quarta-feira, 24 de agosto de 2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
educar_003_Tema Lar
educar_003_Tema Lar
*CVDEE - CENTRO VIRTUAL DE
DIVULGAÇÃO E ESTUDO DO ESPIRITISMO*
*Estudos destinados à família e
à educação no lar*
Ois, Lindinhos e Lindinhas de meu coração,
espero que tudo em paz e luz com e pra vcs:))
Nestes
dias andamos vendo, revendo, pensando e refletindo sobre família, filhos e
pais.
Observamos que há vários aspectos quanto à
formação da família atual.
Sabemos,
também, que cada um de nós está dentro dos raios de ações necessários ao nosso
desenvolvimento e é dentro da família que verificamos os encontros dos laços
que nós mesmos formamos.
*Emmanuel,
em psicografia de Francisco Cândido Xavier, in: Pensamento e Vida, diz:*
"(...)
Temos assim, no grupo doméstico, os laços de
elevação e alegria que já conseguimos tecer, por intermédio do amor
louvavelmente vivido, mas também as algemas de constrangimento e aversão, nos
quais recolhemos de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na
memória do destino e que necessitamos desfazer, à custa de trabalho e sacrifício,
paciência e humildade(...)."
Assim,
observamos que a família na Terra abriga, sob o mesmo teto ou sangue, as
ligações de resgastes.
Destarte, para que possamos obter sucesso
real nos necessários reajustes, os quais a maioria de nós quem escolheu para si
próprio, se faz mister que ao lado da família possamos formar lares.
*Vamos, então, conversar um
cadinho sobre:*
*01)
Qual a diferença entre família e lar?*
*02) Como se dá a formação de um lar?*
*03) O que podemos entender como lar?*
*04) Poderíamos dizer que formar lares é o
mesmo que exercitar o Amor? por que? De que forma?*
*Tema 03b : Lar nossa conversa sobre*
Olá a todos!!! Esta é a primeira vez que
participo nesta sala, e espero estar contribuindo com o meu melhor. Lá vai!!!
Logo abaixo deixo algumas ideias com relação
à primeira questão:
01) Qual a diferença entre família e lar?
De acordo com o ³Dicionário MAIS da idéia às
palavras², da Seleções do Readers Digest, fui buscar algumas idéias:
FAMÍLIA significa:
- estirpe,
- descendência,
- tronco,
- lar.
Algumas ideias:
- FAMILIAR, DOMÉSTICO: próprio da família;
- APELIDO, PATRONÍMICO: nome de família;
- PATRIARCA, PATERFAMÍLIAS: chefe de família;
- TRONCO: indivíduo que está na origem de uma
família;
- GENEALOGIA: filiação dos membros de uma
família;
- DINASTIA: sucessão dos membros de uma
família real ou muito célebre;
- ANTEPASSADOS, AVÓS, ASCENDENTES, MAIORES:
membros da família de que se descende;
- CONSAGUÍNEOS, COLATERAIS: membros de uma
família que descendem de um mesmo antepassado;
- DESCENDÊNCIA, LINHAGEM, POSTERIDADE,
PROGÊNIE, GERAÇÃO, RAÇA, ESTIRPE, CAPA: família de uma pessoa ilustre;
- HEREDITARIEDADE, ATAVISMO: traços
transmitidos pelos antepassados de uma família à sua linhagem;
- PATRIMÔNIO: conjunto dos bens de uma
família;
- CLÃ, ESCOLA, SOCIEDADE: família artística.
LAR significa:
- lareira,
- família,
- casa.
Algumas ideias:
- LARES, PENATES: divindades romanas do lar;
- NINHO: lar de aves;
- FOJO, TOCA: lar de feras;
- FAMÍLIA: formar um novo lar;
- CASA, FAMÍLIA: lar ao qual se regressa.
(alcdl)
"A casa não é apenas o refúgio de
madeira ou alvenaria. É o lar onde a união e o companheirismo se
desenvolvem."
a) O que seria verdadeiramente União e
Companheirismo, e como desenvolver isso para tornar nossa casa um verdadeiro
Lar?
b)
Estar unidos em qualquer momento, seja bom ou
mau (união), e acima de tudo respeitarmos as diferenças, compreendendo que cada
um tem as suas qualidades e defeitos, e podemos assim poder aprender muito uns
com os outros (companheirismo).
(alcdl)
--
Bom dia,
Luz e paz!
Esta proposta de estudo me fez meditar um
pouco mais acerca destes conceitos de lar e família, a princípio pensei no lar
físico, mas penso que lar é o espaço onde habitamos, físico ou não; já a
família são todos aqueles que estão vinculados a nós. Quando encarnados temos
pais, irmãos, filhos, marido, enfim, "n" pessoas, mas ocorre algumas
vezes que o lar terreno e formado por um solitário (a), não será um lar? Mas
onde sua família? Não tem mais os pais, não teve irmãos. Quem será sua família
neste momento? Será somente aqueles que o estimam? Neste caso fico a pensar se
não será toda e qualquer pessoa que com ela conviver. Penso assim porque vejo
por alguns exemplos, que a paternidade ou maternidade não dá garantia para um
lar nem para formar uma família, são estranhos e se odeiam, porém encontram
fora do lar amigos que os compreendem e amam. Assim que vejo lar e família
sendo usados como conceitos corriqueiros, já para aqueles que preocupam-se com
a verdade, os espíritas que estudam os conceitos de amor e fraternidade,
sabendo dos compromissos assumidos diante da espiritualidade, logo nos
colocamos alertas e tentamos nos animar neste árduo trabalho de amor, de
acertos, de paciência, de dedicação, por que não dizer de sacrifícios. E vejo
que neste trabalho de levar conceitos de amor ao nossos próximos e também
fundamental levar os outros próximos além da família, mas olha que competição é
difícil ! A TV, as revistas, a mídia no geral minando todo e qualquer trabalho
no bem, por vezes é como se estivéssemos sós no meio da multidão. Nesta hora, e
em todas as horas que a família precisar a prece é o consolo e o remédio,
cercá-la na luz de todo amor que tivermos, oferecer o Evangelho no Lar e a
Evangelização os grandes e pequenos, não esquecendo que o exemplo tem de ser oferecido,
mas que a trajetória é individual.
Uma boa semana a todos, com um beijo.
(Lúcia )
--
O Apóstolo Paulo afirma que estamos sempre
cercados por centenas de testemunhas, não importando se estejamos escondidos ou
a vista, se estamos a sós ou acompanhados. No caso de pessoas que vivem
sozinhas, credito que aqueles Espíritos simpáticos a elas, estejam sempre a
acompanha-las. Ninguém está só.
Edson
---
Foram muito interessantes, assim como
extremamente válidas as colocações de todos vocês em respostas às questões que
nossa coordenadora Lu colocou na sala.
Sabem que, analisando essa questão Lar,
lembramo-nos de um conceito que André Luiz nos dá no livro Sinal Verde,
psicografia de Chico Xavier:
"A casa não é apenas o refúgio de
madeira ou alvenaria. É o lar onde a união e o companheirismo se
desenvolvem."
Bonito e profundo, não acham?
Nos mostra a necessidade de nos unirmos mais,
de aprendermos a ser companheiros de verdade, e também que onde existe isso,
temos aí um verdadeiro lar.
Então, vamos continuar respondendo às
questões propostas pela Lu, e acrescentar mais esta:
a) O que seria verdadeiramente União e
Companheirismo, e como desenvolver isso para tornar nossa casa um verdadeiro
Lar?
b)
Abraços à todos
(Ivair – Equipe Educar CVDEE)
---
Verdadeiramente união e companheirismo, é
participar dos acontecimentos do lar, deixar as diferenças e problemas de lado,
ter um convívio afetuoso, um lar com harmonia, sem discussões, principalmente
na frente dos filhos, sempre dialogar com o marido e filhos sobre os assuntos
do dia. Estar sempre juntos nos momentos bons e ruins, principalmente nos
momentos ruins, onde precisamos ainda mais do companheiro. E crescendo num ambiente assim nossos filhos
com certeza criarão um lar também com união e companheirismo.
(Maritsa)
---
Não
consigo ver família separado de um lar, os dois andam juntos, a família uma
reunião de espíritos que se reúnem no aprendizado da Terra formando um lar onde
há de se ter amor, renuncia, dedicação, perdão.
Só
acredito na formação de um lar com amor, através do amor de 2 pessoas que se
propõem a amar e respeitar.
3- Lar, pelo menos o lar que todos gostariam
de ter seria de espíritos que se amem, que pelo menos respeitem as diferenças
que saibam contornar os obstáculos com amor, deixando o amor e o egoísmo de lado,
que lutassem juntos para se ter um lar equilibrado e harmonioso, seria o ideal
de um lar, mas no planeta Terra está difícil, mas vamos lutar para melhorar
tudo isso, principalmente nos mudando a nós mesmos, (reforma intima).
4-
Como já disse o amor é base da formação de um lar ,junto com o amor vem o
exercício da paciência ,da compreensão ,do perdão ,somos muito imediatistas e
nos arvoramos quando os resultados de nossos investimentos na família não há retorno .Eu particularmente
as vezes me canso de tentar sempre contornar tudo ,quando apenas um da família
luta se torna muito mais difícil ,mas
minha fé é grande e quando me sinto triste oro muito e peço forças Deus ,abro
meu livro Fonte Viva e vem sempre uma
resposta .A solução que vejo é o muito amar .
(Luiza)
---
Olá pessoal...
Apenas
a título de comentário inicial, não há dúvidas que no Lar reencontramos amigos
cujas afinidades traduzem os laços de amor já formados, como também espíritos
que ainda não nos afinizamos em laços de amor e que só a convivência adequada
pode transformar, como o próprio Emmanuel nos ensina no texto citado. Mas
também há a possibilidade de recebermos o convívio de espíritos que ainda não
tivemos relacionamento anterior, mas que o programa de reencarnação contempla,
objetivando sempre que prevaleçam as leis Divinas, onde o progresso se faz com
a permuta de conquistas morais de cada um, cuja origem está na convivência.
Sobressai que, independentemente da situação
de relacionamento anterior, o compromisso de auxílio mútuo entre todos os
componentes do Lar é estabelecido no programa reencarnatório da família e sendo
assim devemos buscar o melhor de nós, de forma contínua, para aproveitarmos a
oportunidade de aprendizado e crescimento.
até
(Maurício)
---
Olá pessoal...muita alegria
Acredito
muito na necessidade de criar uma cumplicidade no relacionamento familiar. Esta
cumplicidade vem da certeza de que todos somos espíritos eternos em
aprendizado, ainda imperfeitos a caminho da perfeição e que estamos unidos no
Lar sob as bênçãos de Jesus para nos auxiliarmos mutuamente. Á partir desta
premissa, a compreensão e o respeito em relação ao outro tornam-se
preponderantes nas ações e pensamentos, permitindo que o cotidiano possa ser
veículo para uma convivência mais adequada e feliz...então o companheirismo e a
união surgem naturalmente...
Como
os espíritos responderam para Kardec, o maior defeito é o egoísmo, onde se
originam todas as demais imperfeições morais. Se dentro do Lar, buscarmos
privilegiar o objetivo maior de estarmos juntos a cada situação formada e
prestarmos atenção em todas as derivações do egoísmo (orgulho, vaidade, ciúme,
...) dentro de nós mesmos, iniciaremos um processo benéfico de autoeducação.
Esta postura perante aos demais familiares permitirá indução favorável, levando
a um clima de cumplicidade, no sentido de auxílio-mútuo.
É
claro que nem sempre é possível que todos dentro do Lar desenvolvam está
cumplicidade, mas faz parte do aprendizado também, o que importa é nos
esforçarmos no limite de nossas forças, fazendo a nossa parte, pois os
resultados a Deus somente pertencem...
até
mais amigos
(Maurício)
*Tema Lar conclusão*
A família pode ser formada tanto por
Espíritos simpáticos, ligados a nós por anteriores relações de simpatia e
amizade, como também pode acontecer de vir a ser formada por Espíritos
completamente estranhos e ainda para reajustes entre si, a fim de poderem
seguir no processo evolutivo.
O lar virá a ser a construção real dessa
família: traduzido pelas vibrações de amor, compreensão, tolerância,
indulgência, entre os seus membros constituintes, ou seja, o amor é base da
formação de um lar, junto com o amor vem o exercício da paciência, da compreensão,
do perdão.
Assim, todo lar compreende uma família, mas
nem toda família compreenderá um lar.
Daí a importância da família formadora de
lares, uma vez que o instituto doméstico é de origem divina e onde encontramos
os meios necessários para a aprimoração do Espírito e consequente edificação de
um mundo melhor.
Dia repleto de paz e amor
Equipe Educar CVDEE
*Título Autor encarnado Página*
A EDUCAÇÃO DA NOVA ERA DORA INCONTRI 46
ANTÔNIO DE PÁDUA ALMERINDO MARTINS DE CASTRO
108/137/149
AOS MÉDIUNS LIDIA LOUREIRO 49
APÓS A TEMPESTADE DIVALDO PEREIRA FRANCO 31
BÍBLIA DIVERSOS COL.3v18
CALMA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 52/79
CAMINHO VERDADE E VIDA FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER 39
CONDUTA ESPÍRITA WALDO VIEIRA 31
ENTRE A TERRA E O CÉU FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER 150/258
ESCRÍNIO DE LUZ FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 200
ESTANTE DA VIDA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 15
ESTUDANDO A MEDIUNIDADE MARTINS PERALVA 103
ESTUDE E VIVA F.C.XAVIER - WALDO VIEIRA
92/216
ESTUDOS ESPÍRITAS DIVALDO PEREIRA FRANCO 171
EVANGELHO EM CASA * TODA A OBRA
FORÇAS SEXUAIS DA ALMA JORGE ANDRÉA DOS
SANTOS 150
HÁ 2000 ANOS FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 32
JESUS NO LAR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 11/19
JUSTIÇA DIVINA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 126
LIBERTAÇÃO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 169/216
LIVRO DA ESPERANÇA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
41/115/120/201
LUZ NO LAR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER *TODA A
OBRA*
MARIA DOLORES FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 59(13)
MECANISMOS DA MEDIUNIDADE F.C.XAVIER - WALDO
VIEIRA 116
MEDIUNIDADE EM CRIANÇAS AGNES HENRIQUES 89
NA ERA DO ESPÍRITO F.C.XAVIER-HERCULANO PIRES
33/35
NOSSO LAR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
95/110/243/270
O ALVORECER DA ESPIRITUALIDADE DOLORES
BACELAR 20
O CONSOLADOR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 73
O LIVRO DOS ESPÍRITOS ALLAN KARDEC
Q:385-521-828-CONCL.VI
O MATUTO ZIBIA M.GASPARETTO 297 (CAP.XV)
O MESTRE NA EDUCAÇÃO PEDRO DE CAMARGO -
VINICIUS 116
O SOLAR DE APOLO ZILDA GAMA 123
OS FUNERAIS DA SANTA SÉ AMERICA DELGADO 158
PALAVRAS DE VIDA ETERNA FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER 232(108)
PASSOS DA VIDA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 13
PEDAGOGIA ESPÍRITA JOSÉ HERCULANO PIRES 16
PÉROLAS DO ALÉM FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 132
POESIAS PÓSTUMAS 22/52
PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO DR.INACIO
FERREIRA 11; 13; 27;34; 59; 64; 72
RELICÁRIO DE LUZ FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 59
RENOVAR-SE E VIVER J.MANAHEN E ROQUE JACINTO
20
RENÚNCIA FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 71
REPOSITÓRIO DE SABEDORIA DIVALDO PEREIRA
FRANCO 51
SEARA DOS MÉDIUNS FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
155
SINAL VERDE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 17
SOMOS SEIS F.C.XAVIER-CAIO RAMACIOTTI 179/180
TRABALHOS PRÁTICOS DE ESPIRITISMO EDGARD
ARMOND 29
TRAMAS DO DESTINO DIVALDO PEREIRA FRANCO 297
VIDA E SEXO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
13/21/57/61/65
VOLTAS QUE A VIDA DÁ ZIBIA M.GASPARETTO 18/90
Fonte: site vademecum.com.br
Céu inferno_073_2ª parte cap. VII - Espíritos Endurecidos - Lapommeray
Céu inferno_073_2ª
parte cap. VII - Espíritos Endurecidos - Lapommeray
TEXTO PARA
ESTUDO
Castigo pela
luz.
Numa das sessões da Sociedade de Paris,
onde se discutira a questão da perturbação que, geralmente, se segue à morte,
um Espírito, ao qual ninguém aludira e não se pensava evocar, se manifesta
espontaneamente pela comunicação seguinte; embora não fosse assinada, nela se
reconheceu, sem dificuldade, um grande criminoso que a justiça humana vinha de
alcançar.
“Que falais de perturbação? Por que essas
vãs palavras? Sois sonhadores e utopistas. Ignorais perfeitamente as coisas com
as quais pretendeis vos ocupar. Não, senhores, a perturbação não existe, salvo,
talvez, nos vossos cérebros. Estou tão francamente morto quanto possível, e
vejo claro em mim, ao redor de mim, por toda a parte! ... A vida é uma lúgubre
comédia! Desastrados aqueles que se demitem da cena, antes da queda da cortina!
... A morte é um terror, um castigo, um desejo, segundo a fraqueza ou a força
daqueles que a temem, a desafiam ou imploram-na. Para todos, ela é uma amarga zombaria!
... A luz me ofusca e penetra, como uma flecha aguçada, a sutileza do meu ser..
Castigou-se-me pelas trevas da prisão, e acreditou-se castigar-me pelas trevas
do túmulo, ou aquelas sonhadas pelas superstições católicas. Pois bem! Sois
vós, senhores, que suportais a obscuridade, e eu, o degradado social, plano
acima de vós... Eu quero permanecer eu! ... Forte pelo pensamento, desdenho as
advertências que ressoam ao meu redor... Vejo claro... Um crime! É uma palavra!
O crime existe por toda parte. Quando é executado por massas de homens, ele é
glorificado; no particular, é um maldito. Absurdo!
“Não quero ser lamentado... não peço
nada... basto-me e saberei muito lutar contra essa odiosa luz.
“Aquele que ontem era um homem”.
Tendo essa comunicação sido analisada na
sessão seguinte, reconheceu-se, no cinismo mesmo da linguagem, um sério
ensinamento, e viu-se, na situação desse infeliz, uma nova fase do castigo que
espera o culpado. Com efeito, ao passo que uns são mergulhados nas trevas, ou
num isolamento absoluto, outros suportam, durante longos anos, as angústias de
sua última hora, ou se creem ainda neste mundo, a luz brilha para este; seu
Espírito goza a plenitude de suas faculdades; sabe perfeitamente que está
morto, e não se lamenta de nada; não pede nenhuma assistência, e afronta ainda
as leis divinas e humanas. É, pois, que escaparia à punição? Não, mas é que a
justiça de Deus se cumpre de todas as formas, e o que faz a alegria de uns,
para outros é um tormento; essa luz faz o seu suplício contra o qual se obstina
e, apesar de seu orgulho, confessa-o quando disse: “Eu me basto e saberei muito
lutar contra essa odiosa luz”; e nesta outra frase: “A luz me ofusca e penetra
como uma flecha aguçada, a sutileza do meu ser”. Estas palavras: sutileza do
meu ser, são características; ele reconhece que seu corpo é fluídico e
penetrável à luz da qual não pode escapar, e essa luz o transpassa como uma
flecha aguçada.
Este Espírito está colocado entre os
endurecidos porque demorou muito tempo para manifestar o menor arrependimento.
É um exemplo desta verdade, de que o progresso moral nem sempre segue o
progresso intelectual. Pouco a pouco, entretanto, ele melhorou e deu
comunicações sabiamente raciocinadas e instrutivas. Hoje, pode ser alinhado
entre os Espíritos arrependidos.
Nossos guias espirituais, rogados para
darem a sua apreciação sobre este assunto, ditaram as três comunicações
adiante, e que merecem uma séria atenção.
I
Os Espíritos na erraticidade estão,
evidentemente do ponto de vista das existências, inativos e na espera;
entretanto, podem expiar, desde que o seu orgulho, a tenacidade formidável e
rebelde de seus erros não os retenha, no momento de sua ascensão progressiva.
Disso tendes um exemplo terrível na última comunicação desse criminoso
endurecido, se debatendo contra a justiça divina que o constrange depois da dos
homens. Então, nesse caso, a expiação, ou antes o sofrimento fatal que os
oprime, em lugar de lhes aproveitar e de fazê-los sentir a profunda
significação de suas penas, exalta-os na revolta, e faz brotar neles esses
murmúrios que, nas Escrituras, em sua poética eloquência, chama ranger de
dentes; imagem por excelência! Sinal do sofrimento humilhado, mas insubmisso!
Perdido na dor, mas cuja revolta é bastante grande ainda para recusar
reconhecer a verdade da penas, e a verdade da recompensa!
Os grandes erros, frequentemente, e mesmo
quase sempre, continuam no mundo dos Espíritos; do mesmo modo as grandes
consciências criminosas. Ser ele, apesar de tudo, e se pavonear diante do
infinito, parece aquela cegueira do homem que contempla as estrelas e que as
toma por arabescos de um teto, tal como acreditavam os Gauleses do tempo de
Alexandre.
Há o infinito moral! Miserável, ínfimo é
aquele que, sob o pretexto de continuar as lutas e as fanfarrices abjetas da
Terra, não vê mais longe, no outro mundo, que este! Para aquele a cegueira, o
desprezo dos outros, a egoísta e mesquinha personalidade e a detenção do
progresso! Não é senão muito verdadeiro, ó homens, que há um acordo secreto
entre a imortalidade de um nome, para na Terra, e a imortalidade que conservam
realmente os Espíritos em suas provas sucessivas.
LAMENNAIS
II
Precipitar um homem nas trevas ou nas ondas
de luz: o resultado não é o mesmo? Num e no outro caso, não vê nada do que o
cerca, e se habituará, mesmo mais rapidamente, à sombra que à triste claridade
elétrica na qual pode estar emergido. Portanto, o Espírito que se comunicou na
última sessão, exprime bem a verdade de sua situação quando exclama: “Oh! Eu me
livraria bem desta odiosa luz!”. Com efeito, essa luz é tanto mais terrível,
tanto mais pavorosa, quanto o atravessa completamente, e que torna visíveis e
aparentes os seus mais secretos pensamentos. Aí está um dos lados mais rudes de
seu castigo espiritual. Ele se encontra, por assim dizer, enterrado na casa de
vidro que pedia Sócrates, e está aí, ainda, um ensinamento, porque o que foi a
alegria e a consolação do mau, do criminoso, do parricida, espantado na sua
própria personalidade.
Compreendeis, meus filhos, a dor e o terror
que devem constranger aquele que, durante uma existência sinistra, se
comprazendo em combinar, a maquinar os mais tristes crimes, no fundo do seu
ser, onde se refugiava como um animal selvagem em sua caverna, e que, hoje, acha-se
caçado para esse reparo íntimo, onde se esquiva aos olhares e à investigação de
seus contemporâneos? Agora, a sua máscara de impassividade foi-lhe arrancada, e
cada um de seus pensamentos se reflete, sucessivamente em sua fronte!
Sim, doravante, nenhum repouso, nenhum
asilo para esse formidável criminoso. Cada mau pensamento, e Deus sabe se sua
alma os exprime, se trai por fora e por dentro dele, como a um choque elétrico
superior. Ele quer se esconder da multidão, e a luz odiosa atravessa-o continuamente,
cada dia. E ele quer fugir, fugiu em corrida ofegante e desesperada através dos
espaços incomensuráveis, e por toda parte a luz! Por toda parte os olhares que
mergulham nele! E se precipita de novo a perseguir a sombra, à procura da
noite, e a sombra e a noite não estão mais para ele. Chamava a morte em sua
ajuda, mas a morte não é senão a palavra vazia de sentido. O infortunado foge
sempre. Caminha para a loucura espiritual; castigo terrível! Dor medonha! Onde
se debaterá consigo mesmo, para se desembaraçar de si mesmo. Tal é a suprema
lei além da Terra: é o culpado que se torna, por si mesmo, seu mais inexorável
castigo.
Quanto tempo isso durará? Até a hora em que
a sua vontade, enfim vencida, se curvará sob a opressão pungente do remorso, e
onde a sua fronte soberba se humilhará diante de suas vítimas apaziguadas e
diante dos Espíritos de justiça. E notai a alta lógica das leis imutáveis,
nisso ainda ele cumprirá o que escreveu na sua altiva comunicação, tão
categórica, tão lúcida e tão tristemente cheia de si mesmo, que deu na última
sexta-feira, em se livrando por um ato de sua própria vontade.
ERASTO
III
A justiça humana não faz exceção da
individualidade dos seres que ela castiga; medindo o crime pelo próprio crime,
atinge indistintamente aqueles que o cometeram, e a mesma pena alcança o
culpado sem distinção de sexo, e qual seja a sua educação. A justiça divina
procede de outro modo; as punições correspondem ao grau de adiantamento dos
seres às quais são infligidas; a igualdade do crime não constitui a igualdade
entre os indivíduos; dois homens culpados no mesmo grau podem estar separados
pela distância das provas que mergulham um na opacidade intelectual dos
primeiros círculos iniciadores, ao passo que o outro, tendo-os ultrapassado,
possui a lucidez que livra o Espírito da perturbação. Não são, então, mais as
trevas que castigam, mas a acuidade da luz espiritual; ela atravessa a
inteligência terrestre, e fá-la sentir a angústia de uma praga, posta ao vivo.
Os seres desencarnados que perseguem a
representação material de seu crime sofrem o choque da eletricidade física:
sofrem pelos sentidos; aqueles que já estão desmaterializados pelo Espírito
sentem uma dor muito superior que aniquila, com suas ondas amargas, ao recordar
os fatos, para não deixar subsistir a ciência de suas causas.
O homem pode, pois, apesar da criminalidade
de suas ações, possuir um adiantamento interior, e ao passo que as paixões o
fazem agir como um animal, as suas faculdades aguçadas elevam-no acima da
espessa atmosfera das camadas inferiores. A ausência de ponderação, do
equilíbrio entre o progresso moral e o intelectual, produziu as anomalias muito
frequentes nas épocas de materialismo e transição.
A luz que tortura o Espírito culpado é,
pois, e bem, o raio espiritual inundando de claridade os refúgios secretos de
seu orgulho, e descobrindo-lhe a inutilidade de seu ser fragmentário. Estão aí
os primeiros sintomas e as primeiras angústias da agonia espiritual, que
anunciam a separação ou dissolução dos elementos intelectuais, materiais, que
compõem a primitiva dualidade humana, e devem desaparecer na grande unidade do
ser perfeito.
JEAN REYNAUD.
Essas três comunicações, obtidas
simultaneamente, se completam uma pela outra, e apresentam o castigo sob um
novo aspecto eminentemente filosófico e racional. É provável que os Espíritos,
querendo tratar essa questão segundo um exemplo, terão provocado, com esta
finalidade, a comunicação espontânea do Espírito culpado
Ao lado deste quadro tomado sobre o fato,
eis, para estabelecer um paralelo, aquele que um pregador, pregando a quaresma
em Montreuil-sur-Mer, em 1864, traçou do inferno:
“O fogo do inferno é milhões de vezes mais
intenso que o da Terra, e se um dos corpos que lá se queimam sem se consumir
viesse a ser repelido sobre o nosso planeta ele o impestaria, de uma extremidade
a outra! O inferno é uma vasta e sombria caverna crivada de pregos pontudos, de
lâminas de espadas bem afiadas, na qual são precipitadas as almas dos
condenados”. (Ver a Revista Espírita, julho de 1864, página 199).
QUESTÕES
PROPOSTAS PARA ESTUDO
1. Apesar do cinismo da mensagem, há um
ensinamento por trás dela. Qual é?
2. Por que Lapommeray está entre os
espíritos endurecidos?
3. Segundo Lamennais, como estão os
Espíritos na erraticidade?
4. Qual a diferença entre a justiça humana
e a justiça divina?
CONCLUSÃO
1. Viu-se, na situação de Lapommeray, uma
nova fase do castigo que espera o culpado. Com efeito, ao passo que uns são
mergulhados nas trevas, ou num isolamento absoluto, outros suportam, durante
longos anos, as angústias de sua última hora, ou se creem ainda neste mundo, a
luz brilha para este; seu Espírito goza a plenitude de suas faculdades; sabe
perfeitamente que está morto, e não se lamenta de nada; não pede nenhuma
assistência, e afronta ainda as leis divinas e humanas. Escaparia, então, da
punição? Não, mas a justiça de Deus se cumpre de todas as formas, e o que faz a
alegria de uns, para outros é um tormento.
2. Porque demorou muito tempo pra
manifestar o menor arrependimento. É um exemplo dessa verdade, de que o
progresso moral nem sempre segue o intelectual. Pouco a pouco, entretanto, ele
melhorou e deu comunicações sabiamente raciocinadas e instrutivas. Hoje, pode
ser alinhado entre os Espíritos arrependidos.
3. Estão, evidentemente do ponto de vista
das existências, inativos e na espera; entretanto, podem expiar, desde que o
seu orgulho, a tenacidade formidável e rebelde de seus erros não os retenha, no
momento de sua ascensão progressiva.
4. A justiça humana não faz exceção da
individualidade dos seres que ela castiga; medindo o crime pelo próprio crime,
atinge indistintamente aqueles que o cometeram, e a mesma pena alcança o
culpado sem distinção de sexo, e qual seja a sua educação. A justiça divina
procede de outro modo; as punições correspondem ao grau de adiantamento dos
seres às quais são infligidas; a igualdade do crime não constitui a igualdade
entre os indivíduos; dois homens culpados no mesmo grau podem estar separados
pela distância das provas que mergulham um na opacidade intelectual dos
primeiros círculos iniciadores, ao passo que o outro, tendo-os ultrapassado,
possui a lucidez que livra o Espírito da perturbação. Não são, então, mais as
trevas que castigam, mas a acuidade da luz espiritual; ela atravessa a
inteligência terrestre, e fá-la sentir a angústia de uma praga, posta ao vivo.
XXVII O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO #CAPÍTULO IV: NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS, SE NÃO NASCER DE NOVO - ITENS 1 E 2
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XXVII
CAPÍTULO IV: NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS, SE NÃO
NASCER DE NOVO - ITENS 1 E 2
Antes de iniciar o
estudo deste capítulo, gostaríamos de lembrar que quase todos os capítulos
deste livro, estão organizados de uma mesma maneira. Após o título e os
subtítulos, estão os textos evangélicos referentes ao tema, depois os escritos
de Kardec, nos quais apresenta as explicações espíritas sobre os textos,
desenvolvendo-os, e em terceiro lugar, Instruções dos Espíritos, também sobre o
tema, num detalhamento ou conclusão do estudo.
”E veio Jesus para
os lados de Cesárea de Felipe e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem
os homens que é o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem que é João
Batista, outros que é Elias e outros que Jeremias ou algum dos Profetas.
Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que sou eu? Respondendo, Simão Pedro
disse: Tu é o Cristo, filho do Deus vivo. E respondendo, Jesus lhe disse: Bem -
aventurado és Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te
revelaram isso, mas sim meu Pai que está nos céus." (Mateus, XVI: 13 a 17)
“E
chegou a Herodes, o Tetrarca, notícia de tudo o que Jesus obrava, e ficou como
suspenso, porque diziam uns: É João que ressurgiu dos mortos; e outros: É Elias
que apareceu; e outros: É um dos antigos profetas que ressuscitou. Então, disse
Herodes: Eu mandei degolar a João; quem é, pois, este, de quem ouço semelhantes
coisas? E buscava ocasião de o ver." (Marcos, VI:14e15; Lucas, IX: 7 a 9 )
Em relação às
qualificações usadas por Jesus declarando-se ora como Filho de Deus e ora como
Filho do Homem, Kardec faz algumas considerações em Obras Póstumas, no Estudo
Sobre a Natureza do Cristo, item IX.
Declarando-se Filho
de Deus, Jesus indicava sua posição de submissão ao Pai de todos, demonstrando
no seu viver na Terra, como o filho de Deus que, tendo alcançado o grau de
Espírito Puro, em mundos materiais, fora designado para guiar essa humanidade
ainda imperfeita e rebelde, ensinando as leis morais e servindo como modelo aos
seus irmãos.
A respeito das
declarações sobre ser Filho do Homem, Kardec cita alguns versículos da Bíblia,
de Ezequiel, narrando Deus falando com ele, tratando-o como Filho do homem e de
Judith, VIII, 15: “Porque Deus não ameaça como os homens e não se inflama” em
ira como o Filho do homem", onde está bem clara, entre os judeus, a idéia
de "nascido do homem. Ao assim referir-se, Jesus deixava bem claro que ele
era igual a todos, que ele também pertencia à humanidade em geral, fora criado
como todos, fizera sua evolução espiritual como todos têm de fazer, antes a
Terra existir. Daí, poder ser o guia e o modelo para seus irmãos em evolução.
Pelas suposições, nos
dois textos acima, de que Jesus pudesse ser Elias, ou Jeremias ou algum dos
Profetas, percebe-se que os judeus aceitavam a idéia da reencarnação, de forma
nebulosa, indefinida, sem compreensão, evidenciada pela possibilidade de Jesus
ser também João Batista, que fora decapitado, quando Jesus já divulgava seus
ensinos. Aceitavam a volta à Terra dos seus mortos ou de alguns deles, mas não
se aprofundavam nesta idéia, nem na de vida futura, após a morte.
Continuando as
considerações sobre o texto acima, vamos refletir sobre a afirmação de Jesus,
quando após haver Simão Pedro respondido: tu és o Cristo, filho do Deus vivo,
assim diz: " Bem - aventurado és Simão, filho de Jonas, porque não foi a
carne e o sangue que te revelaram isso, mas sim meu Pai, que está nos
céus."
Como devemos
interpretar a expressão: “não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, mas
sim meu Pai que está nos céus."?
Pensamos que ela
significa que Pedro, como homem da época não tinha condições intelectuais para
responder com exatidão, como o fez, a pergunta feita por Jesus. Não falou por
ele, não sabia o que falava, simplesmente, falou o que lhe veio à mente, sem
raciocinar: foi um instrumento mediúnico, fazendo uma revelação, vinda de mais alto,
do plano espiritual. Foi um ato mediúnico, revelando a verdade sobre Jesus. (Parábolas
e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel, capítulo Pedra Rejeitada, editora O
Clarim)
Leda
de Almeida Rezende Ebner
Agosto
/ 2003
Centro Espírita Batuira
Ribeirão Preto (SP)
O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que
permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende
Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter
recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas
das reuniões de diretoria deste Centro.
ESTUDO 77 O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS – CAPITULO XVI - MÉDIUNS ESPECIAIS #192. VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES - Segundo o desenvolvimento da faculdade.
O LIVRO DOS
MÉDIUNS
(Guia dos
Médiuns e dos Doutrinadores)
SEGUNDA PARTE
DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO XVI
MÉDIUNS ESPECIAIS
Estudo 77 - 192. VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES
-
Segundo o desenvolvimento da faculdade.
Relembramos que na questão 152 afirmou Allan Kardec que a
ciência espírita progrediu como todas as outras e mais rapidamente do que
estas. Ao observar os médiuns em ação o Codificador identificou as variedades
que passamos a estudar.
VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES
1º - Segundo o modo de execução
2º - Segundo o desenvolvimento da faculdade
3º - Segundo o gênero e a particularidade das comunicações
4º - Segundo as qualidades físicas do médium
5º - Segundo as qualidades morais dos médiuns
2º - SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE
Médiuns novatos: aqueles cujas faculdades ainda não estão
completamente desenvolvidas, nem possuem a experiência necessária.
Médiuns improdutivos: os que só recebem sinais sem
importância, monossílabos, traços ou letras sem conexão.
Médiuns desenvolvidos ou formados: aqueles cujas faculdades
mediúnicas estão completamente desenvolvidas, que transmitem as comunicações
com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este resultado só pelo
hábito pode ser conseguido, porquanto nos médiuns novatos as comunicações são
lentas e difíceis.
Médiuns lacônicos: aqueles cujas comunicações, embora
recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.
Médiuns explícitos: as comunicações que recebem têm toda a
amplitude e toda a extensão que se pode esperar de um escritor consumado.
"Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de
combinação dos fluidos. Os Espíritos os procuram para tratar de assuntos que
necessitam de grande desenvolvimento”.
Médiuns experimentados: a facilidade de execução é uma questão
de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto a experiência
resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na
prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar
a natureza dos Espíritos que se manifestam para lhes apreciar as qualidades
boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos
Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade.
Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as
outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns
confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização
física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os
conselhos e se tornam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os
apanham lisonjeando-lhes o orgulho.
Médiuns flexíveis: aqueles cuja faculdade se presta mais
facilmente aos diversos gêneros de comunicações e pelos quais todos os
Espíritos, ou quase todos, podem manifestar-se, espontaneamente, ou por
evocação.
"Esta espécie de médiuns se aproxima muito da dos médiuns
sensitivos”.
Médiuns exclusivos: aqueles pelos quais se manifesta de
preferência um Espírito, até com exclusão de todos os demais, respondendo ele
pelos outros que são chamados.
"Isto resulta sempre de falta de maleabilidade. Quando o
Espírito é bom, pode ligar-se ao médium, por simpatia, ou com um intento
louvável; quando mau, é sempre objetivando submeter o médium à sua dependência.
E mais um defeito do que uma qualidade e muito próximo da obsessão”.
Médiuns de evocação: os médiuns flexíveis são naturalmente
mais convenientes para este gênero de comunicações, mais aptos a responder às
questões específicas que lhes forem propostas. Sob este aspecto, há médiuns
inteiramente especiais.
"As respostas que dão não saem quase nunca de uns quadros
restritos, incompatíveis com o desenvolvimento dos assuntos gerais”.
Médiuns para ditados espontâneos: recebem comunicações espontâneas
de Espíritos não chamados. Quando esta faculdade é especial num médium, é
difícil e, às vezes, impossível fazer uma evocação por seu intermédio.
"Entretanto, são mais bem aparelhados que os da classe
precedente. Compreenda-se que a aparelhagem aqui referida é a dos elementos
cerebrais, porque é frequentemente necessária uma inteligência mais
desenvolvida para os ditados espontâneos do que para as evocações. Entenda-se
aqui, por ditados espontâneos, os que verdadeiramente merecem essa denominação
e não algumas frases incompletas ou algumas ideias corriqueiras, que se
encontram geralmente nas anotações humanas”.
Encerrando esse estudo que mostra a importância do conhecer
para melhor analisar, transcrevemos nota de José Herculano Pires (tradutor da
edição FEESP), extraída de O Livro dos Médiuns, sobre os médiuns
experimentados, e pertinentes ao momento em que vivemos, quando encontramos
muitos livros considerados espíritas apenas porque foram psicografados.
“(...) essa distinção entre experiência e aptidão é da maior
importância no trato da mediunidade. O médium experiente, segundo o conceito
kardeciano, dificilmente se deixa enganar pelos Espíritos mistificadores, por
mais sutis que estes sejam. O médium apenas apto recebe comunicações absurdas,
livros e até mesmo série de livros, sem perceber que está servindo de
instrumento a influências perniciosas. Daí a necessidade imprescindível de
estudo do problema mediúnico, para que a aptidão mediúnica seja bem aproveitada
através da experiência que só o conhecimento propicia”.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP,
1989 - Cap XVI - 2ª Parte – item 191.2º
Tereza Cristina D'Alessandro
Março / 2008
Centro Espírita Batuíra
cebatuira@cebatuira.org.br
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