terça-feira, 31 de julho de 2012

O CARNAVAL


Editorial

Será que vale tudo no Carnaval?
Passamos por um período de miséria moral!
O desrespeito, por parte de multidões de pessoas, nessa época do ano é tão grande, que parcelas da população, principalmente em cidades nordestinas ficam sem dormir por semanas.
Isto porque a folia ocorre de dia e à noite, sem ter hora para acabar.
Os trios elétricos produzem sons ensurdecedores, e os moradores dessas redondezas, não podem usufruir de tranquilidade, ao menos que saiam de suas casas e ou apartamentos.
Uma outra questão, inclusive de saúde, é que cidades se tornam banheiro a céu aberto, com centenas de pessoas fazendo as suas necessidades fisiológicas em praça pública.
Parece que todos esses fatores passam despercebidos pelo poder público.
Brasil, país do carnaval!
É para gringo ver?
Muito dinheiro é desperdiçado, enquanto que nossa população carece de alimento, moradia, saúde e religiosidade.
Falta amor ao próximo, nos corações endurecidos e entorpecidos!
No final das contas, as máscaras sempre caem, e o que resta para levarmos para o mundo espiritual, são as nossas ações.
Vamos aproveitar este período para meditação, fazendo uma profunda reflexão sobre a nossa vida.
Boa leitura!

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
Este jornal é uma publicação da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita
(CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP.
Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Coord. Editorial: Rafael Bernardo - contato@rafabernardo.com.br
Diagramação: Junior Pinheiro - jrpinheironanet@yahoo.com.br
Jornalista Resp: Renata S. Girodo de Souza - renatagirodo@ig.com.br - MTB 67369/SP
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Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuição Gratuita
 

NOSSO GRANDE OBJETIVO


Palavra Espírita
por: Junior Pinheiro


É comum que muitos irmãos questionem a si mesmos: qual minha missão nesta encarnação na Terra?
O desejo de resposta, muitas vezes é tão grande que outros vão ao extremo, buscando meios diversos para obtê-las, enquanto o procedimento seria muita mais íntimo do que se pensa.
Conta a lenda do esconderijo seguro que, certa vez, Deus já cansado da criatura humana, resolveu tirar férias. Então reuniu a mais alta espiritualidade para que pudessem sugerir ao Pai um local onde poderia esconder-Se de nós, seres humanos. Muitas sugestões foram apresentadas, e dentre elas, um dos arcanjos que lá estava, sugeriu a Deus que Se escondesse nas fendas abissais (local de extrema profundidade no oceano). Mas Deus, na sua pré-ciência recusou a sugestão, pois sabia que mais cedo ou mais tarde, o homem com seus avanços estaria desbravando tal região do planeta.
Várias outras sugestões foram apresentadas, mas nenhuma se mostrava eficiente. Foi então que, um anjinho de “terceiro escalão”, que cuidava da organização do local e servia ali um cafézinho aos participantes, pediu a palavra. Deus, na Sua bondade e justiça, disse ao anjinho que falasse. O Anjinho indagou ao Criador: “Pai deixa-me ver se entendi. O Senhor quer uma local onde possa se esconder e que, o ser humano não se lembre de procurá-Lo lá?”. Deus disse que sim e perguntou se o anjinho tinha uma sugestão. O anjinho sugeriu: Pai esconda-Se no coração do ser humano, pois ele não lembrará de procurá-Lo ali, mas, se um dia o fizer, já estará tão crescido que será para agradecê-Lo.
Baseando-se por está estória, podemos verificar que nossa maior conquista está dentro de nós.
O homem tem se mostrado capaz de grandes conquistas externas, que claro, são importantes e nos ajudam em nossa evolução. Se pensarmos no campo das patologias, notaremos grandes conquistas através da cura de muitas doenças ou ainda da descoberta de muitos medicamentos, que no mínimo amenizam as dores. No clima, o homem se mostrou capaz de habitar qualquer região do planeta. Na construção civil, muitas outras conquistas. Isso tem demonstrado que somos realmente seres humanos. Mas, a cada passo dado em nossas conquistas exteriores, algo nos incomoda, pois percebemos que ainda não é suficiente.
A viagem para dentro de nós será a mais bela e difícil que podemos experimentar. Será também a mais importante.
Para isso, Jesus nos deixou seu Evangelho de amor, o qual devemos usar como eficiente roteiro para uma boa e segura viagem íntima, que hoje se torna ainda mais fácil de ser compreendido por meio da Doutrina Espírita.
Na questão 919 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona a espiritualidade de qual seria o meio mais prático e eficaz de melhorar nesta existência e resistir ao arrastamento do mal. A resposta dos Espíritos foi direta: “Um sábio da antiguidade vo-los disse: conheça a ti mesmo”.
Mas Kardec não deu-se por satisfeito e volta a indagar a espiritualidade sobre o mesmo tema na questão 919-a: “Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém, a dificuldade está justamente em cada um conhecer a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?”. A resposta vem assinada por Santo Agostinho, que resumindo deixa bem claro o seguinte: “Faz como eu fiz. Analisa todos os dias as tuas ações. Verifica todos os teus equívocos, para eliminá-los. Analisa teus acertos, para repetir-los.”.
Notemos que quando dissemos: analise os teus equívocos, utilizamos uma vírgula na frase, pois devemos verificar e então eliminá-los. Não devemos nos desesperar se viermos a errar, pois nossa condição atual ainda nos induz aos erros. Se hoje, perdi a paciência na fila do banco, não devo me deprimir e achar que sou o pior dos indivíduos. Tenho sim que, identificando minha falha, na próxima oportunidade buscar ter uma atitude diferenciada. Sem desespero e sem masoquismo. É um processo gradativo, mas necessário.
Da mesma forma, preciso verificar meus acertos, pois acertamos várias vezes no dia e deixamos passar despercebido. Se não noto estas ações felizes, não tenho como repeti-las.


Fiquemos atentos aos meios que nos levaram a tomar as atitudes corretas, se foram motivadas por uma conversa edificante, se foi uma mensagem que li, ou se foi a participação em grupos de estudos nas Casas Espíritas, enfim, verificar o que me motivou ao acerto, pois percebendo quais os meios me auxiliaram, posso enfatizá-los no meu dia a dia.
Este procedimento da autoanálise não é dos mais fáceis, mas é francamente realizável. Exercitando a verificação íntima, posso construir novos hábitos nesta existência. E aplicando hábitos mais nobres no meu cotidiano, posso mudar o rumo da minha vida.
Então busquemos nos conhecer melhor e modificar nossas imperfeições, pois a renovação de si mesmo, é sem dúvida nosso grande objetivo na Terra.


JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
 ANO 02 - NÚMERO 04 - ABRIL/ MAIO 2012
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MÃE


Por: Wellington Balbo

O discípulo veio até o Mestre e perguntou:
 - Como faço para alcançar o paraíso vivendo neste mundo de incompreensão, ingratidão e egoísmo?
O Mestre, com extrema meiguice no olhar e doçura na voz, respondeu-lhe:
 - “Ame a todos como sua mãe lhe amou!”.
O discípulo baixou a cabeça e pos-se a meditar em tão séria afirmativa.
O amor de mãe é incondicional, nada cobra, nada impõe.
Perdoa disparates e ingratidão...
Colabora, auxilia, luta até o fim...
Constrói o paraíso do dever cumprido.
Enxuga lágrimas, restitui sorrisos, vibra com nossas vitórias e estimula-nos nas dificuldades...
Amor de mãe, simples, puro, sereno, verdadeiro...
Mães que são pais, amigas, conselheiras, professoras...
Mães do mundo, da vida, mães de amor...
Como homenageá-las a rigor?
Flores, poemas, palavras, presentes?
Beijos, abraços, café da manhã na cama regado a gostoso bate-papo?
Todas essas homenagens são importantes, gratificantes, porém, há uma especial que deve ser destacada, e que faz parte dos sonhos das mães:
 - A melhor homenagem que uma mãe pode receber de seu filho é saber que ele trilha o caminho do bem e do amor, buscando sua felicidade e lutando pelos seus sonhos.
Nada mais sublime para uma mãe do que ver seu pupilo caminhando, desenvolvendo-se, amando, aprendendo...
As mães querem simplesmente a felicidade de seu filho, a alegria de seu eterno pequeno.
As pequenas conquistas dos filhos, para as mães tornam-se grandes vitórias.
As mães são assim – eternas torcedoras.
Amigo leitor aproveite sua mãe, valorize-a, ame-a, dê-lhe atenção, muitos gostariam de fazer isso e já não podem.
Não podem mais beijá-las, abraçá-las, terão que esperar pelo reencontro.
Agradeça a oportunidade sagrada do nascimento que tiveste por intermédio de sua mãe, este motivo por si só, já se constitui em inconfundível prova de amor.
E homenageie sua mãe com o que ela te ensinou de mais sagrado
– Amar, amar apesar das limitações, amar apesar das dificuldades, amar apesar das incompreensões.
Se cultivarmos o amor de mãe superaremos todo e qualquer obstáculo, pois elas são, indubitavelmente, os grandes versos do mais belo poema escrito pelo Criador.

JORNAL VERDADE  E  VIDA
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O Trabalhador Incansável: Chico XAVIER


por: Renata S. Girodo de Souza

No dia 02 de Abril de 1910, em Pedro Leopoldo - MG nasceu Francisco Cândido Xavier, considerado um dos maiores médiuns da atualidade.
Seu contato inicial com a Doutrina Espírita ocorreu em 1927, com apenas 17 anos, quando psicografou pela primeira vez.
Conheceu o seu mentor espiritual Emmanuel, em 1931. Um ano depois, publicou o livro “Parnaso de Além-Túmulo”, Chico estudou somente até o primário, mas esse detalhe, não o impediu de psicografar centenas de livros, e também cartas dos desencarnados para os seus entes queridos.  Toda a renda das suas obras foi doada para editoras Espíritas, instituições de caridade, e outros projetos.
O médium viveu com o dinheiro da sua aposentadoria, sem reverter nenhum centavo da venda dos livros em benefício próprio, ou de seus familiares.
Se não tivesse desencarnado, completaria 112 anos, muitos deles dedicados a assistência ao próximo e o amor.
Até no momento de sua morte foi generoso e mostrou a sua elevação.
Segundo familiares e amigos, Chico, pediu para que Deus, o deixasse desencarnar em um dia que todos os brasileiros estivessem felizes, e o país em festa, para que não houvesse tristeza e comoção.
 Sua passagem para o mundo espiritual ocorreu na “Copa do Mundo de 2002”, data em que o Brasil conquistou o titulo de Pentacampeão mundial.
E como não poderia ser diferente, Chico deve estar trabalhando em prol do próximo, e iluminando uma esfera superior.
Termino esse texto, com frases do próprio Chico:
“A única coisa que espero depois da minha desencarnação, é a possibilidade de poder continuar trabalhando.”. Chico Xavier.
“Devemos aceitar a chegada da chamada morte, assim como o dia aceita a chegada da noite – tendo confiança que, em breve, de novo há de raiar o sol...”. Chico Xavier.

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mediunidade


 Manuel Portásio Filho      

  Se Jesus inaugurou a era do Espírito na Terra, protagonizando ele mesmo uma série extraordinária de fenômenos que engalanariam a obra de qualquer médium terreno, a mediunidade é uma faculdade inerente à condição humana, ou, como bem a definiu Emmanuel, “é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra.”, lembrando precisamente as palavras do Rabi da Galiléia.
   Kardec nos lembra que todos somos mais ou menos médiuns e fala: “toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium.” De fato, a mediunidade acompanha o homem desde priscas eras, tendo surgido muito antes do advento do próprio Cristo – que não era médium – quando o ser humano tornou-se consciente da existência e presença dos Espíritos em seu meio.  Somente com a Doutrina Espírita, porém, viemos a saber o que é a mediunidade e como se processa. 
   A mediunidade não é um privilégio de ninguém, porque é inerente à condição orgânica do homem, e só ele, entre todos os seres da natureza terrena, a possui.  Como disse Herculano Pires, “mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos.” 
Portanto, ela pertence ao campo da comunicação e tem como finalidade oferecer auxílio, esclarecimento e consolação ao Espírito encarnado.  A mediunidade é uma das mais extraordinárias formas de comunicação do homem.  Por ela, comunica-se com os seres invisíveis; por ela, é um comunicador nato.  E, para tanto, a única aparelhagem exigida é o corpo físico.      
   Sendo uma potencialidade da alma, que aflora naturalmente em algum momento da vida do Espírito, “a mediunidade é um mecanismo extremamente delicado e suscetível, que deve ser tratado com atenção, cuidado e carinho”, segundo Hermínio C. De Miranda.  Daí a necessidade de sua educação e controle, para que se preste efetivamente aos propósitos para os quais nos foi concedida.  Seu mau uso, por isso mesmo, tem como consequência a sua retirada e sofrimento para o médium que geralmente assume o compromisso na Espiritualidade, devendo prestar contas dele: eis a sua responsabilidade.  O comando do processo, porém, fica a cargo dos Espíritos; a mediunidade não existe sem eles.  
   Como afirma Kardec, “o médium tem a comunicação; porém, a comunicação efetiva depende da vontade dos Espíritos.”, o que não retira a condição de ser o médium indispensável às manifestações do mundo invisível.  Em outra parte, diz o Codificador: “médium é a pessoa que sente a influência dos Espíritos e lhes transmite os pensamentos.”  
Daí, a importância da educação mediúnica, que esclarece o médium e o capacita a ser o instrumento mais fiel possível das comunicações dos Espíritos.  Portanto, em se tratando de mediunidade, o estudo é fundamental e, “em nos reportando a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em Jesus, ela assume todas as características de exaltação divina.”, no dizer de André Luiz.
   A Doutrina Espírita, enfim, tem caráter educacional e libertador, como educacional e libertadora foi a missão de Jesus, ensinando e dando exemplos.  Ele mesmo afirma: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. E o Espiritismo trouxe, para os homens, a verdade acerca da mediunidade, libertando-os da sua ignorância milenar. 

1) O Consolador, perg. 382
2) O Livro dos Médiuns, 2ª. Parte, cap. XIV
3) Mediunidade, cap. I
4) Diálogo com as Sombras, cap. II                                  
5) O Principiante Espírita, n. 59                                          
6) Obras Póstumas, Manifestações de Espíritos, VI, n. 33                                                   
7) Mecanismos da Mediunidade, cap. XXVI                      
8) Jo 8:32

Manuel Portásio Filho é Advogado, residente em Londres. É membro do The Solidarity Spiritist  Group, Londres-UK.

Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 6  Setembro e Outubro 2009  
The Spiritist Psychological Society