exteriorização perispiritual, afinização com a entidade que se comunicará, emissão e assimilação de fluidos, formação da atmosfera necessária para que a mensagem se canalize por intermédio dos órgãos do médium, são indispensáveis.
Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que está se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade comunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena confiança no Espírito que se comunica, poderá afastar-se em outras atividades.
O médium, mesmo na incorporação inconsciente, é o responsável pela boa ordem do desempenho mediúnico, porque somente com a sua aquiescência (s. f. Ato de aquiescer; anuência; assentimento, consentimento), ou com sua conivência (s. f.Qualidade de conivente; cumplicidade dissimulada; colaboração. (Do lat.conniventia.), poderá o Espírito realizar algo.
Os Espíritos esclarecem que quando um Espírito se acha desprendido do seu corpo, quer pelo sono físico, quer pelo transe espontâneo ou provocado, e algo estiver iminente a lhe causar dano ao corpo, ele imediatamente despertará. Assim também acontecerá com o médium cuja faculdade se acha bem adestrada (adestrar - v. tr. dir. Tornar destro; ensinar; exercitar; treinar; pr. tornar-se destro.), mesmo estando em condições de passividade total; se o Espírito comunicante quiser lhe causar algum dano ou realizar algo que venha contra seus princípios, ele imediatamente tomará o controle do seu organismo, despertando.
Geralmente, o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem pouco recordará do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensação vaga, comparável ao despertar de um sonho pouco nítido em que fica uma vaga impressão, mas que a pessoa não saberá afirmar com certeza do que se tratou.
Nos casos em que é deficiente ou viciosa a educação mediúnica, não há a facilidade do intercâmbio, faltando liberdade e segurança; o médium reage à exteriorização perispirítica, dificultando o desligamento e quase sempre intervém na comunicação, truncando-a (truncar - v. tr. dir. Separar do tronco; mutilar; omitir parte importante de. (Do lat. truncare.).
Algumas vezes se torna necessário, para o prosseguimento da educação mediúnica, nos chamados exercícios de incorporação, que os Mentores encarregados de tal desenvolvimento auxiliem o médium para que a exteriorização se dê. Para evitar o perigo da obsessão, eles cuidarão de exercitar o médium com os Espíritos comunicantes que não lhe ofereça perigo. Todavia, ainda nesse caso, a responsabilidade pelo desenvolvimento mediúnico está entregue ao médium, pois, se algo lhe acontecer, ele poderá despertar automaticamente. O mesmo não acontece no fenômeno obsessivo.
A mediunidade de psicofonia inconsciente é uma das mais raras no gênero. Para que o médium se entregue plenamente confiante ao fenômeno dessa ordem, é necessário que ele tenha confiança na sua faculdade, nos Espíritos que o assistem e, principalmente, no ambiente espiritual da reunião que freqüenta.
O Espírito Camilo no já citado livro "Desafios da Mediunidade", analisa alguns aspectos importantes relacionados com o tema:
Questão 15: "É possível para o médium inconsciente, após o transe, lembrar-se das sensações que teve durante a comunicação mediúnica?"
Resposta: "Tendo-se em conta que o médium, em estado de transe inconsciente, não se acha desligado do seu corpo físico, mas somente desprendido, podem remanescer em seus registros cerebrais certas impressões, ou sensações, obtidas durante o transe, podendo mencioná-las quando retorne a sua normalidade.
Durante o transe inconsciente, é comum acontecer que o médium fique num estado de sono profundo, mas que lhe permite captar sons, presenças variadas, luminosidade, ainda que não distinga esses sons, não identifique essas presenças ou não perceba donde vem a claridade. Essas sensações difusas podem fixar na memória atual e ser lembradas após o transe. Contudo, isso varia de um para outro medianeiro, não havendo uniformidade nessa questão."
Questão 14: "O fato da mediunidade manifestar-se consciente ou inconscientemente guarda relação com o adiantamento moral do médium?"
Resposta: "De modo nenhum. A manifestação mediúnica, de aspecto consciente ou inconsciente, nada tem a ver com o grau evolutivo do médium, mas está relacionada com aspectos fisiológicos ou psico-fisiológicos desse mesmo sensitivo.
Vale considerar que a consciência ou não durante o transe pode sofrer intermitências, isto é, períodos de consciência alternando com períodos de inconsciência, mormente (adv. Principalmente.) quando esses estados são determinados por situações psicológicas ou psico-fisiológicas.
Pode ocorrer que, de acordo com os tipos de Espíritos comunicantes ou com o interesse dos Guias dos médiuns, apenas certas manifestações sejam conscientes e outras não.
Depreendemos (depreender - v. tr. dir. e tr. dir. e ind. Perceber, vir ao conhecimento de; inferir, deduzir. (Do lat. deprehendere.) daí que pode haver flutuações na questão da consciência ou não do médium durante as manifestações. Só não ocorrerão alternâncias no caso em que essas características sejam determinadas pela estrutura fisiológica do sensitivo que, então, não pode ser alterada. Assim, ele será definitivamente consciente ou definitivamente inconsciente.
Por fim, é forçoso admitir que a chamada inconsciência mediúnica não traz nenhuma superioridade para o fenômeno, não sendo garantia de qualidade. O que dá ao fenômeno superioridade e garantia, num ou noutro estado consciencial, é a qualidade moral do médium, seus progressos como um todo, que fazem-no respeitado ante o Invisível, em virtude da responsabilidade, da seriedade com que encara seus compromissos."
Questão 16: "Qual a diferença entre médiuns sonambúlicos e Inconscientes?"
Resposta: "Muito embora no seio do Movimento Espírita haja o costume de chamar-se de sonambulismo àquele que sofre um transe inconsciente, pelo fato de o médium "dormir" durante o processamento do fenômeno, é necessário lembrar que o Codificador estabelece que médium sonambúlico ou sonâmbulo é o indivíduo que, em seu estado de sonambulismo comum, contata os desencarnados e transmite as mensagens que receba, podendo vê-los e com eles confabular.
O estado de emancipação do sonâmbulo é o que facilita a comunicação (O Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 172).
No caso do médium inconsciente (Livro dos Médiuns, capítulo XVI, item 188), também chamado por Kardec de médium natural, encontramos aqueles em que o fenômeno mediúnico apresenta um caráter de espontaneidade, sem que a sua vontade consciente interfira, ou seja, nem sempre o médium está desejando ou esperando que o fenômeno aconteça.
Aqui podemos ver a importância da boa formação intelecto-moral do médium, pois esta é capaz de criar uma aura de proteção para ele, a fim de que não se torne joguete de desencarnados irresponsáveis, ou mesmo cruéis, que desejarão aproveitar-se da sua espontaneidade.
Vemos assim que, enquanto o médium inconsciente é controlado pelos desencarnados que atuam por meio dele nos variados fenômenos, quer os da psicografia, da psicofonia, da ectoplasmia e outros, o médium sonambúlico encontra-se com os desencarnados; ao desprender-se do corpo, com eles dialoga e nesse estado de emancipação relata o que vê e o que ouve. Entretanto, também o sonambúlico, ao despertar, pode guardar profunda ou parcial inconsciência do que com ele haja transcorrido no Invisível."
Assimilação das Correntes Mentais:
O fenômeno da psicofonia ou incorporação é caracterizado pelo chamado envolvimento mediúnico que significa um entrosamento das correntes mentais e vibratórias do médium com o Espírito comunicante.
No fenômeno mediúnico, durante o transe, o médium apresenta condições favoráveis à assimilação das correntes mentais com as quais se afiniza.
Isso se dá pela irradiação ou exteriorização perispirítica, que permite ao médium maior liberdade, podendo ser influenciado pelo campo vibratório dos Espíritos encarnados. Havendo a sintonia vibratória o médium passa a sentir, receber ou entender vibrações mentais da entidade comunicante.
Todavia, essa assimilação de correntes mentais não se dá apenas entre os dois participantes do fenômeno mediúnico, pois as demais pessoas que participam da reunião têm importância fundamental, podendo colaborar decisivamente para o bom êxito da empreitada, como também ser causa marcante no fracasso da ligação médium-Espirito, por ter, através de seus pensamentos, determinado um clima à realização do fenômeno. Assim, todos os participantes, médiuns, doutrinador, Espírito comunicante, mentores espirituais, tem grande importância na realização do intercâmbio mediúnico.
Muitas vezes, embora o médium esteja em boas condições, o fenômeno não se dá por falta de ambientação adequada e segura para a realização da delicada tarefa do intercâmbio mediúnico sem riscos para sua integridade física e psíquica.

Bibliografia:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Parte Segunda, Cap. XIX;
Introdução, II  final.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Capítulos XIV, item 172, XVI, item 188 e XIX, item 225.
DENIS, Leon. No Invisível. Segunda Parte, Cap. XIX
XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo Espírito Emmanuel.
Cap. VII e XVI.
XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. Cap. V.
TEIXEIRA, José Raul. Desafios da Mediunidade. Pelo Espírito Camilo. Questões 14, 15, 16 e 28.
PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Capítulo IX  Incorporação.
Mitos e Verdades sobre a Incorporação
Os dicionários trazem, como um dos significados do termo incorporar, a seguinte definição: Entrar na composição de algum corpo ou nele se meter.
Difundiu-se no meio espírita, erroneamente, o termo incorporar para definir o fenômeno da psicofonia.
A palavra incorporar nos induz a pensar que o espírito que se manifesta, se incorpora ao médium, ou seja, "se apropria" do corpo do médium, ou "ocupa" o corpo do médium, para se comunicar. Mas não é absolutamente isso o que acontece.
Os fenômenos espíritas não derrogam as leis da física, portanto dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Assim sendo, o espírito comunicante não ocupa o corpo do médium ao se manifestar - o processo se dá através de SINTONIA psíquica, e o fenômeno é sempre DE PERSIPÍRITO A PERISPÍRITO.

O PERISPÍRITO
O perispírito é o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual. É o liame que liga o corpo ao espírito, e é através dele que as manifestações mediúnicas são possíveis. Todos os espíritos encarnados, e também os desencarnados ainda não completamente purificados (ou seja, que ainda precisam reencarnar, seja na Terra ou não) são revestidos pelo perispírito.
É através do perispírito que as manifestações mediúnicas se dão. No caso da psicofonia, erroneamente descrita como incorporação, é o perispírito do médium que entra em sintonia com o perispírito do espírito comunicante, e absorve assim suas sensações e pensamentos. O espírito não está, portanto, no corpo do médium. A ligação de ambos é fluídica; em outras palavras, o que se fundem são sensações, e não corpos.

A SINTONIA
Para melhor compreender o termo padrão vibratório, pensemos nas ondas do rádio: quando uma determinada música toca em uma estação, os aparelhos sincronizados com aquela estação escutarão a mesma música.
A ligação que se processa nas comunicações mediúnicas, é uma ligação fluídica, onde os dois, espírito e médium, encontram-se no mesmo padrão vibratório e podem comungar das mesmas sensações ou pensamentos.
Mas essa sintonia se dá de perispírito a perispírito. Explica Herculano Pires, no livro MEDIUNIDADE, cap.V, O Ato Mediúnico, parágrafo primeiro: O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do outro.*
E, mais adiante, diz Herculano: O que se dá não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz atravessando uma vidraça.* (*os grifos são meus).

SEMPRE A MENTE, NUNCA O CORPO

É através da ligação psíquica que os Espíritos nos transmitem suas sensações e pensamentos, seja nos casos de manifestações mediúnicas, seja nos casos de obsessão.
Os Espíritos se ligam aos encarnados através da afinidade de interesses, gostos, pensamentos e ações. É o que chamamos de sintonia. Assim sendo, no caso das obsessões, fica claro perceber que os espíritos obsessores atuam sobre os encarnados através de uma ligação psíquica, onde mentes afins comungam dos mesmos sentimentos. Por isso se recomendam orações, nos tratamentos de desobsessão, pois é através da EVANGELIZAÇÃO de ambos (encarnado e desencarnado) que o padrão mental se eleva, e a sintonia psíquica se dissolve.
No ato mediúnico da psicofonia, o médium empresta voz ao espírito, que lhe transmite seus pensamentos e também sensações, através da ligação fluídica entre o seu perispírito, e o perispírito do médium. É um ato de amor e de caridade, e o médium psicofônico deve compreender a importância de sua comunhão momentânea com os Espíritos elevados, que vem nos trazer conforto e ensinamentos, e com os Espíritos sofredores ou obsessores, que através do ato mediúnico, podem compartilhar suas dores, angústias e perturbação mental. A mediunidade de psicofonia, comumente chamada de incorporação, deve portanto ser compreendida pelo médium como uma oportunidade de exercer o amor e a caridade cristãs, num ato despretensioso de doação fluídica, que deve ser acompanhado das mais sinceras preces, pelos irmãos que se encontram em sofrimento do outro lado da vida.
Mas o médium deve se aplicar no estudo e na compreensão não apenas do fenômeno, mas também da Doutrina Espírita, para melhor servir ao Plano Espiritual. Os médiuns psicofônicos, trabalhadores das Casas Espíritas, devem então compreender que os Espíritos comunicantes se ligam às suas mentes, transmitindo-lhes seus pensamentos, mas não dominam nem controlam os seus corpos.
Os médiuns com possibilidade de grande expansão de energias perispirituais são mais flexíveis, e sentem com maior intensidade a troca fluídica que se opera entre o perispírito do médium e o perispírito do espírito comunicante. Daí o médium sentir vontade de chorar, quando está ligado a um Espírito em sofrimento; ou sentir raiva e revolta, se está ligado a um Espírito violento. Mas, salvo nos casos de mediunidade inconsciente, o médium deve manter o autocontrole, e conter a manifestação do Espírito, não cedendo a impulsos de violência e desrespeito aos presentes. Gritos, murros na mesa, agressões verbais ou quaisquer atos que viriam a tumultuar o ambiente, devem ser contidos pelo médium. Isto não é tarefa fácil, especialmente para o médium em desenvolvimento.
Cabe ao médium ser fiel ao transmitir o pensamento do Espírito comunicante, ou mesmo traduzir os seus sentimentos, mas jamais permitir o descontrole, e cabe às Casas Espíritos orientar e acompanhar o desenvolvimento mediúnico dos médiuns, para que eles possam ter domínio sobre suas faculdades, e exercer a mediunidade da maneira mais proveitosa possível.

O TOQUE
Devido à falta de compreensão de que a ligação entre médium e espírito se dá pelo psiquismo, muitos trabalhadores de Casas Espíritas incorrem no erro de querer conter fisicamente o espírito comunicante, no caso das manifestações mais violentas, ou mesmo demonstrar seu afeto e acolhimento ao espírito sofredor, através do toque.
A falta de esclarecimento e de estudo da Doutrina, faz com que doutrinadores expressem-se fisicamente, segurando nas mãos dos médiuns, imaginando assim estarem transmitindo ao espírito uma sensação carnal de contenção (segurar as mãos para impedir uma manifestação exacerbada) ou de compaixão (acariciando a mão do médium). Mas é AO MÉDIUM que se está tocando, e não ao Espírito. O Espírito não está lá! Está próximo ao médium, está ligado fluidicamente ao médium, mas não está no corpo do médium! Quando o doutrinador segura nas mãos do médium, é exatamente isso que ele está fazendo: está tocando O MÉDIUM, e não o espírito!
É preciso que se compreenda que a força que se precisa ter é psíquica, e não carnal. Que deve-se expressar amor VIBRANDO amor, e não acariciando as mãos do médium... Que, ao invés de conter o médium fisicamente, é preciso ligar-se aos Espíritos Protetores, através de concentração, oração e doação fraterna, para que a CONTENÇÃO FLUÍDICA seja transmitida AO PERISPÍRITO do espírito comunicante, e não ao corpo do médium! São duas coisas bem distintas...
Os médiuns devem desapegar-se de manifestações exteriores, e concentrar-se em oração, buscando um padrão vibratório elevado, com o intuito de emanar fluidos regeneradores aos espíritos comunicantes. É preciso harmonizar o ambiente com ORAÇÕES, e não com mãos dadas. Os médiuns que participam de sessões mediúnicas e de desobsessão podem colaborar em todas as manifestações, mantendo-se em ORAÇÃO pelos espíritos comunicantes. Ao Doutrinador cabe manter-se em concentração, não exteriorizando suas intenções ou sentimentos com gestos de afeto ou de contenção, mas preocupando-se em DOAR, FLUIDICAMENTE, tudo o que puder para regenerar ou acalmar os espíritos sofredores ou necessitados que se manifestam, ao mesmo tempo que, através da CONVERSA PACIENTE E EDIFICANTE, busca evangelizar o Espírito.
Ao Doutrinardor não cabe JAMAIS o julgamento, mas a compreensão. Nunca a ameaça, mas o esclarecimento fraterno. Nunca a contenção carnal, mas a fluídica. Se o espírito perturbado incomoda e porta-se de maneira grosseira, que não sejam os Doutrinadores, nem os trabalhadores encarnados, a adotar a mesma conduta, e destratar, ameaçar, ou ser impaciente com irmãos desencarnados em desequilíbrio, trazidos a nós pelo Plano Espiritual, para buscar a LUZ. O Doutrinador que repele o Espírito difícil, chegando até mesmo a se recusar a dar assistência a esses irmãos, falta com a caridade cristã a esses irmãos, e se coloca em débito não apenas com eles, mas também com os Trabalhadores Espirituais, que fazem a sua parte - façamos nós a nossa!

DE CORAÇÃO A CORAÇÃO
Já dissemos que os Espíritos comunicantes experimentam uma sensação fluídica de calor, quando sentem a mera aproximação de um Doutrinador que tenha a habilidade de vibrar amor sincero e fraterno. A simples aproximação de um Doutrinador que esteja em profunda oração, rogando sinceramente ao Pai por socorro e conforto, é para o Espírito sofredor uma sensação acolhedora de quem é revestido por um cobertor, em dias de frio.
O acolhimento, a calma, a confiança, e até mesmo a contenção são transmitidos aos Espíritos sofredores, necessitados ou violentos, pela EMANAÇÃO FLUÍDICA dos participantes das Sessões Espíritas. É pela emanação fluídica que os trabalhadores espirituais das Casas Espíritas se expressam, junto a esses irmãos. Nós, encarnados, devemos aprender a fazer o mesmo.
Exercitemos a concentração e a emanação fluídica através da oração, transmitindo, de perispírito a perispírito, nossos melhores sentimentos de paz, de harmonia e de reequilíbrio aos irmãos desencarnados em sofrimento, assim como expressamos amor e gratidão aos Protetores que nos vêm amparar e ensinar. Vamos compreender o poder do nosso psiquismo, e concentrar nossas energias para direcioná-las no trabalho do Bem, especialmente quando estamos em trabalho nas Casas Espíritas. As ligações de alma a alma não se expressam pelo corpo físico - amor, compaixão, solidariedade, fé, esperança e gratidão são transmitidos de coração a coração, mesmo à distância.
O contato físico não é absolutamente necessário, nos trabalhos espirituais; vamos tocar nossos irmãos desencarnados com a força de nosso Amor. Vamos deixar nossos corações falarem mais alto do que nossos lábios; vamos levar a eles nossa compaixão através de nossas almas, e não de nossas mãos. Vamos aprender que temos, em nossas mentes, um poder que transcende o mundo material, e que não conhece distâncias. Vamos nos educar a colocar nossas mentes, através de nosso padrão vibratório, a serviço do Bem e da Harmonia, seja de irmãos encarnados ou desencarnados, aprendendo a nos libertamos da influência pesada da matéria, desde nossa presente existência terrena.

 Liz Bittar
Como se dá a incorporação?
Podemos nos comunicar com outros Espíritos?
Sim. Todos somos Espíritos vivendo em planos diferentes da vida e estamos mergulhados na atmosfera fluídica que nos rodeia e serve de elemento de contato. Portanto, podemos nos comunicar com o mundo espiritual freqüentemente, seja através da mediunidade ostensiva consciente, dos fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos constantemente do mundo espiritual.
Existe a incorporação de Espíritos?
No sentido semântico do termo não existe incorporação, pois nenhum Espírito conseguiria tomar o corpo de outra pessoa, assumindo o lugar da sua Alma. O que ocorre é que o médium e o Espírito se comunicam de perispírito a perispírito, ou seja mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Na mediunidade equilibrada, o médium tem um maior controle de sua faculdade e o fenômeno mediúnico acontece mais a nível mental. Nos processos obsessivos graves (doenças mórbidas causadas por Espíritos inferiores), onde a mediunidade está perturbada, podem ocorrer crises nervosas. Observadores de pouco conhecimento podem achar que um Espírito mau apoderou-se do corpo do enfermo. Foi esse fenômeno que deu origem às práticas de exorcismo.
Como se dá este procedimento?
Incorporação é um sinônimo, não muito adequado, para psicofonia; mas como a palavra já tem significado consagrado, vários autores continuam empregando-a; esclarecemos porém que nenhum espírito se apossa, entra no corpo de um encarnado, médium ou não.
A psicofonia é o fenômeno mediúnico pelo qual o médium empresta seu aparelho fonador (cordas vocais, boca etc) para emitir as frases que o espírito deseja. O contato é telepático, entre a mente do espírito e a mente do médium, através dos perispírito de ambos.
Perispírito é uma espécie de segundo corpo que o encarnado possui, e que tem a mesma forma que o primeiro corpo, o chamado corpo físico; assim como o primeiro, o corpo perispiritual também é constituindo de matéria, só que de matéria mais sutil, fluídica e cujos átomos estão em outro nível vibratório
Após desencarnar, a alma (agora espírito) perde seu primeiro corpo, mas mantém sempre o segundo.
Assim como o som necessita de um meio material (ar ou água) para sua transmissão, a comunicação do pensamento usa os perispíritos dos envolvidos, no caso, o do médium e o do espírito comunicante.
Como o contato telepático não é visível aos espectadores, é claro que, dependendo do caráter ético do médium, esse pode estar tendo uma sessão de psicofonia, como pode estar simulando uma, caracterizando uma fraude.
Em resumo: A mediunidade de psicofonia existe. Nem sempre uma sessão de psicofonia é real, pode estar havendo uma simulação da sessão por parte do médium, que nesse caso não é um médium e sim um embusteiro (*). Quando ocorre a psicofonia, o contato é via telepatia, entre ambas mentes, e o meio de transmissão do pensamento é fornecido pela atmosfera fluídica, de matéria sutil, de que são formados os perispíritos, do transmissor e do receptor da comunicação.
(*) Nota: Num centro espírita, há cursos para treino do médium que se inicia, de modo a evitar, dentro do possível, qualquer parcela de fraude a nível inconsciente. Já para evitar a fraude proposital, consciente, a norma do Espiritismo é NÃO SE COBRA POR NENHUM TRABALHO MEDIUNICO, interpretando assim o Dai de graça o que de graça recebestes.
A manifestação normalmente é telepática, porém como se dá as incorporações onde há mudanças de fisionomia do médium, como é explicado este fenômeno?
O fenômeno de mudança de fisionomia chama-se transfiguração. Abaixo transcrevemos as informações que podem ser obtidas em O Livro dos Médiuns(Cap. VII) sobre tal assunto:
Consiste na mudança do aspecto de um corpo vivo. Aqui está um fato dessa natureza cuja perfeita autenticidade podemos garantir, ocorrido durante os anos de 1858 e 1859, nos arredores de Saint-Etienne.
123. A transfiguração, em certos casos, pode originar-se de uma simples contração muscular, capaz de dar à fisionomia expressão muito diferente da habitual, ao ponto de tornar quase irreconhecível a pessoa.
Temo-lo observado freqüentemente com alguns sonâmbulos; mas, nesse caso, a transformação não é radical. Uma mulher poderá parecer jovem ou velha, bela ou feia, mas será sempre uma mulher e, sobretudo, seu peso não aumentará, nem diminuirá. No fenômeno com que nos ocupamos, há mais alguma coisa. A teoria do perispírito nos vai esclarecer.
Está, em princípio, admitido que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências; que, mediante uma modificação na disposição molecular, pode dar-lhe a visibilidade, a tangibilidade e, conseguintemente, a opacidade; que o perispírito de uma pessoa viva, isolado do corpo, é passível das mesmas transformações; que essa mudança de estado se opera pela combinação dos fluidos. Figuremos agora o perispírito de uma pessoa viva, não isolado, mas irradiando-se em volta do corpo, de maneira a envolvê-lo numa espécie de vapor. Nesse estado, passível se torna das mesmas modificações de que o seria, se o corpo estivesse separado. Perdendo ele a sua transparência, o corpo pode desaparecer, tornar-se invisível, ficar velado, como se mergulhado numa bruma. Poderá então o perispírito mudar de aspecto, fazer-se brilhante, se tal for a vontade do Espírito e se este dispuser de poder para tanto. Um outro Espírito, combinando seus fluidos com os do primeiro, poderá, a essa combinação de fluidos, imprimir a aparência que lhe é própria, de tal sorte, que o corpo real desapareça sob o envoltório fluídico exterior, cuja aparência pode variar à vontade do Espírito. Esta parece ser a verdadeira causa do estranho fenômeno e raro, cumpra se diga, da transfiguração.
Quanto à diferença de peso, explica-se da mesma maneira por que se explica com relação aos corpos inertes. O peso intrínseco do corpo não variou, pois que não aumentou nele a quantidade de matéria. Sofreu, porém, a influência de um agente exterior, que lhe pode aumentar ou diminuir o peso relativo. Provável é, portanto, que, se a transformação se produzir, tomando a pessoa o aspecto de uma criança, o peso diminua proporcionalmente.
124. Concebe-se que o corpo possa tomar outra aparência de dimensão igual ou maior do que a que lhe é própria. Como, porém, lhe será possível tomar uma de dimensão menor, a de uma criança, conforme acabamos de dizer? Neste caso, não será de prever que o corpo real ultrapasse os limites do corpo aparente? Por isso mesmo que tal se pode dar, não dizemos que o fato se tenha produzido. Apenas, reportando-nos à teoria do peso específico, quisemos fazer sentir que o peso aparente houvera podido diminuir. Quanto ao fenômeno em si, não afirmamos nem a sua possibilidade, nem a sua impossibilidade. Dado, entretanto, que ocorra, a circunstância de se lhe não oferecer uma solução satisfatória de nenhum modo o infirmaria. Importa se não esqueça que nos achamos nos primórdios da ciência e que ela está longe de haver dito a última palavra sobre esse ponto, como sobre muitos outros. Aliás, as partes excedentes poderiam ser perfeitamente tornadas invisíveis.