JOSÉ ANTÔNIO V.
DE PAULA
De Cambé
Nunca se valorizaram
tanto as doenças psicossomáticas quanto nos dias atuais. Mas sempre fica a dúvida:
Como uma emoção pode causar doença física? A Doutrina Espírita nos esclarece quando
nos apresenta o perispírito, como instrumento intermediário entre o corpo e o
espírito, de forma que o que o corpo registre, o espírito também registrará, o
mesmo se dando na ordem inversa, o que o espírito sinta, o corpo também
sentirá.
André Luiz, no seu
livro “Missionários da Luz”, apresenta-nos um belo exemplo daquilo que hoje
chamamos doença psicossomática. No seu capítulo dezenove, quando narra sua
visita a uma Instituição Espírita onde eram proferidas sessões de cura,
Anacleto, seu orientador e amigo, pede que observe uma senhora respeitável,
localizada na mesa de serviços, e que olhe mais atentamente para o seu coração,
particularmente para válvula mitral.
André deteve-se em
acurado exame da região mencionada e percebeu algo, que assim descreveu em sua
obra: “Descobri a existência de tenuíssima nuvem negra que cobria grande
extensão da zona indicada, interessando ainda a válvula aórtica e lançando filamentos
quase imperceptíveis sobre o nódulo sino-auricular.”
Anacleto, que ali
estava para orientar, logo acrescentou: “André, assim como o corpo físico pode
ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo
perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de
força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura
encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a
desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento intoxicar-se com as
emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado
de desequilíbrio.”
“Às vezes,
semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância;
todavia, em muitos casos são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos.
Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja
influência benéfica pode anular inúmeros males.”
Nessa explanação, o
amigo espiritual não está apenas falando do adoecer, mas oferecendo o antídoto
para esses tipos de tormentas: a prece.
Na seqüência, ele
conclui o estudo: “Esta amiga, na manhã de hoje, teve sérios atritos com o esposo,
entrando em grave posição de desarmonia íntima. A pequena nuvem que lhe cerca o
órgão vital representa matéria mental fulminatória. A permanência de
semelhantes resíduos no coração pode ocasionar-lhe perigosa enfermidade.”
E assim, nesse
capítulo, o escritor nos apresenta um exemplo do adoecimento físico por causas emocionais.
O caso se encerra
com Anacleto colocando sua mão sobre a região do estômago daquela senhora e
aplicando um jato de energias que dispersaram por completo aquelas densas
vibrações, libertando temporariamente aquela senhora de um mal maior.
O
IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
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624 Fevereiro de 2006
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