*EVANGELHO ESSENCIAL 16/3*
Eulaide Lins
Luiz Scalzitti
*16 -
NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON*
*COMENTÁRIO*
*NÃO SE
PODE SERVIR A DEUS E A MAMON*
Este capítulo é rico
de exemplos que nós podemos nos orientar no caminho da solidariedade. É fato
que Jesus não condenou a riqueza, mas o destino que damos à fortuna, que nos
cabe como direito de conquista, pois se fora dádiva de Deus, seria
discriminação. E isto fica claro quando diz ao homem que lhe pedira para
determinar a um rico que repartisse a sua fortuna com ele, dizendo guardai-vos
da avareza, pois não sabe o de que precisará justificar aquele que recebeu a oportunidade
de se tornar rico. E mesmo quando disse ao rapaz que lhe solicitara o que seria
necessário para poder estar no reino de Deus, deve ir e vender tudo o que tens
e segue-me, disse Jesus, numa clara alusão que devemos desapegar-nos dos bens
materiais. Zaqueu entendeu perfeitamente essa lição, embora fosse considerado
homem de má vida, pois que naquela época assim como hoje, aqueles que defendem
e executam as diretrizes de governos são vistos como pessoas corruptas, que
sabemos nem todos são. Dizia ele então a Jesus:
Mestre, hoje eu
determinarei sejam doados os meus bens em dobro aos que prejudiquei;
ressarcindo assim o possível prejuízo que houvera causado aos outros. Numa
demonstração de desprendimento dos bens materiais, e na solicitude do Mestre
para com ele. Aprendera ele que nem tudo era poderio material. Jesus o visitava
por pura simpatia e carinho. A passagem dos talentos também deve ser entendida
muito além da sua história singela e simples. Os talentos são as várias oportunidades
que Deus nos dá na face da Terra. Oportunidades que, seja por nossa fraqueza,
seja pelo comodismo, às vezes não materializamos. Muitos de nós recebemos o
talento da palavra e malversamos em função da nossa própria necessidade,
esquecemos que os outros também precisam de nós, da nossa capacidade de estudar
e entendermos um assunto. Outros alegando falta de capacidade, se omitem da
oportunidade, escondendo-se da responsabilidade da transmissão do conhecimento.
Enterram o talento. Aquele que acreditar na oportunidade que lhe confiou o Pai
e seriamente se imbuir de produzir mais e mais oportunidades aos seus
semelhantes estará recebendo assim o dobro dos talentos, pois conquistou a
confiança do Senhor, se foi hábil e expedito no pouco, evidentemente o será no muito.
Sabemos muito bem hoje, o que na época de Jesus seria difícil explicar, que a
riqueza dividida igualmente entre todos os habitantes da Terra hoje, seria
pulverizada a uma parcela muito pequena para cada um, o que dificultaria,
impediria é verdade o desenvolvimento de projetos que possibilitassem meios de
ganho e em mãos despreparadas seria uma catástrofe. É a riqueza uma prova muito
grave e que excita o orgulho. É a destinação que se dá à riqueza que faz dela
um mal, pois ela em si não traz nada de mal, afinal, é a alavanca do progresso.
Deveríamos lembrar do
que nos dizia Sócrates, “o homem deveria se alimentar só quando tivesse fome, e
beber somente se tivesse sede”.
Demonstrando assim
equilíbrio e ponderação. Não podemos de forma nenhuma ter os olhos sobre o que
não nos pertence, e sim nos mantermos ocupados de fazer o melhor de nós em benefício
da comunidade. Sabermos ainda uma vez mais que o de que possuímos aqui na face
da terra não nos pertence, somos apenas usufrutuários.
Somente iremos levar
daqui o que conquistamos de conhecimento de sabedoria, inteligência, enfim
avanço intelectual, e acima de tudo o nosso progresso moral decorrente de nosso
avanço intelectual, na pratica, na exemplificação de nosso real aprendizado. Se
queremos sentir a paz e a serenidade, precisamos ter a sabedoria e o entendimento,
que nos dão essa confiança.
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