sexta-feira, 24 de agosto de 2012

TRABALHO RENOVADOR


Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra! 1
Hoje, situamo-nos encarnados nao planeta Terra, hospital-escola de milhões de espíritos em evolução, que se encontram nos mais diversos estágios de progresso, com diferentes níveis de moral e de intelectualidade. No entanto, em toda esta diversidade que se estende de norte a sul e leste a oeste do globo, entre encarnados e desencarnados, existe um ponto comum que nos iguala a todos: somos espíritos eternos, criados simples e ignorantes, dotados do atributo da inteligência; e a nos guiar existe uma constante da Lei Divina: todos estamos destinados à perfeição.
Assim sendo, somos espíritos que fazem parte da obra sublime da Criação, mas cada qual trilha seu caminho de acordo com as opções que realiza, através do uso do inalienável direito do livre-arbítrio que torna o espírito livre para escolher e responsável pela conseqüência de tais escolhas.
Neste ponto o prezado leitor já deve estar indagando o porquê da citação do Evangelho realizada na introdução deste texto.
Reflitamos!
Como espíritos encarnados, fazemos parte de inúmeras obras, a começar da obra do Lar – o cadinho sublime onde se aparam arestas e reconstroem-se laços de estima e confiança que até então se encontravam destruídos. Mais adiante, nos enfileiramos também na obra do Grupo Espírita – onde além de aprendermos o Evangelho do Mestre ainda encontramos uma oficina de trabalhos na qual somos convidados a colocar em prática as lições aprendidas.
E como citado no início do texto, fazemos parte do Planeta Terra que tem, como destino, a sua progressão contínua na escala dos mundos, e, mais precisamente nos tempos atuais, destina-se a sair do status de planeta de provas e expiações, para um planeta de regeneração. Deste modo, somos igualmente parte integrante desta obra, desta seara de guindarmos o nosso planeta a uma nova escala de progresso.
Seja qual for a obra, temos um papel a desempenhar dentro dela...
Mas não nos iludamos, não é necessário se tornar herói, não é preciso ser mártir, ou mesmo ir a público falar do Evangelho de Jesus. A missão de cada um de nós é bem mais simples: solicita-se que sejamos bons servidores, que não tragamos dano ao trabalho!...
Solicita-se que independente do estágio de evolução em que nos encontremos, não percamos mais tempo em devaneios tolos ou elucubrações fúteis, a hora aprazada para a renovação de nossos sentimentos, para deixarmos de valorizar as conquistas da matéria e buscarmos o progresso do espírito, já se fez soar. É necessário tenhamos passos céleres para ombrearmo-nos nesta jornada com aqueles que caminham à nossa frente, que já entendem que a obra não pode parar, e, cientes disto, trabalham sem cessar para que a seara não seja prejudicada. Assim sendo, para acompanhar tais irmãos, é imprescindível sejamos humildes, reconheçamo-nos aprendizes do Evangelho, e, acima de tudo, tenhamos íntimos abertos e boa vontade para a prática inadiável da caridade.
O convite do trabalho está feito, mas para sermos bons servidores, devemos apresentarmo-nos conscientes ainda, de que o trabalho exigirá de nós muita renúncia e perseverança, que estejamos dispostos a não cultivar sentimentos de ciúme, inveja, orgulho, egoísmo; que tenhamos comprometimento e responsabilidade para evitarmos discórdias e desavenças, sentimentos estes que minam as raízes de fraternidade e harmonia de qualquer obra. 
Assim compreendendo que no cumprimento do ideal cristão, seja no lar, no Centro Espírita, ou em qualquer parte da sociedade terrena, acima de qualquer interesse pessoal, nos esforcemos por fazer parte dele, pois além de proporcionar o bem comum, promove e estimula o progresso de cada um.

1 - O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec –cap. XX, item

 Sheila
Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238- Abril de 2009 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

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