ESTUDO EVANGÉLICO
Livro: Palavras
de Vida Eterna
Francisco
Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel
ESTUDO 61
No Campo do
Verbo
"Tu,
porém, fala o que convém à sã doutrina." - Paulo. (Tito,2:1.)
O apóstolo Paulo em sua
epístola a Tito recomenda-lhe que "fale só o que convém à sua
doutrina".
Porque esta recomendação
especial quanto ao uso da palavra e a insistência de Emmanuel em trazer hoje o
mesmo tema?
A palavra é instrumento
valioso e poderoso, força criadora que de modo geral foi e é utilizada
indevidamente, sem nenhum cuidado. É permuta de almas através da qual damos e
recebemos, fornecemos e adquirimos determinados recursos de espírito que
influenciarão na conduta, e esta, nos planos, coisas, encontros e realizações.
Arrastados muitas vezes pelas inferioridades Espíritos encarnados e
desencarnados, centralizam a atenção em nódoas e defeitos, faltas e quedas,
valorizando ou exagerando-lhe a feição, perdendo tempo, retardando as
edificações espirituais. É necessário nos precavermos, tanto quanto possível,
contra semelhante impropriedade.
Joanna de Ângelis(4), em
tema pertinente, reflete que com raras exceções expiatórias, poucos se servem
da palavra de modo a construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas de
segurança.
Embora empreguemos grande
parte da vida nessa atividade, falamos muito por falar, "para matar-se o
tempo" e, sem o cuidado necessário, a palavra se torna a arma que fere,
que denigre, que mata as esperanças, os planos e as realizações. Traduzida em
impiedade, maledicência, revolta, pessimismo golpeia sob o jugo das paixões
inferiores.
No entanto, se bem
utilizada, o seu campo de ação pode modificar estruturas morais, dirimir
conflitos, equacionar problemas, resolver dificuldades, enfim, quando
mobilizada "para estabelecer condição de saúde e equilíbrio, paz e alegria
onde estivermos"(3).
"Falar como convém a
sã doutrina" não é apenas a contenção das palavras indevidas e impróprias
antes de as pronunciarmos, é muito mais, trata-se de um programa de educação
espiritual através do qual trabalha-se o íntimo, renovando valores morais,
orientando sentimentos e pensamentos nos padrões evangélicos, de tal forma que
se transformem em boas palavras e estas, em ações de mesma natureza.
Conclui Emmanuel(1) que no
campo do verbo, o Evangelho é seguro na advertência.
Tu, porém, fala o que
convém à sã doutrina.
"Conversando ou
escrevendo, informando ou pregando, imunizaremos a nossa área de obrigação,
desterrando o mal, seja de nosso pensamento, seja de nossa palavra. Se nos
constitui dever (...) identificar a presença da sombra e afastá-la, sempre que
a sombra ameace (...), façamos luz sem tumulto contraproducente, mas fujamos de
comprometer a obra do Senhor, pisando ou repisando deficiências, chagas,
mazelas e infortúnios alheios, convictos de que fomos chamados a falar o que
convém à sã doutrina"(2).
Bibliografia:
01 - Xavier, Francisco
Cândido. "Palavras de Vida Eterna: No Campo do Verbo". Ditado pelo
Espírito Emmanuel. CEC. 17a ed. Uberaba, MG. 1992.
02 - Xavier, Francisco
Cândido. "Bênção de Paz: Nas Trilhas da Palavra". Ditado pelo
Espírito Emmanuel. CEEM. 10ª ed. São Bernardo do Campo, SP. 1990.
03 - Xavier, Francisco
Cândido. "Bênção de Paz: Verbo e Caminho". CEEM. 10ª ed. São Bernardo
do Campo, SP. 1990.
04 - Franco, Divaldo
Pereira. "Convites da Vida. Convite à Palavra". Ditado pelo Espírito
Joanna de Ângelis. Livraria Espírita "Alvorada" - Editora. 4ª ed.
Salvador, BA. 1988.
Iracema
Linhares Giorgini
Agosto /
2006
Centro
Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão
Preto (SP)
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